Prezadas leitoras, caros leitores —
Cá neste ‘Meio’, prezamos por trazer informações que vão além do comum, sempre conectadas ao que realmente importa. E é com esse espírito que hoje lançamos a nova editoria “IA no próximo nível”, em parceria com a Embratel.
Muito se fala sobre inteligência artificial no dia a dia: chatbots, ferramentas de texto e imagens generativas. Mas as aplicações mais transformadoras da IA são mais amplas, especialmente no ambiente corporativo. Estamos falando de tecnologias que já estão revolucionando indústrias inteiras – da otimização logística ao monitoramento em tempo real de redes complexas, da segurança cibernética à manutenção preditiva.
Ao longo dos próximos meses, esta editoria trará cases, tendências e inovações que mostram como a IA está moldando o futuro das empresas e da sociedade. Nosso objetivo é destacar soluções robustas que tornam o mundo dos negócios mais eficiente, inteligente e preparado para os desafios de um mercado em constante mudança.
Em tempos em que a tecnologia avança a passos largos, refletir sobre o impacto da IA no ambiente corporativo é essencial para quem quer se manter à frente. Convidamos você a embarcar nessa jornada conosco.
Os Editores.
Haddad anuncia corte de R$ 70 bi e IR isento até R$ 5 mil
Demorou, mas o pacote de corte de gastos saiu. Em pronunciamento ontem à noite, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou uma redução de despesas de R$ 70 bilhões para “consolidar a sustentabilidade fiscal”. As medidas foram apresentadas sem detalhes — o que será feito hoje pela manhã. O destaque do dia, no entanto, não foi a redução de despesas, mas de receitas. Horas antes do discurso de Haddad, vazou a informação de que ele anunciaria a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, o que de fato fez. Isso deixou o mercado em alerta, levando o dólar a disparar 1,81%, ao maior valor nominal da história, R$ 5,9135. “Honrando os compromissos assumidos pelo presidente Lula, com a aprovação da reforma da renda, uma parte importante da classe média, que ganha até R$ 5 mil por mês, não pagará mais IR”, afirmou Haddad, destacando essa como a “maior reforma da renda de nossa história”. Respondendo ao temor do mercado financeiro, o ministro garantiu que a medida não terá impacto fiscal, pois será compensada por tributação extra dos chamados super-ricos. “Quem tem renda superior a R$ 50 mil por mês pagará um pouco mais. Tudo sem excessos e respeitando padrões internacionais consagrados”, afirmou. “Quem ganha mais deve contribuir mais, permitindo que possamos investir em áreas que transformam a vida das pessoas.” (Meio)
Quanto às medidas de redução de despesas para que o país cumpra a regra fiscal, Haddad citou uma trava no reajuste do salário mínimo, que “continuará subindo acima da inflação”, mas “dentro da nova regra fiscal”; mudanças nas aposentadorias dos militares e limitação de pagamento do abono salarial a quem ganha até R$ 2.640. O ministro também citou que vai “corrigir excessos e garantir que todos os agentes públicos estejam sujeitos ao teto constitucional” e que as emendas parlamentares crescerão abaixo do limite do arcabouço fiscal. Haddad disse que “combater a inflação, reduzir o custo da dívida pública e ter juros mais baixos é parte central” do olhar humanista sobre a economia. Leia a íntegra do discurso. (Meio)
A equipe econômica tentou evitar o desgaste gerado pela isenção do IR, mas perdeu a queda de braço, contam Alvaro Gribel e Daniel Weterman. Haddad vinha tentando dissuadir Lula para que o anúncio não fosse feito neste momento, por entender que a questão merece uma discussão à parte. O esforço envolveu até o futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que foi ao Palácio do Planalto explicar a reação que o mercado financeiro poderia ter. E não deu outra. Além da disparada do dólar, o Ibovespa também respondeu mal, fechando em queda de 1,73%, aos 127.668,61 pontos. (Estadão)
A expectativa do governo é que a reforma da renda seja encaminhada ao Congresso ainda neste ano para ser debatida ao longo de 2025 e passar a valer em 2026. Nos cálculos da Fazenda, a isenção tem um impacto de cerca de R$ 35 bilhões, que será compensado pelo imposto mínimo dos super-ricos, e por outros ajustes no IR que serão detalhados hoje. O governo deve propor uma alíquota mínima de 10% no IR para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês. (Folha)
Caio Junqueira: “O pronunciamento em rede nacional do ministro da Fazenda traz um roteiro prévio da campanha à reeleição do presidente Lula em 2026. Apresenta a economia como eixo central das conquistas do governo Lula 3 a serem apresentadas ao eleitor junto com comparações de dados do governo atual com os anteriores. É o ‘Brasil Mais Forte. Governo eficiente. País justo’. Só falta chegar 2026”. (CNN Brasil)
Meio em vídeo. O economista Samuel Pessoa, da FGV-SP e chefe de pesquisa econômica da Julius Baer Brasil, analisa no Central Meio as medidas anunciadas por Haddad. Hoje, ao vivo, às 12h45. (YouTube)
Nada de politizar o inquérito sobre a tentativa de golpe. Essa foi a orientação do presidente Lula a seus ministros e aliados, segundo apuração da GloboNews. Ele espera “moderação” nos comentários sobre o relatório final da Polícia Federal que indicia Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas. O objetivo é não fortalecer discursos oposicionistas de que há uma “perseguição política” contra o grupo do ex-presidente. E apesar de alguns nomes do PL terem ido às redes sociais afirmar que não há provas contra Bolsonaro, nos grupos de WhatsApp do partido quase ninguém comenta o relatório, que inclui outros nomes da legenda, como seu presidente Valdemar Costa Neto. Aliados dele acham que Bolsonaro também deveria optar pelo silêncio. Já o comando do Exército, nos bastidores, avalia que o documento gerou constrangimento. Mas quer ressaltar a ideia de que, apesar do envolvimento de militares de alta patente, a instituição em si não embarcou no plano golpista. (g1)
No relatório final sobre a tentativa de golpe de Estado, a PF afirma que Alexandre Ramagem sugeriu a Bolsonaro tirar a autonomia dos delegados federais para controlar as investigações em andamento desde 2020 contra o então presidente. Anotações encontradas com o hoje deputado federal pelo PL e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência mostram uma proposta para que todos os inquéritos que tramitassem no Supremo Tribunal Federal fossem de responsabilidade do diretor-geral da PF. O arquivo foi criado em 5 de maio de 2020 e editado pela última vez em 21 de março de 2023. Em abril de 2020, Ramagem foi proibido por Moraes de assumir o comando da PF para não interferir na corporação, já que ele era próximo de Bolsonaro. (Folha)
Meio em vídeo. Quem salvou o Brasil? A coragem de cinco generais e a covardia de Jair Bolsonaro salvaram o Brasil. Assista ao Ponto de Partida, com Pedro Doria (YouTube)
Quer criar imagens com IA para seus posts ou campanhas sem que elas fiquem com “cara de IA”? Precisa fazer uma apresentação empolgante para ontem? Já utiliza ferramentas de inteligência artificial, mas ainda pena para escrever um prompt eficiente? Faça o curso IA: Novos Modos de Usar. Totalmente mão na massa, apresentado por quem utiliza IA no seu dia a dia faz muito tempo. Assinantes premium têm 30% de desconto na pré-venda. Ainda não é premium? Aproveite a promoção de Black Friday. Apenas R$ 2,99.
IA no próximo nível
A Caixa está investindo pesadamente no uso de inteligência artificial (IA) generativa para otimizar processos internos e melhorar o atendimento aos clientes. Para isso, diz Laércio de Souza, vice-presidente de Tecnologia do banco, precisa de pessoas – tanto profissionais que já fazem parte de seus quadros quanto gente nova vinda do mercado. “Nosso foco é a contratação de profissionais especializados e que tenham condições de usar a IA generativa, por exemplo, para melhorar a qualidade de vida do cidadão brasileiro.” Já os trabalhadores atuais poderão aprender sobre as ferramentas por meio de cursos internos. “A Caixa tem em seu DNA a preocupação com a equidade. Então pensamos: quem mais indicado do que o nosso público interno para dizer o que melhor se adapta a realidade dele?”, explica Laércio. (Próximo Nível)
Sustentabilidade e inteligência artificial generativa estão na pauta do dia das empresas. Porém, as companhias ainda enfrentam dificuldades para integrar essas agendas, segundo conclusão do relatório do BCG, Heidrick & Struggles e o Centro de Governança Corporativa Insead, baseado em 444 entrevistas com diretores globais. Embora 82% dos respondentes afirmem que suas empresas têm clareza na gestão de temas de sustentabilidade, menos da metade se dizem preparadas para lidar com a IA generativa, e apenas 37% sabem como utilizá-la para ganhar competitividade. Além disso, 18% dos executivos não sabem quais estratégias suas empresas estão adotando para se adaptar à tecnologia. (CNN Brasil)
Nicolas Robinson de Andrade, líder de políticas públicas da OpenAI, afirmou que o futuro da inteligência artificial exigirá mais energia do que o mundo pode fornecer hoje. Inclusive, a construção de uma superinteligência dependeria, segundo ele, de avanços na geração de energia limpa, dado o alto consumo de GPUs, componentes eletrônicos projetados para renderizar gráficos, essenciais para a IA. Com o Brasil sendo um líder em energia renovável, mas carente de infraestrutura robusta, o país precisaria acompanhar gigantes como os EUA, que já investem fortemente em data centers e energia nuclear. (Folha)
Viver
Por 35 votos a 15, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que proíbe o aborto no Brasil até em casos previstos na lei, como estupro e risco de morte da mulher. O texto foi chancelado após horas de discussão e confusão, chegando a suspender a sessão por alguns minutos. A proposta, apresentada em 2012 pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (Republicanos-RJ), muda o artigo 5° da Constituição para garantir a inviolabilidade do direito à vida “desde a concepção”. Se aprovada e sancionada, os três casos atualmente permitidos por lei, o que inclui anencefalia do feto, seriam proibidos. A PEC ainda deve passar por mais uma comissão especial, a ser autorizada pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que também tem a prerrogativa de pautar o tema em plenário a qualquer momento. (UOL)
O Brasil tem 672 mil pacientes espalhados por aproximadamente 80% de seus municípios se tratando com cannabis medicinal em 2024, de acordo com o anuário da Kaya Mind. Além de ser um recorde, o número é 56% maior que o registrado no ano passado. E esse mercado movimentou R$ 853 milhões, ante os R$ 699 milhões de 2023, alta de 22%. Espera-se que o faturamento chegue a R$ 1 bilhão em 2025. Os progressos na regulamentação da cannabis, como a liberação do cultivo da planta medicinal pelo Supremo Tribunal Federal, estão entre os principais motivos da expansão do uso no país. (CNN Brasil)
Panelinha no Meio. Nem só de peru vive o Natal. É sempre bom variar, e uma ótima opção é esta costelinha assada com páprica e laranja. Esses são os temperos de destaque, mas a combinação é maior, e o resultado é de fazer Papai Noel pedir bis.
Cultura
Os cinemas estão dominados pelos blockbusters das últimas semanas, mas há espaço para boas estreias nesta quinta-feira. A Redenção: A História Real de Bonhoeffer fala de um teólogo alemão que se envolveu em uma trama para matar Hitler. Moana 2 é a continuação do sucesso de 2016 da Disney, e a lista inclui ainda bons dramas e documentários. Confira todas as estreias e veja os trailers no site do Meio.
Estreia do cineasta cearense Karim Aïnouz em língua estrangeira, o longa Firebrand chegou ao Brasil pelo Prime Video sem passar pelos cinemas nacionais. Intitulado O Jogo da Rainha, o drama histórico, estrelado por Jude Law e Alicia Vikander, acompanha o curto casamento entre o rei Henry VIII com sua sexta e última esposa, a rainha Catherine Parr, uma mulher à frente de seu tempo que mudou os rumos da história da Inglaterra. O filme, que concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cannes em 2023, é baseado no best-seller de Elizabeth Fremantle, Queen's Gambit, mas foi originalmente chamado de Firebrand para não ser confundido com a série da Netflix de mesmo nome. (Meio)
Cotidiano Digital
O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento sobre a responsabilidade das plataformas em relação a conteúdos irregulares criados pelos usuários. A Corte discute se as redes sociais podem ser condenadas a pagar indenização por danos morais se, mesmo sem ordem judicial, não retirarem do ar postagens ofensivas, como discursos de ódio ou fake news. Os casos envolvem a aplicação de um trecho do Marco Civil da Internet, que entrou em vigor em 2014 estabelecendo princípios, garantias, direitos e deveres para usuários e empresas. (g1)
O TikTok anunciou que, nas próximas semanas, usuários menores de 18 anos estarão proibidos de usar filtros de beleza, como o “Bold Glamour”, que aumentem os olhos, os lábios ou alterem o tom da pele. O objetivo é reduzir os impactos negativos na autoestima e combater o aumento da ansiedade entre adolescentes, especialmente as meninas. A iniciativa foi divulgada em um fórum de segurança na sede europeia da empresa, em Dublin, e inclui reforçar os sistemas para bloquear menores de 13 anos. (Globo)
Empresa de IA de Elon Musk, a xAI parece estar se preparando para lançar um aplicativo independente para os usuários do chatbot Grok. Segundo apuração do Wall Street Journal, o app será semelhante ao ChatGPT da OpenAI. Atualmente, a ferramenta só pode ser acessada por assinantes premium no X. Isso só deve acontecer depois que a xAI fechar sua próxima rodada de financiamento, que pode chegar a US$ 5 bilhões e avaliar a empresa em US$ 50 bilhões. Musk criou a companhia como uma alternativa à OpenAI, que ajudou a fundar, mas se distanciou por diferenças ideológicas. (TechCrunch e Wall Street Journal)
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