Cotidiano Digital

Apple cancela projeto de construção de seu carro elétrico autônomo

A Apple está cancelando seu projeto de longa data de construir um carro elétrico autônomo, segundo a Bloomberg. A companhia já começou a demitir algumas pessoas envolvidas no trabalho, enquanto muitos dos quase 2 mil funcionários envolvidos vão ser transferidos para projetos de inteligência artificial generativa. A entrada da big tech no setor automotivo foi vista inicialmente como uma alternativa para novas receitas em caso de estagnação de vendas de hardware ou ameaças regulatórias no setor de serviços. Mas a desistência surge em um momento em que as principais montadoras reavaliam seus investimentos em automóveis elétricos e em meio a um maior escrutínio sobre carros autônomos. (TechCrunch)

Sony demite 900 funcionários do PlayStation

A Sony está demitindo cerca de 900 funcionários de sua divisão de jogos, equivalente a 8% de sua força global de trabalho. Os desligamentos afetarão vários de seus estúdios da PlayStation, incluindo Insomniac Games, Naughty Dog, Guerrilla Games e Firesprite. O estúdio de Londres, no Reino Unido, que desenvolvia jogos para PlayStation VR será fechado. “Após consideração cuidadosa e muitas discussões de liderança ao longo de vários meses, ficou claro que mudanças precisam ser feitas para continuar a crescer o negócio e desenvolver a empresa”, disse o chefe da PlayStation, Jim Ryan, em um e-mail interno aos funcionários. As baixas ocorrem após a Sony não bater a meta de vendas do PS5, fazendo as ações despencarem em US$ 10 bilhões. (The Verge)

Meta cria grupo de combate à desinformação em eleições na UE

A Meta anunciou nesta segunda-feira que vai criar uma equipe dedicada ao combate da desinformação e abuso da inteligência artificial generativa nas eleições do Parlamento Europeu, que ocorrem em junho deste ano. O objetivo é identificar e eliminar as ameaças em tempo real. O grupo será formado por especialistas de inteligência, ciência de dados, engenharia, pesquisa, operações, política de conteúdo e jurisdição. Atualmente, a companhia trabalha com 26 organizações de checagem de fatos em toda a União Europeia, com cobertura de 22 idiomas. (Olhar Digital)

Suprema Corte começa julgamento de leis americanas sobre moderação de redes

A Suprema Corte americana ouviu hoje os argumentos de advogados e procuradores sobre dois casos envolvendo duas leis dos estados do Texas e da Flórida, aprovadas em 2021, que podem mudar a maneira como as redes sociais moderam conteúdo. Os textos impedem as plataformas de moderar as postagens e dificultam a remoção de publicações. O procurador-geral da Flórida, Henry Whitaker, disse que as mídias sociais não têm o direito da Primeira Emenda de aplicar suas políticas de censura a certos usuários. Já o presidente do Supremo, John Roberts, questionou se a primeira preocupação deveria ser com o Estado que regulamenta “a praça pública moderna”. Ainda não se sabe qual será a decisão dos magistrados. (CBS News)

Samsung aposta em ‘anel inteligente’ para monitorar a saúde

As informações sobre a sua saúde nos seus dedos. Não na ponta, mas em volta deles. É o que promete a Samsung com o Galaxy Ring, um “anel inteligente” previsto para chegar ao mercado até o fim do ano. O aparelho vai apresentar um novo sistema de métricas chamado Meu Placar de Vitalidade, agregando quatro fatores: sono, atividade, frequência cardíaca em repouso e variação da frequência cardíaca. O sistema também estará presente no Galaxy Watch 6, igualmente previsto para o fim do ano. Porém – sempre há um porém –, só funciona associado aos celulares da série S-24, os topo de linha da empresa sul-coreana. (The Verge)

Apple pensa em desenvolver novos dispositivos vestíveis

A Apple tem explorado a ideia de desenvolver novos dispositivos vestíveis, os wearables, incluindo um anel fitness, óculos inteligentes e AirPods com câmeras, conta Mark Gurman, em seu boletim na Bloomberg. A ideia dos engenheiros de Cupertino seria aproveitar alguns recursos do Watch, como monitoramento de saúde, e colocar em um dispositivo de dedo. Apesar de ter alguma adesão, essa seria apenas uma ideia. Mais recentemente, a companhia discutiu a possibilidade de desenvolver óculos inteligentes semelhantes ao Meta Ray-Ban, que contam com câmera e assistente de IA, mas sem displays. Os óculos inteligentes, além de uma alternativa mais barata do Vision Pro, também seriam pensados como substitutos dos fones AirPods, com mais sensores, recursos de IA e baterias de maior duração. (Bloomberg)

Startups no Vale do Silício entram no mercado da guerra

Há um tempo, os profissionais de tecnologia não gostavam de aplicar o conceito de agilidade e rapidez das startups para criar armas de guerra. Mas, isso parece ter mudado com centenas de jovens brilhantes desembarcando neste fim de semana no Vale do Silício para um hackaton - concurso no qual programadores competem para criar software - com o objetivo de desenvolver ferramentas de vigilância e sistemas de guerra eletrônica. A mudança cultural desse setor teria sido provocada pelas ameaças econômicas e geopolíticas e a crescente militarização da China. Parte dessa nova safra de trabalhadores acredita que esse novo mercado é um chamado mais elevado de extensão dos ideais americanos para o próximo século. E já existem ao menos três dúzias de investidores para essas organizações, que já conta com ao menos sete unicórnios (avaliadas em mais de US$ 1 bilhão). De acordo com a empresa de dados PitchBook, os investidores injetaram US$ 108 bilhões para companhias tecnológicas de defesa entre 2021 e 2023 para a construção de ferramentas de ponta, como mísseis hipersônicos, wearables que melhoram o desempenho e sistemas de vigilância por satélite. (Estadão)

Google explica imagens com falhas em diversidade produzidas pelo Gemini

O Google explicou nesta sexta-feira que as imagens “embaraçosas e erradas” geradas por seu chatbot Gemini foram produzidas por conta de problemas de ajuste. A ferramenta chegou a criar alemães nazistas negros e fundadores dos Estados Unidos com diversidade racial. “Nosso ajuste para garantir que o Gemini mostrasse uma variedade de pessoas não levou em conta casos que claramente não deveriam mostrar”, escreveu o vice-presidente sênior do Google, Prabhakar Raghavan. Ele alega que o modelo generativo se tornou “muito mais cauteloso” do que a companhia pretendia, e lamentou pela falha. O Google pausou o recurso de geração de imagens do Gemini na quinta-feira e diz que “trabalhará para melhorá-lo significativamente” antes de reativá-lo. (The Verge)

Prompts mais emotivos geram respostas melhores em chatbots de IA

Para ler com calma. Se a entonação é importante para uma conversa humana, o mesmo também parece ser válido para chatbots de inteligência artificial. Usuários do Reddit dizem ter notado diferença na qualidade das respostas que recebem do ChatGPT, quando demonstram educação. Um deles afirma que a IA foi estimulada a “tentar muito mais” e “trabalhar muito melhor” depois que ele ofereceu uma recompensa de US$ 100 mil. Acadêmicos e os próprios construtores desses modelos de linguagem estudam há algum tempo os efeitos provocados pelas chamadas “instruções emotivas”. Em um artigo, pesquisadores da Microsoft, da Universidade Normal de Pequim e da Academia Chinesa de Ciências descobriram que os modelos generativos em geral têm um desempenho melhor quando são solicitados de maneira que passe urgência ou importância, como “É crucial que eu obtenha esse direito para minha defesa de tese”. Uma equipe da Anthropic conseguiu impedir que seu chatbot Claude discriminasse com base em raça ou gênero pedindo gentilmente que não o fizesse. Para a pesquisadora do Allen Institute for AI, Nouha Dziri, esses estímulos emocionais acionam partes do modelo que não seriam ativadas em prompts mais apáticos. (TechCrunch)

Legislativo da Flórida aprova proibição de redes sociais para menores de 16 anos

O Congresso estadual da Flórida aprovou na quinta-feira um projeto de lei que proíbe o acesso de menores de 16 anos a redes sociais. Sob a justificativa do impacto nocivo que as redes podem ter nos jovens, os legisladores determinam que as plataformas usem ferramentas para reconhecer a idade do usuário, bloqueando a criação de novas contas e cancelando as já existentes. O governador Ron DeSantis, a quem cabe sancionar ou não a lei, defendeu mudanças no texto, com a participação maior dos pais. Hoje, a maioria das redes estabelece 13 anos como idade mínima para criação de contas, mas pouco ou nada é feito para impedir o acesso de crianças. (Globo)