Ibovespa fecha em ligeira alta pelo segundo dia consecutivo
Positiva, mas nem tanto. Pelo segundo dia consecutivo a Bolsa de Valores de São Paulo fechou em ligeira alta, desta vez de 0,25%, aos 119.298,67 pontos, com os olhos em dados da economia dos Estados Unidos e as possíveis reações do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano). O dólar também manteve a tendência da segunda-feira e fechou em baixa de 0,08%, a R$ 6,0466. Os mercados de todo o mundo estão à espera da posse, no próximo dia 20, de Donald Trump como presidente dos EUA, e a expectativa provocou movimentos diversos na Bolsa de Nova York, também a exemplo da véspera. O Dow Jones fechou com alta de 0,52%, o S&P 500 subiu 0,11% e o Nasdaq caiu 0,23%. (InfoMoney)
Governo troca projetos de grandes hidrelétricas por pequenas barragens
As usinas hidrelétricas de grande porte, marca registrada da matriz energética brasileira, estão em baixa. O principal leilão de energia a ser realizado este ano está voltado para centenas de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), com capacidade máxima de 50 megawatts, capazes de atender cada uma até 107 mil residências. O impacto ambiental das obras é apontado como um dos principais fatores da mudança, já que as PCHs, por serem instaladas em série, não necessitam de grandes reservatórios, que implicam o alagamento de uma área extensa. “Temos 11% da água doce do planeta. É nosso maior ativo, por isso, sou um defensor da produção hídrica, com o menor impacto possível”, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. (Folha)
WEG se torna a terceira empresa mais valiosa da Bolsa brasileira
A WEG, fabricante de equipamentos elétricos e industriais, ultrapassou a Vale e se tornou a terceira maior empresa aberta em valor de mercado do país, valendo R$ 223,4 bilhões, atrás apenas da Petrobras e do Itaú. De acordo com Einar Rivero, consultor de dados financeiros de mercado da Elos Ayta, o avanço da WEG sinaliza uma dinâmica de mercado que favorece empresas com modelos de negócios diversificados e presença global. Enquanto a Vale foi impactada pela queda de preços da commodities, a indústria catarinense lucrou com a expansão em setores como automação industrial e energia renovável. (InfoMoney)
Isenção do IR deve subir para R$ 3.036 em 2025, diz Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou a jornalistas que o governo Lula deve corrigir a faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 3.036 neste ano, valor equivalente a dois salários mínimos, após o piso nacional ser reajustado para R$ 1.518. Segundo Haddad, a orientação do presidente Lula é manter a isenção na casa de dois salários mínimos. Como o projeto que atualizou a faixa do IR em 2023 não vinculou a tabela ao salário mínimo, o governo precisa fazer esse ajuste anualmente. O reajuste depende de aprovação do Congresso, já que o valor não consta na proposta de Orçamento de 2025. A Fazenda deve divulgar o impacto da mudança e apresentar medidas de compensação para evitar desequilíbrios nas contas públicas. A meta final é isentar quem ganha até R$ 5 mil, segundo Haddad, mas isso dependerá da aprovação da reforma da renda, que está em estudo pela Receita Federal. (Veja)
Aluguel sobe 13,5% em 2024, quase o triplo da inflação
O preço dos novos contratos de aluguel residencial no Brasil subiu 13,5% em 2024, segundo o Índice FipeZAP, divulgado nesta terça-feira. Apesar de representar um ritmo menor que o de 2023, quando a alta foi de 16,16%, o aumento ficou bem acima da inflação oficial, medida pelo IPCA, que fechou o ano em 4,83%. Isso resultou em um avanço de 8,67% acima da inflação nos aluguéis. De acordo com Paula Reis, economista do DataZAP, o movimento reflete a força do mercado de trabalho, com a taxa de desemprego atingindo 6,1% no trimestre encerrado em novembro. Isso porque “quando um número maior de pessoas possui renda, a tendência é que haja uma maior procura por imóveis, o que colabora com a alta dos preços”, explicou. Entre as 36 cidades monitoradas, Salvador (33,07%) liderou o aumento dos aluguéis, seguida por Campo Grande (26,55%), Porto Alegre (26,33%) e Recife (16,17%). Por outro lado, Maceió foi a única cidade onde o reajuste (3,35%) ficou abaixo da inflação. O preço médio do aluguel residencial no país alcançou R$ 48,12 por metro quadrado. Entre as cidades mais caras estão Barueri (SP), com R$ 65,41/m², e São Paulo (R$ 57,59/m²). Já Pelotas (RS) tem o metro quadrado mais barato, a R$ 18,61. A expectativa para 2025 é de novos aumentos, com um mercado de trabalho ainda aquecido e pelo menor acesso à compra de imóveis, em razão do crédito mais caro devido à alta da Selic. (g1)
Contratos de PPPs no Brasil crescem quase 300% na última década
O número de contratos de parcerias público-privadas (PPPs) no Brasil cresceu quase 300% nos últimos dez anos, passando de 80 contratos na primeira década, que contemplou 2004 a 2014, para 314 na segunda, de 2014 a 2024, segundo relatório da consultoria Radar PPP. O crescimento mais acelerado ocorreu a partir de 2020, culminando em 2024 com 88 editais publicados e 44 contratos assinados até novembro. Segundo Guilherme Naves, sócio da Radar PPP, esse avanço reflete o amadurecimento institucional dos entes federativos, que desenvolveram estruturas e capacidades técnicas ao longo do tempo, além de mudanças regulatórias, como o marco do saneamento em 2020 e a transferência de ativos de iluminação pública para os municípios em 2014. Os estados lideraram as PPPs na primeira década, com 42 contratos, e além de projetos de saneamento, saúde e mobilidade urbana, se destacam. Já na última década, os municípios assumiram o protagonismo, com iluminação pública liderando o número de contratos (127), seguida por resíduos sólidos (55). A crise fiscal enfrentada por União, estados e municípios também impulsionou o avanço das PPPs, ao permitir que a iniciativa privada assumisse investimentos que o setor público não conseguia realizar. (CNN Brasil)
Petrobras e bancos puxam ligeira alta da bolsa brasileira
A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) passou a maior parte da segunda-feira andando de lado, mas encerrou o dia em alta de 0,13%, aos 119.006,93 pontos. Um dos motivos para o resultado foi a informação de que a Petrobras não vai repassar para os preços internos a valorização internacional do petróleo, o que puxou as ações da estatal em 0,35%. Papéis dos principais bancos que o operam no país também fecharam em alta, puxando o Ibovespa. Já o dólar, após forte alta na sexta-feira, encerrou a segunda em ligeira queda de 0,08%, aos R$ 6,0980. Nos EUA, cada índice de Nova York foi para um lado. O Dow Jones teve alta de 0,88%, o S&P 500 subiu apenas 0,16%, e do Nasdaq, fortemente influenciado por empresas de tecnologia, recuou 0,38%. (InfoMoney)
Santander encerra a linha Van Gogh, voltada para o segmento de renda média
O Santander decidiu encerrar seu segmento “Van Gogh”, voltado para correntistas de renda média. Dos 3,5 milhões de clientes que contam com esse serviço, 2,5 milhões serão migrados para a categoria Select, destinado ao público de alta renda, e 1 milhão descerão para o serviço básico do banco, que não tem um nome específico. O Van Gogh foi herdado pelo Santander quando este comprou o Banco Real, em 2007, e mantido como um serviço intermediário. Segundo relatório do BTG, a mudança vai simplificar a estrutura do banco, que tem 60 milhões de correntistas no Brasil, a alinhá-la com sua estratégia global. “Com a nova reconfiguração, o Select passará a atender 3,5 milhões de clientes, oferecendo acesso a 200 agências, 2 mil consultores de investimentos, 3 mil gerentes de relacionamento e 500 consultores de patrimônio”, diz o documento. (Valor)
Superávit comercial da China bate recorde em 2024 e chega perto de US$ 1 trilhão
A China anunciou nesta segunda-feira que o superávit sua balança comercial em 2024 se aproximou de US$ 1 trilhão (R$ 6,1 trilhões), resultado da forte expansão de suas exportações industriais e da procura menor por produtos importados em suas empresas e consumidores. Mesmo ajustado pela inflação, o superávit comercial chinês foi maior que qualquer um registrado pelas grandes potências industriais do século passado, como EUA, Japão e Alemanha. A pujança da China como exportadora já provoca reações tanto em países desenvolvidos quanto em emergentes. Donald Trump, que toma posse mais uma vez como presidente dos EUA na próxima segunda-feira, ameaça com uma guerra comercial para conter o afluxo de produtos chineses em seu país. (New York Times)
Receita nega impacto sobre pequenos empresários em nova fiscalização
Desde o anúncio de que a Receita Federal começaria com novas regras de fiscalização para transações financeiras, incluindo dados do Pix, carteiras digitais e maquininhas de pagamento, uma onda de fake news e dúvidas sobre o assunto se iniciou. Apesar da repercussão nas redes sociais e a disseminação de informações falsas sobre uma suposta taxação do Pix, a Receita nega que a medida vá impactar pequenos negócios. Segundo o secretário da Receita, Robinson Barreirinhas, o objetivo é automatizar processos e concentrar a fiscalização em casos relevantes de sonegação tributária, como movimentações inconsistentes de grande porte. Para pessoas físicas, só serão monitoradas transações que ultrapassem R$ 5 mil no mês; para empresas, o valor sobe para R$ 15 mil. “A gente não tem nem condição de fiscalizar dezenas de milhões de pessoas que movimentam valores baixos. A gente quer é automatizar isso para poder melhor orientar esse tipo de contribuinte a se regularizar, por exemplo. Se a pessoa não tem uma empresa aberta, ela pode abrir um MEI, alguma coisa assim. Mas não tem nem sentido a Receita Federal ir para a fiscalização repressiva nesses casos”, disse o secretário ao g1. (g1)