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A Microsoft informou que não vai mais disponibilizar a ferramenta Recall em seus novos notebooks, que começam a ser enviados aos clientes na próxima terça-feira, após gerar preocupações sobre a privacidade e segurança dos usuários. O recurso usa modelos de IA para capturar imagens de quase todas as ações executadas no computador, permitindo pesquisar e recuperar uma informação em segundos. Por enquanto, a tecnologia será enviada apenas ao grupo de testadores de software no programa Windows Insiders. Em comunicado, o vice-presidente corporativo de Windows e dispositivos da Microsoft, Pavan Davaluri, disse que esses especialistas vão ajudar a “garantir que a experiência atenda aos nossos altos padrões de qualidade e segurança”. (AP)

A inteligência artificial da Meta está produzindo figurinhas de crianças segurando armas de fogo no WhatsApp, enquanto pedidos de stickers com pessoas segurando fuzil geram pessoas negras no resultado. Um teste feito pela Folha utilizando o prompt de texto da ferramenta de IA mostra que o comando “Pedro Teixeira segurando fuzil AR-15” gerou a figurinha de dois homens de pele mais escura e cabelos cacheados segurando a arma, trajando uma camiseta amarela, semelhante à da seleção brasileira, além de dois meninos com características semelhantes. Uma outra solicitação apenas com o nome do personagem gerou quatro imagens de homens brancos com cabelos lisos. De acordo com a cientista da computação Nina da Hora, “o caso do WhatsApp pode ser considerado um caso de racismo algorítmico”, pois a inclinação racista dos resultados está ligada aos dados utilizados para treinar a ferramenta. A Meta não quis comentar sobre o assunto. (Folha)

Encontrar trabalho pode ficar mais fácil para os usuários do LinkedIn Premium. A plataforma está lançando novos recursos com uso de inteligência artificial, por enquanto apenas em língua inglesa. A promessa é que as novas ferramentas irão ajudar os usuários a localizar oportunidades, personalizar currículos e até mesmo interagir e receber conselhos de chatbots de IA. Em um post na rede, o diretor de produtos do LinkedIn, Tomer Cohen, deu o exemplo de “encontre um trabalho remoto de marketing em Detroit que pague pelo menos US$ 110.000”. Com os novos investimentos, o usuário pode enviar seu currículo, receber feedback, fazer edições interativamente e, por exemplo, criar uma carta de apresentação com ajuda da inteligência artificial. Cohen também conta que a IA está memorizando interações com personalidades como Alicia Reece, Anil Gupta, Dra. Gemma Leigh Roberts e Lisa Gates. “As respostas que você receberá são treinadas por especialistas e representam uma mistura de insights personalizados de acordo com as necessidades exclusivas de cada aluno”, afirma Cohen. (The Verge)

A Meta anunciou algumas novidades nesta quinta-feira sobre chamadas de vídeo no WhatsApp. Entre elas está o compartilhamento de tela, que passa a permitir que o usuário também transmita o áudio junto com o vídeo, possibilitando uma melhor reprodução. Outro recurso apresentado é o destaque do palestrante, que faz a pessoa que está falando aparecer automaticamente na primeira tela. As videochamadas também passam a aceitar até 32 pessoas em todos os dispositivos. Antes, o aplicativo para Windows limitava a 16 pessoas, enquanto no Mac, a restrição era de apenas oito. A companhia afirma que as novidades ficarão disponíveis nas próximas semanas. (The Verge)

A Amazon anunciou uma parceria com a Vrio para disponibilizar internet de banda larga para o Brasil utilizando satélites de baixa órbita, mesma tecnologia usada pela Starlink, de Elon Musk. A colaboração também vai beneficiar Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Uruguai. Até o final de 2024, a companhia pretende disponibilizar três pacotes de serviço, sendo um ultracompacto de até 100 Mbps (Megabits por segundo); o padrão, de até 400 Mbps; e o empresarial que chega a 1 Gbps (Gigabit por segundo). O projeto deve criar uma constelação de 3.236 satélites para disponibilizar internet em todo o planeta, com metade deles sendo lançados até julho de 2026. (Poder360)

Acionistas da Tesla estão processando Elon Musk e os membros do conselho de administração da montadora sob a alegação de que a criação do xAI, nova empresa de inteligência artificial criada por Musk, se tornou uma concorrente ao desviar talentos e recursos da Tesla para a nova startup, após arrecadar US$ 6 bilhões em investimentos. Na ação protocolada nesta quinta-feira, os autores afirmam que a fabricante de carros elétricos violou o código de ética da companhia e que seu conselho permitiu que Musk quebrasse as regras sem resistência. Eles pedem ao tribunal que force o bilionário a abrir mão de sua participação na xAI para a Tesla. (TechCrunch)

Especialistas em segurança infantil alertam que predadores da dark web estão cada vez mais utilizando inteligência artificial para criar imagens sexualmente explícitas de crianças, especialmente as vítimas “estrela”, como são chamadas nas comunidades de pedofilia aquelas que já são populares por suas imagens. Grupos de segurança infantil que rastreiam esse tipo de atividade dizem ter encontrado mais conversas sobre a criação de mais conteúdo baseado em abuso sexual de crianças mais velhas. Com a recriação de novas imagens, os sobreviventes dos abusos podem ter novo material circulando na internet, mesmo após se tornarem adultos, aumentando o temor de que o conteúdo possa ameaçar suas vidas e carreiras construídas desde então. Outra preocupação, levantada por Megan, uma das vítimas, é de ser colocada em contextos que mascare os abusos sofridos. “A forma como minhas imagens poderiam ser manipuladas com IA poderia dar a falsa impressão de que não era prejudicial ou de que eu estava gostando do abuso”, disse. (Guardian)

Elon Musk está sendo processado por oito ex-engenheiros da SpaceX sob alegação de assédio sexual e retaliação. Em uma ação judicial movida nesta quarta-feira, os ex-funcionários dizem que o CEO da empresa “criou consciente e propositalmente um ambiente de trabalho hostil e indesejável com base em sua conduta de inserir no local de trabalho fotografias, memes e comentários sexuais vis que humilhavam as mulheres e/ou a comunidade LGBTQIA+”. Segundo a denúncia, ele teria fomentado “uma cultura perversamente sexista” na companhia. Ao colaborarem em uma carta aberta de 2022, que levantou preocupações quanto ao comportamento de Musk e a cultura empresarial mais ampla da SpaceX, os funcionários foram demitidos e, segundo alegam em processo, a ordem teria partido diretamente do bilionário. A SpaceX não comentou o caso. (The Verge)

O Google vai permitir que o usuário brasileiro esconda suas informações pessoais que aparecerem na ferramenta de buscas. Isso não significa que elas serão excluídas da internet, mas que o Google não as exibirá se assim a pessoa decidir. Chamada de "privacidade nos resultados sobre você", a ferramenta irá notificar o usuário quando aparecer dados como endereço, email e número de telefone. O anúncio foi feito na terça-feira em evento da empresa. Até o final de 2024, estará disponível uma extensão para detectar o vazamentos de dados de documentos oficiais, como CPF, carteira de habilitação e passaporte. A opção pela privacidade é relevante em um país como o Brasil, onde vazamentos de informações pessoais são frequentes. Para ativá-la no celular, você deve abrir o aplicativo do Google e clicar na foto de perfil, e então acionar a opção "Privacidade nos Resultados sobre você". No computador, ao digitar o seu nome no buscador, os resultados trazem um botão com três pontos do lado direito. Depois de clicar nele, aparece uma aba com algumas opções, entre as quais "remover resultado" e então solicitar a remoção. (Folha)

O Spotify deve oferecer um novo plano premium com preço maior para usuários mais exigentes ainda este ano, segundo a Bloomberg. Fontes revelaram que a nova modalidade custará US$ 5 a mais por mês e terá melhor qualidade de áudio e novas ferramentas para criar playlists e gerenciar bibliotecas de músicas. O novo plano pode ser lançado após o Spotify anunciar aumentos das assinaturas para todos os usuários globais na semana passada. Nos Estados Unidos, o valor do serviço deve subir em julho, dos atuais US$ 10,99 para US$ 11,99. Ainda não se sabe como será o reajuste da assinatura no Brasil, que custa atualmente R$ 21,90 no plano individual. (Bloomberg Línea)