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Cotidiano Digital

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IMAX aposta em IA para traduzir conteúdo e expandir audiência

Com o crescimento da demanda por conteúdos em diferentes idiomas, a IMAX anunciou uma parceria com a startup Camb.ai para implementar inteligência artificial (IA) em processos de tradução e dublagem de seus conteúdos originais. A startup está sediada em Dubai e oferece modelos de IA como o Boli e Mars, que traduzem e dublam conteúdos em até 140 idiomas. O movimento da IMAX acompanha a expansão da indústria de entretenimento, que alcançou US$ 2,8 trilhões em 2023 e deve crescer para US$ 3,4 trilhões nos próximos cinco anos, segundo a PwC. A pluralidade de conteúdos tem ganhado destaque até mesmo em mercados de língua inglesa, como Estados Unidos e Reino Unido, com a Netflix registrando um aumento de 90% na audiência de produções em língua não-inglesa no país britânico nos últimos três anos. Segundo Mark Welton, presidente da IMAX Global, a parceria busca economizar custos de tradução e expandir o alcance global do conteúdo da empresa. A Camb.ai já aplicou sua tecnologia até mesmo em eventos ao vivo como o Australian Open e a Major League Soccer. (TechCrunch)

Cade ordena que Apple suspenda restrições de pagamento em apps

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) determinou que a Apple suspenda as restrições relacionadas às formas de pagamento em compras de aplicativos enquanto promove uma investigação sobre a empresa. A decisão partiu após uma reclamação apresentada pelo Mercado Livre, em 2022, acusando a Apple de impor práticas anticompetitivas, como exigir que desenvolvedores usem exclusivamente seu sistema de pagamento para produtos e serviços digitais vendidos em aplicativos. Segundo o Cade, a Apple agora deverá permitir que os desenvolvedores de aplicativos incluam ferramentas que direcionem os consumidores a comprar serviços ou produtos fora do aplicativo, por meio de links para sites externos e possibilitar o uso de outros sistemas de pagamento dentro dos aplicativos, não restringindo para apenas o método próprio da Apple. A empresa tem 20 dias para cumprir as determinações, sob pena de multa diária de R$ 250 mil em caso de descumprimento. (Reuters)

Google lança assinatura premium para desenvolvedores

O Google está expandindo o Google Developer Program ao introduzir uma assinatura premium no valor de US$ 299 por ano. As vantagens da versão paga incluem consultas individuais com especialistas do Google Cloud, acesso ao programa de treinamento Google Cloud Skills Boost, US$ 500 em créditos do Google Cloud e vouchers para certificações. A novidade reforça a estratégia do Google de fortalecer seu ecossistema de desenvolvedores. O programa gratuito já contava com ferramentas de IA, acesso antecipado a produtos e recursos de colocação. Comparada aos concorrentes, como AWS e Azure, a iniciativa do Google se destaca por oferecer um programa específico para desenvolvedores individuais. (TechCrunch)

Tesla pode estar construindo equipe de teleoperações para serviço de robotáxi

A Tesla parece estar construindo uma equipe de teleoperações enquanto se prepara para lançar um serviço de robotáxi nos próximos anos. A companhia lançou uma vaga de emprego para engenheiro de software, que deve auxiliar no desenvolvimento de um sistema que permitirá que teleoperadores humanos acessem e controlem remotamente os próximos robotáxis e humanóides da empresa. O anúncio é notável, já que sinaliza a intenção da Tesla em avançar na implantação desses veículos em vias públicas. Mas também denota um desvio nos discursos do CEO, Elon Musk, que enfatizou repetidamente a capacidade da montadora de atingir autonomia total apenas por meio de treinamento avançado de rede neural e percepção baseada em câmera, sem depender de intervenção humana. (TechCrunch)

Nvidia cria editor de música de IA que produz ‘sons nunca ouvidos antes’

A Nvidia disse ter criado um novo editor de música de IA que pode produzir “sons nunca ouvidos antes”. Chamada Fugatto, a ferramenta é capaz de gerar música, sons e fala usando entradas de texto e áudio nas quais nunca foi treinada. Em um vídeo, a companhia mostra como o recurso pode desenvolver efeitos sonoros exclusivos com base em uma descrição ou até transformar o som da voz de alguém, alterando sotaque ou o tom usado, como mais calmo, bravo ou alegre. Também é possível editar músicas, isolando a voz do cantor, adicionar instrumentos ou mudar uma melodia trocando um piano por um cantor de ópera. Apesar de já haver várias outras ferramentas de áudio de IA, incluindo as da Stability AI, OpenAI e Google DeepMind, nenhuma alega criar sons completamente novos e inéditos. (The Verge)

Novo Curso do Meio — IA: Novos Modos de Usar

Chegou a versão 2.0 do curso de inteligência artificial do Meio. IA: Novos Modos de Usar vai mostrar de forma didática e acessível as mais recentes inovações em IA que vão transformar você em uma pessoa mais produtiva e criativa. Nele, você vai aprender a utilizar diversas ferramentas de IA para escrever melhor, elaborar apresentações eletrizantes, criar imagens e vídeos e dominar a arte da engenharia de prompts.

Bluesky cresce 300% e ameaça espaço do Threads

Desde a eleição de Donald Trump, o Bluesky registrou um crescimento de 300% nos Estados Unidos e Reino Unido, chegando a 3,5 milhões de usuários diários, segundo dados da SimilarWeb. A plataforma tem atraído acadêmicos, jornalistas e políticos progressistas que deixaram o X, controlado por Elon Musk, após mudanças na moderação de conteúdo. O Threads, da Meta, antes dominante, viu sua base de usuários ativos diários nos EUA encolher de cinco vezes para apenas 1,5 vez maior que a do Bluesky. Apesar do rápido crescimento, o Bluesky também enfrenta obstáculos, incluindo frequentes quedas de sistema. No Brasil, a rede ganhou popularidade após o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes ter ordenado a retirada do X do ar. (Valor e Financial Times)

Amazon desafia Nvidia com novo chip de IA

A Amazon vem intensificando sua aposta no mercado de inteligência artificial (IA) com o desenvolvimento do Trainium2, a terceira geração de seus chips para machine learning. Essa iniciativa faz parte de um esforço para mitigar o domínio da Nvidia, cuja tecnologia é amplamente utilizada por grandes empresas em modelos generativos de IA e também reduzir a dependência da Nvidia, que enfrenta uma demanda tão alta que suas GPUs estão em falta no mercado. O Trainium2 promete desempenho 30% superior ao da Nvidia pelo mesmo custo, segundo parceiros da Amazon, e já está sendo utilizado por empresas como Databricks e Anthropic. No entanto, o sucesso da empreitada dependerá de um software robusto que simplifique o uso dos chips pelos clientes, um dos pontos fortes da Nvidia. Inclusive, a Amazon já está implementando o Trainium2 em data centers e planeja lançar um novo chip a cada 18 meses. (Bloomberg)

Coca-Cola é criticada por usar IA em anúncios do Natal

A Coca-Cola está sendo criticada após lançar sua campanha de Natal deste ano com uso de inteligência artificial generativa. Em três anúncios, que homenageiam a campanha Holidays Are Coming de 1995, caminhões da marca são mostrados atravessando paisagens com neve, animais como esquilinos e um cachorro observam o cenário e o Papai Noel entrega uma garrafa de Coca-Cola. Apesar dos elementos referenciarem o comercial clássico, o aviso de que a peça publicitária havia sido feita com IA gerou críticas nas redes sociais, chegando a colocar o fato como uma afronta ao “espírito natalino”. O criador da série Gravity Falls, Alex Hirsch, ironizou que o vermelho da marca representaria o “sangue de artistas desempregados”. Em resposta, a Coca-Cola defendeu a campanha como uma mistura da criatividade humana com a tecnologia, destacando a economia e a velocidade de produção. (New York Times)

OpenAI financia estudo sobre moral da IA e ética humana

Segundo informações reveladas em um registro no IRS, órgão responsável pela arrecadação fiscal nos Estados Unidos, a OpenAI está financiando um projeto acadêmico para explorar como algoritmos podem prever julgamentos morais humanos. A iniciativa, conduzida por pesquisadores da Duke University, recebeu uma bolsa de US$ 1 milhão e tem conclusão prevista para 2025. Liderado pelo professor de ética prática Walter Sinnott-Armstrong, o estudo busca criar algoritmos que analisem dilemas éticos em áreas como medicina, direito e negócios. O objetivo, segundo comunicado da OpenAI, é desenvolver sistemas que ajudem na tomada de decisões. Embora existam poucos detalhes do projeto, os autores da pesquisa já estudaram o uso de IA para decisões complexas, como a distribuição da doações de órgãos. Apesar da ambição, especialistas apontam desafios significativos, isso porque os modelos de inteligência artificial atuais são baseados em padrões estatísticos de dados da internet, o que limita sua capacidade de interpretar nuances éticas e subjetividades humanas. Outro problema é que esses sistemas tendem a refletir os valores culturais dominantes, o que pode reforçar preconceitos. (TechCrunch)

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