Cotidiano Digital

Jack Dorsey, cofundador do antigo Twitter, deixa conselho do Bluesky

Jack Dorsey, cofundador do antigo Twitter, deixou o conselho de administração do Bluesky, rede social concorrente direto do X. Ao responder a dúvida de um usuário no X no fim de semana, Dorsey revelou que não fazia mais parte do quadro de funcionários da plataforma, mas não esclareceu os motivos para o afastamento. O executivo também teria excluído sua conta do Bluesky meses atrás. Após rumores, a Bluesky oficializou ontem a saída de Dorsey, agradecendo “sinceramente a Jack por sua ajuda no financiamento e início do projeto”. A plataforma, com 3 milhões de usuários, funciona de forma descentralizada e foi desenvolvida pela engenheira Jay Graber. (Olhar Digital)

Mais dois executivos deixam a OpenAI

Mais mudanças no comando da OpenAI. A startup, criadora do ChatGPT, já não conta mais com Diane Yoon, vice-presidente de Recursos Humanos, e Chris Clark, diretor de iniciativas estratégicas e não lucrativas, deixaram a empresa na última semana. A companhia não se pronunciou sobre o assunto. As saídas ocorrem pouco depois da demissão do CEO da empresa, Sam Altman, que foi demitido no final do ano passado e recontratado logo depois. Yoon e Clark eram dois dos mais antigos diretores em atividade na OpenAI. (The Information)

Apple mira em IA para melhorias na Siri e em apps nativos

Existe um consenso no mundo da tecnologia de que a Apple perdeu o bonde da Inteligência Artificial desde que a OpenAI varreu o mercado, em 2022. Nos últimos meses, porém, reportagens e rumores dão conta de que a big tech, sobretudo com os estudos divulgados pela empresa a respeito da tecnologia, está correndo atrás. Os executivos já buscam parcerias com o Google e com a OpenAI para que essas desenvolvedoras façam parte de sistemas da Apple enquanto a Ajax, ferramenta que a americana está desenvolvendo, não sai do papel. Medidas como o aprimoramento da assistente virtual Siri e as funções a serem adicionadas no iOS 18, o sistema operacional da companhia, dão pistas de que a IA será incorporada através do modelo de linguagem grande (LLM, em inglês), que teria o objetivo de unir as bases de dados em um único aparelho, como o iPhone ou mesmo a Siri. (The Verge)

Adolescentes fazem amizade com chatbots criados para auxílio psicológico

Para ler com calma. Mais que desenvolvimento tecnológico, as ferramentas de Inteligência Artificial têm se tornado parceiras para adolescentes em situações ruins. Há, no mercado, chatbots criados para interagir sobretudo com jovens que passam por problemas psicológicos, sejam os de relacionamento ou os ligados à autoestima. Uma das interfaces que o canadense Aaron — nome fictício — usa para obter conselhos e mesmo desabafar sobre problemas de relacionamento é a Psychologist, um chatbot criado para “ajudar com as dificuldades da vida”. O mercado é amplo. Este, que é o principal produto da Character.AI, é acessado diariamente por 3,5 milhões de pessoas — com cerca de 95 milhões de interações já registradas. Ainda assim, fica um aviso: “talvez esteja ficando dependente disso”, alerta o adolescente, que conviveu com problemas de bullying na escola. Além disso, não está claro como é feito o treinamento da IA. (The Verge)

Jato XB-1 recebe autorização para bater a barreia do som em voos-teste

A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês) autorizou o jato supersônico XB-1, da Boom, a quebrar a barreira do som em testes. Ou seja, a aeronave pode, oficialmente, ultrapassar os 1224 km/h em voos, realizados em ambientes controlados, na Califórnia. O foco dos desenvolvedores é avaliar como o XB-1 se comporta em aspectos como consumo de combustível, velocidade e pormenores aeroespaciais, como estabilidade e conforto. O primeiro teste autorizado do jato se deu em março, quando alcançou uma altitude de 2.170 metros e velocidade de 440 km/h. Apesar da autorização, a quebra da barreira do som só deve ser alcançada no final do ano, após um máximo de 20 voos-teste. CEO da Boom Supersonic, Black Scholl se disse ansioso para continuar os testes e “informar o futuro das viagens supersônicas”. (Olhar Digital)

Instagram anuncia novidades nos stories, incluindo postagens secretas

O Instagram está adicionando novos recursos aos Stories para que os usuários tenham maneiras mais criativas de interagir uns com os outros. Entre as novidades está a função “Revelar”, que permite postar um story oculto para que os seguidores descubram, enviando uma DM para o autor, quando virem o sticker específico. O recurso “Molduras” transforma qualquer foto em uma Polaroid virtual apenas agitando o celular, enquanto “Recortes” faz com que parte de qualquer vídeo ou foto da galeria se transforme em um adesivo personalizado para os stories. Já a figurinha “Sua vez musical” (Add Yours Music) compartilha uma música que se adapta ao seu humor, enquanto incentiva que seus amigos façam o mesmo. As ferramentas chegam na semana em que a companhia anunciou que está introduzindo mudanças para destacar o conteúdo original de criadores menores. (TechCrunch)

WhatsApp vai mostrar quais conversas ocupam mais espaço na memória

O WhatsApp criou uma nova funcionalidade que permite ao aplicar filtros para listar as conversas e os canais que mais ocupam espaço na memória do celular. Com o filtro, o usuário pode encontrar de maneira mais prática o que pode ser deletado e o que deve ser mantido no mensageiro. A novidade pode ser encontrada na versão beta para Android e iOS. Os filtros nas conversas se juntam a outros recursos lançados pelo WhatsApp para evitar que as mensagens do aplicativo lotem o armazenamento do celular, como as mensagens temporárias. Nesta função, o aplicativo permite enviar mensagens que desaparecem automaticamente após um tempo determinado. (Canaltech)

Google pede que autoridades rejeitem mudança na Play Store

O Google pediu à Justiça dos Estados Unidos que rejeite as alterações na Play Store solicitadas pela Epic Games como parte de um processo antitruste contra a companhia. A big tech argumentou que os planos da desenvolvedora de jogos “tornaria quase impossível para o Google competir”, afetando também as leis de concorrência. Em conflito antitruste contra o Google desde o ano passado, a Epic Games acusa a companhia de concorrência desleal ao ter controle sobre downloads de aplicativos em dispositivos Android e não flexibilizar os pagamentos e desenvolvedores. Além do conflito com a Epic Games, o Google também enfrenta uma investigação antitruste do Departamento de Justiça dos EUA. Nesta semana, o governo se prepara para apresentar argumentos finais no julgamento. A big tech é acusada de práticas injustas para manter sua dominância no mercado. (Olhar Digital)

Apple isenta mais desenvolvedores de sua taxa de tecnologia na UE

A Apple anunciou nesta quinta-feira que vai isentar desenvolvedores de aplicativos gratuitos de sua taxa de tecnologia principal (CTF, em inglês), introduzida na União Europeia. Para ficarem livres da comissão de 50 centavos de euro por cada instalação anual após 1 milhão de downloads, os programadores não devem ter receita de qualquer tipo, incluindo publicidade. “Esta condição tem como objetivo dar aos estudantes, amadores e outros desenvolvedores não comerciais a oportunidade de criar um aplicativo popular sem pagar o CTF”, escreveu a companhia. Os pequenos produtores com menos de 10 milhões de euros em receita anual global vão ter três anos gratuitos para criar apps inovadores e expandir seus negócios. O CTF faz parte dos novos termos comerciais introduzidos pela Apple para se adequar à Lei dos Mercados Digitais do bloco europeu. (The Verge)

Conselho de Supervisão da Meta defende medidas para big techs contra desinformação eleitoral

O Conselho de Supervisão da Meta, órgão independente que reúne acadêmicos, advogados e outros especialistas que fiscalizam as atividades da big tech, publicou um relatório nesta quinta-feira elencando diretrizes contra a desinformação e incitação à violência no contexto eleitoral. Entre as sugestões do comitê estão o investimento e moderação de conteúdo e o estabelecimento de padrões mínimos para eleições em todos os países. "É imperativo que as empresas de mídias sociais tenham conhecimento suficiente do idioma e do contexto locais para orientar suas políticas eleitorais globais e práticas [em cada país]", afirma o documento. O relatório citou um caso ocorrido no Brasil, no qual o órgão considerou que a Meta errou ao não remover um vídeo incitando a invasão e os ataques ao Congresso em Brasília no 8 de janeiro. A divulgação do documento acontece na mesma semana em que a Meta se tornou alvo de uma investigação da Comissão Europeia. O processo vai apurar as suspeitas de infração envolvendo publicidade enganosa e conteúdos políticos, além de outras questões. (Folha)