Cotidiano Digital

Após um ano, Threads atinge 175 milhões de usuários, diz Meta

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou que a Threads, principal concorrente do X (antigo Twitter) de Elon Musk, registra mais de 175 milhões de usuários quase um ano após o lançamento da rede social. Apesar disso, os números diários não foram divulgados, o que sugere que haja tráfego de pessoas que se inscreveram na plataforma, lançada quando Musk parecia estar destruindo o antigo Twitter, mas não se converteram em usuários regulares. Mas tanto o Instagram quanto o Threads compartilham o mesmo sistema de contas, o que pode também inflar o número real de usuários. A Meta deve concentrar esforços para aumentar mercado no Japão e passar eventualmente a exibir anúncios na rede. Elon Musk afirma que o X possui 600 milhões de usuários ativos mensalmente. (The Verge)

China é líder em solicitações de patentes de IA generativa, diz ONU

Quando se trata de IA generativa, a China é a líder absoluta em solicitações de patentes, segundo a agência de propriedade intelectual da ONU. A tecnologia foi utilizada em cerca de 54 mil invenções de 2014 até o ano passado, sendo um quarto delas apenas em 2023, provando a explosão do recurso no mercado. Mais de 38.200 invenções são chinesas, seis vezes mais do que o registrado pelos Estados Unidos, que aparecem na segunda colocação com 6.300. Coreia do Sul (4.155), Japão (3.400) e Índia (1.350) vêm na sequência. O levantamento não inclui outras formas mais amplas de inteligência artificial, como as utilizadas em reconhecimento facial ou direção autônoma. A equipe da ONU também destaca que a quantidade não significa necessariamente qualidade nos projetos, sendo difícil determinar quais serão aproveitados pela indústria ou transformadores para a sociedade. (AP)

Google aumenta emissões de gases poluentes em 48% com desenvolvimento de IA

O novo relatório ambiental do Google mostra que a companhia aumentou as emissões de gases do efeito estufa em 48% ante os registros de 2019. O crescimento da demanda é atribuído ao avanço da inteligência artificial, que requer mais poder computacional, necessitando mais energia para seus data centers. O objetivo do Google é reduzir as emissões a zero até 2030, mas a big tech admite que a integração de IA em cada vez mais produtos torna a meta um desafio ainda maior. Um estudo recente revela que um sistema de IA generativa pode usar cerca de 33 vezes mais energia do que computadores executando software específico para tarefas. Tom Jackson, professor de gestão de informação na Universidade de Loughborough, elogia o objetivo de emissões zero da companhia, mas reconhece a dificuldade em alcançá-lo. “As pessoas não percebem que tudo o que armazenam na nuvem tem impacto em sua pegada de carbono digital”, disse. (BBC)

GPS sob ataque em um mundo de guerras digitais

O GPS mudou o mundo e a forma como vivemos, mas em tempos de ataques digitais, a tecnologia tem sido alvo recorrente, com impactos até mesmo em voos comerciais. Em 2024, 60 mil aviões com passageiros foram atingidos com sinais falsos de GPS, alterando rotas e confundindo pilotos no mundo todo. Nos Estados Unidos, a comunicação, inclusive de autoridades, depende diretamente do sistema e não há alternativas no país, que tem visto a tecnologia chinesa, russa e europeia se desenvolverem. Os satélites responsáveis pelas informações são confiáveis, mas facilmente manipuláveis, o que faz com que a desinformação seja usada como arma de guerra. Países Bálticos acusam a Rússia de bloquear e falsificar o sinal. Outro flanco de desinformação de GPS tem sido o Oriente Médio: pesquisadores da Universidade do Texas descobriram uma base aérea de Israel que falsifica os dados para se proteger de ataques do Hamas e do Irã. Veja aqui especial interativo do New York Times sobre o tema. (New York Times)

Netflix começa a excluir versão mais barata de seu plano mensal sem anúncios

A Netflix está começando a excluir a versão mais barata de seu plano mensal sem anúncios para assinantes existentes em países como Canadá e Reino Unido. Usuários postaram no Reddit que a plataforma de streaming está pedindo a alguns clientes do plano básico que escolham um novo para permanecerem ativos. Um deles recebeu uma notificação em seu aplicativo dizendo que “seu último dia para assistir Netflix é 13 de julho. Escolha um novo plano para continuar assistindo”. Em janeiro, a companhia já havia anunciado a intenção de remover a categoria para atuais clientes do nível básico no segundo trimestre deste ano, começando pelos dois países. (The Verge)

Ministério da Fazenda deve publicar portaria que regulamenta apostas online

O Ministério da Fazenda disse que deve publicar neste mês uma portaria que regulamenta os jogos de aposta online, estabelecendo critérios técnicos e jurídicos para legalizar a modalidade. Uma das exigências previstas é que as empresas sejam certificadas por uma das quatro companhias homologadoras. Os jogos também deverão ser ofertados por operadores de apostas autorizados e os sites terão endereços terminados em bet.br. Segundo a pasta, apenas a Kaizen, dona da marca Betano, pediu autorização para operar no Brasil. As empresas interessadas terão até 31 de dezembro para se adequarem à nova legislação.

Governo proíbe Meta de usar dados de usuários para treinar inteligência artificial

O governo federal publicou um despacho no Diário Oficial da União (leia aqui) em que a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) determina que a Meta, dona do Facebook, do Instagram e do WhatsApp, suspenda a validade no Brasil da nova política de privacidade da empresa sobre o uso de dados pessoais dos brasileiros. A decisão proíbe a Meta de usar dados de usuários das suas plataformas para "treinar" sistemas de inteligência artificial generativa e prevê multa de R$ 50 mil por dia em caso de descumprimento da ordem. A inteligência artificial generativa é a que, a partir de um banco de dados, gera respostas automatizadas. (g1)

Suprema Corte dos EUA anula decisões de estados sobre moderação de redes sociais

A Suprema Corte americana anulou duas decisões judiciais nesta segunda-feira sobre leis apoiadas por estados republicanos que visavam limitar a capacidade de redes sociais moderarem conteúdos nas plataformas. Os juízes entenderam que os tribunais da Flórida e do Texas falharam em analisar as contestações sobre liberdade de expressão, prevista na Primeira Emenda, e enviou os casos de volta às instâncias inferiores para revisão mais aprofundada. “Para fazer esse julgamento, um tribunal deve determinar o conjunto completo de aplicações de uma lei, avaliar quais são constitucionais e quais não são, e comparar uma com a outra. Nenhum tribunal realizou essa investigação necessária”, proferiu na sentença a juíza Elena Kagan. As leis foram adotadas em 2021 e tinham como objetivo atender às reclamações de conservadores que alegavam ser censurados por suas visões políticas em plataformas como Facebook e X (então Twitter). O grupo de lobby do setor tecnológico NetChoice entrou na Justiça, argumentando que a legislação violava os direitos de expressão das plataformas. (TechCrunch)

UE acusa Meta de violar Lei de Mercados Digitais com serviço de assinatura

A União Europeia acusou formalmente a Meta nesta segunda-feira de violar a Lei de Mercados Digitais (DMA) ao não cumprir as regras antitrustes do bloco relacionado ao serviço de assinaturas em suas redes sociais, com seu modelo “pague ou consinta”, lançado no ano passado para usuários do Facebook e Instagram. Os reguladores do bloco disseram que a companhia não oferece uma alternativa que utilize menos dados para segmentação de anúncios, forçando usuários a escolherem entre pagar por uma conta sem anúncios ou entregar seus dados para ter um perfil gratuito. “Nossa visão preliminar é que o modelo de publicidade da Meta não está em conformidade com a Lei de Mercados Digitais”, escreveu Margrethe Vestager, que lidera a política de concorrência da região.

Cientistas japoneses fazem máscaras robóticas com células humanas

Engenheiros no Japão desenvolveram uma máscara robótica feita com células humanas, permitindo que robôs expressem emoções como sorrisos. O resultado, por mais aterrorizante que pareça, representa um avanço significativo na robótica biohíbrida, que integra engenharia mecânica e genética. A pesquisa, liderada pelo Professor Shoji Takeuchi, da Universidade de Tóquio, busca melhorar a interação entre humanos e robôs, tornando os autômatos mais próximos e capazes de realizarem tarefas mais precisas. Embora os protótipos atuais não possuam capacidades sensoriais, atualizações futuras podem incluir funcionalidades como vasos sanguíneos e nervos, aproximando ainda mais os robôs da aparência e interação humanas. (New York Times)