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Uma investigação de quatro meses do New York Times, analisando mais de 3 milhões de mensagens em mais de 16 mil canais, revela que o Telegram se tornou o lugar ideal para prática de atividade criminosa, desinformação, material de abuso sexual infantil, terrorismo e incitação racista. A empresa de Pavel Durov tem feito vista grossa à medida que essas atividades cresciam no aplicativo de mensagens. O levantamento encontrou 1.500 canais operados por supremacistas brancos coordenando ações que mobilizam quase um milhão de pessoas pelo mundo. Um coletivo, no qual neofascistas compartilham mensagens e vídeos incentivando a violência, foi associado a um ataque em um bar LGBTQIA+ na Eslováquia em 2022. Grupos terroristas como Hamas e ISIS também acumulam grandes audiências na plataforma. Só o Hamas viu sua audiência aumentar dez vezes após os ataques a Israel em 7 de outubro passado.

O órgão de fiscalização do Reino Unido disse nesta sexta-feira que suspeita das práticas de tecnologia de anúncios do Google que estão impactando a concorrência no país. Em uma declaração, a Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA) alega que a big tech “prejudicou a concorrência ao usar seu domínio na publicidade gráfica online para favorecer seus próprios serviços”. Os reguladores também estão preocupados que o Google esteja usando seu domínio no setor para dar preferência aos seus próprios serviços, o que colocariam seus rivais em desvantagem. A companhia disse discordar da CMA e que “responderá adequadamente”. (CNBC)

A Meta publicou uma atualização sobre como será a conexão de seus aplicativos de mensagem WhatsApp e Messenger e os serviços de chats de terceiros na Europa. A Lei de Mercados Digitais (DMA) da União Europeia exige que a empresa forneça uma opção para que seus usuários possam conversar com pessoas que utilizam outros serviços de mensagens. A companhia disse que está criando notificações em ambos aplicativos para informar sobre as integrações e alertar quando um mensageiro de terceiros recém-compatível estiver disponível. Também haverá um fluxo de integração no WhatsApp e Messenger, no qual os usuários poderão configurar uma pasta para mensagens de terceiros ou optar por uma caixa de entrada combinada. A função de grupo para bate-papos de terceiros será lançada no próximo ano, enquanto as chamadas de voz e vídeo ficarão disponíveis em 2027 de acordo com o DMA. (TechCrunch)

A Microsoft anunciou uma parceria com a StopNCII, organização voltada para a proteção de vítimas de pornografia de vingança, ou porn revenge, quando geralmente alguém divulga fotos íntimas de um ex-parceiro, por exemplo. Segundo a big tech, o apoio com a organização vai permitir que seu mecanismo de busca Bing evite expor imagens de nudez explícita, independente de serem reais ou geradas por IA, em deepfakes, que envolvam nudez não consensual. Por meio dessa parceria, vítimas podem gerar uma impressão digital de imagens comprometedoras, facilitando sua remoção das plataformas online. Essa tecnologia já teria sido aplicada em 268 mil imagens no Bing até o final de agosto, segundo dados da Microsoft. Embora o Google ofereça ferramentas semelhantes, a empresa ainda não se associou ao StopNCII, o que vem gerando críticas. (TechCrunch)

Duas semanas após a prisão do seu CEO, Pavel Durov, na França, o Telegram alterou discretamente sua página de perguntas frequentes, removendo menções de que os chats privados eram protegidos de solicitações de moderação. Durov foi acusado de permitir que atividades criminosas, como distribuição de material de abuso infantil e tráfico de drogas, ocorressem na plataforma sem qualquer impedimento. Em sua primeira declaração desde a prisão, ele reconheceu falhas na moderação do Telegram, que hoje tem 950 milhões de usuários. E prometeu intensificar a moderação de conteúdo, afirmando que o crescimento abrupto da plataforma facilitou a ação de criminosos. A empresa já iniciou modificações e, agora, usuários são instruídos a denunciar conteúdos ilegais aos moderadores. (The Verge)

O YouTube anunciou nesta quinta-feira que vai limitar a exposição a adolescentes de vídeos que promovam e idealizem um certo nível de condicionamento ou aparência física. A medida foi lançada nos Estados Unidos no ano passado e agora será incorporada globalmente. A plataforma vem enfrentando críticas nos últimos anos por expor menores de idade a conteúdos que podem incentivar transtornos alimentares. A companhia também vai limitar a recomendação repetitiva de vídeos que contém brigas sem contato e intimidação. (TechCrunch)

O primeiro tratado internacional de IA foi aberto para assinatura nesta quinta-feira por diversos países, entre eles, Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido, segundo informou a organização de direitos humanos Conselho da Europa. A Convenção sobre IA aborda os riscos que essa tecnologia pode trazer enquanto promove a inovação responsável. Em comunicado, a ministra da Justiça britânica, Shabana Mahmood, afirmou que “esta Convenção é um passo importante para garantir que essas novas tecnologias possam ser aproveitadas sem corroer nossos valores mais antigos, como os direitos humanos e o Estado de direito”. Em 2019, um comitê ad hoc havia começado a examinar a viabilidade de uma convenção-quadro de IA, sendo formado em 2022 o Comitê de Inteligência Artificial, que elaborou e negociou o texto. (Reuters)

Mais uma rede social na mira de Justiça. O estado do Novo México ajuizou uma ação contra a Snap, proprietária do Snapchat, alegando que a plataforma facilita que predadores sexuais coletem imagens de crianças. A denúncia argumenta que as mensagens e fotos que desaparecem do Snapchat, uma característica que distingue o aplicativo, o tornaram um destino atraente para práticas abusivas e extorsão.

Bill Gates, fundador da Microsoft, tem investido bilhões em tecnologias que acredita serem fundamentais para o futuro da humanidade, como a inteligência artificial. Em entrevista à The Verge, ele falou sobre sua nova série documental What's Next? The Future with Bill Gates, que estreia na Netflix no dia 18 de setembro. A série explora tópicos justamente como a IA, desinformação e clima.

O YouTube vai lançar globalmente nesta semana um novo recurso de supervisão parental, que permitirá aos pais e responsáveis vincular suas contas às de seus filhos menores de idade. A medida deverá ajudar os adultos a terem mais ciência das atividades dos adolescentes e incentivar práticas mais seguras na criação de conteúdo na plataforma. As contas poderão ser conectadas pelo Family Center, permitindo que os pais vejam insights da conta, como assinaturas, comentários e uploads realizados. Notificações por e-mail também serão enviadas toda vez que o jovem realizar atividades notáveis, como subir um novo vídeo na rede ou iniciar uma transmissão ao vivo. De acordo com a companhia, a novidade oferece controle mútuo, com a supervisão podendo ser desativada pelos menores ou seus responsáveis a qualquer momento. (The Verge)