Cultura

‘Linguagem discriminatória’ muda classificação do clássico ‘Mary Poppins’

Lançado pela Disney em 1964, o musical Mary Poppins se tornou instantaneamente um clássico, mas é alvo de polêmica seis décadas depois. O Comitê Britânico de Classificação de Filmes (BBFC, na sigla em inglês) decidiu elevar a classificação etária do longa devido a expressões consideradas “linguagem discriminatória”. Embora o órgão não tenha especificado os termos ofensivos, jornais ingleses dizem que a mudança se deve a uma expressão racista associada ao povo Khoi­?khois, natural do sudoeste africano. No filme, o personagem Admiral Boom (Reginald Owen) usa o termo para se referir a limpadores de chaminés, que tinham os rostos cobertos de fuligem. Estrelado por Julie Andrews em seu primeiro papel principal, Mary Poppins é baseado em livros da escritora P. L. Travers e conta a história de uma babá mágica na Inglaterra do início do século 20. No Brasil, está disponível na Disney+. (Variety)

Israel ameaça deixar competição do Eurovision caso letra seja rejeitada

Israel anunciou que poderá cancelar sua participação no Eurovision deste ano, caso os organizadores rejeitem a letra inscrita por considerá-la política. A cantora Eden Golan teve sua canção October Rain (Chuva de outubro) eleita para competir no festival de música europeu, que será realizado em Malmö, Suécia, no mês de maio. Suspeita-se que alguns trechos da letra façam referência às vítimas do ataque do Hamas, em 7 de outubro, no Sul de Israel. O evento proíbe que as músicas tenham declarações de cunho político. Caso a União Europeia de Radiodifusão (UER), promotora do evento, recusem a letra, o país tem direito a apresentar uma nova para a competição. O possível veto foi considerado “escandaloso” pelo ministro israelense de Cultura e Esportes, Miki Zohar. (Globo)

‘Oppenheimer’ domina SAG Awards e confirma favoritismo ao Oscar

Considerado um dos termômetros do Oscar, a noite de premiação do SAG Awards 2024 aconteceu neste sábado com Oppenheimer saindo como o grande vencedor da noite. O longa de Christopher Nolan levou as categorias de melhor elenco em filme, melhor ator e ator coadjuvante. O prêmio de melhor atriz ficou com Lily Gladstone por sua atuação em Assassinos da Lua das Flores e o de atriz coadjuvante com Da’Vine Joy Randolph por Os Rejeitados. Em TV, os destaques foram para O Urso, que levou melhor série de comédia, melhor ator e atriz em série de comédia, e Succession, vencedora de melhor elenco em série de drama. (UOL)

Festival de Berlim anuncia seus vencedores com brasileira na lista

O documentário Dahomey venceu o Urso de Ouro no Festival de Berlim neste sábado. A cineasta franco-senegalesa Mati Diop fez história na cerimônia de premiação, ao ser a primeira diretora negra a ganhar o prêmio principal. Ela recebeu a estatueta de Lupita Nyong'o, que também é a primeira pessoa negra a presidir o júri da competição. O grande prêmio do júri foi para A Traveler’s Needs, do sul-coreano Hong Sang-soo, e o escolhido pelo júri ficou com a comédia dramática L’ Empire, de Bruno Dumont. Já a brasileira Juliana Rojas venceu o prêmio de melhor direção na mostra paralela com seu Cidade; Campo, que conta a história de personagens que vivem a migração entre as áreas rural e urbana. (Variety e g1)

‘Anatomia de uma Queda’ é o grande vencedor do César Awards 2024

Principal premiação do cinema francês, o César Awards 2024 revelou seus vencedores nesta sexta-feira, em Paris, com destaque para Anatomia de uma Queda, que levou seis estatuetas, incluindo as de melhor filme e roteiro. A diretora do longa, Justine Triet, também se tornou a segunda mulher a vencer na categoria de melhor direção em 49 anos - Tonie Marshall foi a primeira, com Venus Beauty, em 1976. Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes em 2023, a película é um dos grandes concorrentes ao Oscar 2024. O prêmio de melhor filme estrangeiro foi para o canadense A Natureza do Amor. (Rolling Stone e Omelete)

Caetano Veloso lança clássico francês gravado para trilha de filme

O Clássico de Charles Trenet, La Mer, ganhou uma nova versão lançada por Caetano Veloso nesta sexta-feira. O single (Youtube) faz parte da trilha do documentário Une Famille (Uma Família) da escritora e diretora francesa Christine Angot, cuja pré–estreia ocorreu na 74ª edição do Festival de Berlim, no último dia 18. Com apenas voz e violão, Caetano repete o mesmo tom utilizado na apresentação durante um show em Paris, em homenagem a seu produtor e empresário Guilherme Araújo, morto em 2007, que sempre pediu ao cantor que gravasse a canção. Angot estava na plateia e ficou comovida com a interpretação, convidando-o para cantar a faixa em seu longa. (g1)

Série de ‘Harry Potter’ tem estreia prevista para 2026 no Max

A série Harry Potter deve chegar ao serviço de streaming do Max em 2026. Pelo menos é o que promete o CEO da Warner Bros. Discovery, David Zaslav, em uma teleconferência nesta sexta-feira. Serão sete temporadas, adaptando cada livro da saga escrita por J.K. Rowling. “Não temos vergonha de nossa empolgação em torno de Harry Potter”, disse Zaslav. Ele conta que esteve em Londres há algumas semanas para se reunir com Rowling e os chefes de HBO, Max e Warner Bros. Television para conversar sobre o programa. Ainda não foi anunciado nenhum nome para o novo elenco, que deverá ser diferente dos filmes. Ao comentar sobre o projeto, Daniel Radcliffe, que viveu o jovem bruxo nos oito longas, disse no ano passado que “definitivamente não está procurando isso de forma alguma”. (Variety)

Amazon vai reduzir produção de séries no Brasil

Diante dos cortes de pessoal feitos no início do ano, a Amazon deve reduzir de forma drástica a produção de séries de ficção no Brasil em 2024. Na lista de projetos abortados está o fim do acordo com o SBT para produzir novelas para o público infantil, agravado pelo fracasso no streaming de A Infância de Romeu e Julieta. Ficam fora dos cortes a linha de realities e produções cujas segundas temporadas já haviam recebido sinal verde, como Cangaço Novo. (Folha)

Armeira de ‘Rust’ começa a ser julgada por morte de diretora em set de filmagens

O julgamento da armeira Hannah Gutierrez Reed começou nesta quinta-feira com a promotoria criticando sua conduta durante as gravações do filme Rust que levou à morte da diretora de fotografia, Halyna Hutchins, após um tiro acidental disparado pelo ator Alec Baldwin, durante os ensaios. De acordo com o promotor Jason Lewis, “a ré tratou os protocolos de segurança como se fossem opcionais, e não como se a vida das pessoas dependesse que ela fizesse seu trabalho corretamente”, agindo “com negligência e sem a devida cautela”. A defesa afirmou que Reed foi transformada em bode expiatório pelos erros da produção e de Baldwin, que não deveria ter apontado a arma para Hutchins. Os advogados também alegam que o ator, por ser estrela e um dos produtores do filme, “realmente controlava o set”. Além disso, ela estaria sobrecarregada, ao acumular as funções de assistente de adereços e armeira. Reed está sendo julgada por homicídio culposo e adulteração de provas, podendo receber até três anos de prisão, caso seja condenada. Espera-se que Baldwin seja julgado neste verão no Hemisfério Norte em uma acusação separada de homicídio culposo. (Variety)

Ballet Paraisópolis vai lançar sua própria companhia de dança em março

O Ballet Paraisópolis vai profissionalizar seus bailarinos com a criação da Cia Ballet Paraisópolis, que será lançada oficialmente em 10 de março no Teatro Ítalo Brasileiro com a coreografia original de Véspera, criada por Christian Casarin, e a remontagem de Weverton Aguiar para o Grand Pas de Deux, de Don Quixote. Com direção executiva de Monica Tarragó, a companhia vai começar com 16 dançarinos no elenco, a maioria vinda do próprio projeto sociocultural, que oferece aulas gratuitas a jovens de Paraisópolis, na Zona Sul da capital paulista, há 12 anos. A meta é de que o grupo chegue ao final do ano com 22 bailarinos vindos de diferentes locais de São Paulo e novas criações de coreógrafos renomados com apresentações em teatros e centros culturais do estado. (Estadão)