Presidente do Supremo dos EUA, pede ‘cautela’ com IA no campo jurídico
A inteligência artificial é uma bênção com aspectos mistos para o campo jurídico, afirmou o presidente da Suprema Corte americana, John Roberts, em um relatório de fim de ano publicado no domingo. Ele pede “cautela e humildade” à medida que a tecnologia, ainda em evolução, transforma a maneira como juízes e advogados realizam seu trabalho. No documento de 13 páginas, ele adotou um tom ambivalente, dizendo que a IA tem potencial para aumentar o acesso à Justiça, revolucionar a pesquisa jurídica e ajudar os tribunais a resolver casos de forma mais rápida e barata. Por outro lado, destacou preocupações com a privacidade e a incapacidade atual da tecnologia de replicar as nuances humanas. “Prevejo que os juízes humanos ainda existirão por um tempo”, escreveu Roberts. “Mas com igual confiança prevejo que o trabalho judicial – particularmente a nível de julgamento – será significativamente afetado pela IA.” (Reuters)
Google fecha acordo em processo sobre rastreamento de usuários em aba anônima
O Google fechou um acordo nos Estados Unidos para encerrar um processo coletivo de US$ 5 bilhões movido por usuários que acusam a big tech de rastreá-los pela aba anônima do Chrome. Os termos da conciliação que impediu o julgamento agendado para 5 de fevereiro não foram revelados. Os advogados esperam apresentar uma proposta formal para aprovação do tribunal até 24 de fevereiro. No processo, os autores afirmam que as análises, cookies e aplicativos do Google permitiam o rastreamento das atividades, mesmo em navegação privada, gerando um banco de dados que beneficiava a companhia na publicidade online direcionada, além de outros aprendizados. (Olhar Digital)
Programa ‘Celular Seguro’ bloqueia 3,9 mil aparelhos em uma semana
Apenas uma semana depois de ser lançado, o programa Celular Seguro, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, já resultou no bloqueio de 3.896 aparelhos roubados, furtados, perdidos ou extraviados. A pasta informou à Agência Brasil que, até o início da tarde de terça-feira, dia 26, a ferramenta havia recebido 1.658 alertas de vítimas de roubos. Outros 1.154 alertas foram motivados por furtos; 801 por perdas e 283 por motivos diversos. Só no último dia 20, foram 1.113 medidas restritivas. São Paulo é o estado com maior número de alertas de bloqueio, com 1.011. Em seguida, aparecem o Rio de Janeiro (453); Pernambuco (286); Bahia (272) e Minas Gerais (259). Também de acordo com o ministério, 700.697 pessoas acessaram o aplicativo por meio da plataforma gov.br. Destas, 513.098 registraram os números das linhas de telefone que gostariam de bloquear remotamente. É possível acessar o aplicativo informando apenas o CPF, deixando de registrar os dados do aparelho. Cada pessoa que se cadastra no Celular Seguro pode indicar pessoas da sua confiança, autorizando-as a efetuar os bloqueios em seu nome. Mais de 467,8 mil pessoas de confiança já tinham sido cadastrados até dia 26.
‘New York Times’ processa OpenAI e Microsoft por violação de direitos autorais
O New York Times está processando a OpenAI e a Microsoft por violação de direitos autorais, intensificando a batalha legal sobre o uso não autorizado de material para treinar tecnologias de inteligência artificial. O NYTimes é a primeira grande organização de mídia americana a processar as empresas, os criadores do ChatGPT e de outros sistemas de IA populares sobre questões de direitos autorais associadas aos seus trabalhos escritos. A ação, movida no Tribunal Distrital Federal de Manhattan, afirma que milhões de artigos publicados pelo NYTimes foram usados ??para treinar chatbots automatizados, que agora competem com o meio de comunicação como fonte de informação confiável. O processo não inclui uma demanda monetária exata. Mas diz que os réus devem ser responsabilizados por “bilhões de dólares em danos legais e reais” relacionados com a “cópia e utilização ilegal de obras de valor único do The Times”. Também pede que as empresas destruam quaisquer modelos de chatbot e dados de treinamento que utilizem material protegido por direitos autorais do NYTimes. Representantes da OpenAI e da Microsoft ainda não se manifestaram. (New York Times)
Startup que queria construir Hyperloop de Elon Musk encerra as atividades
Fundada em 2014 com o objetivo de criar um meio de transporte por tubos com velocidade de 1.200 km/h, a startup Hyperloop One anunciou que vai encerrar suas atividades até o fim do ano. Segundo a Bloomberg, a companhia está vendendo seus ativos, fechando os escritórios e demitindo os funcionários após perder executivos importantes. O Virgin Group, conglomerado do bilionário Richard Branson, também já havia saído do negócio desde o ano passado, após a Hyperloop One decidir focar em transporte de cargas em vez de passageiros. A ideia da empresa era criar um projeto parecido com o proposto por Elon Musk, em 2013, no qual um transporte chamado Hyperloop poderia levar pessoas em cápsulas que percorreriam trilhos magnéticos dentro de tubos em altíssimas velocidades. (Tecmundo)
Anatel critica construção de usina no Ceará por riscos à internet no Brasil
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e as operadoras de internet manifestaram preocupações sobre o projeto da usina de dessalinização na Praia do Futuro, em Fortaleza (CE). As obras foram aprovadas nesta semana pela Superintendência do Patrimônio da União (SPU-CE) e, segundo a Anatel, podem romper cabos submarinos que passam pela capital cearense e impactar os serviços de internet no Brasil. A Anatel classifica a construção da usina como "indesejável e imprudente" e alega que "existem outras opções para a sua realização". O órgão afirma ainda que o projeto da SPE - Águas de Fortaleza, responsável pela construção, não considerou riscos e nem seguiu 11 recomendações do International Cable Protection Committee (ICPC), organização que atua para proteger o funcionamento de cabos submarinos. O projeto da usina deverá iniciar as obras em março de 2024, com previsão de conclusão para o primeiro semestre de 2026. (g1)
China anuncia novas restrições para o uso de jogos eletrônicos
O governo da China anunciou hoje novas restrições à indústria de jogos online. O objetivo é combater o vício entre a população de um país que é o maior mercado mundial do setor. O projeto divulgado pela agência reguladora chinesa pretende limitar as compras de uma pessoa dentro de um jogo. Com isso, a medida restringe recursos que visam aumentar o tempo de uso de um aplicativo e as recompensas para quem se conecta diariamente. Essa não é a primeira tentativa da China de restringir o uso de videogames. As autoridades também pretendem obrigar que empresas de jogos emitam alertas para os usuários sobre “comportamentos irracionais”. Em 2021, o governo estabeleceu limites ao tempo em que menores de idade podem passar jogando online. O anúncio sobre o novo pacote de restrições abalou o setor de tecnologia, causando quedas nas Bolsas asiáticas. (UOL)
Microsoft vai descontinuar o Windows Mixed Reality
A Microsoft vai descontinuar o Windows Mixed Reality. A plataforma, que combina o mundo físico com o digital, permite utilizar o sistema operacional em um ambiente tridimensional com o auxílio de headsets de realidade aumentada. O recurso foi lançado em 2015 para o Windows 10, sob o nome de Windows Holographic. Em comunicado, a empresa afirmou que o Windows Mixed Reality encontra-se agora descontinuado do Windows 10 e Windows 11, e deve ser inteiramente removido do sistema durante as próximas atualizações. A Microsoft tem reduzido gradualmente sua divisão de RV, após a demissão em massa de 10 mil funcionários, a maioria equipes de projetos de realidade mista da companhia. Apesar disso, a Microsoft continua a focar em outras aplicações de VR, como o aplicativo Microsoft Mesh. (The Verge)
Rússia multa Google em R$ 245 milhões por informações “falsas” sobre guerra na Ucrânia
A Justiça da Rússia multou o Google em 4,6 bilhões de rublos. A quantia equivale a cerca de 50 milhões de dólares, ou aproximadamente R$ 245 milhões. A gigante de tecnologia foi punida por ter excluído supostas informações falsas sobre a guerra na Ucrânia. Segundo a imprensa russa, a multa foi imposta devido ao fato de o Google não ter removido “conteúdo extremista” e a distribuição do que Moscou chama de “propaganda LGBT”. A relação entre autoridades russas e a big tech vem se desgastando desde a invasão na Ucrânia, em fevereiro de 2022. Desde então, o governo russo exige que o Google exclua conteúdos relacionados ao conflito e considerados ilegais pelos russos. (Olhar Digital)