Meio

A Microsoft anunciou o lançamento do Phi-4, o novo modelo de sua linha Phi de inteligência artificial generativa. Com 14 bilhões de parâmetros, a companhia afirma que o Phi-4 foca em eficiência e evoluiu na resolução de problemas matemáticos. A princípio, a ferramenta será disponibilizada de forma restrita na plataforma Azure AI Foundry para pesquisa. Ainda segundo a Microsoft, o modelo se destaca pelo uso de “dados sintéticos de alta qualidade” combinados com conteúdos gerados por humanos.

A OpenAI disponibilizou os recursos de vídeo em tempo real no ChatGPT. A companhia de Sam Altman disse que o modo de voz avançado do chatbot está ganhando visão. Com o aplicativo, os usuários do ChatGPT Plus, Team e Pro podem apontar seus telefones para objetos e fazer com que a IA responda quase em tempo real. A nova ferramenta também pode entender o que está na tela compartilhada de um dispositivo com o serviço, podendo oferecer explicações e até sugestões de resoluções de problemas. O lançamento começa a partir desta quinta-feira e vai até a próxima semana, mas assinantes do ChatGPT Enterprise e Edu não terão o recurso até janeiro. (TechCrunch)

Um relatório publicado nesta quinta-feira pelo Pew Research Center revela que quase metade dos adolescentes americanos dizem que estão online “constantemente”, apesar das preocupações sobre os efeitos das redes sociais e smartphones na saúde mental dos jovens. O YouTube segue sendo a plataforma mais popular, sendo usada por 90%, três quartos deles disseram visitar a rede todos os dias. Houve uma ligeira tendência de queda em vários aplicativos populares usados pelos menores, podendo ser explicada pelo fim das restrições impostas durante a pandemia com os jovens tendo mais tempo para ver os amigos pessoalmente. A pesquisa ouviu 1.391 adolescentes americanos de 13 a 17 anos, entre 18 de setembro e 10 de outubro de 2024. (AP)

A Warner Bros Discovery, proprietária da HBO e da CNN, planeja dividir suas redes de televisão e negócios de streaming e estúdios em duas unidades. Em anúncio nesta quinta-feira, a companhia disse que estava criando uma “nova estrutura corporativa” para o setor de TV maximizar a lucratividade, e streaming e estúdios “impulsionarem o crescimento e retornos fortes sobre o aumento do capital investido”. A medida segue decisões semelhantes de empresas do setor, como a rival Comcast, que prometeu separar suas redes de televisão, incluindo CNBC e MSNBC, em uma companhia separada. Essas ações tomadas por grandes redes americanas mostram o interesse em libertar seus negócios de streaming de rápido crescimento dos canais televisivos em declínio para impulsionar os preços de ações em queda. (Financial Times)

O YouTube está ampliando sua presença nas televisões e na sala de estar. As estatísticas mostram um crescimento de 30% do tempo de exibição de conteúdo esportivo, por exemplo, em relação ao ano passado, enquanto os espectadores também assistiram a mais de 400 milhões de horas mensais de podcasts. A empresa também apresentou uma nova funcionalidade chamada “Watch With”, que permite que criadores adicionem comentários em tempo real a transmissões esportivas. O recurso deve se expandir para outros tipos de conteúdo, como coberturas ao vivo de eventos. A sala de estar tem sido o segmento de crescimento mais rápido para o YouTube nos últimos anos. Mudanças recentes, como páginas de canais mais rápidas e listas de reprodução colaborativas, mostram o esforço para aprimorar a experiência na TV. Além disso, a plataforma busca unificar o consumo em diferentes telas sem exigir que criadores adaptem seu conteúdo para dispositivos específicos. O aumento no tempo de exibição na TV tem impacto direto na economia criativa: a empresa afirmou que o número de criadores que gera a maioria de sua receita com visualizações na televisão cresceu mais de 30% no último ano. (The Verge)

A inteligência artificial Sora, da OpenAI, pode ter problemas legais devido à origem de seus dados de treinamento. A tecnologia, capaz de criar vídeos curtos com base em prompts de texto ou imagens, parece ter sido parcialmente treinada com conteúdos de gameplay, a partir de lives no Twitch. Testes realizados com a IA sugerem que ela é capaz de gerar clipes que lembram jogos conhecidos, como Super Mario Bros e Call of Duty, apesar de implementar filtros para evitar reproduções de marcas registradas. A OpenAI afirmou que Sora foi treinada com dados disponíveis publicamente e conteúdo licenciado, mas não deu mais detalhes. Advogados especializados em propriedade intelectual alertam que, se gameplays não licenciadas foram utilizadas, as implicações legais podem ser sérias. Além disso, o treinamento de IAs em material não licenciado pode abrir precedentes judiciais de uso justo, como aconteceu com o Google Books no passado, quando um tribunal decidiu que a cópia de milhões de livros era permitida. (TechCrunch)

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela inconstitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet, que tira das redes sociais a responsabilidade sobre conteúdo ilegal postado pelos usuários. Na retomada do julgamento sobre o tema na Corte, nesta quarta-feira, ele seguiu o voto do relator, ministro Dias Toffoli, que defende a retirada de postagens pelas plataformas a partir do momento em que são notificadas, e não apenas por decisão judicial. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, pediu vista (mais tempo para avaliar) e suspendeu a sessão. (Globo)

A Apple lançou uma atualização de seus sistemas para iPhone, iPad e Mac, o iOS 18.2, que integra o ChatGPT à sua assistente Siri. A integração é acionada quando o usuário faz perguntas mais complexas, que são identificadas pelo sistema como mais adequadas para o chatbot da OpenAI, que precisa ser autorizado pelo usuário. A Apple afirma ter construído proteções de privacidade no recurso e que a OpenAI não armazenará as solicitações. Também não será preciso criar uma conta para utilizar a integração, que vai usar o modelo GPT-4o. A novidade faz parte dos recursos anunciados para o Apple Intelligence, que inclui outras melhorias para a Siri, que serão lançadas no ano que vem, como a capacidade de realizar ações dentro de aplicativos. (CNBC)

O Google revelou nesta quarta-feira um protótipo de seu agente de IA, chamado Mariner, baseado na versão 2.0 do Gemini, anunciada no mesmo dia. “Estamos basicamente permitindo que os usuários digitem solicitações em seus navegadores e que o Mariner tome medidas em seu nome”, disse o gerente de projetos do Google, Jaclyn Konzelmann. O Mariner foi projetado para ser um assistente dos humanos. Ele pode encher um carrinho de compras em um site, se uma pessoa estiver com uma aba do navegador ativa, mas a compra deve ser efetivada pelo próprio usuário. O Mariner está disponível para um pequeno grupo de testadores, sem previsão de lançamento para o público em geral. (New York Times)