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Diva maior da soul music, Aretha Franklin (Spotify) morreu em 2018 sem deixar um testamento formal, criando uma confusão sobre a partilha de seu patrimônio, avaliado em US$ 6 milhões. Em 2019, a sobrinha dela, Sabrina Owens, executora do espólio encontrou dois manuscritos sobre os bens assinados pela tia. Um, datado de junho de 2010, estava em uma gaveta junto com antigos contratos. O outro, de março de 2014, estava num caderno entre as almofadas de um sofá. Os dois dividiam igualmente entre os quatro filhos da cantora os direitos sobre sua obra, mas divergiam sobre suas quatro mansões em Detroit. Agora, a Justiça local concluiu que o manuscrito mais recente, o do sofá, tem precedência, para alegria do caçula, Kecalf, que ficou com o principal imóvel da mãe, avaliado em 2018 em US$ 1,1 milhão. Outros dois filhos, Edward e Ted, receberam propriedades de menor valor, enquanto a quarta mansão será vendida e dividida entre os irmãos. Clarence, filho mais velho de Aretha, vive sob a tutela de um guardião legal. (BBC)

A série documental John Lennon: Assassinato sem Julgamento ganhou seu primeiro trailer nesta terça-feira. Narrada pelo vencedor do Emmy Kiefer Sutherland, a produção dividida em três episódios terá estreia mundial no Apple TV+ em 6 de dezembro. Com entrevistas exclusivas de testemunhas e fotos inéditas, a série pretende dar uma nova perspectiva sobre a vida e o assassinato do ex-Beatle John Lennon pelo réu confesso Mark David Chapman, em 1980. Entre os principais depoimentos, estão Yoko Ono, esposa de Lennon, um motorista de táxi que testemunhou o tiroteio, um porteiro do edifício onde o músico morava, e ouviu suas últimas palavras, além da defesa e da psiquiatra que avaliou o assassino pela primeira vez. (Rolling Stone)

A cantora Taylor Swift foi eleita a artista do ano pela Apple Music. A plataforma de streaming revelou as músicas tocadas ao longo de 2023, as mais buscadas pelo Shazam e, pela primeira vez, as que mais foram cantadas pelo Apple Music Sing. Swift foi a mais escutada pelos usuários, superando Bad Bunny, artista mais ouvido do ano passado. Em comunicado, a companhia afirmou que 65 faixas da cantora americana alcançaram o Global Daily Top 100 nos dez primeiros meses deste ano, “mais do que qualquer outro artista”. O cantor de música country Morgan Wallen foi outro nome de destaque, liderando o ranking global com o hit Last Night (YouTube), a primeira canção do gênero a chegar à posição desde Old Town Road, de Lil Nas X e Billy Ray Cyrus. (Rolling Stone)

Morreu nesta terça-feira Alexander Gordin, conhecido como Lanny Gordin, um dos mais influentes guitarristas brasileiros, aos 72 anos. Ele estava internado há um mês devido a uma pneumonia. Nascido em Xangai, na China, filho de pai russo e mãe polonesa, mudou-se para o Brasil aos seis anos. Inspirado em Jimi Hendrix, foi um músico importante para a Tropicália, participando dos álbuns de Gilberto Gil, Caetano Veloso e Gal Costa, em 1969, além do Brazilian Octopus, com Hermeto Pascoal. Nos anos 1970, também trabalhou com Rita Lee, no álbum Build Up e com Erasmo Carlos, em Carlos, Erasmo. Sua guitarra também esteve presente em Expresso 2222, de Gilberto Gil, Chocolate, de Tim Maia, entre outros. (Folha)

A trama de Turma da Mônica: A Série vai ganhar uma nova temporada no Globoplay, mas com novo elenco. De acordo com a coluna Play, do jornal O Globo, a produção já iniciou os testes para selecionar os novos atores, que substituirão Giulia Benite, Kevin Vechiatto, Laura Rauseo e Gabriel Moreira, que interpretaram os personagens Mônica, Cebolinha, Magali e Cascão, respectivamente. Sem previsão de estreia, os trabalhos devem começar ainda este ano. Em sua rede social, Benite confirmou que não está escalada para a segunda temporada. (Globo e Omelete)

A cantora Taylor Swift entrou para o Guinness World Records, o Livro dos Recordes, com a maior arrecadação em bilheterias da história para um filme-concerto, com seu Taylor Swift: The Eras Tour Concert Film. A obra mostra sua atual turnê, que encerrou sua excursão pelo Brasil no último domingo. Da estreia nos cinemas, em outubro, até 23 de novembro, o filme faturou US$ 246 milhões em todo o mundo, equivalente a R$ 1,2 bilhão. Antes, a produção já havia batido a marca de maior estreia do gênero, ao arrecadar US$ 109 milhões (R$ 543 milhões) em seus primeiros cinco dias em cartaz, desbancando o longa Never Say Never, de Justin Bieber, que alcançou US$ 99 milhões, em 2011. (Rolling Stone)

A modernista Pagu pode ter sido a grande homenageada da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), que terminou no domingo, mas quem brilhou, pelo menos nas vendas foi Socorro Acioli. A jornalista teve dois títulos entre os três mais procurados pelos leitores na Livraria da Travessa: Oração Para Desaparecer ficou em primeiro lugar, e A Cabeça do Santo em terceiro. Entre os dois na lista, Autobiografia Precoce, da já mencionada Pagu. (Globo)

Morreu, na madrugada deste domingo, o escritor Alberto da Costa e Silva, aos 92 anos, no Rio de Janeiro. Um dos mais importantes intelectuais brasileiros, Alberto era diplomata, ensaísta, historiador e especialista na cultura e na história da África, onde foi embaixador do Brasil por quatro anos, na Nigéria e no Benin. Segundo a Academia Brasileira de Letras, o acadêmico morreu de causas naturais. Alberto ocupava a cadeira 9 da ABL desde 2000 e foi presidente da entidade entre 2002 e 2003. Ao todo, ele foi autor de mais de 40 livros, navegando entre poesia, ensaio, história, infanto-juvenil, memória, antologia, versão e adaptação.

O sábado foi de Conceição Evaristo na Feira Literária de Paraty, a Flip. Para ver a escritora, eleita intelectual do ano no prêmio Juca Pato, uma grande fila se formou pelas ruas da cidade. No evento, Conceição contou que prepara um rap, e que Emicida já teria mostrado interesse em gravá-lo. “Vai se chamar ‘Rap da Experiência’”, ela contou à Folha. A autora de Macabéa, Flor de Mulungu, uma releitura da obra de Clarice Lispector, falou sobre linguagem e racismo — e voltou a mencionar o rapper. “Emicida rompe a tradição ao dizer ‘é nóis’, o que é visto como erro pela norma culta. Ele incomoda os puristas, assim como Carolina de Jesus, que havia criado neologismos em seus livros. Por que Guimarães Rosa podia e Carolina não?”, questionou. (Folha)

Com referências a personagens mitológicos da Grécia Antiga, o escritor cubano Marcial Gala e a poetisa Luiza Romão falaram sobre diferentes tipos de violência em uma das mesas da 21ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) desta sexta-feira. Romão recorreu ao clássico Ilíada, de Homero, para comentar as tragédias da América Latina. “O projeto necropolítico de violência e devastação começa com esse poema que funda a tradição ocidental e tudo o que entendemos como política, arte e humanidade”, disse. O ponto alto do encontro foi quando ela leu trechos do livro de Marcial e seus poemas, animando a plateia. Leitor de Ilíada desde criança, Gala é autor do romance Me chama de Cassandra, protagonizado por Raul, um rapaz que acredita ser a reencarnação da filha do rei troiano Príamo, amaldiçoada por Apolo. Na obra, Raul acredita ser Cassandra e é vítima do preconceito por seu jeito feminino. No painel, o escritor recordou da violência contra homossexuais pelo governo cubano. “Nos anos 80, ser gay ou trans em Cuba era como ser negro no Estados Unidos na época da segregação racial. Os gays eram expulsos da universidade”, contou. (Globo)