Cotidiano Digital

Após duas semanas, Disney e DirecTV fecham acordo e restauram sinal da ESPN

A Disney e a DirecTV chegaram a um acordo neste sábado, encerrando uma disputa contratual que deixou 11 milhões de assinantes sem acesso a canais como ESPN, ABC e FX. A disputa, que durou quase duas semanas, afetou a exibição de eventos esportivos importantes, como o US Open e o Monday Night Football. O novo contrato plurianual permitirá que assinantes da DirecTV acessem também pacotes de streaming da Disney Plus, Hulu e ESPN Plus, futuro serviço de streaming da ESPN, previsto para ser lançado em 2025.

Spotify começa a disponibilizar controles parentais para menores de 13 anos

O Spotify começou a introduzir controles parentais em seu aplicativo na forma de contas gerenciadas para usuários menores de 13 anos. O novo recurso é um programa piloto para pais do plano família de Dinamarca, Nova Zelândia e Suécia. Os responsáveis podem gerenciar as contas dos jovens, impedindo-os de ver vídeos, reproduzir conteúdos ou visualizar vídeos Canvas (que ficam em loop durante a reprodução de músicas) para conteúdos rotulados como explícito. Também poderão decidir se os filhos podem tocar determinadas faixas ou artistas. A nova ferramenta permite que os tutores tenham mais controle sobre os conteúdos consumidos pelos jovens, sem a necessidade do Spotify Kids, muito mais restritivo. (TechCrunch)

Big techs lutam para não pagar mais caro por energia em seus data centers

Uma disputa regulatória entre uma empresa de energia de Ohio e as gigantes da tecnologia Google, Amazon, Microsoft e Meta pode criar um precedente para definir se e como as big techs podem ser responsabilizadas pelo crescimento dos custos de energia nos Estados Unidos. A American Electric Power Ohio pretende aumentar significativamente as contas de energia, que tem sido cada vez mais demandada para dar conta dos data centers usados com serviços de inteligência artificial, evitando que os gastos adicionais com infraestrutura sejam repassados para consumidores residenciais e de outras empresas. As companhias alegam que a cobrança adicional é “injusta” e “discriminatória”. As demandas energéticas provocadas por data centers têm preocupado algumas regiões de outros estados, como Virgínia e Arizona, deixando especialistas receosos quanto a capacidade de a rede elétrica americana lidar com a transição para a energia verde e o boom da computação ao mesmo tempo. (New York Times)

Cristiano Ronaldo atinge marca inédita de 1 bilhão de seguidores

Cristiano Ronaldo atingiu a marca histórica de 1 bilhão de seguidores em suas contas nas redes sociais, somando plataformas como Instagram, Facebook, Twitter, YouTube, e redes chinesas como Weibo e Kuaishou. Embora o número inclua duplicações de seguidores e contas falsas, o feito é um marco que pode atrair ainda mais grandes marcas e patrocínios. Um dos fatores para esse crescimento nas redes do jogador português foi sua entrada no YouTube, onde alcançou 50 milhões de inscritos em uma única semana. Além das boas marcas nas redes, Ronaldo continua quebrando recordes nos campos: recentemente, ele marcou o seu gol de número 900. Seus ganhos financeiros acompanham a trajetória de sucesso, com uma fortuna de US$ 260 milhões, o maior valor entre atletas, segundo a Forbes. (BBC)

Meta atualiza rótulo de IA e o torna menos visível

Mudanças na rotulagem de conteúdo editado por ferramentas de IA no Instagram, Facebook e Threads foram anunciadas pela Meta. O rótulo, que antes aparecia de forma clara, será movido para o menu do post, em vez de aparecer diretamente abaixo do nome do usuário. No entanto, para conteúdos totalmente gerados por inteligência artificial, o rótulo continuará visível. A alteração será implementada já na próxima semana, e visa refletir de forma mais precisa a extensão do uso de IA nas publicações. Embora críticos digam que a mudança possa dificultar a identificação de conteúdo editado usando as ferramentas, a Meta afirmou que essa decisão busca melhorar a clareza e a precisão na rotulagem. (TechCrunch)

Chatbot é criado para desmentir teorias da conspiração

IA desmentindo teorias da conspiração? Pesquisadores revelaram que a inteligência artificial pode ser uma ferramenta eficaz na luta contra a desinformação, especialmente no combate a teorias mirabolantes. Um estudo publicado na revista Science mostrou que o DebunkBot, um chatbot projetado para persuadir usuários a questionarem crenças infundadas, conseguiu reduzir em 20% a adesão a essas teorias após interações curtas. O estudo envolveu mais de 2.000 pessoas que acreditavam em teorias como a de que o pouso na Lua foi encenado ou que os ataques de 11 de setembro foram planejados pelo governo dos EUA. Após conversas de cerca de oito minutos com o bot, um quarto dos participantes abandonou suas crenças conspiratórias. Dois meses depois, os participantes que haviam abandonado as crenças conspiratórias continuavam sem acreditar nelas.

OpenAI lança primeiro modelo de IA com capacidade de raciocínio

A OpenAI está lançando o primeiro de uma série de modelos de raciocínio, chamado o1, treinados para responder perguntas complexas mais rápido do que os humanos. Usuários do ChatGPT Plus e Team começam ter acesso ao o1-preview e ao o1-mini a partir de hoje, enquanto usuários Enterprise e Edu recebem o recurso no início da próxima semana. A companhia planeja levar o acesso ao o1-mini a todos os usuários gratuitos do ChatGPT, mas ainda não definiu um prazo. O treinamento do novo modelo é diferente de seus antecessores. Segundo a OpenAI, enquanto o GPT atual foi ensinado a imitar padrões de dados de treinamento, o o1 foi instruído a resolver problemas por conta própria usando uma técnica conhecida como aprendizado por reforço, que ensina o sistema por meio de recompensas e penalidades. A nova metodologia permite que o o1 alucine menos, apesar de ainda cometer erros e inventar informações.

Amazon anuncia investimento de R$ 10 bilhões em data centers no Brasil

A Amazon Web Services (AWS), divisão de serviços em nuvem da Amazon, anunciou um aporte de R$ 10,1 bilhões no Brasil, para expandir sua infraestrutura de data centers no estado de São Paulo até 2034. Desde 2011, a AWS já investiu R$ 19,2 bilhões no Brasil, contribuindo com aproximadamente R$ 24 bilhões para o PIB brasileiros. Segundo estimativas, esses investimentos geram, em média, 10 mil empregos anuais em empresas locais ligadas às operações de data center. Geraldo Alckmin, vice-presidente do Brasil e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, destacou a importância do investimento privado, afirmando que ele reflete a confiança na economia brasileira e o potencial de crescimento sustentável. Já Cleber Morais, diretor-geral da AWS no Brasil, ressaltou o papel da empresa na transformação digital e se comprometeu com a sustentabilidade. (Poder360)

Para além da IA, smartphones lançados em 2024 têm memória RAM melhor

Para ler com calma. Além das melhorias diretas, a inteligência artificial pode estar fornecendo avanços indiretos aos smartphones. Isso porque os celulares estão vindo com mais memória RAM justamente porque a memória adicional é crucial para manter modelos de IA carregados e operando rapidamente, melhorando a eficiência e a usabilidade dos dispositivos. Os iPhones, por exemplo, terão 8 GB em todos os modelos, comparado aos 6 GB dos modelos do ano passado. Além dos smartphones, a tendência de aumento de RAM também está se espalhando para laptops, com a Microsoft exigindo pelo menos 16 GB de memória para executar recursos de IA do Windows e há rumores de que a Apple pode seguir o mesmo caminho. (The Verge)

Google enfrenta investigação na União Europeia por uso de dados para IA

Google na mira da Justiça novamente. A Big Tech está sendo investigada pelo regulador de privacidade da União Europeia, para verificar se a empresa cumpriu as leis de proteção de dados ao usar informações pessoais no treinamento de inteligência artificial generativa, a GenAI. A investigação foca especificamente se o Google realizou uma avaliação de impacto de proteção de dados, conforme exigido, para mitigar os riscos aos direitos e liberdades individuais. As ferramentas GenAI do Google são utilizadas em diversos aplicativos, incluindo chatbots e melhorias na pesquisa na web. O DPC da Irlanda, responsável pela aplicação da lei na região, tem o poder de impor multas significativas — de até 4% do faturamento global anual da Alphabet, controladora do Google — caso encontre violações das regulamentações de proteção de dados. Em resposta, o Google afirmou que leva a sério suas obrigações e está cooperando com o DPC para responder às questões levantadas durante a investigação. (TechCrunch)