Meio

O documentário Criaturas da Mente, de Marcelo Gomes, dedicado ao neurocientista Sidarta Ribeiro, abriu o 57ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, no último sábado. Trata-se do mais antigo festival do país, criado em 1965 por Paulo Emílio. O festival dedica-se, de forma exclusiva, à produção nacional e competem somente filmes inéditos.

Festival mais importante de música experimental e arte sonora do Rio de Janeiro, o Novas Frequências chega à sua 14ª edição no próximo sábado (dia 7), e ocupa diversos locais da cidade até o domingo seguinte (dia 15).  Em mais um ano desafiador para a captação de recursos, o festival se volta mais uma vez majoritariamente para a produção brasileira. Depois de algumas edições temáticas, como a última que explorava o Carnaval, nesta edição o tema se desenhou nas entrelinhas a partir do montagem do line-up: Eu Sou o Rio, em homenagem ao som clássico do Black Future, de 1988.

Poucas coisas traduzem tão bem o caráter humano quanto a rima amor e dor, desde que o mundo é mundo, desde que gente é gente, desde que o samba é samba, desde que alguém "se desencantou" e "soube o que é chorar". O samba de Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho e Acyr Marques já diz, com beleza marcada, "como dói a dor de amar!". É daquelas canções que causam a impressão de que você chegou na roda de samba e a letra foi feita para você. E foi. Diante de tudo que humanidade produziu de poético, dor e amor, gozo e luto perpassaram o tempo em músicas, poesia, versos e prosas.

Vencedor do Prêmio Pulitzer de 2024, Jonathan Eig buscava qualquer maneira que pudesse humanizar o líder dos direitos civis do povo negro americano Martin Luther King Jr., ao escrever a meticulosa biografia King: Uma Vida, que chega ao Brasil pela editora Companhia das Letras. Em entrevista, ele conta o caminho que percorreu para entender o que o reverendo sentia, sofria e pensava, ao reconstruir sua história para o livro. As respostas vieram ao consultar documentos de arquivo, transcrições do FBI e entrevistas com amigos e colegas do líder negro. “Descobri que King, apesar de todas as suas falhas, era ainda maior do que eu pensava. Descobri que ele era mais fiel, mais radical e mais corajoso do que eu imaginava”, conta. (Folha)

Moana 2 arrecadou US$ 57,5 milhões na quarta-feira e deve dominar as bilheterias do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. O longa da Disney chegará a pelo menos US$ 175 milhões em seus primeiros cinco dias nos cinemas, maior arrecadação do recesso de Ação de Graças em todos os tempos – Frozen II, em 2019, alcançou US$ 125 milhões nos cinco dias, e Jogos Vorazes: Em Chamas, teve US$ 109 milhões no mesmo período em 2013. A se confirmar, será o terceiro melhor desempenho de estreia de uma animação na história do cinema americano, atrás apenas de Os Incríveis 2 (US$ 71,2 milhões) e Divertida Mente 2 (US$ 63,6 milhões). Considerando todos os mercados onde estreou, Moana 2 já soma US$ 66,3 milhões em bilheterias. (Variety)

Apenas 22 dias após estrear no Brasil, Ainda Estou Aqui bateu a marca de dois milhões de espectadores. O filme já é a segunda maior bilheteria nacional no pós-pandemia. Minha Irmã e Eu, com Ingrid Guimarães e Tatá Werneck, foi visto por 2,3 milhões de pessoas nos cinemas, marca que será superada em breve pelo longa de Walter Salles estrelado por Fernanda Torres. Vencedor do prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza, o drama sobre Eunice Paiva e sua família está inscrito no Oscar em oito categorias. Os finalistas serão divulgados no dia 17 de janeiro. (Meio)

Um dos maiores nomes da música brasileira, Milton Nascimento recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O título é concedido a personalidades que tenham contribuído para o progresso das ciências, letras ou artes, beneficiaram a humanidade ou prestaram relevantes serviços à universidade. “Milton Nascimento é um cidadão do mundo, mas que vê o mundo a partir de Minas Gerais. Um artista que tem a genialidade de falar para todos, sendo capaz de traduzir temas universais, mas valorizando sua cultura local”, afirmou o reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles. Em seu perfil no Instagram, Bituca agradeceu pelo reconhecimento de seu trabalho. (CNN Brasil)

Em 2024, os brasileiros realizaram mais atividades culturais em comparação ao ano anterior com o aumento do consumo de streaming, novelas e idas a espetáculos, segundo pesquisa Hábitos Culturais, produzida pelo Datafolha e o Observatório Fundação Itaú. Segundo o levantamento, 97% dos entrevistados afirmam ter realizado alguma atividade cultural este ano, 61% dizem realizar pelo menos uma atividade cultural presencial por mês, enquanto 88% optaram pelo formato remoto no período, superando os 72% do ano passado. A questão social continua sendo fator relevante para as práticas culturais com 59% de pessoas das classes D e E recorrendo às atividades gratuitas, contra apenas 23% das classes A e B. A insegurança e a violência e questões financeiras são os principais motivos para o afastamento dos programas presenciais, com 35% cada. As justificativas são seguidas por cansaço, desânimo ou preguiça (26%), falta de disponibilidade de horários (25%) e distância em relação aos equipamentos culturais (24%). (Folha)

Ayrton Senna do Brasil... E da Netflix. A série Senna, que estreia amanhã no streaming, retrata a trajetória do maior ídolo brasileiro do automobilismo. Produzida pela Gullane Filmes, a obra conta com direção-geral de Vicente Amorim, que também é showrunner e criador, e direção de Júlia Rezende. Gabriel Leone interpreta o piloto, acompanhado de um elenco que inclui Alice Wegmann, Susana Ribeiro, Marco Ricca e Pâmela Tomé. Dividida em seis episódios, a produção aborda a vida de Senna desde sua juventude, passando pelo início da carreira no kart, nos anos 1970, até sua ascensão internacional na Fórmula 1. A trama apresenta momentos importantes da vida pessoal e profissional do brasileiro, mas também usa elementos fictícios, como a inclusão de Laura, uma jornalista inglesa que não existiu, interpretada por Kaya Scodelario, para contextualizar melhor as explicações sobre as corridas. (Globo)

Os cinemas estão dominados pelos blockbusters das últimas semanas, mas há espaço para boas estreias nesta quinta-feira. A Redenção: A História Real de Bonhoeffer fala de um teólogo alemão que envolveu em uma trama para matar Hitler. Moana 2 é a continuação do sucesso de 2016 da Disney, e a lista inclui ainda bons dramas e documentários. Confira todas as estreias e veja os trailers.