Cotidiano Digital

Meta é multada em € 91 milhões por falha de segurança de senhas na Irlanda

A Comissão de Proteção de Dados da Irlanda (DPC, em inglês) multou a Meta em € 91 milhões, cerca de US$ 101,5 milhões, após concluir uma investigação por uma violação de segurança em abril de 2019. Na época, o Facebook notificou que “centenas de milhões” de senhas de usuários haviam sido armazenadas em texto simples em seus servidores, o que contraria o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR, em inglês) da União Europeia. A DPC concluiu que a companhia falhou em preservar as senhas dos usuários, que deveriam ser protegidas por criptografia, o que criou um risco de vazamento de informações sensíveis. O regulador também descobriu que a Meta não cumpriu o prazo legal de notificar o órgão em até 72 horas e em documentar adequadamente a violação. A Meta disse que tomou as medidas imediatas para corrigir o erro e que as senhas não foram acessadas indevidamente. (TechCrunch)

iOS 18 gera reclamações entre usuários de iPhone

A nova versão do sistema operacional do iPhone lançada neste mês, o iOS 18, tem apresentado falhas e instabilidades que geraram reclamações de usuários nas redes sociais. Mesmo com as novidades, como maior personalização e novos recursos de segurança, o sistema tem causado problemas na tela, como inconsistência na resposta do touchscreen e dificuldade em rolamento de páginas, além de reduzir a duração da bateria e piorar o desempenho de alguns aplicativos, que ainda não foram otimizados para o iOS 18. A Apple não se pronunciou sobre o assunto, mas espera-se que a atualização 18.0.1 seja lançada em breve com a correção das falhas mais graves. Já a versão 18.1, prevista para outubro, além de correções, deve trazer o Apple Intelligence, a nova ferramenta de IA da companhia. (Estadão)

Em 5 dias, um terço dos posts de Musk no X são falsos, enganosos ou sem contexto

Em uma semana frenética, entre 16 e 20 de setembro, Elon Musk protestou contra imigração ilegal, impulsionou teorias de conspiração sobre fraude eleitoral e atacou candidatos democratas na sua rede social X. Segundo uma análise do New York Times, quase um terço das 171 postagens e repostagens que ele fez durante esses cinco dias eram falsas, enganosas ou sem contexto. Em um dos posts, visto mais de 100 milhões de vezes, ele mostra uma projeção enganosa da corrida presidencial em que Donald Trump aparece à frente de Kamala Harris, quando, na verdade, a vice-presidente liderava a pesquisa. O dono do X não removeu ou corrigiu o conteúdo, mesmo os usuários apontando o erro. Desde que comprou a plataforma, em 2022, ele demonstra uma maior disposição em elevar alegações infundadas, inclusive endossando a campanha presidencial de Trump, mesmo tendo dito anteriormente que “o Twitter precisa ser politicamente neutro”. (New York Times)

Starlink, de Elon Musk, chega a 4 milhões de assinantes

A SpaceX, através de sua rede de internet via satélite Starlink, ultrapassou a marca de 4 milhões de clientes, conforme anunciou Gwynne Shotwell, presidente da empresa, durante uma audiência no Comitê de Dotações da Câmara do Texas. O crescimento impressionante da Starlink, que começou a oferecer seu serviço em outubro de 2020, representa um aumento de 1 milhão de novos assinantes apenas desde o final de maio de 2024. O serviço, que já conta com quase 6.000 satélites em operação, está disponível em quase 100 países, atendendo tanto a usuários individuais quanto grandes clientes corporativos, como companhias aéreas e linhas de cruzeiro. A receita da Starlink está projetada para alcançar US$ 6,6 bilhões em 2024. No Brasil, a Starlink é popular em áreas remotas, onde outras empresas não chegam, ou chegam com qualidade ruins. (TechCrunch)

Boates em Ibiza, Berlim e Londres restringem câmeras e uso de celular

Sem fotos. A cena techno de Berlim, conhecida por festas que duram até 36 horas, passou a manter uma política rígida de proibição de fotos e vídeos. Os frequentadores são obrigados a cobrir as câmeras dos celulares com adesivos, garantindo um espaço sem a presença das redes sociais. A regra já foi adotada por boates em Londres, Amsterdã e Ibiza. Segundo organizadores, essa política não apenas mantém o espírito underground, mas também fortalece uma experiência comunitária. A exclusividade em torno dessas festas, muitas vezes cercadas de mistério, também se tornou um elemento chave para atrair visitantes, contribuindo para o turismo e a economia local, que arrecadou bilhões nos últimos anos. Entretanto, o crescimento do turismo e da gentrificação ameaça a sobrevivência de alguns dos locais mais icônicos, como o Watergate, também na Alemanha, que anunciou seu fechamento devido ao aumento dos custos operacionais. (The New York Times)

OpenAI avalia conceder 7% em ações a Sam Altman

A OpenAI está discutindo a possibilidade de conceder 7% em ações da companhia ao cofundador e CEO Sam Altman, além de reestruturar-se para se tornar com fins lucrativos, segundo fontes ouvidas pela Bloomberg. Caso se confirme, essa seria a primeira vez que Altman teria uma fração da startup que ajudou a fundar, em 2015, como uma organização sem fins lucrativos com objetivo de criar uma IA segura e benéfica para a humanidade. No entanto, a OpenAI trabalha para captar US$ 6,5 bilhões com uma avaliação de US$ 150 bilhões, o que torna uma participação em ações mais atraente. Enquanto isso, a empresa também avalia as mudanças causadas pela saída de executivos seniores nos últimos meses. A perda mais recente foi da diretora de tecnologia, Mira Murati, que anunciou seu desligamento nesta quarta-feira. (Bloomberg Línea)

Criador de Mario diz não ter interesse em usar IA nos jogos

Shigeru Miyamoto, criador dos icônicos jogos Mario e Zelda, expressou pouco interesse no uso da inteligência artificial na Nintendo no momento. Durante um evento de mídia no Museu da Nintendo, que será inaugurado em Kyoto no dia 2 de outubro, Miyamoto destacou a abordagem diferenciada da empresa em relação à tecnologia, enquanto outras indústrias seguem em direção oposta. Ao The New York Times, Miyamoto afirmou que a Nintendo busca focar no que a torna especial, enfatizando que, em vez de acompanhar as tendências, a empresa prefere trilhar seu próprio caminho. Recentemente, o presidente da Nintendo, Shuntaro Furukawa, também falou sobre a IA, reconhecendo seu potencial criativo, mas alertando para possíveis complicações em relação a direitos de propriedade intelectual. (New York Times)

Microsoft anuncia investimento de R$ 14,7 bilhões no Brasil

Nesta quinta-feira, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, palestrou durante o Microsoft AI Dayem São Paulo. Ele destacou os esforços da empresa para acompanhar os avanços da inteligência artificial e anunciou um investimento de R$ 14,7 bilhões no Brasil voltado para a infraestrutura de IA e Cloud. A Microsoft já opera duas regiões de datacenters, o Azure, no país: Brasil Sul, com sede em São Paulo, e Brasil Sudeste, com sede no Rio de Janeiro. Nadella afirmou que a empresa está dobrando o investimento em infraestrutura para garantir que a tecnologia funcione de forma eficaz. Diversas empresas brasileiras, como Americanas, B3, BRF, Grupo Boticário, Itaú e Localiza, já utilizam o sistema de IA da Microsoft. O CEO da big tech também anunciou o compromisso de treinar 5 milhões de brasileiros em inteligência artificial até 2028. (Forbes)

Ações da Ubisoft despencam após adiamento do novo ‘Assassin’s Creed’

As ações da Ubisoft Entertainment caíram para seu nível mais baixo em mais de uma década, com uma queda de 19%, atingindo € 9,25 na Bolsa de Paris. A empresa francesa de videogames anunciou a redução de suas previsões de receita, citando vendas abaixo do esperado e o adiamento do lançamento de Assassin's Creed Shadows, que agora está programado para 14 de fevereiro de 2025, em vez de novembro de 2024. A Ubisoft justificou a mudança ao afirmar que precisa de mais tempo para aprimorar o jogo, após o desempenho decepcionante de Star Wars Outlaws, seu lançamento mais recente. O período de difícil da empresa começou na pandemia. Com as novas projeções, a Ubisoft espera arrecadar € 1,95 bilhão em compras antecipadas para o ano fiscal de 2025, abaixo das expectativas de analistas que apontavam € 2,42 bilhões. (Bloomberg)

OpenAI busca trilhões para construir infraestrutura global de IA

A OpenAI, liderada por Sam Altman, está implementando um plano para construir uma infraestrutura global que suporte o desenvolvimento de inteligência artificial avançada. Em discussões com investidores e autoridades de diversos países, incluindo os Emirados Árabes Unidos e os EUA, a empresa buscava arrecadar trilhões de dólares para estabelecer novas fábricas de chips e data centers. Após críticas sobre a magnitude do investimento necessário, Altman ajustou suas expectativas para centenas de bilhões de dólares e está concentrando esforços na construção de data centers nos Estados Unidos. Visitas a fábricas de chips na TSMC, em Taiwan, revelaram a intenção de expandir a produção para suportar a crescente demanda por tecnologia de IA. A empresa está considerando projetos que utilizem energia renovável, com iniciativas em andamento no Japão e na Alemanha, para atender à demanda crescente e garantir a liderança dos EUA no setor. (New York Times)