EUA anunciam empréstimo bilionário à TSMC para produção de chips
O governo dos Estados Unidos anunciou um plano de investimentos de US$ 6,6 bilhões em subsídios e empréstimos à Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC). O montante vai apoiar a produção de chips e semicondutores em três fábricas em Phoenix, no Arizona. Esse será o maior investimento entrangeiro direto em um projeto novo na história dos EUA. A aposta do governo americano está ligada à Lei de Chips de Ciência, aprovada pelo Congresso em 2022. A legislação visa aumentar a produção doméstica de semicondutores e impulsionar a indústria nos EUA, produzindo cerca de 20% dos chips avançados do mundo até 2030. A empresa espera iniciar a produção em massa em sua primeira fábrica nos EUA até o primeiro semestre de 2025. A TSMC é responsável por boa parte da produção de chips e semicondutores do mundo. (Olhar Digital e Exame)
EUA chegam a acordo sobre nova lei para privacidade de dados
O Congresso americano chegou a um acordo sobre o projeto de lei de privacidade de dados dos Estados Unidos. Embora não proíba a publicidade direcionada, o PL deve restringir os dados coletados por empresas de tecnologia e dar aos norte-americanos o poder para impedir a venda de informações pessoais ou obrigar sua exclusão. Além disso, exige a divulgação caso os dados sejam transferidos para estrangeiros. O acordo foi feito entre a senadora democrata Maria Cantwell, que preside o Comitê de Comércio, e a deputada Cathy McMorris Rodgers, presidente republicana do Comitê de Energia e Comércio da Câmara. Em especial, estão na mira a Meta — com o Facebook e Instagram —, o Google e o TikTok. Segundo os legisladores, o projeto da nova lei deve avançar em breve. (Olhar Digital)
Spotify lança recurso com IA para criar playlists personalizadas
Depois de lançar o “DJ AI” no ano passado, o Spotify agora permite que usuários selecionados criem playlists personalizadas com base em comandos de texto usando inteligência artificial. O recurso está disponível inicialmente para assinantes pagos no Reino Unido e na Austrália com dispositivos iOS e Android. Com o IA Playlist, é possível criar uma lista de reprodução com até 30 músicas a partir de comandos como “música para ler em um dia frio e chuvoso” e ajustá-la de acordo com a preferência do usuário. O usuário pode combinar gêneros, artistas, décadas, lugares, animais, cores, personagens de filmes e até emojis para gerar uma playlist. Segundo a empresa de streaming de músicas, o recurso será continuamente melhorado e ainda não há previsão de lançamento em outros países. (The Verge)
TikTok investe em propagandas enquanto enfrenta Congresso dos EUA
Para ler com calma. Desde que a Câmara dos Deputados americana aprovou um projeto de lei que prevê a venda do TikTok nos Estados Unidos sob pena de ser banido do país, a rede social chinesa gastou pelo menos US$ 3,1 milhões em comerciais de TV e plataformas rivais que devem ser veiculados neste mês, enquanto o texto é avaliado pelo Senado. Parlamentares de ambos os partidos alegam que o aplicativo pode colocar os dados dos cidadãos americanos em risco ou ser usados pelo governo chinês. Recentemente, o TikTok também investiu mais de US$ 100 mil em anúncios no Facebook e Instagram, que visam reformular a percepção da companhia entre os legisladores e o público. A empresa é contra a lei em votação e diz que não compartilha dados dos usuários com Pequim. (Globo)
Governo Lula quer taxar gigantes de tecnologia no Brasil
O governo Lula abriu quatro frentes para tentar tributar as gigantes de tecnologia no Brasil. A ideia é propor ao Congresso uma taxação às big techs ainda este ano. As estratégias incluem o pagamento pelo uso da rede de telefonia, um tributo para o jornalismo, em razão da deterioração do ecossistema informacional causada pelas plataformas, uma taxação de vídeo sob demanda, como streaming, e uma cobrança sobre imposto sobre renda no âmbito da reforma tributária. As companhias não divulgam faturamento por país, mas um estudo da UnB estima que, em 2022, a Amazon, faturou US$ 27,079 bilhões no Brasil, a Alphabet, controladora do Google, US$ 10,095 bilhões, Microsoft, US$ 7,076 bilhões; e Meta US$ 4,162 bilhões. O levantamento aponta que grandes empresas com subsidiárias no país têm encontrado artifícios jurídicos para evitar o pagamento de impostos como ISS e ICMS. As projeções de arrecadação variam de R$ 3,3 bilhões a R$ 27,6 bilhões por ano para serviços de email, armazenamento em nuvem e produtividade; R$ 2,8 bilhões a R$ 18,9 bilhões para compras online; e de R$ 3,5 bilhões a R$ 29,4 bilhões para serviços de streaming de áudio e vídeo. (Folha)
Meta vai atualizar política de rótulos de conteúdos gerados por IA
A Meta vai adicionar o rótulo “Feito com IA” em conteúdos gerados por inteligência artificial no Instagram, Facebook e Threads a partir de maio. As mudanças são baseadas em recomendações do Conselho de Supervisão da companhia e atualizam a política de mídia manipulada criada em 2020. Até então, a política da empresa proibia vídeos criados ou editados usando ferramentas de IA, mas não cobria a ampla gama de material gerado atualmente. “Nos últimos quatro anos, e particularmente no ano passado, as pessoas desenvolveram outros tipos de conteúdo realista gerado por IA, como áudio e fotos, e esta tecnologia está evoluindo rapidamente”, afirmou a Meta em um blog. Por recomendação do Conselho, a partir de julho, a big tech também vai deixar de remover material gerado por IA que não contrarie outras diretrizes da comunidade, passando a oferecer mais contexto. (The Verge)
Apple demite mais de 600 funcionários após cancelar projeto de carro elétrico
A Apple demitiu mais de 600 funcionários. Esse é o primeiro grande corte de pessoal realizado pela big tech desde o início da pandemia de covid-19. As demissões ocorrem depois que a empresa decidiu cancelar seu projeto de carro elétrico, após uma década de pesquisas. Os funcionários da dona do iPhone estão sendo demitidos em oito escritórios em Santa Clara, cidade do estado da Califórnia. A Apple gastou bilhões de dólares com o objetivo inicial de construir um carro totalmente autônomo. No entanto, o projeto precisou ser encerrado à medida que a companhia decidiu aumentar seus investimentos em inteligência artificial generativa. Com isso, diversos funcionários foram transferidos para equipes de IA, enquanto outros foram demitidos. No ano passado, o diretor-presidente da Apple, Tim Cook, disse que as demissões seriam o último recurso durante um período de contratações mais lentas e cortes de custos na empresa. (Bloomberg e Valor)
X faz varredura em contas na plataforma contra bots e spam
A rede social X está alertando seus usuários de que está fazendo uma varredura para retirar contas robôs, os bots, e que promovem práticas de spam, o que viola as regras da plataforma. A ação poderá resultar na perda de alguns seguidores e foi anunciada após a companhia anunciar dois novos líderes para sua equipe de segurança. Em novembro de 2022, Elon Musk havia dito aos funcionários que pretendia tornar o combate ao spam uma de suas prioridades. Mas a tarefa se tornou mais difícil do que ele imaginava, principalmente com os avanços da inteligência artificial. Esse foi um dos motivos para que ele tentasse desistir da compra do então Twitter, no valor de US$ 44 bilhões. (TechCrunch)
Musk eleva salário de engenheiros de IA em ‘guerra’ por talentos com a OpenAI
A OpenAI está de olho nos talentos da Tesla. É o que disse Elon Musk, dono da montadora e também um dos fundadores da criadora do ChatGPT. O executivo tem se esforçado em reter os profissionais na companhia depois que alguns funcionários deixaram a Tesla no ano passado para ingressar na OpenAI. “Eles têm recrutado agressivamente engenheiros da Tesla com ofertas de remuneração enormes e, infelizmente, tiveram sucesso em alguns casos”, afirmou o bilionário em seu perfil no X. Por conta disso, Musk também decidiu aumentar a remuneração da equipe de engenharia de inteligência artificial de acordo com o desempenho. Além do salário, o bilionário também está “roubando” talentos para a xAI, sua startup de IA, com o objetivo de impedir que eles mudem para a concorrente OpenAI. (Valor)
Famílias de vítimas processam redes sociais nos EUA
Centenas de mães e pais nos Estados estão processando empresas donas de redes sociais por supostos “danos físicos, mentais ou emocionais” sofridos por crianças e adolescentes que utilizam plataformas como Facebook, Instagram e Snapchat. Ações de outras famílias também têm como alvo o Google e o TikTok. As famílias alegam que “a crise de saúde mental sem precedentes entre as crianças” é alimentada pelos produtos “defeituosos”, “viciantes” e “perigosos” dessas empresas. Uma das vítimas é Morgan Pieper, uma adolescente americana que se suicidou aos 15 anos de idade. Segundo a mãe, ela era “viciada” em redes sociais. Como compensação, as famílias das vítimas pedem que as empresas suspendam práticas apontadas como prejudiciais e, em muitos casos, cobram indenizações. (BBC)