Cotidiano Digital

Instagram testa forçar usuários a assistir propagandas

O Instagram está testando um tipo de propaganda que os usuários não conseguem pular, o que é possível fazer quando elas aparecem no feed ou nos stories. Chamada de "ad break", a imagem ou vídeo aparece com um contador de tempo regressivo que indica quanto falta para a publicidade acabar. O usuário, ao clicar em mais informações, lê que "às vezes você precisa ver uma propaganda antes de continuar navegando". A Meta, dona do Instagram, confirmou o teste e disse que dará mais detalhes caso isso se torne algo permanente na plataforma. O YouTube já faz algo do tipo com vídeos "não puláveis". A estratégia, porém, não garante melhores resultados ao anunciante. Em janeiro, o TikTok publicou uma pesquisa em que sugere que os espectadores engajam menos diante de propagandas obrigatórias de se ver. (BBC)

Hackers atacam TikTok de Paris Hilton e CNN

Hackers atacaram os perfis no TikTok de Paris Hilton, CNN e outras celebridades e marcas. A ByteDance, dona do aplicativo de vídeo, disse que a conta da CNN americana foi uma das poucas afetadas. Já a de Hilton, que é usuária frequente da plataforma em que tem mais de 10 milhões, sofreu o ataque, mas não foi invadida. Representantes do TikTok afirmaram que trabalham com o canal de televisão para reestabelecer o acesso ao seu perfil. Segundo eles, as investidas se deram por mensagens diretas no aplicativo. (BBC e Guardian)

X pede a Suprema Corte que revise decisão que obrigou entrega de dados de Trump

A X Corp. está pedindo à Suprema Corte americana que analise se as redes sociais podem ser forçadas a compartilhar dados de usuários com investigadores do governo enquanto são impedidos de informar aos envolvidos sobre o repasse de informações. A solicitação da companhia se refere a uma ordem dos tribunais federais de Washington, que obrigou a plataforma de Elon Musk a repassar dados da conta de Donald Trump ao procurador especial Jack Smith, sem que o ex-presidente pudesse saber ou intervir. Uma juíza chegou a rejeitar os protestos da X Copr., sob a argumentação de que os promotores apresentaram evidências de que informar Trump colocaria em risco as investigações sobre sua participação no ataque ao Capitólio. A companhia alega que as decisões dos tribunais ferem o direito de se comunicar com seus clientes, previsto na Primeira Emenda. (Politico)

Intel anuncia novos chips de IA para concorrência com Nvidia e AMD

Buscando recuperar seu espaço no mercado de processadores, a Intel anunciou hoje sua nova linha de chips de inteligência artificial para data centers, que deve competir com os produtos de Nvidia e AMD. Durante a conferência de tecnologia Computex, em Taiwan, o CEO da Intel, Pat Gelsinger, disse que o Xeon 6 oferece melhor desempenho e eficiência energética que seu antecessor. A companhia também revelou detalhes da arquitetura de seus próximos processadores Lunar Lake, que vão competir com seus concorrentes na categoria para PCs de IA. A Intel tem enfrentado dificuldades financeiras, registrando uma perda operacional de mais de US$ 7 bilhões em 2023 em relação ao ano anterior, além de perder espaço para fabricantes internacionais, como a Taiwan Semiconductor Manufacturing. (CNBC)

Funcionários da OpenAI pedem mais proteção para denunciantes sobre riscos de IA

Um grupo de ex e atuais funcionários da openAI divulgou uma carta aberta nesta terça-feira pedindo que empresas de inteligência artificial protejam os colaboradores que sinalizam riscos de segurança sobre a tecnologia para que possam alertar sobre riscos sem medo de retaliação. No texto, o ex-engenheiro da OpenAI Daniel Ziegler afirma que a IA está “avançando rapidamente e há muitos incentivos fortes para avançar sem a devida cautela”. Em entrevista, ele conta que não teve medo de falar internamente sobre o tema durante seu período na companhia, entre 2018 e 2021, mas que a corrida para comercializar rapidamente as novas ferramentas faz com que as empresas de IA ignorem os riscos. Daniel Kokotajlo, um dos organizadores da carta, diz que saiu da empresa comandada por Sam Altman porque “perdi a esperança de que eles agiriam com responsabilidade”, especialmente na construção da inteligência artificial geral, (AGI, em inglês), um tipo de IA tão ou mais inteligente que os humanos. Em resposta, a companhia afirma que já possui um canal para que os funcionários compartilhem suas preocupações, incluindo uma linha anônima. (AP News)

CEO do Zoom quer reuniões com clones gerados por IA

Sabe aquela reunião por vídeo que poderia ter sido um e-mail? Então, se depender de Eric Yuan, fundador e CEO do Zoom, nem desses encontros virtuais você vai mais participar. Entre os ambiciosos projetos da empresa envolvendo inteligência artificial está a criação de “gêmeos digitais” com capacidade de interagir com outros “clones” em videoconferências e até mesmo tomar pequenas decisões pré-programadas, além de conferir e responder a e-mails. “Hoje nós passamos muito tempo dando telefonemas, participando de reuniões, deletando spam, respondendo a e-mails... Como aproveitar a IA para que o Zoom Workspace automatize todo esse trabalho? Isso é mais importante para nós agora”, diz Yuan. (The Verge)

Samsung processa Oura preventivamente contra reivindicações de patentes

Prevendo receber um futuro processo por seu anel inteligente, a Samsung decidiu entrar com uma ação judicial preventiva contra a Oura, líder do mercado, buscando declarar que seu Galaxy Ring não infringe patentes da concorrente. O processo alega que a Oura tem um padrão de litígio contra as empresas baseando-se em “características comuns a praticamente todos os anéis inteligentes”. A Samsung lista o número de vezes em que a companhia finlandesa processou rivais como Ultrahuman, Circular e RingConn, às vezes, antes de entrarem no mercado americano. A companhia sul-coreana também cita uma entrevista em que o CEO da Oura, Tom Hale, diz que a empresa monitoraria de perto o Galaxy Ring e “tomaria as medidas apropriadas”. (The Verge)

Novas regras do X permitem formalmente conteúdo pornográfico na plataforma

Uma atualização nas regras de uso do X no fim de semana passou a permitir formalmente que os usuários publiquem conteúdos adultos ou pornográficos na plataforma. Embora a rede social nunca tenha proibido esse tipo de postagem, não havia uma cláusula específica em seus termos. As contas devem postar apenas vídeos ou imagens produzidas consensualmente desde que estejam rotulados. As novas regras proíbem que usuários menores de 18 anos ou que não tenham inserido suas datas de nascimento vejam as publicações. As normas também se aplicam a posts animados, fotográficos ou gerados por IA. Antes conhecido como Twitter, a plataforma chegou a abrigar muitos criadores de conteúdo adulto após o lançamento do Twitter Blue, atual X Premium, que permitia o pagamento por visualizações de imagens, semelhante ao OnlyFans. (TechCrunch)

Órgãos públicos adotam IA mesmo sem normas claras de como usá-la

Órgãos públicos dos três setores usam ou estudam usar inteligência artificial em seus processos mesmo sem haver normas claras sobre como adotá-la. Instituições federais, como o Tribunal de Contas da União (TCU), estão na vanguarda tecnológica da administração pública brasileira, em contraste com as de nível municipal, que ainda passam digitalização de seus sistemas e processos.

Starlink leva internet a tribo indígena na Amazônia

Para ler com calma. O povo Marubo, tribo indígena que vive na floresta amazônica, obteve acesso à internet de alta velocidade através do serviço de satélite Starlink de Elon Musk. Embora a internet tenha proporcionado benefícios como comunicação em emergências e conexão com entes queridos distantes, também trouxe desafios como o vício dos jovens em telefones, exposição a desinformação e mudanças culturais. A tribo, que historicamente resistiu à modernidade, agora lida com o impacto dessa conectividade repentina em seu modo de vida tradicional. A chegada da internet gerou um debate entre os Marubo sobre seus benefícios e desvantagens, refletindo preocupações mais amplas sobre os efeitos da integração tecnológica rápida em comunidades isoladas. (New York Times)