Comércio brasileiro fecha 2024 com alta de 0,6%, apesar de queda em dezembro
O comércio brasileiro encerrou 2024 com crescimento tímido de 0,6%, segundo o Índice do Varejo Stone (IVS). Apesar da alta no acumulado do ano, dezembro teve queda de 3,5% nas vendas em relação a novembro e de 1,7% de recuo na comparação anual. O comércio digital foi destaque positivo, com ganhos de 7,7% no ano e crescimento mensal de 3,4%. Já as lojas físicas enfrentaram maior pressão, com retração de 2,1% em 2024 e queda de 4,2% em dezembro. Entre os setores, Combustíveis e Lubrificantes (+3,1%) e Medicamentos (+2,5%) foram os únicos a crescer no ano. Livros e Papelaria lideraram as perdas, com queda de 1,8%, seguidos por Tecidos, Vestuário e Calçados (-0,6%). Hipermercados, Supermercados e Produtos Alimentícios também registraram retração de 0,5% no período. Já em dezembro, todos os segmentos apresentaram queda, com destaque para Roupas e Calçados (-7%), Móveis e Eletrodomésticos (-6,4%) e Artigos Pessoais e Domésticos (-4,5%). Na análise regional, Roraima foi o estado com melhor desempenho em 2024, com alta de 3,9%, seguido por Sergipe (+3,5%). Santa Catarina, por outro lado, registrou a maior queda, com retração de 7,1%, enquanto o Distrito Federal acumulou perda de 4,3%. (Globo)
Secretário da Fazenda promete novas medidas fiscais em 2025
Segundo o que o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, disse em entrevista ao Globo, que o governo apresentará novas medidas fiscais em 2025 para reforçar o compromisso com a responsabilidade fiscal e reduzir a desconfiança do mercado. Entre as propostas em estudo está a retomada do projeto para limitar os supersalários no setor público. Durigan destacou que, embora o déficit primário de 2024 tenha sido menor que o esperado, o dólar permanece acima de R$ 6 devido a fatores externos e domésticos. Ele reforçou que a comunicação clara e a execução do arcabouço fiscal são cruciais para conter o pessimismo em relação à dívida pública e ao cenário econômico. O governo também se prepara para debater medidas de recomposição de receitas e contenção de gastos, incluindo a imposição de iniciativas como o programa Pé-de-Meia e o Auxílio-Gás no orçamento. (Globo)
Inflação projetada para 2025 sobe e chega a 5%, aponta boletim Focus
As projeções para a inflação em 2025 e 2026 voltaram a subir, segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central. A expectativa para o aumento dos preços em 2025 passou de 4,99% para 5,00%, marcando a 13º semana seguida de alta, enquanto a estimativa para 2026 subiu de 4,03% para 4,05%. Enquanto isso, a mediana para a taxa Selic permaneceu em 15% para 2025 e 12% para 2026. No mercado de câmbio, a previsão para o dólar segue em R$ 6,00 em 2025, mas subiu para o mesmo patamar para o próximo. Já o Produto Interno Bruto (PIB) não teve alterações no patamar de crescimento nos próximos anos, e segundo o mercado financeiro a economia do país deve crescer 2,02% neste ano e 1,80% em 2026. (Meio)
Brasil assina acordo de R$ 15 bi com Emirados Árabes para exporação de minerais estratégicos
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assinou um memorando de entendimento (MOU, na sigla em inglês) na última sexta-feira com o Ministério de Desenvolvimento dos Emirados Árabes Unidos para promover a exploração e o desenvolvimento de minerais estratégicos. A parceria visa a agenda de transição energética e prevê investimentos de até R$ 15 bilhões entre os dois países em áreas como pesquisa mineral, processamento, comercialização, transferência de tecnologia e capacitação de mão de obra, disse o Ministério de Minas e Energia em nota.
TCU investiga licitação de R$ 16,5 bi da Petrobras por suspeita de direcionamento
Uma licitação da Petrobras no valor de R$ 16,5 bilhões está sob análise de técnicos do TCU depois de uma denúncia de direcionamento do resultado, divulgado em 12 de dezembro, segundo a coluna de Lauro Jardim. Trata-se da concorrência para a construção e o afretamento de 12 embarcações do tipo PSV vencida pela Bram Offshore e Starnav.
Montadoras chinesas começam a produzir carros elétricos no Brasil em 2025
As montadoras chinesas BYD (Build Your Dreams) e GWM (Great Wall Motors) começam sua produção de seus veículos híbridos e elétricos no país neste ano. A GWM confirmou que a fábrica de Iracemápolis, interior de São Paulo, será inaugurada em maio, e a produção para o mercado brasileiro começa no início do segundo semestre com o híbrido Haval 6, a gasolina. A BYD também pretende abrir sua fábrica na Bahia neste primeiro semestre. A empresa já anunciou o desenvolvimento de um motor flex, que vai equipar o híbrido Song Plus, que será fabricado na Bahia. O BYD Dolphin Mini, carro 100% elétrico, será o segundo modelo a ser montado aqui.
Ibovespa encerra semana com alta de 0,27%, enquanto dólar cai 1,29%
O Ibovespa encerrou a sexta-feira com queda de 0,77%. Apesar disso, a primeira semana cheia de 2025 terminou com alta de 0,27%, interrompendo uma série de quatro semanas no vermelho. Além do descumprimento da meta de inflação de 2024, que fechou com IPCA a 4,83%, dados do mercado de trabalho americano mostraram geração de vagas acima do esperado em dezembro, indicando que o Federal Reserve não deve fazer novos cortes nos juros em breve. Com isso, o dólar acelerou. Frente ao real, fechou com alta de 1%, aos R$ 6,10. Na semana, no entanto, a moeda americana acumulou baixa de 1,29%. Em Wall Street, o resultado do payroll derrubou os principais índices. Dow Jones e Nasdaq registraram queda de 1,63%, enquanto S&P 500 recuou 1,54%. (InfoMoney)
BC culpa economia forte, câmbio e clima por estouro da meta de inflação em 2024
Em carta aberta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para justificar o descumprimento da meta de inflação em 2024, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que os principais fatores que levaram a esse cenário foram a força da atividade econômica, a alta do dólar e o clima. Índice oficial de inflação, o IPCA encerrou o ano passado em 4,83%, acima do teto da meta, de 4,50%. O alvo era 3%, podendo oscilar 1,5 ponto percentual. “A inflação de 2024 ficou acima do intervalo de tolerância em decorrência do ritmo forte de crescimento da atividade econômica, da depreciação cambial e de fatores climáticos, em contexto de expectativas de inflação desancoradas e inércia da inflação do ano passado”, diz o texto, publicado pelo BC nesta sexta-feira. No documento, o BC destaca a disparada nos preços da alimentação no domicílio, de -0,52% em 2023 para 8,22%, refletindo fatores climáticos, o ciclo do boi, a depreciação do real frente ao dólar, a atividade econômica forte e a alta de commodities agrícolas. Galípolo também destaca que o real foi a moeda com maior depreciação no ano passado e que fatores domésticos, como a percepção negativa do mercado financeiro sobre o cenário fiscal do país, foram decisivos para a trajetória do câmbio.
Leilões de concessões batem recorde na B3 com R$ 186 bilhões em investimentos
Os leilões de concessões e parcerias público-privadas (PPPs) realizados na B3 em 2024 bateram recordes, com 64 certames que concederam 83 ativos públicos à iniciativa privada e mobilizaram R$ 186 bilhões em investimentos. Os projetos devem gerar cerca de 800 mil empregos diretos e indiretos nos próximos anos. O setor de rodovias liderou os números, com dez leilões que concederam 4 mil quilômetros e contrataram R$ 106,6 bilhões em obras e operações. Outros destaques incluem o setor de saneamento, que registrou dez leilões e R$ 25 bilhões em investimentos, e o maior leilão da história da Agência Nacional de Transportes Aquaviários, que garantiu R$ 3,6 bilhões para o setor portuário. Na área de infraestrutura social, PPPs para escolas e hospitais somaram R$ 6,2 bilhões. Iniciativas inovadoras marcaram o ano, como a primeira PPP de cidades inteligentes em Goiânia e um leilão híbrido realizado pela Pré-Sal Petróleo S.A., que arrecadou R$ 17 bilhões para a União com a venda de 37,5 milhões de barris de petróleo. (Globo)
Governo eleva teto de juros do consignado do INSS para 1,8% ao mês
O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) decidiu aumentar o teto de juros do crédito consignado do INSS, que passou de 1,66% para 1,8% ao mês. A medida vale para empréstimos destinados a aposentados e pensionistas. O ajuste foi motivado por reclamações de instituições financeiras, que alegavam inviabilidade na concessão de crédito devido ao aumento da taxa Selic, atualmente em 12,25% ao ano. Alguns bancos chegaram a suspender a oferta de consignados e reivindicavam um teto de 1,99%, mas o governo optou por fixá-lo em 1,8%. A mudança contrasta com a trajetória de redução do teto ocorrida até maio de 2024, quando a Selic estava em queda. Segundo o portal da transparência do INSS, há atualmente 44 milhões de contratos ativos de crédito consignado. Em novembro, a Associação Brasileira de Bancos chegou a acionar o STF para questionar a competência do CNPS em determinar o teto de juros. (CNN Brasil)