Cotidiano Digital

Qualidade de vídeo no Instagram depende da popularidade, diz chefe da rede social

Engajamento é qualidade de vídeo? De acordo com Adam Mosseri, chefe da rede social na Meta, a qualidade de vídeos no Instagram está diretamente relacionada à sua popularidade. Em um vídeo divulgado, Mosseri explicou que o Instagram tende a exibir vídeos populares em qualidade mais alta, enquanto aqueles com menos visualizações são ajustados para uma resolução inferior, isso porque a rede busca otimizar o uso de CPU e armazenamento, priorizando criadores com engajamento. A prática já havia sido mencionada pela Meta em 2022, no entanto reacendeu questionamentos entre os usuários do Threads, que alegaram que a abordagem ajuda quem já é popular e cria barreiras para novos criadores de conteúdo. (TechCrunch)

Meta fecha seu primeiro acordo de IA para notícias com a Reuters

A Meta fechou um acordo plurianual com a Reuters para usar conteúdo noticioso em seu chatbot de IA, o Meta AI, respondendo dúvidas de usuários em redes como Instagram, Facebook e WhatsApp. Esta é a primeira parceria da Meta com um veículo jornalístico para uso de informações em sua IA. Os usuários do chatbot da Meta nos Estados Unidos estão desde sexta-feira recebendo informações em tempo real da Reuters quando fazem perguntas sobre notícias ou eventos atuais. As respostas vão citar as matérias do veículo e incluir links que direcionarão ao site jornalístico. Detalhes sobre o acordo, como valores e permissão para uso de artigos em treinamento do Llama, não foram revelados. (Axios)

Google está desenvolvendo agente de IA que controla navegador da internet

O Google está desenvolvendo um agente de IA que assume o navegador web do usuário para concluir tarefas como reunir pesquisas, comprar um produto ou reservar um voo, segundo fontes revelaram ao Information. O produto, chamado Jarvis, responde aos comandos de uma pessoa capturando imagens frequentes da tela do computador e interpretando as imagens antes de realizar ações como clicar em um botão ou digitar em um campo de texto, sendo semelhante ao anunciado pela Anthropic nos últimos dias. A companhia pretende lançar uma prévia dessa ferramenta em dezembro junto com uma atualização de seu modelo de IA, o Gemini, que ajudaria no impulsionamento. Os desenvolvedores de IA consideram os agentes — sistemas de IA que podem concluir tarefas complexas sem supervisionamento humano — o próximo passo para a indústria. (The Information)

Pague agora, receba depois: as big techs e seu produtos ‘versão alpha’

Nesta semana, a Apple lançou a versão beta do iOS 18.2 para testes por entusiastas e desenvolvedores, que queiram ver em primeira mão ao menos uma parte do Apple Intelligence em funcionamento. A disponibilidade antecipada de sistemas e aplicativos para testagem dos usuários é algo recorrente no setor tecnológico – e até desejável – antes da estreia oficial. Um fenômeno mais recente envolve uma etapa anterior, quando as empresas colocam à venda produtos que, apesar de testados, não estão prontos para comercialização, o que não raro causa irritação e decepção dos consumidores.

OpenAI se prepara para lançar Orion, próximo modelo de IA, até dezembro

Segundo o The Verge, a OpenAI planeja lançar Orion, seu novo modelo de IA de próxima geração, até dezembro deste ano. Ao contrário dos lançamentos anteriores, as informações dão conta que o Orion teria uma liberação inicial limitada a parceiros de confiança, incluindo engenheiros da Microsoft que poderão testá-lo já em novembro. Esse modelo promete um avanço significativo de desempenho e, segundo fontes, pode ser até 100 vezes mais poderoso que o GPT-4. Além disso, o novo modelo busca integrar funcionalidades avançadas que poderiam representar um caminho para a criação de uma inteligência geral artificial, uma IA avançada capaz de realizar tarefas intelectuais em nível humano. O novo modelo deve começar a ser implementado no Azure pela Microsoft, principal parceira da OpenAI e o lançamento ocorre logo após a OpenAI levantar US$ 6,6 bilhões em financiamento e iniciar uma reestruturação como uma empresa com fins lucrativos. (The Verge)

Parceria entre Google e Anthropic é investigada por regulador do Reino Unido

A Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA) abriu uma investigação formal sobre a parceria do Google com a Anthropic para verificar se a colaboração sufoca a concorrência no mercado de IA. No ano passado, o Google teria concordado em fazer um investimento multibilionário na Anthropic, que já havia recebido um aporte de US$ 4 bilhões da Amazon. A CMA afirmou ter “informações suficientes” para começar as apurações sobre a parceria antes de decidir, até 19 de dezembro, se aprova o acordo ou intensifica sua investigação. A Anthropic disse cooperar com o regulador e que fornecerá “uma visão completa sobre o investimento do Google e nossa colaboração comercial”. (AP)

LinkedIn é multado em € 310 milhões na UE por violações de privacidade

A Comissão de Proteção de Dados da Irlanda multou o LinkedIn em € 310 milhões por infringir o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) da União Europeia ao violar a privacidade dos usuários com seu negócio de anúncios de rastreamento. O órgão regulador do Reino Unido recusou os argumentos da companhia, que alegava ter amparo legal baseado em “consentimento”, “interesses legítimos” e “necessidade contratual” para rastrear e criar perfis de seus usuários para publicidade comportamental. A rede social também não cumpriu os princípios de transparência e justiça do GDPR. Além da multa, o LinkedIn terá três meses para colocar suas operações europeias em conformidade com a legislação. (TechCrunch)

Intel fica para trás no mercado de IA e perde espaço para Nvidia

Em 2005, a Intel esteve próxima de comprar a Nvidia, uma empresa novata no Vale do Silício, por US$ 20 bilhões, mas a proposta foi rejeitada pelo conselho. Hoje, essa decisão é vista como um erro, já que a Nvidia domina o mercado de chips para IA e se tornou uma das corporações mais valiosas do mundo, com valor de mercado de mais de US$ 3 trilhões, enquanto a Intel enfrenta dificuldades e vale menos de US$ 100 bilhões. A decisão da Intel de focar em projetos internos e sua cultura corporativa impediu que a empresa liderasse a revolução dos chips de IA. Embora tenha feito esforços para se recuperar, como a compra de startups de IA, problemas internos e decisões equivocadas limitaram seu sucesso. (New York Times)

Mãe acusa startup de IA de causar suicídio de adolescente nos EUA

Uma mãe da Flórida entrou com um processo judicial contra a startup de inteligência artificial Character.AI, acusando a empresa de contribuir para o suicídio de seu filho de 14 anos. Megan Garcia alega que seu filho, Sewell Setzer, ficou viciado no chatbot da plataforma, estando apegado emocionalmente a um personagem que teria se passado por um psicoterapeuta e amante. O jovem, que já expressava pensamentos suicidas ao chatbot, tirou sua própria vida em fevereiro deste ano após uma interação com o personagem. A Character.AI, que permite a criação de personagens de IA para responder a conversas de forma semelhante a pessoas reais, afirmou estar de coração partido com o ocorrido e destacou que implementou novos recursos de segurança, como alertas para prevenção de suicídio. O processo também menciona a Alphabet, controladora do Google, a acusando de ter contribuído para o desenvolvimento da tecnologia. Garcia busca indenização por homicídio culposo, negligência e sofrimento emocional. O caso levanta preocupações sobre o impacto de chatbots de IA na saúde mental de jovens, especialmente no contexto de ferramentas que emulem profissões ou criem vínculos com as pessoas. (Reuters)

Apple lança versão beta com recursos do Apple Intelligence e integração com ChatGPT

A Apple lançou nesta quarta-feira uma versão beta com novos recursos do Apple Intelligence, incluindo a esperada integração com o ChatGPT, da OpenAI. As ferramentas de IA estão disponíveis para desenvolvedores e testadores no iOS 18.2, enquanto o lançamento oficial para todo o público ocorre na próxima semana. A prévia traz novidades como geradores de imagem e emojis e remoção de objetos em fotografias. Já as novas funcionalidades da Siri, de realizar ações dentro de aplicativos, não estão presentes nesta atualização. Os investidores esperam que os recursos de IA estimulem os usuários a comprar novos iPhones, já que as ferramentas estão disponíveis apenas em aparelhos mais recentes. (CNBC)