Cultura

Morre James Earl Jones, famoso pela voz de Darth Vader de ‘Star Wars’

Morreu nesta segunda-feira, aos 93 anos, o ator de cinema, teatro e TV James Earl Jones, mais conhecido como a voz do vilão Darth Vader de Star Wars. Nascido em Arkabutla, no estado americano do Mississippi, começou a carreira no teatro antes de ganhar seus primeiros papéis nas telas, sendo um dos atores negros pioneiros de sua geração. Ao longo de seus mais de 60 anos de carreira, representou diversos papéis famosos, como o Rei Jaffe Joffer na comédia de Eddie Murphy Um Príncipe em Nova York, e a voz do Rei Mustafa na animação da Disney O Rei Leão. Sua estreia nas telonas foi em 1964, em Dr. Fantástico, a convite do diretor Stanley Kubrick, após vê-lo como Príncipe do Marrocos na peça de William Shakespeare, O Mercador de Veneza. Na TV, marcou presença em séries de sucesso, como House, Law & Order e Os Simpsons.

FLIP 2024 anuncia Carla Madeira e Édouard Louis entre os autores convidados

A organização da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) anunciou nesta segunda-feira a lista completa de participantes do evento, que acontece na cidade do litoral sul fluminense de 9 a 13 de outubro. Entre os destaques estão o francês Édouard Louis e a best-seller brasileira Carla Madeira. Autor, entre outros títulos de O Fim de Eddy, Louis mistura em suas obras ficção e ensaios sociais. Já Carla Madeira estreou na literatura com Tudo É Rio, que retrata o triângulo amoroso entre uma prostituta, uma mulher de família tradicional e o ciumento marido desta. O homenageado desta edição da FLIP é o jornalista e escritor João do Rio (1881-1921), um dos mais importantes cronistas da capital no início da República. (Estadão)

Mesmo com mudança, Bienal de SP tem dia com longas filas e lotação

A mudança de endereço visando o conforto dos visitantes não foi o suficiente para evitar filas e lotação no dia tradicionalmente mais cheio para a Bienal do Livro de São Paulo. Quem passou pelo Distrito Anhembi neste sábado teve de encarar filas que ocupavam boa parte dos corredores para entrar nos estandes e se misturavam, causando confusões. Uma das mesas mais aguardadas do dia, foi composta por Elayne Baeta, Clara Alves e Stefano Volp, que discutiram sobre o diálogo com seus leitores. Fenômeno lésbico da literatura nacional, Baeta foi uma das mais requisitadas pelo público LGBTQIA+ que compareceu em peso. A Bienal vai até o próximo dia 15 e ainda deve receber nomes como Ailton Krenak, Raul Juste Lores, Jeff Kinney, Carla Madeira e Eliana Alves Cruz. (Folha)

Documentário revela um Prince pouco conhecido pelo público

O que devemos pensar sobre artistas cujas falhas morais foram expostas? Um documentário de Ezra Edelman sobre Prince consegue apresentar uma pessoa completamente falha enquanto lhe garante grandeza e dignidade. A obra de nove horas de duração demorou quase cinco anos para ser finalizada e mostra as mais diferentes facetas de um dos maiores ícones da música pop buscando revelar quem realmente era Prince Rogers Nelson. Além de seu brilhantismo em criar álbuns como Purple Rain e 1999, nos bastidores, O Artista aparentava ser alguém obcecado por reconhecimento, enquanto lidava com fantasmas do passado, que contribuíram para que se tornasse uma figura tímida, controladora, sombria e triste. Mas podemos nunca ver o longa. Quando o espólio de Prince mudou de mãos, os novos executores se opuseram ao projeto após ver um dos cortes, entrando em uma batalha com a Netflix, detentora dos direitos do filme, sob alegação de que a obra deturpava a imagem do músico. (New York Times)

Filme de Walter Salles recebe prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza

O filme brasileiro Ainda Estou Aqui recebeu neste sábado o prêmio de melhor roteiro no circuito competitivo do Festival de Cinema de Veneza com o texto de Murilo Hauser e Heitor Lorega. Dirigido por Walter Salles, o longa era um dos favoritos, mas o grande vencedor do Leão de Ouro foi The Room Next Door, primeiro filme de Pedro Almodóvar em língua inglesa, enquanto Vermiglio de Maura Delpero levou o Grande Prêmio do Júri. Brady Corbet recebeu o Leão de Prata de Melhor Diretor por The Brutalist e Dea Kulumbegashvili recebeu o Prêmio Especial do Júri por April. Nicole Kidman foi eleita a melhor atriz por sua atuação em Babygirl e Vincent Lindon melhor ator por seu papel em The Quiet Son.

‘Ainda Estou Aqui’ é favorito ao prêmio de melhor filme em Veneza, diz revista inglesa

Ovacionado por dez minutos após sua estreia no Festival de Veneza, Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, lidera o ranking da revista inglesa Screen International com críticos de veículos como o jornal francês Le Monde, o espanhol El País, o britânico The Observer, o português Expresso e a revista americana The Hollywood Reporter. O filme é o primeiro entre 19 produções, com nota média de 3,89. Em segundo lugar, com 3,85, ficou The Room Next Door, de Pedro Almodóvar. Em terceiro, com 3,60, está Harvest, de Athina Rachel Tsangari. O resultado sai amanhã. (Globo)

Morre Sergio Mendes, gigante da música brasileira, aos 83 anos

Morreu nesta sexta-feira o pianista brasileiro Sergio Mendes, aos 83 anos, em Los Angeles, devido a complicações respiratórias. O músico se destacou como um dos maiores nomes do samba-jazz e da bossa nova, e iniciou sua carreira ao lado de grandes como Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Seu maior sucesso, Mas que nada, lançado com o grupo Brasil '66, ajudou Mendes a alcançar fama mundial e foi regravado em 2006 pelo Black Eyed Peas. Vivendo há seis décadas nos Estados Unidos, onde morava com sua esposa e parceira musical, Gracinha Leporace, Mendes conquistou imenso reconhecimento, com 14 gravações no Top 100 das mais tocas nos Estados Unidos. Ele também ganhou um Grammy com o álbum Brasileiro, de 1992, e foi indicado ao Oscar por Real in Rio, trilha do filme Rio, em parceria com Carlinhos Brown. “De uma força imensa. Ensaiava todos os dias. Nunca vi um artista tão dedicado à música brasileira”, disse a cantora Bebel Gilberto. (Globo)

‘Manas’, com Dira Paes, vence prêmio em mostra paralela no Festival de Veneza

Manas, filme de Marianna Brennand, ganhou o GDA Director’s Award, principal prêmio da Giornate Degli Autori, uma das mostras paralelas do Festival de Veneza que destaca obras autorais e cineastas emergentes com visão cinematográfica inovadora. O prêmio entrega o valor de € 20 mil (cerca de R$ 123 mil) para ajudar na circulação do longa. Estrelado por Dira Paes, Manas narra a história de Marcielle, jovem de 13 anos que vive na Ilha do Marajó (PA) com o pai, a mãe e três irmãos. Em um ambiente abusivo, ela decide confrontar a engrenagem violenta que rege sua família e as mulheres da sua comunidade. “Esse prêmio é importante para mim como diretora, para toda a equipe brilhante que fez esse filme, para todas as manas do Pará, do Brasil e do Mundo”, disse a diretora. Assista ao trailer. (CBN)

Atuação ‘soberba’ de Fernanda Torres pode levá-la ao Oscar, aposta ‘Variety’

A interpretação de Eunice Paiva feita por Fernanda Torres em Ainda Estou Aqui pode levá-la a uma inédita indicação ao prêmio de melhor atriz no Oscar 2025. Após a aclamada estreia do filme de Walter Salles no Festival de Veneza, a revista Variety definiu a atuação como “soberba” e “profundamente pungente”, e listou dez atrizes que merecem disputar as cinco vagas da premiação: Angela Jolie (Maria), Saoirse Ronan (The Outrun), Mikey Madison (Anora), Karla Sofía Gascon (Emilia Pérez), Marianne Jean-Baptiste (Hard Truths), Julianne Moore (The Room Next Door), Demi Moore (The Substance), Cynthia Erivo (Wicked) e June Squibb (Thelma), além de Torres. Ela venceu aos 20 anos a Palma de Ouro de melhor atriz, em Cannes, pelo seu trabalho em Eu Sei que Vou te Amar. Seria a segundo indicação de uma atriz do Brasil ao Oscar. Curiosamente, a primeira foi sua mãe, Fernanda Montenegro, em 1999, também por um filme de Salles, Central do Brasil. (Globo)

Participação feminina cresce em documentários, mas cai em produção geral nos EUA

Um estudo do Indie Women divulgado nesta quinta-feira mostra que a participação de mulheres nos bastidores de filmes produzidos e lançados em festivais dos Estados Unidos tem crescido mais em documentários do que em longas narrativos. No último ano, documentários com direção feminina tiveram mais apresentações em festivais americanos do que aqueles dirigidos por homens pela primeira vez. Foram nove comandados por elas contra oito deles. Por outro lado, os mesmos eventos destacaram uma média de 11 longas masculinos ante sete filmados por mulheres.