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A escritora Roseana Murray perdeu um braço e uma orelha após ser atacada por ao menos três pitbulls em Saquarema, na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira. Ela foi levada para o Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, onde passou por cirurgia, e segue em estado grave. Segundo uma amiga da poetisa, ela foi arrastada por cerca de cinco metros pelos cães, quando teve um dos membros arrancados pelas mordidas. Os animais foram levados para um abrigo temporário e o tutor prestou depoimento na delegacia e foi liberado. Vencedora de diversos prêmios, como o da Associação Paulista de Críticos Teatrais (APCA), Roseana tem cerca de 100 livros publicados e faz parte da Lista de Honra do Conselho Internacional sobre Literatura para Jovens (Ibby, em inglês). (g1)

Enquanto os herdeiros de Alain Delon brigam na Justiça, um tribunal de Paris colocou o ator de 88 anos sob “proteção reforçada”. Um dos grandes símbolos do cinema francês, Delon tem a saúde debilitada desde que sofreu um AVC em 2019 e já estava sob proteção judicial desde janeiro. Como o reforço da medida, um tutor deverá administrar seus bens e “gerir aspectos médicos”. Dois dos filhos dele - Anthony, de 59 anos, e Alain-Fabien, de 29 – acusam a irmã Anouchka, de 33 anos, de esconder o estado de saúde do pai. Já ela os processa pela gravação não autorizada e divulgação de uma conversa que teve com o ator. (Estadão)

Artistas de renome venderem seus catálogos não é mais novidade, mas o Kiss (Spotify) foi além. A banda, que se aposentou no ano passado, vendeu não só os direitos de suas músicas, mas seu nome, imagem e até o design das maquiagens dos integrantes. O feliz comprador, que teria pagado a bagatela de US$ 300 milhões (R$ 1,5 bilhão), foi a empresa sueca Pophouse Entertainment, responsável pela turnê virtual do ABBA. O negócio reforça os planos, anunciados pelo quarteto em seu show de despedida, de ser representado por avatares em apresentações virtuais. Em nota, a Pophouse disse que pretende promover “a música icônica, as personas enigmáticas e a imagem do grupo para as futuras gerações”. (Variety)

Após críticas da extrema direita contra a cantora Aya Nakamura, o presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu hoje que a artista franco-maliana se apresente nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. “Seu lugar está garantido em uma cerimônia de abertura ou de encerramento dos Jogos, já que ela fala com muitos de nossos compatriotas”, afirmou, durante a inauguração do Centro Aquático Olímpico. Aya Nakamura faz sucesso misturando francês com outros idiomas, como na faixa Djadja, que tem quase um bilhão de visualizações no YouTube. A hipótese de que ela cantasse uma música da francesa Edith Piaf durante a abertura dos jogos, em 26 de julho, gerou indignação na extrema direita, que chamou a possibilidade de “humilhação ao povo francês”. (Globo)

Baseado na peça autobiográfica de Mauro Rasi, o longa Pérola (trailer), dirigido por Murilo Benício, venceu o 26º Festival de Cinema Brasileiro de Paris, encerrado na terça-feira. O filme, disponível na Globoplay para assinantes do Telecine, traz Drica de Moraes como a personagem-título, lembrada após a morte pelo filho Mauro (Gustavo Machado). Mas esse não foi o único prêmio trazido por Benício da capital francesa. Outro de seus filmes – O Beijo no Asfalto (trailer), baseado na obra de Nelson Rodrigues – venceu a mostra Sessão Escolar, voltada para debates entre os estudantes. (Estadão)

Mistério na casa de uma família supostamente perfeita em São Paulo. Uma atriz veterana tendo de conviver com o marido com Alzheimer. Duas pessoas (e mundos) diferentes se encontrando numa grande cidade. Uma trama para trazer ao mundo o Anticristo. E, para quem gosta, um filme familiar com bichinho. Há de tudo nas estreias desta quinta-feira nos cinemas. Confira os trailers.

A Warner Bros. afirmou que está trabalhando em um quinto filme de Matrix, mas dessa vez as irmãs Wachowski não devem assumir a direção, que terá Drew Goddard na função junto à produção do roteiro. Lilly e Lana Wachowski estiveram à frente dos três primeiros longas. Lana, que trabalhou sem a irmã na direção de Matrix Resurrections, em 2021, voltará na continuação como produtora executiva. Ainda não há informações se Keanu Reeves e Carrie-Anne Moss retornarão aos papéis de Neo e Trinity, tampouco os detalhes sobre o enredo. (Rolling Stone)

Um detetive que parece saído de um filme noir é contratado por um velho produtor de cinema para encontrar sua neta na atual e sombria Los Angeles. O por si só interessante argumento da série Sugar, que estreia sexta-feira na AppleTV, é valorizado por ter como protagonista Colin Farrell e como diretor o brasileiro Fernando Meirelles. Apesar da longa e premiada carreira em Hollywood, ainda se vê como um forasteiro e diz que essa visão foi fundamental para o novo trabalho. “Eu não sou parte dessa realidade coisa nenhuma. Eu tenho uma visão de fora, e precisei conhecer Los Angeles para poder mostrá-la na série”, diz Meirelles. (Folha)

Mais de 200 artistas, entre eles Billie Eilish, Stevie Wonder e a banda Pearl Jam, se uniram à ONG Artist Rights Alliance em uma carta aberta pedindo a desenvolvedores, empresas de tecnologia e plataformas e serviços digitais de música que parem de utilizar inteligência artificial para desvalorizar e infringir direitos de artistas humanos. O texto destaca a tendência de uso das obras para treinar os modelos de IA sem permissão, produzindo imitadores de IA, e o emprego da ferramenta para diluir as obrigações com royalties. “O uso antiético da IA generativa para substituir artistas humanos desvalorizará todo o ecossistema musical – tanto para artistas como para fãs”, afirma Jen Jacobsen, diretora-executiva da organização. (Variety)

Morreu na madrugada desta terça-feira, aos 90 anos, a guadalupense Maryse Condé, considerada a mais importante escritora caribenha. A causa da morte não foi divulgada, mas ela estava internada em um hospital francês e enfrentava sequelas de um AVC. Autora de mais de 20 romances, Condé abordou assuntos do dia a dia de seu povo, como colonialismo, diáspora negra, sexualidade e racismo, que ela sofreu quando foi estudar na França, ainda adolescente. “As pessoas acreditavam que eu era inferior só porque era negra. Tive que provar que era talentosa e mostrar a todos que a cor da minha pele não importava – o que importa está no seu cérebro e no seu coração”, lembrava. Além da atividade literária, lecionou em universidades de Gana, Senegal, Guiné, EUA e França. (Globo)