Nvidia é processada por violação de direitos autorais em treinamento de IA
Com potencial de ultrapassar a Apple e se tornar a segunda empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia é alvo de um processo judicial na Califórnia, acusada de usar obras protegidas por direitos autorais para treinar seus sistemas de inteligência artificial. Na ação coletiva, três autores alegam que seus livros foram incluídos sem permissão em um conjunto de dados com quase 200 mil obras para treinar a NeMo, IA da Nvidia. Entre as obras citadas estão o romance de Brian Keene, Ghost Walk, de 2008, e o romance de Abdi Nazemian, de 2019, Like a Love Story. O material foi retirado do ar pela companhia em outubro do ano passado após denúncias. Atualmente a terceira empresa mais valiosa do mundo, a americana Nvidia tem como principal negócio o desenvolvimento de software para treinar modelos de IA. (Valor)
Elon Musk diz que abrirá o código-fonte de seu chatbot, o Grok
A startup de inteligência artificial do bilionário Elon Musk, a xAI, vai abrir o código-fonte do Grok, seu chatbot rival da OpenAI, cofundada por ele em 2015. A decisão acontece logo após Musk processar a dona do ChatGPT, acusando a empresa de abandonar sua missão original de desenvolver IA para o benefício da humanidade e não para fins lucrativos. Para ele, “a OpenAI foi transformada em uma subsidiária de código fechado da maior empresa de tecnologia do mundo: a Microsoft”. Grok foi lançado pelo bilionário no ano passado e é um chatbot conversacional de IA generativa. O serviço está disponível por uma assinatura mensal de US$ 16 por ano no X. Ao abrir o código-fonte do Grok, Musk revela a “receita de bolo” de seu robô de IA, assim como fez com algumas tecnologias da Tesla e da rede social X. “A Tesla não iniciará ações judiciais de patentes contra ninguém que, de boa fé, queira usar nossa tecnologia”, disse Musk em 2014. (TechCrunch)
Maior parte dos adultos não consegue distinguir vídeos feitos por IA da OpenAI
A inteligência artificial Sora, da OpenAI, confundiu a maior parte dos adultos, segundo dados exclusivos da HarrisX à Variety. Após o lançamento controverso, a maioria dos entrevistados nos EUA errou ao distinguir vídeos gravados por humanos dos gerados pela Sora, em uma pesquisa realizada semanas depois. Metade dos vídeos eram demonstrações da Sora que viralizaram, levantando preocupações quanto à qualidade de produção, e metade eram vídeos reais. A pesquisa também revelou o apoio à regulamentação do governo para rotular conteúdo gerado por IA, mesmo em uso de texto. Embora a Sora não tenha sido lançada publicamente, a indústria teme as implicações, principalmente com deepfakes em ano eleitoral. As reações dos entrevistados ao saberem que os vídeos eram gerados pela Sora variaram de curiosidade (28%), incerteza (27%), mente aberta (25%) ansiedade (18%), inspiração (18%) e medo (2%). (Variety)
X terá aplicativo para smart TVs
O X de Elon Musk planeja lançar um app para smart TVs da Amazon e Samsung na próxima semana, revelou uma fonte interna à Fortune. Respondendo a um usuário no sábado, Musk confirmou a iminente disponibilidade de vídeos de longa duração nas smart TVs, expressando o desejo de oferecer conforto na visualização de conteúdo em telas maiores; "em breve." Segundo a Fortune, o X TV terá semelhanças com o aplicativo YouTube TV do Google, um dos serviços com os quais Musk pretende competir, além do Twitch, Signal e Reddit. (O Globo)
Sam Altman retorna ao conselho da OpenAI
Sam Altman reassumiu seu cargo no conselho da OpenAI após uma investigação independente sobre sua demissão. Concluiu-se que a conduta do CEO não justificava sua remoção. O escritório WilmerHale entrevistou membros do conselho, funcionários e revisou mais de 30 mil documentos, confirmando que Altman e o co-fundador Greg Brockman são os líderes adequados para a OpenAI. A empresa divulgou um resumo limitado sobre a investigação, mencionando brandamente uma quebra de relação e perda de confiança como razões para a súbita demissão. Em coletiva com jornalistas, Sam não detalhou, pedindo desculpas por crer que um ex-membro prejudicava a empresa. O presidente do conselho, Bret Taylor, anunciou três novos membros junto com o retorno de Altman; Sue Desmond-Hellmann, ex-CEO da Fundação Bill e Melinda Gates, Nicole Seligman, ex-executiva jurídica da Sony e Fidji Simo, CEO do Instacart. (The Verge)
Epic Games vai poder voltar para iOS na Europa
A Apple voltou atrás e disse que vai restabelecer o acesso de desenvolvedor da Epic Games para oferecer jogos nos dispositivos iOS na Europa novamente. A conta havia sido encerrada nesta quarta-feira, após o CEO da Epic, Tim Sweeney, ter criticado abertamente a big tech por práticas anticompetitivas. A empresa da maçã reviu a decisão depois que a União Europeia disse que investigaria o caso. “Após conversas com a Epic, eles se comprometeram a seguir as regras, incluindo nossas políticas [da Lei dos Mercados Digitais]”, disse a Apple. “Isso envia um forte sinal aos desenvolvedores de que a Comissão Europeia agirá rapidamente para fazer cumprir a Lei dos Mercados Digitais”, comentou a dona do Fortnite. (TechCrunch)
Apple gastou US$ 10 bilhões em projeto de carro elétrico autônomo cancelado
Antes de cancelar seu projeto de carro elétrico autônomo próprio, no final do mês passado, a Apple gastou cerca de US$ 10 bilhões ao longo de uma década, segundo o jornalista Mark Gurman, em seu boletim na Bloomberg. Nesse tempo, a companhia esbarrou em problemas técnicos e de equipe, passando por várias rodadas de contratações e demissões para funções como engenheiros e especialistas em sistemas autônomos, ganhando e perdendo talentos para outras empresas. Para pular etapas no processo de desenvolvimento, a Apple chegou a pensar em comprar a Tesla por cerca de US$ 30 bilhões, mas o CEO Tim Cook desistiu do investimento depois das primeiras conversas com Elon Musk, que chegou a confirmar a negociação. (Tecmundo)
Em manifesto, cientistas de vários países se unem para prevenir armas biológicas de IA
Um grupo de 100 biólogos e cientistas assinaram um acordo defendendo o uso responsável de inteligência artificial para o design de proteínas e contra a criação de armas biológicas que podem ameaçar a humanidade. As proteínas são macromoléculas orgânicas extremamente importantes para os organismos vivos e podem ser encontradas em todos os tipos de células e nos vírus. Os signatários no texto divulgado nesta sexta-feira incluem Frances Arnold, vencedora do Nobel de Química, e pesquisadores de universidades de diversos países, como o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), dos Estados Unidos, a Universidade de Osaka, no Japão, e a Universidade de Oxford, no Reino Unido. Outros signatários incluem Eric Horvitz , diretor científico da Microsoft. No documento, a comunidade científica pede que sejam feitas análises de segurança e sobre o potencial de perigos de novos modelos de IA para o design de proteínas e material genético. Por outro lado, eles defendem que a tecnologia seja empregada na engenharia biomolecular para uma resposta rápida no combate à emergências biológicas, como futuras pandemias. (The New York Times)
O golpe que usa a inteligência artificial para clonar vozes em chamadas telefônicas
Para ler com calma. Os golpes cibernéticos são comuns na atualidade, mas com o desenvolvimento de novas tecnologias, os criminosos criam golpes cada vez mais complexos e sofisticados. Um exemplo disso envolve as chamadas deepfakes. Usando inteligência artificial, os golpistas falsificam vídeos e vozes de pessoas para pedir dinheiro para parentes e contatos próximos. Isso pode acontecer até mesmo em golpes telefônicos, com os fraudadores utilizando vozes clonadas para se passarem por pessoas de confiança. O uso de IA para fins maliciosos, como a fraude, se tornou frequente. Isso se tornou mais fácil agora que o TikTok, o YouTube e o Instagram armazenam milhares de vídeos e vozes de pessoas. A reportagem da New Yorker traz relatos de vítimas que tiveram suas vozes clonadas e levanta questões sobre a regulamentação da IA e direitos autorais. (New Yorker)
Justiça do Maranhão condena TikTok por coletar dados usando biometria facial
O Tribunal de Justiça do Maranhão condenou o TikTok a pagar R$ 23 milhões por coleta de dados sensíveis utilizando biometria facial. A companhia também deverá indenizar cada usuário afetado em R$ 500,00 por dano moral individual. A decisão, que cabe recurso, ocorre após uma ação coletiva proposta pelo Instituto Brasileiro de Defesa das Relações de Consumo do Maranhão (Ibedec/MA) contra a ByteDance Brasil, que representa o app no país. O órgão alega que a companhia feriu os direitos fundamentais à privacidade e intimidade, além de “coletar indiscriminadamente” dados pessoais dos usuários. A empresa não se manifestou. (CNN Brasil)