Cotidiano Digital

Meta, X e Microsoft acusam Apple de descumprir decisão judicial da Califórnia

A Apple não está cumprindo à risca uma decisão do tribunal da Califórnia no julgamento contra a Epic Games. É o que disseram Meta, Microsoft, Match Group e X em um amicus curiae ao tribunal nesta quarta-feira. Em 2021, a juíza Yvonne Gonzalez Rogers disse à Apple que não poderia impedir desenvolvedores de usar botões e links para oferecer pagamentos fora dos aplicativos. A Epic questiona as taxas de 15% a 30% cobradas pela dona do iPhone sobre compras pelos apps e por dificultar a opção de pagamento fora do sistema iOS. Em documento, as companhias afirmam estar sujeitas às regras da Apple e que os requisitos de pagamentos estariam prejudicando as big techs e seus usuários. A Apple afirma ter cumprido integralmente a liminar. (The Verge)

França multa Google em 250 milhões de euros

A França multou o Google nesta quarta-feira em 250 milhões de euros (US$ 271,73 milhões) por violações de regras de propriedade intelectual na União Europeia. Segundo o órgão de fiscalização francês, o Bard, chatbot de inteligência artificial do Google - agora chamado Gemini - foi treinado com base em conteúdos de editores de agências de notícias sem consentimento. Algumas das maiores organizações de notícias do país, como a Agence France-Presse (AFP), se manifestaram contra o uso de notícias para alimentar bots de IA. A França também alegou que o Google violou uma série de acordos firmados em 2022, que incluíam negociações com editores de notícias e transparência no uso de conteúdo. Sobre a multa, o Google informou que aceitou o acordo e propôs uma série de medidas para se adequar às leis. (Reuters)

Facebook volta a apostar na função ‘cutucar’ um amigo

O Facebook está trazendo as “cutucadas” de volta com algumas atualizações. A rede social anunciou hoje que melhorou as sugestões sobre quem cutucar e facilitou a localização da página por meio de busca. A plataforma também adicionou a opção de cutucar o amigo ao procurá-lo na rede. Segundo a companhia, essas pequenas mudanças aumentaram a utilização do recurso em 13 vezes no mês passado, sendo mais da metade das interações realizadas por jovens entre 18 e 29 anos. Essa é uma das funções mais antigas do Facebook, mas por conta da perda de popularidade, tinha ficado escondida nos últimos anos. A empresa nunca definiu qual era o objetivo do botão, deixando a cargo do usuário interpretá-lo de acordo com sua criatividade. (TechCrunch)

Mais de 60% dos jovens trocaram Google por TikTok, diz estudo

Seria o TikTok o novo Google? Para a geração Z, já é. Em 2022, um estudo interno do Google revelou que 40% dos jovens usavam o aplicativo chinês como ferramenta de busca. Dois anos depois, uma nova pesquisa da Adobe mostra que 64% dos jovens nascidos entre 1995 e 2010 já trocaram o Google pelo TikTok. O Google, no entanto, ainda segue no topo dos mecanismos mais usados, mas os números revelam uma mudança de hábitos nas novas gerações graças ao algoritmo e o formato de vídeos curtos do TikTok. Para correr atrás do prejuízo, o Google vem tentando aperfeiçoar seu mecanismo de busca com inteligência artificial – o que já está em fase de testes no Brasil. (Folha)

Meta pode reduzir preço de assinatura paga para Facebook e Instagram na Europa

A Meta quer reduzir o preço de sua assinatura sem anúncios do Instagram e do Facebook na Europa para resolver questões regulatórias. A redução seria de 9,99 euros para 5,99. A companhia lançou seu plano de assinatura na Europa em novembro do ano passado, depois que reguladores questionaram as políticas para a coleta e processamento de dados dos usuários. A assinatura permite que os europeus usem as redes sociais da Meta sem que seus dados sejam coletados para anúncios. Com isso, a Meta esperava conseguir o consentimento definitivo de órgãos reguladores da Comissão Europeia e se adequar à Lei de Mercados Digitais. No entanto, o preço dos planos virou alvo de reclamações entre os consumidores. Para especialistas, o plano também é injusto, já que cobra do usuário o direito da privacidade. (The Verge)

Nvidia anuncia chips mais poderosos do mundo para IA

A Nvidia anunciou a criação de seus novos chips de IA, com GPUs que devem superar o modelo H100, atualmente o mais utilizado para processamento de modelos de aprendizagem profunda. De acordo com a companhia, a GPU Blackwell B200 conta com mais de 208 bilhões de transistores, podendo executar grandes modelos de linguagem (LLMs) com trilhões de parâmetros em tempo real. Já o GB200 pode reduzir custos e consumir até 25 vezes menos energia que o H100. Algumas das gigantes de tecnologia, como Amazon, Google, Microsoft e Oracle já estariam planejando adotar os novos chips. (The Verge)

Turquia proíbe compartilhamento de dados entre Instagram e Threads

A Turquia proibiu a Meta de compartilhar dados entre Instagram e Threads. Desde dezembro do ano passado, a autoridade de concorrência do país investiga um possível abuso da posição dominante da empresa no mercado. Para o regulador da Turquia, o compartilhamento de dados entre as duas redes sociais pode “violar o direito de concorrência e causar danos irreparáveis no mercado”. A proibição ocorre por meio de uma medida provisória, que permanecerá em vigor até que seja tomada uma decisão final. Além da medida, a Meta também foi multada em 4,8 milhões em liras turcas (US$ 148 mil) em outra investigação sobre compartilhamento de dados. (Olhar Digital)

Apple pode fechar parceria com o Google para usar IA Gemini no iPhone

A Apple pode fechar uma parceria com o Google para utilizar os serviços de inteligência artificial da rival no próximo iPhone. O objetivo é usar o Gemini para abastecer os recursos de IA generativa previstos para o iOS 18 e a nova geração de iPhones. De acordo com a Bloomberg, as negociações entre as big techs estão em andamento. Na parceria, a dona do iPhone pode pagar à rival uma taxa para que o Gemini seja o seu mecanismo principal de IA generativa do aparelho, ou o próprio Google pode investir para garantir a preferência do serviço como padrão. Além do Google, a Apple mantém conversas com a OpenAI para firmar um acordo parecido. (Bloomberg)

Rato distorcido e palavras inexistentes acendem alerta sobre uso de IA em estudos científicos

Um artigo científico com imagens geradas por inteligência artificial acendeu o alerta da comunidade internacional para a chegada dessas tecnologias à produção acadêmica. O artigo, assinado por dois pesquisadores da China, foi publicado na revista científica Frontiers e tinha como foco as funções de células-tronco germinativas em pequenos mamíferos. O trabalho, no entanto, continha ilustrações fantasiosas de um roedor geradas pelo Midjourney. Uma delas mostrava o diagrama do pênis e da bolsa escrotal de um rato desproporcionalmente maiores do que o próprio rato. O artigo incluía ainda palavras inexistentes, como as supostas células "Iollotte sserotgomar" e "testtomcels". Após o vexame público, a Frontiers decidiu retratar (despublicar) o material. A imagem começou a circular em diversas redes sociais e levantou preocupações sobre os impactos da IA generativa na qualidade, na confiabilidade e no valor dos artigos científicos. Nesse cenário, as principais revistas acadêmicas Springer Nature e Science decidiram restringir o uso de imagens criadas por IA. (Folha)

Google quer reduzir desperdício de comida nos escritórios

O Google já demitiu milhares de funcionários nos últimos meses, mas a empresa também está acelerando mudanças em outra área da companhia: a alimentação dos funcionários. Desde oferecer recipientes menores até preparar alimentos apenas sob demanda, a big tech encontrou maneiras de reduzir custos e o desperdício de alimentos, mas sem abrir mão de um dos benefícios mais amados pelos profissionais da empresa. Atualmente, a companhia serve mais de 240 mil refeições por dia nos 386 refeitórios que compõem suas operações globais. Em 2022, a empresa começou a reduzir o desperdício por funcionário pela metade e também fechou seus restaurantes pouco utilizados, além de utilizar sobras de alimentos para criar novos pratos. (Bloomberg Línea)