YouTube testa limitar notificações de canais com muitos uploads
O YouTube está testando um novo recurso que pode limitar as notificações de canais que postam com frequência, mesmo para usuários que ativaram o alerta para todas as atualizações. A ideia, segundo a plataforma, é reduzir o volume de alertas ignorados e evitar que espectadores desativem completamente as notificações, o que impactaria também os criadores que publicam com menos regularidade. O teste, anunciado pelo TeamYouTube, será aplicado apenas a canais com uploads muito frequentes e, por enquanto, é restrito a um grupo pequeno de usuários. A decisão, no entanto, levantou críticas. Usuários não terão como saber se estão deixando de receber alertas de canais que acompanham, o que levanta dúvidas sobre a transparência do experimento. Ainda não há previsão de quanto tempo o teste vai durar ou se será expandido. (The Verge)
WhatsApp libera músicas no Status e amplia personalização do recurso
O WhatsApp começou a liberar em todo mundo uma nova função que permite adicionar músicas às atualizações de Status, em um recurso que lembra os tempos do MySpace. Agora, ao postar uma foto ou vídeo que desaparece em 24 horas, os usuários podem escolher uma faixa musical e compartilhar um trecho de até 15 segundos em imagens e 60 segundos em vídeos. Diferente de outras redes sociais, como o Instagram, a novidade do WhatsApp mantém o conteúdo protegido por criptografia. A Meta, controladora da plataforma, já vinha testando recursos parecidos em seus outros aplicativos. (TechCrunch)
Google atualiza Maps com recursos de IA para planejar viagens
O Google anunciou nesta semana uma leva de atualizações para facilitar o planejamento de viagens usando inteligência artificial. No Maps, uma das novidades é a criação automática de listas com base em capturas de tela do usuário. A partir do reconhecimento de texto nas imagens, a IA identifica locais mencionados, os localiza no mapa e permite salvar tudo em listas compartilháveis. O recurso, movido pela tecnologia Gemini, estreia em inglês no iOS nos EUA, com previsão de chegada ao Android em breve. Além disso, a Pesquisa do Google também ganhou reforços. Agora, usuários podem pedir diretamente à IA a criação de roteiros detalhados, como “criar um itinerário de férias para a Grécia com foco na história”. A ferramenta cruza dados de avaliações, fotos e mapas, e permite exportar os resultados para o Gmail ou Google Docs. Já na busca por hotéis, um novo alerta de queda de preços passa a ser oferecido. Também estão previstos novos idiomas para o Google Lens, incluindo português. (The Verge)
ChatGPT restringe imagens no estilo do Estúdio Ghibli após onda de memes
As redes sociais foram inundadas nesta semana por imagens de animais, memes e cenas familiares no estilo dos filmes do Studio Ghibli, impulsionadas pela nova atualização do gerador de imagens do ChatGPT, lançada na terça-feira. Mas a onda pode ter acabado logo. Já na noite de quarta, usuários começaram a ser impedidos de gerar imagens que imitassem o estilo do famoso estúdio japonês, responsável por clássicos como A Viagem de Chihiro e Meu Vizinho Totoro. Segundo a OpenAI, a medida faz parte de uma “abordagem conservadora” para evitar o uso de estilos de “artistas vivos”, o que inclui figuras como Hayao Miyazaki, fundador do Ghibli e crítico declarado da arte gerada por IA. A empresa afirmou que continuará permitindo estilos “de estúdios mais amplos”, e que suas políticas estão em constante revisão. A decisão reacende o debate sobre propriedade intelectual no universo da inteligência artificial. Outros modelos, como o Grok e o Claude, continuam permitindo, com variações de qualidade, a geração de imagens nesse estilo. (Business Insider)
YouTube expande acervo de filmes gratuitos; modelo atrai grandes estúdios
Filmes estrelados por nomes como Jackie Chan, Penélope Cruz, Mel Gibson, Julianne Moore e Sylvester Stallone agora podem ser assistidos gratuitamente no YouTube e de forma legal. A estratégia vem ganhando força com o avanço das TVs conectadas, que impulsionam o consumo de vídeos de longa duração. Companhias como Warner Bros, Sofa Digital, Encripta e Sato Company apostam no modelo como uma nova janela de exibição, que amplia o alcance dos catálogos antigos e cria uma nova frente de monetização para produções já exploradas em outras plataformas. A transformação começou há mais de uma década, após a pressão de estúdios sobre o Google, que adquiriu o YouTube em 2006. Desde então, ferramentas como o Content ID ajudaram a conter a pirataria e permitiram a oferta legal de conteúdo. Apesar da receita ainda ser considerada baixa por executivos brasileiros, por conta do custo por mil visualizações menor na América Latina, o modelo gratuito vem ganhando adesão, especialmente para produções voltadas ao público hispânico nos EUA. (TechCrunch)
Microsoft apresenta novos agentes de IA
Após os anúncios da OpenAI e do Google, a Microsoft revelou dois novos agentes de “deep research” para o Microsoft 365 Copilot, batizados de Researcher e Analyst. Ambos começam a ser implementados em abril para usuários do programa de acesso antecipado. O Researcher, apoiado pelo modelo avançado da OpenAI, é voltado para buscas complexas e integra dados de ferramentas da Salesforce. Já o Analyst é baseado no modelo o3-mini, também da OpenAI, e promete atuar como um cientista de dados, podendo transformar planilhas, rodar código Python e entregar relatórios detalhados com autonomia. Além disso, o Copilot Studio ganhou novos fluxos de automação com agentes personalizados. Segundo a Microsoft, eles podem automatizar qualquer tarefa imaginável, da triagem de e-mails a processos mais robustos. (The Verge)
SpaceX aceitou investimentos chineses via paraísos fiscais, revela processo
Um processo judicial em Delaware revelou que a SpaceX, empresa de Elon Musk, permite investimentos da China, desde que feitos por meio de offshores, como empresas sediadas nas Ilhas Cayman ou Ilhas Virgens Britânicas. O arranjo, segundo testemunhos, serve para contornar restrições ligadas ao fato de a empresa ser contratada do governo dos EUA, atuando em áreas sensíveis como defesa e lançamentos para a NASA. Em depoimento, o investidor Iqbaljit Kahlon, com longa relação com a empresa, contou ter ajudado investidores chineses a comprarem ações da SpaceX em diversas ocasiões, usando essas estruturas. Embora não haja acusação formal de irregularidade, a revelação levanta dúvidas sobre o grau de exposição da empresa a interesses estrangeiros. O caso se tornou público após um acordo de US$ 50 milhões com uma empresa chinesa vazar para a imprensa, o que irritou os executivos da SpaceX. Para evitar repercussões com o governo americano, a empresa cancelou a venda. Ainda assim, Kahlon continuou autorizado a intermediar investimentos. O CFO da SpaceX admitiu que não há uma política formal sobre investimentos de países adversários, mas sim “preferências”, especialmente para evitar Rússia, Irã, Coreia do Norte e China. (ProPublica)
Apoio à proibição do TikTok cai entre americanos
O apoio à proibição do TikTok nos Estados Unidos está perdendo força. Segundo pesquisa do Pew Research Center com mais de 5 mil adultos, apenas 34% dos entrevistados apoiam a medida, abaixo dos 50% registrados em 2023. No sentido oposto, a rejeição à proibição subiu de 22% para 32% no mesmo período. A mudança de opinião foi percebida em todas as linhas partidárias, inclusive entre republicanos, com o apoio à proibição no grupo caindo de 60% para 30%. A maioria dos usuários do app segue contra a ideia e só 12% são a favor, contra 45% entre quem não usa. Com a volta de Donald Trump ao poder, o prazo para a rede social encontrar um comprador americano foi prorrogado para o dia 19 de abril. Oracle, Microsoft e até a Perplexity AI são citadas como interessadas na compra, mas a ByteDance não sinalizou intenção de venda até agora. (TechCrunch)
Espanha quer criminalizar deepfakes sexuais com imagem de pessoas sem consentimento
Após sofrer vários casos de disseminação de imagens pornográficas de menores criadas com inteligência artificial, o governo da Espanha anunciou nesta terça-feira um projeto de lei que criminaliza o uso de vídeos sexuais falsos feitos por IA usando o rosto ou o corpo de uma pessoa sem seu consentimento. O projeto, que precisa ser aprovado no Congresso espanhol, é descrito como pioneiro na Europa, ao tipificar deepfakes de conteúdo sexual ou gravemente vexatório como “crimes contra a integridade moral”. Em comunicado, o governo afirma que a medida tem como objetivo “proteger crianças e adolescentes no ambiente digital, garantindo seu direito à privacidade, honra e autoimagem”. (UOL)
Google lança Gemini 2.5, IA com foco em tarefas complexas
O Google apresentou nesta terça-feira o Gemini 2.5, nova geração de modelos de inteligência artificial com habilidade de pausar para pensar antes de responder e ao usar o raciocínio entregar respostas mais precisas e sofisticadas. A primeira versão disponível ao público é o Gemini 2.5 Pro Experimental, que já está acessível no Google AI Studio e no app Gemini para quem assina o plano Gemini Advanced (US$ 20 por mês). Diferente dos modelos tradicionais, essas IAs usam mais poder computacional e tempo para verificar informações antes de emitir uma resposta. O Gemini 2.5 já suporta até 1 milhão de tokens, ou cerca de 750 mil palavras. E, em breve, essa capacidade deve dobrar. O modelo ainda não tem preço definido para uso via API, mas o Google prometeu mais detalhes em breve. (TechCrunch)