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Em ato esvaziado, Bolsonaro diz que ‘será um problema preso ou morto’

Fabio Teixeira/Anadolu via AFP

A ideia de Jair Bolsonaro era reunir um milhão de pessoas na praia de Copacabana na manhã de domingo para pedir a anistia aos golpistas de 8 de janeiro – e, por tabela, a própria –, reafirmar seu domínio sobre a direita e inserir o “Fora Lula” na pauta. O resultado ficou longe do planejado: segundo análise (íntegra) do grupo de pesquisa Monitor do Debate Político do Meio Digital, parceria da USP com a ONG More in Common, somente 18,3 mil pessoas compareceram. Isso não impediu que o ex-presidente falasse por 40 minutos, afirmando que, “mesmo preso ou morto”, continuará sendo um “problema” para o Supremo Tribunal Federal (STF). (Globo)

Durante o ato, Bolsonaro reafirmou que será candidato à presidência em 2026, embora esteja inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral, e se defendeu da acusação de golpe, da qual pode se tornar réu ainda neste mês. Disse também ter apoios na Câmara para aprovar a anistia. “Há poucos dias, tinha um velho problema e resolvi, com o (Gilberto) Kassab em São Paulo. Ele está ao nosso lado com a sua bancada para aprovar a anistia em Brasília”, disse. O “Fora Lula” ficou em segundo plano, com a frase aparecendo em algumas bandeiras vendidas por ambulantes. (g1)

Os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, também discursaram. “Qual a razão de afastar Jair Bolsonaro das urnas? É medo de perder a eleição, e eles sabem que vão perder?”, disse Tarcísio. “Estamos aqui para lutar e exigir anistia de inocentes que receberam penas.” Também marcaram presença os governadores de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), e do Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), além de ao menos nove senadores e 43 deputados federais. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não foi ao ato por estar se recuperando de um procedimento estético. (Folha e UOL)

Fabiano Lana: “A anistia que realmente interessa a Bolsonaro é a dele mesmo. Seu drama vai de evitar uma prisão iminente até - quem sabe? - um dia voltar à presidência da República. Ele tem até mesmo o exemplo do arquirrival que foi do inferno da cadeia ao paraíso (?) da presidência em pouco mais de três anos. Sua turma fala até de intervenção do presidente Donald Trump. As pessoas têm a liberdade para sonhar.” (Estadão)

Igor Gielow: “Tarcísio precisa mostrar-se palatável para a grande franja do eleitorado que rejeita Bolsonaro sem necessariamente apoiar Lula – aqueles que votaram no petista, dando-lhe a exígua vitória de 2022, e que hoje ajudam a colocar o petista no pior patamar de popularidade de sua história como presidente”. (Folha)

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O novo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), em entrevista à Mônica Bergamo, descartou a aprovação de uma anistia para Bolsonaro e seus aliados, alegando que o ex-presidente está “desesperado para escapar da prisão”. Ele também previu dificuldades para o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (PL), caso continue se alinhando a Bolsonaro durante o julgamento. “Ele vai assistir a todas as revelações e vai continuar defendendo o Bolsonaro? É isso mesmo?”, questionou. Lindbergh denunciou ainda a atuação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) junto ao governo dos EUA, acusando-o de “traição à pátria” por tentar influenciar Donald Trump contra o Brasil. O parlamentar vê as big techs como um risco à democracia, alertando que podem ser usadas para desestabilizar o governo Lula. “Você tem alguma dúvida de que, em um momento de turbulência, essas big techs podem tentar influenciar o processo eleitoral? Eu não tenho a menor dúvida”, afirma. (Folha)

Reflexões sobre o caso Lula-Hoffmann

Spacca

O presidente americano Donald Trump invocou no sábado uma lei de guerra do século 18, que permite uma maior margem de manobra em políticas e ações executivas para acelerar deportações em massa. No entanto, o juiz federal James Boasberg emitiu uma ordem de restrição de 14 dias, bloqueando temporariamente as deportações, determinando que qualquer avião saído dos EUA com imigrantes sob nova lei precisaria retornar. Porém, no mesmo dia, o governo dos EUA deportou para El Salvador 238 pessoas a quem acusa de serem membros da facção criminosa “Tren de Aragua". O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, escreveu nas redes sociais: “Ooops, tarde demais“, comentando a ordem de suspensão das deportações. Os salvadorenhos receberão U$ 20 mil por ano por cada detento deportado por Washington, mas o envio de cidadãos americanos ao país é questionado por juristas. El Savador inaugurou em 2023 a maior prisão das Américas, o Centro de Confinamento do Terrorismo, conhecido pela sigla Cecot, para onde os deportados pelos EUA serão enviados. De acordo o Subcomitê da ONU para Prevenção da Tortura, o Cecot é “um fosso de concreto”, destinado a se “desfazer das pessoas sem aplicar a pena de morte". A “Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798” só havia sido usada três vezes na história americana: na Primeira Guerra Mundial, na Guerra de 1812 e na Segunda Guerra Mundial. (g1 e Globo)

O Exército da Ucrânia confirmou neste domingo a retirada de suas forças da cidade de Sudja, um ponto estratégico na região russa de Kursk. Ocupada parcialmente pelos ucranianos em agosto do ano passado, Sudja está agora sob controle total de Moscou. O governo ucraniano ainda domina uma pequena parte da área, mas que segue sob intenso ataque das forças russas, amparadas pela Coreia do Norte. Também no domingo, Kiev anunciou um novo chefe do Estado-Maior, o militar Andrei Gnatov. (Euronews)

O resgate das tropas britânicas é uma das histórias mais contadas da Segunda Guerra Mundial, mas novos documentos revelam o verdadeiro sacrifício da Força Aérea para que fosse possível. O documentário Dunkirk, da PBS, já está disponível no Meio Premium – apenas para assinantes no Brasil. Assine por R$ 15 e tenha acesso a este e a outros documentários imperdíveis.

Viver

O Vaticano divulgou neste domingo a primeira foto do papa Francisco desde que ele iniciou seu tratamento médico há mais de um mês. Na imagem, o pontífice aparece de costas celebrando a Santa Missa na capela do apartamento localizado no décimo andar do hospital Policlínico Gemelli, em Roma, na Itália. Os médicos disseram que Francisco, de 88 anos, não está mais em estado crítico e estão “reduzindo gradualmente” o uso de ventilação mecânica à noite. Francisco foi internado no hospital em 14 de fevereiro, após uma bronquite que evoluiu para pneumonia e infecção polimicrobiana. (Estadão)

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No programa Diálogos com a Inteligência desta semana, Christian Lynch recebe José Helayël-Neto, físico, professor e pesquisador. No papo, o porquê de certos físicos acreditarem em Deus e os aspectos sociais e políticos em que a física está inserida. “Setenta por cento do PIB dos países desenvolvidos se deve à física quântica", diz Helayël. (Meio)

O retorno ao trabalho presencial pós-pandemia tem se tornado uma exigência crescente em grandes corporações, como a Amazon e a Petrobras. Algumas empresas, inclusive, já usam a presença no escritório como critério de avaliação de desempenho, como a Deloitte nos EUA. Além das mudanças na rotina profissional, o fim do home office impacta a moda corporativa. O estilo formal, como ternos e gravatas, tem sido substituído por roupas mais confortáveis e funcionais. Esse movimento foi refletido nas passarelas da Semana de Moda de Paris, onde designers como Stella McCartney e Balenciaga exploraram a estética do ambiente de trabalho. Saiba tudo na reportagem de Andrea Freitas em nosso site. (Meio)

O Dicionário Oxford escolheu “brain rot” como expressão de 2024, definindo-a como a degradação mental causada pelo consumo excessivo de conteúdos superficiais nas redes sociais. Esse fenômeno está relacionado ao aumento de problemas de saúde mental no Brasil, que já afetam 26,8% da população, e ao total de 68% nos afastamentos de trabalho. Se a questão é coletiva, há saída individual? Movimentos promovem o direito ao descanso, combatendo a lógica de produtividade constante. Descubra mais na reportagem de Caio Mello em nosso site. (Meio)

João Fonseca, de 18 anos, foi campeão do Challenger de Phoenix no domingo, ao vencer o cazaque Alexander Bublik, 27 anos, por dois sets no tie-break. No primeiro set ele levou a melhor por 7-5 e no segundo set ele fez 7 a 0. O brasileiro errou pouco, venceu pontos decisivos e desestabilizou o adversário, que chegou a sacar por baixo em alguns momentos do jogo. João Fonseca é agora o 60º do mundo no ranking da ATP. (UOL)

Cultura

O primeiro show da turnê de despedida Tempo Rei, de Gilberto Gil, teve uma homenagem para Preta, filha do artista, que está em tratamento contra o câncer. O tropicalista cantou sua trajetória de maneira cronológica no sábado, na Arena Fonte Nova, em Salvador. Em um dos momentos mais marcantes do show, os fãs gritaram “sem anistia”, pouco antes da música Cálice, feita em parceria com Chico Buarque em 1973, censurada e lançada somente em 1978. No telão, um vídeo de Chico Buarque explicava a letra, enquanto imagens de vítimas da ditadura militar foram exibidas, dentre elas a do ex-deputado Rubens Paiva. Gil tem 82 anos de idade e 50 anos de carreira. No final do show, Russo Passapusso e Margareth Menezes fizeram participações e foram ovacionados pelo público. A apresentação foi encerrada com a canção “Aquele Abraço”. (Folha)

Para ler com calma. O impacto das plataformas digitais no mercado editorial não atinge apenas os lançamentos dos livreiros, mas também os pequenos vendedores. A chegada dos marketplaces – plataformas que conectam compradores a vendedores – teve papel importante para além do sucesso dos livros em redes sociais como o TikTok e o fenômeno do BookTok. Diferentemente do que ocorreu nos Estados Unidos (com o domínio da Amazon) ou na América Latina (com o Mercado Livre), o Brasil produziu uma plataforma específica de comércio das obras de segunda mão, em 2005, com o Estante Virtual, que concentrou os acervos de sebos espalhados pelo país em um único lugar. Com cerca de 3.600 vendedores de todas as regiões do Brasil atualmente, o site aloca 80% de pequenos empresários, enquanto os outros 20% incluem editoras e redes de livrarias. Sebos com perfis muito diferentes também utilizam as redes sociais, como o Instagram, para chegar aos clientes por anúncios em seus stories. (Folha)

Cotidiano Digital

A conferência GTC 2025 da Nvidia começou neste domingo em San José, na Califórnia, e vai até sexta-feira (21). A expectativa é que a gigante de chips anuncie a nova geração de suas Unidades de Processamento Gráfico, as GPUs, incluindo a linha Rubin, prevista para 2026. Além disso, a startup brasileira Doris fechou uma parceria com a Nvidia e vai apresentar seu provador de roupas com IA ao Vale do Silício nesta segunda-feira. A tecnologia será usada na loja da Nvidia no GTC 2025 e permite que o cliente nem precise provar a roupa para saber qual será o caimento. Os visitantes poderão testar a tecnologia em um totem interativo. Com um investimento inicial de US$ 20 milhões, a Doris passou quatro anos refinando a solução antes de levá-la ao mercado, o que aconteceu no ano passado. A conferência abordará ainda os avanços da Nvidia em computação quântica, com um “dia quântico” dedicado ao tema. (Globo)

O Google Assistente vai ser substituído pelo Gemini em celulares Android ainda este ano, informou a companhia na sexta-feira. Nos próximos meses, o Assistente não estará mais disponível para a maioria dos dispositivos móveis ou na loja de aplicativos. A big tech afirma ter aprimorado a experiência do usuário no Gemini, além de adicionar vários recursos, como a capacidade de reproduzir música, suporte para temporizadores e uma opção para executar ações diretamente da tela de bloqueio. Tablets, carros e dispositivos que se conectam ao telefone, como fones de ouvido e relógios, também serão atualizados para a IA do Google. (TechCrunch)

A primeira mulher a comandar o STM pode decidir o futuro de militares golpistas. Esta é a matéria da Edição de Sábado desta semana. Assinantes do Meio Premium já podem ler na íntegra e ainda têm acesso a análises aprofundadas, documentários exclusivos e reportagens especiais. Assine por R$ 15 e tenha um jornalismo independente e direto ao ponto.

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