Meio

O ator sul-coreano Lee Sun-kyun, que interpretou Park Dong-ik, pai de uma família rica no filme Parasita, foi encontrado morto em um carro, anunciou a polícia de um carro num parque em Seul. Ele tinha 48 anos. O ator estava sob investigação por alegações de uso de drogas ilegais — o governo sul-coreano está numa ofensiva de repressão às drogas. A polícia chegou a interrogar Lee três vezes. Uma das sessões durou cerca de 19 horas no fim de semana. De acordo com a agência de notícias Yonhap, em um dos interrogatórios, Sun-kyun disse que foi levado a consumir drogas por uma recepcionista de bar que tentava chantageá-lo. Os testes de reagentes, feitos durante as investigações policiais, e de drogas, feito pelo Serviço Forense Nacional no mês passado, deram negativo, segundo a Yonhap. Lee Sun-kyun era casado com a atriz Jeon Hye-jin e deixa dois filhos. Além de sua atuação em Parasita, filme vencedor de quatro Oscars em 2020 com direção de Bong Joon-ho, o ator foi escalado para Dr. Brain, primeira série original sul-coreana da Apple TV+. Ele foi indicado ao Emmy com o personagem Koh Se-won. (Gizmodo)

A partir de 1º de janeiro de 2024, qualquer editora poderá publicar Vidas Secas, Angústia e São Bernardo, entre outros livros já editados do escritor alagoano Graciliano Ramos (1892-1953). A legislação brasileira estabelece que a obra de um autor entra em domínio público no dia 1° de janeiro seguinte após a morte dele completar 70 anos. Até agora, os direitos eram divididos em cinco partes, entre filhos, irmãos e netos. “Aceitar eu não aceito, mas é a lei e tem que cumprir. Uma lei absurda”, disse ao Estadão o escritor Ricardo Ramos Filho (1954), neto de Graciliano e filho de Ricardo (1929-1992). Embora não seja exatamente contra o acesso gratuito à obra de seu avô, Ricardo Filho não critica a comercialização das obras onde quem ganha não é a família ou o público, mas, sim, a editora. As editoras Todavia e Companhia das Letras trabalham para lançar os primeiros livros de suas coleções dedicadas a Graciliano Ramos, enquanto a Record, que ainda deve pagar royalties à família, prepara edição de bolso de Vidas Secas e já lançou um box para colecionador. (Estadão)

Morreu ontem, aos 87 anos, o ator britânico Richard Franklin, conhecido por interpretar o capitão Mike Yates na série Doctor Who, nos anos 70. Segundo uma publicação nas redes sociais do ator, Franklin “morreu durante o sono depois de lutar contra uma doença de longa duração” que não foi revelada. Nascido em Marylebone, na Inglaterra, em 1936, o ator começou sua carreira na TV na série britânica Dixon of Dock Green. Ele também fez a minissérie Little Women e esteve em aparições mais recentes em filmes, como Rogue One: Uma História Star Wars, de 2016. (O Globo)

Final de ano chega e, como já é tradição, há o famoso balanço das produções mais assistidas durante os doze meses anteriores. É claro que em 2023 não seria diferente, o este Meio traz alguns rankings também. Na parte das séries, de acordo com o portal AdoroCinema, a série mais vista nas plataformas de streaming foi OnePiece, da Netflix, que mostra o jovem Luffy na saga para se tornar o maior pirata de todos os tempos. Na sequência, The Last of Us, adaptada dos consoles de videogame para as telas pela HBO, e mostra Joel e a pequena Ellie sobrevivendo após uma pandemia. Familiar?

Um dos principais símbolos da luta pela Amazônia, o ativista e seringueiro Chico Mendes vai ganhar uma cinebiografia estrelada por Jorge Paz, ator que já trabalhou em Marighella (2019) e O Sequestro do Voo 375 (2023). O longa, produzido por Bruno Gagliasso, terá a direção de Sérgio Machado (O Rio do Desejo) e Sérgio de Carvalho (Noites Alienígenas). Os direitos de adaptação da biografia foram cedidos ao estúdio Escarlate pelas filhas do ativista, Ângela e Elenira Mendes. O anúncio do filme, que ainda não tem data de estreia, foi feito nesta sexta-feira, dia em que completam-se 35 anos desde o assassinato de Chico Mendes. (Rolling Stones)

Considerado um dos álbuns mais importantes da história do rock, Nevermind (Spotify), do Nirvana, rende polêmicas desde seu lançamento, em 1991. Um tribunal de apelações de Los Angeles nesta quinta-feira reabriu o processo movido por Spencer Elden, de 32 anos, cuja foto ilustrou a capa do disco. Na imagem, Elden, então com quatro meses, aparece nu em uma piscina, como se estivesse tentando alcançar uma nota de dólar num anzol. Ele alega ter sofrido “danos permanentes” enquanto a banda e a gravadora lucraram com sua exposição. No ano passado um juiz federal da Califórnia já havia rejeitado um processo de Elden, alegando que a lei que o baseava tinha um prazo de dez anos para reclamações. Ontem, porém, três desembargadores avaliaram que o lançamento, em 2021, de uma edição comemorativa dos 30 anos de Nevermind com a mesma capa reabriu a janela de tempo para uma ação. (AP)

Racismo, homofobia, misoginia, intolerância religiosa e todas as outras variantes do discurso de ódio têm encontrado um terreno fértil em aplicativos de música como o Spotify. Durante as investigações sobre a invasão da conta no X da primeira-dama Janja Lula da Silva, a Polícia Federal descobriu que um dos suspeitos produzia e publicava na plataforma músicas com letras preconceituosas e cheias de referências nazistas. João Vítor Corrêa Ferreira, conhecido nas redes como “Maníaco”, é “artista verificado” no Spotify com 4,4 mil ouvintes mensais, quatro álbuns e muito discurso de ódio. Apesar de afirmar que não permite conteúdo que incita a violência ou o ódio, a plataforma só retirou o conteúdo de Ferreira após procurada pela imprensa. A partir das recomendações na conta dele é possível chegar a outros produtores de conteúdo extremista disseminado livremente. (Globo)

Vin Diesel está sendo processado por agressão sexual durante as filmagens do filme Velozes e Furiosos 5: Operação Rio, em 2010. De acordo com a ação movida em Los Angeles (EUA) e acessada pela Vanity Fair, a então assistente Asta Jonasson teria sido contratada para trabalhar para o ator em Atlanta, onde o longa estava sendo produzido, cujas responsabilidades incluíam organizar e acompanhar Diesel em festas. Em uma das noites, ela teria sido convidada a esperar na suíte do ator, quando foi agarrada pelos pulsos e puxada para a cama. Após escapar do intérprete de Toretto, ele teria se reaproximado, começando a tocar e beijar seus seios, apesar dos pedidos para que parasse. Ela chegou a correr para o corredor, quando Diesel puxou sua calcinha, mas foi presa contra a parede do banheiro com o ator se masturbando em sua frente. Horas depois, Jonasson foi demitida. O ator e sua equipe não responderam à publicação. (Vanity Fair)

Uma dúvida histórica sobre um quadro do pintor italiano Rafael Sanzio (1483-1520) pode ter sido tirada com ajuda de inteligência artificial. Por muitos anos, suspeitou-se que o artista não teria feito sozinho a obra Madona da Rosa, que retrata Maria, José, Jesus e João Batista. Uma tecnologia desenvolvida pelo professor de computação visual Hassan Ugail, da Universidade de Bradford, capaz de reconhecer o trabalho de Rafael com 98% de precisão, comparou a obra com outras 49 que são incontestadas. A conclusão foi que a maior parte da tela foi feita por ele, mas o rosto de José foi concluído por outro artista. Uma hipótese antiga sugere que o aluno Giuliano Romano teria executado o fragmento. (Folha)

O Brasil ficou mais uma vez de fora do Oscar com o anúncio dos pré-indicados da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood nesta quinta-feira. O longa de Kleber Mendonça Filho Retratos Fantasmas, escolhido pela Academia Brasileira de Cinema para representar o país na disputa de melhor filme internacional, não ficou entre os 15 selecionados. Também não consta na pré-lista de melhor documentário, a qual era elegível. A academia também divulgou os pré-selecionados em outras oito categorias. O destaque foi Barbie, que emplacou três de suas músicas em melhor canção original. A cerimônia de premiação acontece em Los Angeles no dia 10 de março. (g1)