Meio

Sora, a inteligência artificial da OpenAI capaz de criar vídeos realistas com prompts de texto, deve estar disponível ao público ainda este ano. É o que garante a diretora de tecnologia da OpenAI, Mira Murati, em entrevista ao The Wall Street Journal nesta quarta-feira. A companhia havia apresentado a nova ferramenta em fevereiro, liberando testes apenas para cineastas, designers e artistas visuais. Para deixar as cenas produzidas ainda mais reais, a empresa tem planos de incorporar áudio ao conteúdo e permitir que os usuários editem os vídeos, corrigindo imprecisões. Murati disse que a empresa pretende oferecer a IA por um preço semelhante ao DALL-E, seu modelo gerador de imagens. Com a crescente preocupação sobre uso de deep fakes nas eleições de 2024, a diretora esclarece que Sora provavelmente não conseguirá gerar imagens de figuras públicas e os vídeos gerados terão uma marca d'água para diferenciá-los dos verdadeiros. (The Verge)

Um foguete não tripulado da startup japonesa Space One explodiu na noite de terça-feira, poucos segundos após o lançamento na região oeste do Japão. A missão tinha como objetivo levar à órbita um satélite do governo japonês, algo inédito para a indústria aeroespacial privada do país. O foguete Kairos, de 28 metros, decolou de um centro de lançamento na península de Kii. Poucos segundos depois, o foguete explodiu e seus destroços caíram nas colinas da região. A Space One disse que decidiu “cancelar o voo” e abriu uma investigação sobre o ocorrido. (Folha)

A Câmara dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira o projeto de lei que pode banir o TikTok do país. O texto prevê que o aplicativo seja vendido pela controladora chinesa ByteDance e tenha um novo dono no território norte-americano em até seis meses. Se a companhia se recusar a cumprir a decisão ou não encontrar um comprador, as big techs Apple e Google terão que remover a rede social chinesa de suas lojas de aplicativo. A Justiça americana também pode punir as empresas que desobedecerem as novas regras contra o app de vídeos curtos. Com apoio de membros dos partidos Democrata e Republicano, o projeto teve 352 votos a favor e apenas 65 contra. Agora, o texto segue para o Senado e, se aprovado, precisa da sanção presidencial para entrar em vigor. Na semana passada, o presidente Joe Biden havia dito que assinaria a lei. Além do TikTok, a legislação proposta também afeta outros “aplicativos controlados por adversários estrangeiros” e considerados ameaça à segurança nacional. (New York Times e g1)

O Parlamento Europeu aprovou nesta quarta-feira o primeiro conjunto de regras para regulamentar o uso da inteligência artificial na União Europeia. Chamada de AI Act, o projeto de lei foi criado em 2021 e aprovado pelos parlamentares com 523 votos a favor, 46 contra e 49 votos não registrados. A proposta divide a tecnologia em categorias de risco, que vão desde o “inaceitável”, o que levaria à proibição da tecnologia, até alto, médio e baixo risco. Entre outros pontos, o projeto restringirá a utilização apenas a governos o direito de usar a IA para reconhecimento facial em espaços públicos, a fim de prevenir ataques terroristas e buscar suspeitos de crimes graves. A presidente do Parlamento, Roberta Metsola, descreveu o projeto de lei como pioneiro, dizendo que ele permitirá inovação, ao mesmo tempo em que protege os direitos fundamentais. A regulamentação deve entrar em vigor no final de maio, após passar por verificações finais e receber a aprovação do Conselho Europeu. (Valor e Reuters)

Após o projeto de lei para banir o TikTok avançar no Congresso dos EUA, o Ministério das Relações Exteriores da China acusou o governo americano de tentar acabar com o app, apesar de “nunca ter encontrado evidências” de ameaça à segurança nacional. Nesta quarta-feira, a Câmara dos EUA votará o projeto para proibir o aplicativo chinês no país e obrigar a ByteDance a vender o TikTok dentro de seis meses, rompendo os laços da rede social com a China. Caso aprovado, o projeto seguirá para o Senado. "Este tipo de comportamento intimidador, que não consegue vencer na concorrência leal, perturba a atividade empresarial normal das empresas, prejudica a confiança dos investidores internacionais no ambiente de investimento e prejudica a ordem económica e comercial internacional normal", afirmou o porta-voz Wang Wenbin. Ele alertou que a proposta “se voltaria contra” os EUA. (BBC)

O Spotify anunciou nesta quarta-feira que usuários do plano Premium poderão assistir a videoclipes de artistas sem precisar sair da plataforma. A novidade está disponível para aparelhos com Android e iOS, além dos aplicativos para desktop e Smart TVs. Brasil, Reino Unido, Alemanha, Itália, Holanda, Polônia, Suécia e Colômbia são alguns dos países que terão o recurso no streaming de música. Por enquanto, o Spotify está disponibilizando apenas alguns videoclipes de artistas selecionados. O novo recurso acirra a disputa no mercado de música digital, com a empresa sueca criando uma nova interface para concorrer com o YouTube, principal plataforma de videoclipes. (TechCrunch)

A Apple vai permitir que desenvolvedores usem seus próprios sites para distribuir aplicativos de iPhone na União Europeia. A medida entra em vigor entre setembro e dezembro como parte da adequação à Lei dos Mercados Digitais (DMA), que passou a valer na semana passada. Apesar da abertura, a companhia ainda exigirá que suas regras de segurança sejam cumpridas por quem quiser trabalhar em seu estrito ecossistema. Além disso, os programadores precisarão concordar com uma série de compromissos, como fazer parte do Programa de Desenvolvedores da Apple e estar registrados na UE. (The Verge)

O Gemini, chatbot de inteligência artificial do Google, não vai responder perguntas sobre eleições. A companhia decidiu limitar algumas interações da IA relacionadas ao período eleitoral em todos os países com votações próximas, incluindo os Estados Unidos, cujas eleições estão marcadas para novembro. Ao perguntar algo relacionado a candidatos, políticos ou partidos, o Gemini diz que “ainda está aprendendo a responder à questão” e sugere o uso do buscador. Em fevereiro, o Google também decidiu suspender a geração de imagens por descrição em texto no Gemini, após uma série de polêmicas, incluindo imprecisões históricas e respostas controversas. (TechCrunch)

O ex-CEO da Activision Blizzard, Bobby Kotick, está interessado em comprar o TikTok, segundo o jornal Wall Street Journal. A oportunidade vem em meio a um projeto de lei nos Estados Unidos para banir o aplicativo no país ou forçar sua venda. A proposta será votada nesta quarta-feira na Câmara dos Deputados dos EUA, após ser aprovada na semana passada pelo Comitê de Energia e Comércio, e prevê um prazo de seis meses para que a ByteDance venda o TikTok. Também permitiria ao governo dos Estados Unidos proibir o acesso a outros aplicativos considerados uma ameaça à segurança nacional. Caso seja aprovado, o projeto seguirá para o Senado. Segundo o WSJ, Kotick mencionou a ideia de se associar a uma compra desse tipo ao CEO da OpenAI, Sam Altman, e a outros presentes em um jantar na semana passada, e trouxe o assunto ao Presidente Executivo da ByteDance, Zhang Yiming. Bobby Kotick liderou a Activision por mais de 30 anos até a conclusão da aquisição pela Microsoft em 2023. (WSJ e Exame)

Em meio ao histórico de reclamações de usuários sobre câmeras escondidas nas hospedagens, o Airbnb não vai mais permitir que esses dispositivos sejam instalados em áreas internas de espaços oferecidos pela plataforma. A regra entra em vigor a partir de 30 de abril e a proibição inclui “qualquer dispositivo que grave ou transmita vídeo, imagens ou áudio, como babá eletrônica, campainha inteligente ou outra câmera”. Até então, a empresa permitia equipamentos de vigilância em áreas comuns, como salas de estar, corredores e portarias, desde que ficassem visíveis aos hóspedes e a presença fosse informada. O anfitrião poderá ter o anúncio retirado ou a conta banida, caso seja comprovado que fez uso da câmera interna após o prazo. (Tecmundo)