Conselheira pede demissão após Meta ‘fechar os olhos’ para conteúdo prejudicial
Uma psicóloga que integrava o grupo de especialistas da Meta pediu demissão após alegar que a big tech “fecha os olhos” para conteúdos prejudiciais no Instagram. Em entrevista ao The Guardian, a dinamarquesa Lotte Rubæk, que estava no grupo há pelo menos três anos e era conselheira na área de prevenção ao suicídio, disse que a empresa ignorou os conselhos de especialistas e colocou o lucro à frente das pessoas. Ela alega ainda que a plataforma não removeu imagens de automutilação e deixa os usuários vulneráveis a conteúdos nocivos, contribuindo para o aumento do número de suicídios. “Optei por deixar o grupo de especialistas da Meta porque não acreditamos mais que o trabalho do grupo pode melhorar a segurança das crianças e jovens nas suas plataformas, desde que enfrentemos alguns modelos de negócios que querem fundamentalmente outra coisa”, explicou a psicóloga, no LinkedIn. Em resposta, a Meta informou que leva os temas tratados “extremamente a sério”, acrescentando que vai ocultar conteúdos sobre suicídio e automutilação de adolescentes. (The Guardian)
Meta vence recurso que proibia uso da marca no Brasil
A Meta venceu um recurso no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) que a proibia de usar seu nome no Brasil após um processo movido por uma empresa brasileira de mesmo nome. A decisão, publicada no final de fevereiro, dava 30 dias para a dona do Facebook deixar de usar sua marca no país. A brasileira Meta Serviços e Informática argumentou no processo que já detinha os direitos sobre o nome antes da gigante de redes sociais, e por isso teve seu nome citado erroneamente em mais de 100 ações judiciais. A big tech entrou com recursos contra a decisão e venceu, mas a empresa brasileira ainda pode recorrer. Em nota, Meta Serviços e Informática reafirmou apenas ser a proprietária dos direitos do nome no Brasil e acredita que a lei deve ser seguida “independentemente das decisões de negócios tomadas por grupos que queiram operar em nosso país”. (Olhar Digital)
Índia abre investigação antitruste sobre loja de aplicativos do Google
O regulador antitruste da Índia abriu uma investigação contra o Google sobre seu sistema de cobranças na Play Store. Desenvolvedores indianos alegam que a gigante de tecnologia teria implementado uma política de cobrança injusta e discriminatória em sua loja de aplicativos. Em um documento enviado nesta sexta-feira, a Comissão de Concorrência da Índia (CCI) diz que o Google parece ter violado várias disposições da lei antitruste do país e pede que as apurações sejam concluídas em 60 dias. A companhia americana chegou a retirar mais de 100 aplicativos de dez desenvolvedores, que não teriam cumprido suas políticas de cobrança, mas voltou a disponibilizá-los em sua loja, desde que cumpram as políticas de faturamento. De acordo com o órgão regulador, a big tech cobra uma taxa de serviço que varia de 10% a 30% para compras em aplicativos baixados na Play Store, gerando reclamações. O Google disse que está avaliando o pedido. (TechCrunch)
Meta decide desativar o CrowdTangle, ferramenta de monitoramento de redes sociais
A Meta decidiu desativar o CrowdTangle, ferramenta gratuita para monitoramento de redes sociais comprada pela empresa em 2016. Em comunicado, a dona do Facebook, Instagram e WhatsApp informou que a ferramenta não estará mais disponível após o dia 14 de agosto, e que a plataforma daqui para frente vai estar em “modo de manutenção”. O anúncio gerou críticas e preocupação entre especialistas, que veem na medida uma restrição no acesso a dados às vésperas de processos eleitorais. Isso porque o CrowdTangle é usado por pesquisadores, acadêmicos, jornalistas e checadores de fatos nas redes sociais da companhia. Também foi muito utilizado por pesquisadores para encontrar diversos problemas nos produtos da própria Meta, como desinformação e discurso de ódio. A Meta ressaltou que vai disponibilizar novas ferramentas para pesquisadores de instituições interessadas. (O Globo)
McDonald’s tem pane global e restaurantes ficam sem sistema
Restaurantes do McDonald’s em vários países ficaram sem sistema nesta sexta-feira. Clientes não puderam fazer seus pedidos nas lojas, no autoatendimento, nos sites e nos aplicativos da rede de fast-food no Japão, Austrália, Nova Zelândia, Taiwan e em Hong Kong. No entanto, problemas semelhantes também foram registrados por consumidores na Áustria, Canadá, Alemanha, Holanda, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos. Algumas filiais suspenderam as operações, enquanto outras recebiam pedidos de forma manual. Segundo o McDonald’s, a falha global não foi um ataque cibernético. A rede possui 40 mil restaurantes em todo o mundo, sendo 3 mil lojas no Japão e quase mil na Austrália. No fim da tarde de sexta-feira, pelo fuso local, o McDonald's informou que estava gradualmente retomando as operações em Hong Kong e na China. (Exame)
UE pede que big techs informem medidas tomadas para reduzir riscos da IA generativa
A Comissão Europeia enviou hoje uma série de pedidos formais de informação a Google, Meta, Microsoft, TikTok, X e Snap para que detalhem o que estão fazendo para minimizar os riscos da IA generativa. As solicitações são feitas com base na Lei de Serviços Digitais (DSA), que obriga grandes empresas de tecnologia a adotarem as regras de privacidade e moderação de conteúdo na União Europeia. A comissão pede que as big techs esclareçam sobre medidas de mitigação tomadas sobre os riscos em serviços do tipo, como as “alucinações”, nas quais a IA gera informações falsas, a disseminação de deep fakes, e como a manipulação dessas ferramentas pode enganar os eleitores. As plataformas têm até 24 de abril para responder. (TechCrunch)
Ex-secretário do Tesouro dos EUA diz que quer comprar o TikTok
O ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steve Mnuchin, está interessado em comprar o TikTok. Em entrevista ao canal americano CNBC, ele disse que pretende reunir um grupo de investidores para comprar a rede social, após a Câmara aprovar o projeto que pode banir o aplicativo ou obrigar a ByteDance a vendê-lo. “É uma grande empresa. Vou formar um grupo para comprar o TikTok”, disse o ex-secretário. Mnuchin alegou que a plataforma “deveria ser controlada por interesses americanos” e afirmou que já falou com várias pessoas sobre o projeto, sem revelar nomes. Até agora, nenhum potencial comprador se apresentou oficialmente. No entanto, segundo o Wall Street Journal, o ex-CEO da Activion Blizzard, Bobby Kotick, manifestou interesse ao cofundador da ByteDance, Zhang Yiming. (CNBC)
Tradutor simultâneo de libras brasileiro é finalista no SXSW 2024
Uma equipe de pernambucanos está entre os finalistas do SXSW 2024, maior evento de tecnologia e inovação do mundo, que acontece em Austin, no Texas. O projeto, único representante latino-americano da edição, concorre na categoria inteligência artificial, com uma tecnologia de tradução simultânea de libras. A ferramenta é capaz de traduzir textos em português, em que é gerado um vídeo com um avatar que transforma a mensagem em gestos em libras, além de processar a imagem transmitida em libras para texto ou áudio. O sistema pode ser usado com webcam instalada no computador, notebook, ou uma câmera no celular. Ao todo, 80 pessoas estiveram envolvidas com o projeto, como devolvedores e designers, profissionais com deficiência auditiva, cientistas de dados, intérpretes de libras, linguistas e pesquisadores de IA. O projeto levou cinco anos para ser criado e obteve financiamento de US$ 4 milhões da Lenovo. (Folha de Pernambuco)
Itália multa o TikTok em 10 milhões de euros
Um órgão antitruste da Itália multou o TikTok em 10 milhões de euros (US$ 10,94) por difusão de conteúdos impróprios e perigosos para menores de idade. A Autoridade de Defesa da Concorrência e do Mercado (AGCM) citou vídeos da rede social que poderiam “ameaçar a segurança psicofísica dos usuários”, como desafios de automutilação. A autoridade afirmou que “esses conteúdos são sistematicamente recomendados aos usuários graças ao seu algoritmo de avaliação de perfis, o que estimula um uso cada vez maior da rede social”. A multa foi imposta a três unidades do grupo chinês ByteDance: TikTok Technology, da Irlanda; TikTok Information Technologies UK e TikTok Itália. Em resposta, o TikTok discordou da decisão, dizendo que a empresa há tempos reduz a visibilidade de tais conteúdos aos usuários menores de 18 anos. A empresa afirmou ainda que determinados conteúdos citados pela agência registravam uma média diária de apenas 100 buscas por dia na Itália antes que a AGCM anunciasse o início das investigações. (Reuters)