Cotidiano Digital

UE dá 24 horas para Meta explicar medidas contra desinformação em vídeos do Hamas

A União Europeia alertou o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, sobre a propagação de vídeos com desinformação e deep fakes sobre o ataque do Hamas contra Israel em suas plataformas. O comissário do bloco, Thierry Breton, deu 24 horas para que a empresa controladora de redes sociais como Facebook e Instagram cumpra a legislação da UE e prove que tomou “ações oportunas, diligentes e objetivas”, informando as medidas “proporcionais e eficazes” adotadas para retirar conteúdos falsos, como imagens adulteradas e vídeos mal rotulados. Em comunicado à imprensa, o porta-voz da Meta disse que a big tech montou um centro de operações especiais com especialistas, incluindo pessoas fluentes em hebraico e árabe, para monitorar a situação e tomar medidas contra conteúdos que violam as políticas das plataformas ou as leis locais. (BBC)

Estado de Utah, nos EUA, processa TikTok por seu algoritmo “viciar” crianças

O estado de Utah, nos Estados Unidos, entrou com um processo contra o TikTok alegando que a plataforma de vídeos prejudica crianças ao mantê-las por longos períodos no app através de seu algoritmo. Segundo a ação, movida no tribunal estadual, a plataforma tem “algoritmos altamente poderosos e recursos de design manipuladores” que são capazes de “fisgar” jovens a partir de mecanismos “similares aos de máquinas caça-níqueis”. A ação também alega que o aplicativo não oferece um ambiente digital seguro e “engana consumidores sobre o seu grau de relacionamento” com a desenvolvedora chinesa ByteDance, que já foi acusada de espionagem e de coleta de dados de norte-americanos. Com o processo, o estado de Utah quer proibir o TikTok de violar a lei estadual que protege os consumidores de práticas comerciais enganosas. Depois que outro estado americano, Montana, proibir o download do aplicativo a partir do ano que vem, outros governos locais também se juntaram à ação, pedindo que o juiz responsável pelo processo de proibição rejeite as contestações legais protocoladas pela rede social. A Justiça deve ouvir os argumentos do TikTok nesta semana. (Olhar Digital e Mundo Conectado)

Sony lança novo PlayStation 5 em versão 30% menor

A Sony anunciou a venda de um novo modelo do PlayStation 5 com tamanho 30% menor. O novo PS5 será vendido a partir de novembro nos Estados Unidos em duas versões: um console com leitor de Blu-Ray por US$ 500, algo em torno de R$ 2.526, e uma versão sem o leitor por US$ 450, ou R$ 2.273, ambos com 1 TB SSD de memória interna. Também será possível comprar o leitor removível em separado. O novo modelo substituirá a versão atual, quando os estoques destes acabarem. (UOL)

Justiça dos EUA anula vitória da Sonos contra o Google

A Justiça dos EUA rejeitou a vitória da Sonos que condenou o Google a uma multa de US$ 32,5 milhões em maio. Na ocasião, a gigante de buscas perdeu a batalha judicial contra a empresa de alto-falantes após ser considerada culpada por infringir uma das patentes de áudio da empresa. Ambas as partes apresentaram múltiplas ações judiciais alegando violações de patentes. Segundo a nova decisão, o juiz William Alsup disse que as patentes da Sonos são inexequíveis e inválidas. “Este foi um caso em que a indústria liderou com algo novo e, só então, um inventor surgiu do nada para dizer que tinha tido a ideia primeiro", disse. De acordo com ele, a empresa vinculou erroneamente pedidos de patente em 2019 a um pedido provisório anterior, datado de 2006. O objetivo era reivindicar uma data anterior antes que o Google lançasse seus produtos. Em resposta, a Sonos diz que a decisão de Alsup está “errada” e planeja apelar. (The Verge)

Threads pode lançar Trending Topics em breve

O Threads, rede social da Meta, pode ganhar em breve o Trending Topics, função que identifica os assuntos mais relevantes e que são tendência na rede social, segundo o site Engadget. A informação veio à tona depois que um desenvolvedor do aplicativo encontrou imagens do potencial novo recurso em uso, compartilhadas por acidente por um funcionário da Meta. Nas imagens, uma aba ao lado da seção de pesquisa listava os assuntos mais comentados na rede. Ainda não se sabe se ou quando o recurso será disponibilizado. (Engadget e Olhar Digital)

Novo recurso do X permite respostas apenas de contas verificadas em posts

O X lançou um novo recurso que limita as respostas em publicações apenas a contas verificadas — ou seja, assinantes do X Premium. Usuários com perfis gratuitos também podem optar por impedir que usuários não verificados respondam às suas postagens. Segundo Elon Musk, dono da rede social, a novidade “deverá ajudar com bots de spam”. A nova medida também pode incentivar novas assinaturas. Atualmente, assinantes da versão paga do X já contam com prioridade em conversas e pesquisas como uma das vantagens do serviço pago. Ao clicar em um post, as primeiras respostas que aparecem são sempre de contas verificadas. (TechCrunch)

Funcionários da Amazon foram vítimas tráfico de mão de obra na Arábia Saudita, diz jornal

Uma reportagem do jornal britânico The Guardian revelou que dezenas do pessoas do Nepal contratadas para trabalhar em armazéns da Amazon na Arábia Saudita foram vítimas de tráfico de mão de obra. Os trabalhadores, que foram recrutados por agências, estariam vivendo em condições de miséria e exploração como funcionários temporários nos depósitos da varejista no país árabe. Com base nos relatos de 48 funcionários, a reportagem afirma que eles foram obrigados a pagar taxas que variam de US$ 830 a US$ 2.300 para serem contratados - valor acima do que é permitido pelo governo do Nepal e contra os padrões americanos e da ONU. Além dos baixos salários, os imigrantes viviam em acomodações superlotadas com acesso limitado à água e higiene precária. Eles também foram proibidos de retornar para seus países de origem, a menos que pagassem novas taxas. Muitos também foram demitidos e transferidos para “moradias ainda piores”. A Amazon chegou na Arábia Saudita em 2017, após a compra da gigante do varejo online no Oriente Médio Souq.com. Mais tarde, rebatizou as operações sauditas como Amazon.sa e aumentou a sua força de trabalho trazendo pessoas do Paquistão, Índia, Bangladesh e Nepal. A companhia emprega atualmente cerca de 1.500 pessoas na Arábia Saudita. Em resposta à reportagem, a Amazon reconheceu que alguns trabalhadores teriam sido maltratados nos depósitos sauditas e garantirá que aqueles que pagaram taxas de recrutamento recebam seu dinheiro de volta. (The Guardian)

Governo da Califórnia assina lei que pune redes por facilitar abuso infantil

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, assinou uma lei que pune serviços da web por “facilitar, ajudar ou encorajar conscientemente a exploração sexual comercial” de crianças. Aprovada pela Câmara estadual, no final de setembro, a nova legislação deve entrar em vigor em 1º de janeiro de 2025. O texto acrescenta novas regras e responsabilidades para fazer com que as redes sociais reprimam material de abuso sexual infantil, acrescentando punições para sites que “conscientemente” deixem online materiais denunciados. As empresas de mídia podem limitar os riscos com auditorias regulares aos seus sistemas. (The Verge)

Meta deve lançar óculos de realidade virtual mais baratos para disputar com a Apple

De olho no mercado de óculos de realidade virtual, a Meta deve lançar headsets mais baratos e sem controles para disputar com a Apple, que lançou seu Vision Pro neste ano. Segundo o analista da Bloomberg Mark Gurman, a estratégia será a oferta de um produto útil para o dia a dia, como produtividade e jogos. A construção do aparelho, conhecido como Ventura, também seria revista para ser mais confortável sem perder a resolução de tela. Assim como os óculos da empresa da maçã, a interação com o usuário seria com as mãos ou por periféricos adicionais, vendidos separadamente. (Tecmundo)

Elon Musk promove contas não verificadas para atualizações sobre Israel

À medida que o conflito entre Hamas e Israel se intensifica, Elon Musk usou seu perfil no X para incentivar seus seguidores a buscarem atualizações sobre a guerra em contas conhecidas por publicar notícias falsas. “Para acompanhar a guerra em tempo real, @WarMonitors e @sentdefender são bons”, postou Musk para seus mais de 150 milhões de seguidores. A postagem foi vista por mais de 11 milhões de pessoas e deletada três horas depois pelo bilionário, após uma das contas se referir aos combatentes de Gaza como “mártires”. Especialistas já expressaram preocupação sobre o X espalhar desinformação sobre o conflito em Israel. Recentemente, um relatório divulgado pela União Europeia apontou o X e o Facebook como as redes sociais com mais fake news. (Washington Post)