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A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (26) a operação “Mercado de Dados” para investigar a venda ilegal de informações de brasileiros. Três servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e um hacker estão entre os principais alvos da operação, que ainda cumpriu 29 mandados de busca e 18 de prisões preventivas, além do sequestro de 24 imóveis e o bloqueio de até R$ 34 milhões nas contas bancárias dos investigados. As investigações foram iniciadas em setembro de 2023 e revelaram que esses hackers e alguns servidores do INSS comercializavam credenciais de acesso aos sistemas da autarquia. Os suspeitos responderão por organização criminosa, corrupção, invasão de dispositivos, violação de sigilo funcional e lavagem de dinheiro, crimes que podem resultar em penas superiores a 15 anos de prisão. A operação, coordenada pela PF de Cascavel, no Paraná, conta com o apoio do Ministério da Previdência. (CNN Brasil)

A CTO, diretora de tecnologia, da OpenAI, Mira Murati, anunciou que está deixando a empresa após seis anos e meio na companhia. Murati, que foi fundamental para o desenvolvimento de tecnologias como o ChatGPT e o gerador de imagens DALL-E, declarou em um post no X que está se afastando para “criar tempo e espaço para minha própria exploração”. Ela prometeu garantir uma transição suave enquanto a OpenAI continua seu impulso de crescimento. Além de Mira Murati, Bob McGrew, diretor de pesquisa, e Barret Zoph, vice-presidente de treinamento, também estão saindo. O CEO da OpenAI, Sam Altman, afirmou que as decisões foram tomadas de forma independente e amigável, destacando que mudanças de liderança são comuns em empresas de rápido crescimento. A decisão ocorre quase um ano após uma crise interna que tirou temporariamente Altman do cargo de CEO, deixando Murati como a líder interna. (The Verge)

A Meta anunciou uma série de novidades tecnológicas nesta quarta-feira em seu evento Meta Connect. Entre os principais estão seus óculos de realidade aumentada Orion, que usa projetores Micro LED dentro de uma armação moderna e emite imagens em frente aos olhos por meio de guias de onda nas lentes. Eles são acompanhados por um disco de computação sem fio e uma “pulseira neural” que responde a gestos da mão. Por ainda não estar pronto, o Orion ainda não está disponível para venda. Já os óculos inteligentes Ray-Ban da Meta estão recebendo novas atualizações de software, como lembretes e melhora nas respostas com o Meta AI. A empresa ainda trabalha em um recurso de tradução em tempo real. No hardware, ele ganha uma opção de armação transparente e uma nova gama de lentes. A companhia também está lançando o Quest 3S um headset VR mais barato do que o Quest 3, mas sem sensor de profundidade, telas de resolução mais baixa e um campo de visão mais estreito.

O Google abriu uma queixa formal contra a Microsoft junto ao órgão de fiscalização antitruste da União Europeia por abuso de domínio no mercado de nuvem. Segundo a acusação, os termos de licenciamento da Microsoft para seu serviço Azure impedem o acesso de clientes a concorrentes como Google Cloud e Amazon Web Services (AWS). Essa conduta equivaleria a um abuso de posição dominante previsto na legislação da UE. A comissão do bloco europeu reconheceu as alegações da big tech e disse que avaliará de acordo com os procedimentos padrão do órgão regulador. Possíveis multas por violações antitrustes podem chegar a 10% do faturamento global da empresa. (Bloomberg Línea)

Dez anos atrás, Mark Zuckerberg expressava abertamente suas opiniões políticas, abordando temas como imigração, justiça social e democracia. Ele escreveu artigos, fundou iniciativas filantrópicas e contratou muitas pessoas para promover essas visões. No entanto, à medida que envelheceu, sua postura mudou. Hoje, aos 40 anos, Zuckerberg se mostra cético e distante da política após experiências frustrantes, especialmente em Washington. Se antes era visto como um ativista progressista, agora adota uma abordagem mais neutra e até libertária. Ele se distanciou de questões polêmicas e reprimiu o ativismo dentro da Meta. A mudança também é visível em sua filantropia, onde ele e sua esposa, Priscilla Chan, reavaliaram prioridades, focando menos em temas que possam ser vistos como partidários. O desgaste político de Zuckerberg se intensificou com as críticas após a eleição de 2020, quando ele doou US$ 400 milhões para melhorar a segurança eleitoral durante a pandemia, uma ação que foi duramente criticada por republicanos. (The New York Times)

Nova investigação sobre uso de dados. O Mozilla, desenvolvedora do navegador Firefox, está sendo acusada de violar regras de privacidade da União Europeia por ativar um recurso que rastreia usuários sem consentimento. A tecnologia em questão, chamada Privacy Preserving Attribution, foi lançada recentemente pelo Mozilla para medir a eficácia de anúncios sem coleta de dados pessoais identificáveis. Enquanto a empresa defende que a nova ferramente é menos invasiva que o rastreamento por cookies e que usa criptografia para proteger a privacidade dos usuários. No entanto, a acusação é de que a nova funcionalidade transforma o Firefox em uma “ferramenta de rastreamento” e viola as regras dos países. Se a aceitação da acusação for aceita, O Mozilla pode ser obrigada a desativar o recurso ou até enfrentar multas de até 4% de sua receita global. (TechCrunch)

O futuro da migração do Google para o Privacy Sandbox, sua alternativa à adtech, enfrenta desafios após a intervenção da Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) do Reino Unido. O plano que buscava substituir os cookies de rastreamento de terceiros agora parece ameaçado, pois a CMA investiga uma autorização de uma coalizão de empresas de marketing digital. Recentemente, o regulador expressou preocupações com a concorrência em relação às revisões do Google e afirmou que os compromissos anteriores precisam ser atualizados, o que pode resultar em mais atrasos. As propostas do Google oferecem aos usuários do Chrome a opção de escolher entre anúncios baseados em rastreamento ou segmentação por meio do Privacy Sandbox, o que poderia melhorar a privacidade. No entanto, a CMA teme que essa escolha reduza a disponibilidade de cookies, aumentando a dependência das ferramentas do Google e se muitos usuários optarem por não serem rastreados, isso pode prejudicar empresas que dependem dos cookies para anúncios direcionados. (TechCrunch)

Brasil não está de fora. O financiamento de projetos de inteligência artificial no Brasil atingiu mais de R$ 2 bilhões, segundo um levantamento da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), pedido pelo jornal O Globo. Esse montante envolve aportes de instituições como o BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica, mas há expectativa de que os investimentos alcancem R$ 23 bilhões até 2028 com o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial. A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) foi a principal responsável por repasses e destinou R$ 1,4 bilhão a projetos de IA entre 2023 e junho de 2024. A maioria dos recursos foi direcionada a micro e pequenas empresas. Por exemplo, no Hospital das Clínicas de Porto Alegre, a IA tem sido utilizada para otimizar diagnósticos e processos de aquisição de materiais. (Globo)

A OpenAI está lançando o novo modo de voz avançado (AVM, em inglês) para um grupo de usuários pagos do ChatGPT nesta terça-feira. O recurso de áudio que torna a IA mais natural para conversação, será disponibilizado inicialmente para clientes Plus e Teams, deixando o acesso do Enterprise e Edu para a próxima semana. Em vez dos pontos pretos animados na tela, o AVM ganha um novo design, representado por uma esfera azul. Também foram adicionados instruções personalizadas, cinco novas vozes, aprimoramento de sotaques, além de permitir que a ferramenta lembre das conversas anteriores para referência posterior. (TechCrunch)

Criado para rivalizar com serviços de streaming como Spotify e Apple Music, a ByteDance disse nesta terça-feira que vai descontinuar o TikTok Music em 28 de novembro. Os usuários foram orientados a transferir suas playlists para outras plataformas até 28 de outubro. Após a exclusão, o TikTok vai conectar os usuários às faixas pretendidas por meio do recurso “Adicionar ao aplicativo de música” em serviços parceiros. Chamado originalmente de Resso, o aplicativo foi lançado em 2019 para canalizar os adeptos do TikTok, capitalizando seu poder de viralizar músicas na rede social em países que incluíam o Brasil. Mas, um impasse por pagamentos maiores com a Universal Music, no início do ano, levou artistas como Drake e Rihanna a retirarem suas canções da plataforma. (Bloomberg Línea)