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Economia

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Haddad diz que déficit será de 0,1% do PIB e reconhece falha na comunicação

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira em entrevista à GloboNews que 2024 fechou com um déficit primário menor que o previsto pelo mercado e criticou as falhas nas previsões. Segundo ele, desconsiderando os gastos com as enchentes no Rio Grande do Sul, o déficit ficará em 0,1%, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá 3,6%. “Um ano atrás, a previsão do mercado era de 0,8% do PIB. Vamos nos lembrar que era antes do episódio trágico do Rio Grande do Sul que consumiu 0,27% do PIB para atender à população. Era 0,8%, vamos terminar o ano com 0,1% do PIB”, disse. Haddad também destacou que espera que neste ano o resultado seja melhor do que o esperado. O ministro reconheceu que houve problemas na comunicação do governo. “Precisamos nos comunicar melhor. O mercado está muito sensível no mundo inteiro. Não é uma situação normal que o mundo está vivendo e essa é outra parte da história”, afirmou. Questionado se misturar Imposto de Renda com contenção de gastos foi um problema, admitiu que sim. “É... esse foi um dos problemas. O tempo de maturação das medidas talvez tenha sido excessivo, tenha criado expectativas”, acrescentou. Sobre um novo decreto de ajuste fiscal, disse que primeiro é preciso aprovar o Orçamento e adequá-lo ao pacote de cortes aprovado pelo Congresso. Disse também que não gosta de falar em pacote “dois, três”, mas que o governo está em constante estudo para avaliar a adequação dos gastos. (g1)

Arrecadação atinge R$ 209,2 bilhões em novembro, segundo maior resultado da história

A Receita Federal anunciou que a arrecadação federal alcançou R$ 209,2 bilhões em novembro, sendo o segundo maior resultado para o mês desde o início da série histórico, em 1995. O valor representa um crescimento real de 11,21% em relação ao mesmo período de 2023, quando a arrecadação somou R$ 188,1 bilhões. De janeiro a novembro, o total arrecadado chegou a R$ 2,4 trilhões, outro recorde para o período, superando os R$ 2,2 trilhões do mesmo intervalo no ano passado. Em outubro, a arrecadação havia sido de R$ 247,9 bilhões. Entre os destaques, as receitas administradas pela Receita Federal somaram R$ 203,1 bilhões em novembro, um aumento real de 12,26% em comparação a novembro de 2023, o PIS/Pasep e a Cofins foram responsáveis por R$ 46 bilhões, registrando um crescimento real expressivo de 19,23%. Apesar de resultados positivos na arrecadação, o governo busca equilibrar os gastos para cumprir a meta fiscal de zerar o déficit público. (CNN Brasil)

BTG compra operação brasileira do Julius Baer por R$ 615 milhões

O BTG Pactual anunciou nesta terça-feira a aquisição de 100% da operação brasileira do grupo suíço Julius Baer, especializado na gestão de grandes fortunas. A transação de R$ 615 milhões adicionará à carteira do BTG os R$ 61 bilhões em ativos sob gestão da empresa suíça. Após a conclusão do processo, prevista para o primeiro trimestre de 2025, o segmento de Family Office do BTG passará a gerenciar mais de R$ 100 bilhões. Em comunicado ao mercado, o BTG destacou que a aquisição faz parte de sua estratégia de expansão no segmento de gestão de patrimônio. Já o Julius Baer informou que continuará atendendo clientes brasileiros a partir de outras bases internacionais e manterá inalterado seu negócio global. O processo de venda do Julius Baer Brasil começou em novembro de 2024, com grandes players do mercado demonstrando interesse, entre eles Santander, XP, WHG e ASA. A reavaliação da operação brasileira foi conduzida pelo Goldman Sachs e pelo Boston Consulting Group. (Estadão)

Preços de imóveis têm maior alta anual desde 2013

Os preços das residências no Brasil subiram 7,73% em 2024, a maior alta anual desde 2013, segundo o Índice FipeZAP de Venda Residencial. A economista Paula Reis, do DataZAP, destacou que o desempenho do mercado imobiliário foi favorecido pelas condições macroeconômicas do ano passado, que impulsionaram a concessão de crédito para os segmentos popular e médio padrão. O PIB brasileiro cresceu 0,9% no terceiro trimestre de 2024, superando as estimativas iniciais, enquanto a taxa de desocupação atingiu 6,1% no trimestre encerrado em novembro, o menor índice para o período desde 2012. Entre as cidades, Curitiba liderou o aumento nos preços dos imóveis com alta de 18%, seguida por Salvador, que registrou 16,38%. Em dezembro, os preços médios subiram 0,66%, revertendo a queda de novembro, e o valor médio nacional chegou a R$ 9.366 por metro quadrado. No entanto, a perspectiva para 2025 é de um cenário mais desafiador, especialmente para o segmento de médio padrão. Reis alerta que o aumento da taxa básica de juros e o esgotamento da poupança dificultarão o acesso a financiamentos e poderão impactar o mercado de compra e venda. (CNN Brasil)

Crescimento econômico de 2024 não foi impulsionado por gastos públicos, diz Fazenda

Um relatório da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda aponta que o crescimento econômico de 2024, com dados apurados até o terceiro trimestre, não foi resultado de estímulos fiscais, mas sim de outros fatores. Segundo a pasta, o governo optou por uma política fiscal contracionista no período, para consolidar estruturalmente as contas públicas. O documento destaca que, embora o cenário econômico pudesse justificar uma abordagem fiscal expansionista, devido ao hiato do PIB negativo no final de 2023, quando a produção econômica estava abaixo do seu potencial, a administração federal priorizou ajustes fiscais para melhorar a solvência. A SPE estima que o resultado fiscal estrutural do governo central em 2024 melhorou 0,84 ponto percentual do PIB potencial em relação a 2023, recuperando 71% da deterioração estrutural registrada no ano anterior. A secretaria promoverá uma entrevista coletiva nesta terça-feira para detalhar o relatório e suas implicações, além de abordar os números da arrecadação. (InfoMoney)

Ibovespa sobe 1,26%, e dólar cai 1,14%

A afirmação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que não haverá mudança no regime cambial e a notícia — negada posteriormente — de que o novo governo de Donald Trump pode elevar tarifas apenas sobre importações de setores mais críticos animaram o mercado. O Ibovespa encerrou a primeira sessão da semana com alta de 1,26%, aos 120.021,52 pontos, uma performance que não era registrada desde a variação positiva de 1,74% de 22 de novembro. Já o dólar comercial recuou 1,14%, a R$ 6,11. Em Wall Street, Dow Jones ficou praticamente estável, com leve baixa de 0,06%, enquanto S&P 500 e Nasdaq subiram, respectivamente, 0,55% e 1,24%. (InfoMoney)

Vice do Fed anuncia que vai deixar o cargo para evitar disputa com Trump

O vice-presidente de supervisão do Federal Reserve (Fed), Michael Barr, anunciou que vai deixar o cargo em 28 de fevereiro, evitando uma possível batalha com o presidente eleito, Donald Trump. Ele planeja continuar a atuar como membro do conselho do Fed. “O cargo de vice-presidente de supervisão foi criado após a crise financeira global para criar maior responsabilidade, transparência e prestação de contas para a supervisão e regulamentação do sistema financeiro pelo Federal Reserve”, disse Barr em comunicado. “O risco de uma disputa pelo cargo poderia ser uma distração de nossa missão.” Em novembro, no entanto, ao ser questionado sobre o que faria se Trump tentasse demiti-lo, ele disse que planejava cumprir todo o seu mandato, que só terminaria em julho de 2026. A saída de Barr torna mais nebuloso o futuro da proposta dos órgãos reguladores dos EUA de forçar os maiores credores do país a manter um capital significativamente maior para se proteger contra perdas e uma crise financeira, evitando futuras falências de bancos. O setor financeiro fez um lobby agressivo contra as novas exigências. (Bloomberg Línea)

Com superávit de US$ 74,6 bi, balança comercial recua 24% em 2024

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 4,8 bilhões em dezembro, levando o país a encerrar 2024 com saldo positivo de US$ 74,6 bilhões, 24,6% menor do que o acumulado em 2023, quando o resultado havia sido recorde. Apesar do recuo em um ano, o saldo é o segundo maior da série histórica iniciada em 1989. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), no ano passado foram registrados US$ 337 bilhões em exportações — baixa de 0,8% ante 2023 — e US$ 262,5 bilhões em importações — avanço de 9% na mesma comparação. Em 2024, a corrente de Comércio fechou em US$ 599,5 bilhões, segunda maior da série histórica, crescendo 3,3% em relação ao ano anterior. (Estadão)

Haddad diz que Orçamento é prioridade e descarta elevar IOF para conter dólar

Após cancelar as férias e se reunir por quase duas horas com o presidente Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a aprovação do Orçamento é a prioridade e descartou uma alta do Imposto sobre Operações Financeiras para conter o avanço do dólar. “Não tem discussão de mudar regime cambial”, afirmou. “[O dólar] teve estresse no mundo todo, no Brasil também. Hoje mesmo o presidente eleito dos Estados Unidos [Donald Trump] deu declarações moderando propostas feitas durante a campanha. É natural que as coisas se acomodem”, avaliou. Segundo o ministro, a reunião com Lula foi para apresentar o planejamento da Fazenda para o ano. “Não conversamos sobre [novos] cortes de gastos. Discutimos outros temas, o Orçamento. A prioridade agora é votar o Orçamento”, disse, acrescentando que é preciso conversar com o relator para ajustar o texto a partir das leis aprovadas no fim de 2024 com medidas de contenção no crescimento de despesas. Em relação à reforma tributária sobre a renda, com aumento da faixa de isenção e cobrança maior de quem ganha mais, Haddad disse a discussão só será iniciada após as eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado, o que vai ocorrer no início de fevereiro. (Folha)

Preços de combustíveis defasados pressiona Petrobras por reajustes

Gasolina mais cara em breve? A Petrobras começou 2025 com uma significativa defasagem nos preços dos combustíveis em relação ao mercado internacional. Consultorias atribuem o cenário à alta do dólar, que fechou 2024 a R$ 6,18, intensificando a diferença nos preços da gasolina e do diesel nas refinarias brasileiras. Segundo a StoneX, a defasagem no diesel chegou a 8,9%, enquanto na gasolina alcançou 12,3%. A Abicom aponta percentuais ainda maiores, estimando a diferença em 19% e 13%, respectivamente, enquanto a XP calcula 14,9% para o diesel e 12,5% para a gasolina. Em 2024, a estatal realizou apenas um reajuste nos preços da gasolina, com alta de 7,04% em julho, enquanto manteve os valores do diesel estáveis após um corte de 7,85% em dezembro de 2023. Segundo analistas, o cenário internacional ajudou a Petrobras a evitar novos reajustes, com o petróleo Brent fechando 2024 a US$ 74,24 por barril, uma queda de 3,74% em relação ao ano anterior. No entanto, a alta do câmbio aumenta as pressões sobre os preços. Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), afirma que a estatal deveria realizar reajustes para refletir o novo patamar do dólar. “Não é que a empresa esteja, hoje, perdendo dinheiro, mas poderia ter um lucro maior”, disse. Ele também destaca que os importadores são prejudicados pela defasagem, já que não conseguem competir com a estatal. A Petrobras reforçou, em nota, que sua estratégia considera condições nacionais de produção e logística, além de mitigar a volatilidade cambial e internacional. (Valor)

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