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Após divergências nos últimos meses, o Grupo Record e o Sesc anunciaram o fim de uma parceria de 20 anos na realização do Prêmio Sesc de Literatura, um dos principais do mercado editorial brasileiro. A Record era responsável por publicar os vencedores nas categorias de melhor Romance e Contos, mas a demissão de Henrique Rodrigues, idealizador da premiação, em janeiro, desagradou a editora, culminando no desgaste entre as instituições. A partir de 2025, os vencedores serão publicados pela editora do Senac Rio. Em comunicado, o Sesc informou que a troca já era discutida pela equipe da premiação com objetivo de buscar novos modelos de divulgação das obras e dos autores. A reformulação também deve incluir a categoria de poesia no edital deste ano. (Globo)

A inteligência artificial representa uma ameaça a escritores de gêneros “pouco originais”, como suspense e ficção científica, mas carece de “humor e inteligência” para desafiar romancistas sérios. A opinião, por si só polêmica, é do escritor Salman Rushdie, em artigo publicado nesta quinta-feira pela revista literária francesa NRF. O autor de Os Versos Satânicos relata ter pedido ao ChatGPT que escrevesse um texto de 200 palavras “no estilo de Salman Rushdie” e que o resultado foi “um monte de besteira”. “Ninguém que já tenha lido uma únicas das minhas páginas acreditaria que eu escrevi aquilo”, garantiu. O escritor de 65 anos acrescenta que a IA também pode ser um risco para roteiristas. “Como Hollywood está constantemente criando novas versões dos mesmos filmes, a inteligência artificial pode ser usada para rascunhar roteiros”, avalia. (France24)

O ex-Titã Paulo Miklos se metamorfoseia em Adoniran Barbosa para a principal estreia de hoje nos cinemas. Mas ele não é o único personagem real transformado em ficção. O diretor teatral russo Constantin Stanislavski faz as vezes de detetive na Moscou de 1902. Para os fãs da DreamWorks, temos mais aventura do panda lutador Po, enquanto uma Alice de carne e osso vive momentos aterrorizantes bem longe do País das Maravilhas.

O mural pintado pelo artista Banksy na lateral de um bloco de apartamentos em Londres, no último domingo, apareceu vandalizado com tinta branca jogada por um grupo, antes que autoridades instalassem grades de proteção. A obra mostra respingos de tinta verde se assemelhando à folhagem de uma árvore podada em frente à parede com a imagem de uma pessoa segurando uma mangueira de pressão. Moradores dos arredores comentam temer a elevação nos preços dos aluguéis devido à valorização do local após revelação da obra. Mas muitos deles disseram estar “orgulhosos e encantados” com a ideia do artista anônimo ter escolhido sua rua para o mais novo trabalho. (Globo)

O festival internacional de documentários É Tudo Verdade anunciou nesta quarta-feira os títulos que participarão da sua 29ª edição, que acontece entre 3 e 14 de abril em São Paulo e Rio de Janeiro. Serão exibidos 77 longas, médias e curtas-metragens com entrada gratuita. A programação carioca será aberta no dia 3 com Um Filme para Beatrice, de Helena Solberg, única cineasta mulher do Cinema Novo, com um olhar sobre sua própria carreira. No dia 4, a estreia do evento fica com a exibição de O Competidor, da britânica Clair Titley, narrando a história do japonês Tomoaki Hamatsu, que passou 15 meses confinado em um pequeno apartamento, nu, com pouca comida e diante de milhões de pessoas em um reality show. (Folha)

O marinheiro mais icônico das animações vai voltar aos cinemas. Segundo a Variety, o novo live action de Popeye está sendo produzido pela Chernin Entertainment, que trabalhou no filme Ford vs Ferrari e na nova trilogia de Planeta dos Macacos, e contou com a participação do roteirista Michael Caleo, de The Sopranos. A primeira versão do marinheiro apaixonado por Olívia Palito (e por espinafre) nas telonas foi protagonizada por Robin Willians e dirigida por Robert Altman, em 1980, arrecadando mais de US$ 60 milhões nas bilheterias. O personagem foi criado nos quadrinhos por Elzie Crisler Segar, em 1929. (Omelete)

Morreu na madrugada desta terça-feira o fundador da Livraria Cultura Pedro Herz, aos 83 anos. De acordo com seu filho Sérgio, a morte foi causada por um ataque cardíaco em seu apartamento, em São Paulo. Vindo de família judia que fugia do regime nazista, Pedro nasceu na capital paulista em 28 de maio de 1940. Sua mãe, Eva, criou em casa um serviço de empréstimo de livros, fundando a Biblioteca Circulante, em 1947, que mais tarde, ganharia corpo e seria transferido para uma loja no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, dando lugar à Livraria Cultura, em 1969. O novo espaço se tornou um dos pontos culturais mais importantes da cidade, abrigando lançamentos, debates e peças de teatro. Mas, o empreendimento, que já contou com 18 filiais em diferentes estados, passou por problemas financeiros nos últimos anos, incluindo o pedido de recuperação judicial em 2018. (Exame)

O Spotify anunciou nesta terça-feira ter pagado no ano passado US$ 4,5 bilhões em direitos a artistas independentes ou de pequenas gravadoras, o que corresponde à metade dos US$ 9 bilhões pagos pela plataforma à indústria da música. Além disso, a empresa informou que mais da metade dos 66 mil artistas que geraram mais de US$ 10 mil em 2023 veio de países de língua não inglesa – com predomínio de espanhol, alemão, português, francês e coreano. Porém, salvo nos casos de artistas totalmente independentes, dinheiro vai primeiro para o detentor dos direitos – em geral, gravadoras –, que repassa a cantores, músicos e compositores de acordo com seus próprios contratos e critérios. (Variety)

O artista britânico Banksy confirmou hoje a autoria de um mural grafitado ao lado de um edifício de quatro andares, no domingo, no Norte de Londres. A obra mostra respingos de tinta verde atrás de uma árvore podada, se assemelhando à folhagem perdida no processo. No canto, é possível ver a imagem de um homem segurando uma mangueira de pressão, que derrama a tinta na parede. Ao postar uma foto da obra em seu perfil no Instagram, reivindicando o trabalho, um grupo de curiosos correu até o local para fazer um registro. De identidade ainda desconhecida, Banksy se tornou um dos artistas mais conhecidos do mundo com suas pinturas e grafites pelas ruas de Bristol, na Inglaterra. (Istoé)

Os áudios de dois shows de João Gilberto realizados em San Francisco, nos Estados Unidos, foram revelados pelo pesquisador e DJ Pedro Fontes em seu canal no YouTube. As apresentações foram feitas nos dias 25 e 26 de julho de 2003, no Masonic Auditorium, e traz algumas preciosidades, como Você Vai Ver, de Tom Jobim, que ainda não tinha registro na voz de Gilberto, além de Samba do Avião e Às Três da Manhã que nunca foram gravadas pelo cantor em estúdio. Fontes encontrou as gravações no Internet Archive, disponibilizadas pelo San Francisco Jazz Festival. (Folha)