Startup Abel, de IA para relatórios policiais, já está em uso pela polícia da Califórnia
Abel é uma startup criada por Daniel Francis e tem função inusitada: acompanhar policiais em patrulha e reduzir o tempo gasto com relatórios burocráticos. A ideia de Francis surgiu após o empresário presenciar a demora da polícia em responder a emergências devido à falta de pessoal e ao tempo gasto escrevendo relatórios. Por isso, a empresa desenvolveu uma IA que preenche relatórios policiais automaticamente, usando imagens de câmeras corporais e dados de chamadas. Na última quinta-feira, a Abel anunciou ter levantado US$ 5 milhões em uma rodada de investimentos liderada pela Day One Ventures. O financiamento será utilizado para contratar mais engenheiros e aprimorar o sistema de IA, que já está em uso no Departamento de Polícia de Richmond, na Califórnia. (TechCrunch)
OpenAI lança versão de teste do aplicativo ChatGPT para Windows
A OpenAI começou a testar uma versão do aplicativo ChatGPT para Windows, disponível inicialmente apenas para assinantes dos planos pagos do chatbot. O app pode ser baixado na Microsoft Store. Com o ChatGPT para Windows, os usuários podem interagir com a ferramenta de inteligência artificial por meio de uma janela dedicada que facilita o acesso simultâneo a outros aplicativos. Um dos destaques é a possibilidade de carregar arquivos e fotos diretamente no ChatGPT e utilizar o novo modelo o1, que promete aprimorar o raciocínio nas respostas. Apesar dessas inovações, a versão atual ainda não inclui recursos como o modo de voz avançado. A empresa planeja tornar o aplicativo disponível para todos os usuários até o final do ano. (The Verge)
X passa a permitir uso de dados para treinar modelos de IA
O X anunciou uma atualização em sua política de privacidade, autorizando o uso de dados dos usuários por terceiros para treinar modelos de inteligência artificial, a menos que os usuários optem por não participar. Na seção 3 da política revisada, a plataforma explica como os dados podem ser compartilhados e oferece aos usuários a opção de desativar o compartilhamento. No entanto, a política não detalha exatamente onde, nas configurações, os usuários podem realizar essa exclusão. Atualmente, a seção “Privacidade e segurança” permite que os usuários controlem o compartilhamento de dados apenas com a xAI e alguns “parceiros de negócios”, mas o uso de dados por provedores de IA externos ainda não é claramente especificado. A mudança surge em um momento delicado para a empresa, que vem buscando novas formas de gerar receita após a saída de anunciantes e o fracasso inicial de seu serviço de assinatura premium. (TechCrunch)
EUA investigam sistema de direção autônoma da Tesla após quatro acidentes
Os Estados Unidos abriram uma investigação federal para analisar se o sistema de automação parcial da Tesla, conhecido como Full Self-Driving (FSD), apresenta defeitos após quatro acidentes, um deles resultando em uma fatalidade. A investigação está sendo conduzida pela National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), que busca determinar se o FSD consegue responder adequadamente a condições de baixa visibilidade, como neblina. Segundo a NHTSA, os quatro acidentes relatados ocorreram em situações onde o sistema de FSD estava ativo e envolviam visibilidade reduzida. Em um dos casos, um pedestre foi atingido e morreu, e outro acidente deixou uma pessoa ferida. Essa investigação representa um possível revés para a Tesla e seu CEO, Elon Musk, que posiciona a tecnologia de direção autônoma como um dos principais diferenciais da empresa no mercado. A empresa cobra milhares de dólares dos consumidores pelo sistema FSD, que, apesar de prometer uma direção mais autônoma, ainda exige supervisão constante do motorista. Musk já declarou que o sucesso da tecnologia de direção autônoma será crucial para o futuro financeiro da empresa. (Bloomberg)
Big techs vão receber grandes multas se descumprirem Lei de Segurança Online
O regulador de mídia britânico Ofcom incluiu novas regras à Lei de Segurança Online, que vão fazer com que grandes empresas de tecnologia se esforcem mais para combater conteúdo ilegal na internet. A partir de dezembro deste ano, o regulador publicará a primeira edição de códigos e orientações sobre danos ilegais, sendo que as plataformas terão três meses para concluir uma avaliação de risco. Em janeiro, o órgão deve finalizar sua avaliação sobre acesso de crianças e confirmação de idade em sites pornográficos. Caso não cumpram a legislação, as big techs poderão receber multas de até 10% das receitas anuais globais. Em casos de recorrência, gerentes seniores podem até ser presos. Nos episódios mais graves, o serviço poderá ser bloqueado no Reino Unido. (CNBC)
Instagram lança novos recursos de segurança contra golpistas de extorsão sexual
O Instagram anunciou uma série de novos recursos de segurança para proteger os usuários de golpistas de extorsão sexual, a chamada sextorsão. Entre as principais novidades está a desabilitação das capturas ou gravações de tela em imagens ou vídeos enviados nas mensagens privadas (DMs). Até então, era possível fazer prints das imagens enviadas, enquanto o usuário era notificado de que a pessoa salvou o arquivo. A plataforma também vai impedir que imagens ou vídeos enviados como “ver uma vez” ou “permitir repetição” sejam abertas no desktop para garantir que as medidas de segurança não sejam burladas. O aplicativo vai lançar alertas de segurança nas DMs para avisar os adolescentes quando estiverem falando com alguém que pode morar em um país diferente. Como esses golpistas usam as listas de seguidores para chantagear os jovens, a rede social vai impedir que contas suspeitas vejam os seguidores dos adolescentes. (TechCrunch)
Crimes cibernéticos causam prejuízo de US$ 12,5 bilhões em 2023, alta de 22%
Os crimes cibernéticos geraram um prejuízo global de US$ 12,5 bilhões em 2023, segundo o Centro de Denúncias de Crimes na Internet, do FBI, representando um aumento de 22% em relação ao ano anterior. E o Brasil se destaca entre os alvos mais visados por cibercriminosos, ocupando a 8ª posição no ranking de denúncias fora dos Estados Unidos. Empresas brasileiras são frequentemente escolhidas como alvo devido à rápida adoção de novas tecnologias, que embora impulsione o setor, também pode diminuir a segurança. Entre os setores mais afetados, os governos são os principais alvos, seguido pelos setores de educação e financeiro. O ransomware continua sendo a ameaça mais comum, com 56% dos ataques realizados via phishing. Esse tipo de crime se dá a partir de um software malicioso que sequestra dados de computadores ou servidores, os criptografando, e eventualmente criminosos exigem pagamento para restaurar o acesso às informações. Em contrapartida, segundo a consultoria Gartner, os gastos globais com segurança da informação devem alcançar US$ 212 bilhões até 2025. (Valor Econômico)
IA de nível humano ainda está distante, diz chefe de ferramenta da Meta
O cientista-chefe de IA da Meta, Yann LeCun, alertou que as atuais inteligências artificiais, como o ChatGPT, ainda estão longe de pensar ou raciocinar como seres humanos, apesar das alegações de algumas empresas de tecnologia. LeCun criticou o otimismo de figuras como Elon Musk e Shane Legg, afirmando que a inteligência artificial de nível humano pode estar a uma década ou mais de distância. Segundo ele, os modelos atuais funcionam apenas prevendo tokens e pixels, sem um entendimento verdadeiro do mundo tridimensional. Inclusive, ele propôs a criação de um modelo, com uma abordagem mais avançada, que poderia permitir às máquinas planejar e raciocinar de maneira semelhante ao cérebro humano. (TechCrunch)
Amazon entra para lista de big techs que usam energia nuclear para alimentar IA
Subsidiária da Amazon no serviço de computação em nuvem, a Amazon Web Services (AWS) está investindo mais de US$ 500 milhões em energia nuclear ao revelar três projetos no estado de Washington em parceria com a Dominion Energy no desenvolvimento de um pequeno reator nuclear modular, que permite ser construído mais perto da rede elétrica e com maior rapidez, podendo entrar mais cedo em operação. A energia produzida vai auxiliar a companhia na alimentação de data centers usados para IA generativa e na meta da Amazon de emissões líquidas de zero carbono. A empresa de Jeff Bezos é a mais nova entre as big techs que anunciaram a compra de energia nuclear para abastecer as crescentes demandas de seus data centers. Somente nas últimas semanas, Google e Microsoft também fizeram acordos semelhantes. (CNBC)
X não tem relevância suficiente para entrar na DMA, decide Comissão Europeia
A rede social X vai ficar de fora da Lei de Mercados Digitais (DMA) da União Europeia, decidiu a Comissão do bloco nesta quarta-feira. Com a resolução, a plataforma de Elon Musk não precisará se submeter às regulamentações de grandes empresas de tecnologia sobre o que podem ou não fazer, em temas como uso de dados de terceiros e consentimento dos usuários para rastrear anúncios. Os reguladores entenderam que o X não é uma porta de entrada importante para as empresas alcançarem os consumidores finais. Apesar da boa notícia para o bilionário, a rede continua na mira da Lei de Serviços Digitais (DSA) do bloco, que espera o cumprimento das regras gerais de governança e outros requisitos em áreas como transparência algorítmica e responsabilidade. A companhia já é suspeita de quebrar várias regras da DSA, tendo várias investigações em andamento. (TechCrunch)