Presidente do Irã morre em acidente de helicóptero
O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, morreu em um acidente de helicóptero neste domingo. A imprensa estatal iraniana informou que a queda se deu por conta das más condições climáticas durante um voo que trazia Raisi e outras autoridades do vizinho Azerbaijão. O chanceler do Irã, Hossein Amirabdollahian, também morreu. O acidente ocorreu às 13h (horário local), entre as aldeias de Pir Davood e Uzi, na província iraniana de Azerbaijão Oriental, a cerca de 600 quilômetros de Teerã. Mas as equipes de resgate tiveram dificuldades de chegar ao local devido a más condições climáticas, como neblina, chuva forte e vento, e só localizaram a aeronave 12 horas depois. Raisi foi eleito em 2021 e seu mandato ia até 2025. Aos 63 anos, ele era a segunda maior autoridade do Irã e estava cotado para suceder o aiatolá Ali Khamanei, líder supremo, que tem 85 anos. (g1)
O primeiro-vice-presidente, Mohammad Mokhber, é quem deve assumir o cargo, num governo transitório. A Constituição determina que os três chefes dos poderes da República — o vice-presidente, o presidente do parlamento e o chefe do poder judiciário — devem organizar uma eleição para escolher um novo líder no prazo de 50 dias. (CNN Brasil)
Raisi era um líder linha dura, e foi fundamental para conduzir o Irã de volta às crenças mais intransigentes dos fundadores revolucionários da República Islâmica. Na década de 1980, teria tido um papel crucial no Comitê da Morte, que decidiu pela execução de milhares de prisioneiros — o que ele negava. No final de 2022, uma onda de protestos no país eclodiu após a morte de Mahsa Amini, detida por supostamente violar o rigoroso código de vestimenta islâmico para as mulheres. Seu governo respondeu com uma repressão violenta. Ultraconservador na política doméstica, Raisi também assumiu uma postura cada vez mais agressiva na externa. Sob seu comando, o Irã começou a enriquecer urânio a níveis quase adequados para armas nucleares. E Teerã optou por lançar um ataque sem precedentes com mísseis e drones contra Israel, levando os dois países a um conflito direto e aberto pela primeira vez. (Guardian)
Líderes do Hamas e do Hezbollah manifestaram solidariedade ao povo iraniano. Uma nota do grupo terrorista palestino descreve aqueles que morreram no acidente de helicóptero como “um grupo dos melhores líderes iranianos, que fizeram uma longa jornada no renascimento do Irã”. Raisi era “um forte apoiador” e “um protetor dos movimentos de resistência”, diz o comunicado dos extremistas do Líbano. (BBC)
Lyse Doucet: “Não se espera que o trágico destino do presidente do Irã mude a direção da política iraniana ou abale a República Islâmica de forma significativa. Mas ele irá testar um sistema onde os conservadores radicais dominam agora todos os ramos do poder, tanto eleitos como não eleitos. Os seus opositores saudarão a saída de um antigo procurador acusado de um papel decisivo na execução em massa de presos políticos na década de 1980; eles esperam que o fim do seu governo apresse o fim deste regime”. (BBC)
As Forças Armadas de Israel (IDF) anunciaram que um funcionário do alto escalão do Hamas foi morto neste domingo em um ataque aéreo na Faixa de Gaza, em operação coordenada juntamente com a Divisão de Inteligência e o Comando Sul de Israel. Azmi Abu-Daqua seria, segundo autoridades israelenses, responsável pelo fornecimento de armas e fundos ao grupo terrorista. Aviões e tanques israelenses atacaram diversas localidades em Gaza, sendo uma delas um campo de refugiados de Nuseirat, onde morreram 31 pessoas, de acordo com a Defesa Civil palestina. Enquanto ocorriam as ofensivas, o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, reunia-se com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em meio a apelos dos EUA por uma campanha militar mais focada. (Globo e CNN)
Na sexta-feira, militares israelenses anunciaram que recuperaram em um túnel de Gaza os corpos de três sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro. Duas mulheres, Shani Louk e Amit Bouskila, e um homem, Itshak Gelernter, foram mortos ainda enquanto escapavam do festival de música Nova e seus corpos levados para Gaza. (Times of Israel)
O presidente argentino Javier Milei criticou o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, durante um discurso feito em Madri neste domingo, gerando uma crise diplomática sem precedentes entre os dois países. Milei insultou o socialista e acusou sua esposa, Begona Gomez, de corrupção. “Não sabem que tipo de sociedade e de país o socialismo pode produzir, que tipo de pessoas podem chegar ao poder e que níveis de abuso podem gerar. Mesmo que ele tenha uma mulher corrupta, ele demora cinco dias a pensar nisso”, falou o presidente argentino a uma cúpula da extrema direita. Como resposta imediata, o governo espanhol chamou de volta para consultas a embaixadora espanhola em Buenos Aires, na Argentina. (UOL)
O desembargador Peterson Barroso Simão votou, no Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), a favor da cassação do governador Cláudio Castro (PL) por abuso de poder econômico e político. No centro da acusação, está a “folha de pagamento secreto” com 27 mil cargos no Ceperj e 18 mil na Uerj. Segundo Simão, Castro usou a estrutura do Ceperj e da Uerj com finalidades eleitoreiras, favorecendo sua reeleição e desequilibrando as eleições de 2022. Marcello Granado pediu vista e os demais desembargadores escolheram não antecipar o voto. O julgamento será retomado na quinta-feira. (Globo)
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Viver
Desde que começaram as enchentes no Rio Grande do Sul, a polícia gaúcha já prendeu 130 pessoas por crimes cometidos em meio às inundações. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), 48 foram detidos por crimes patrimoniais e outras 49 prisões ocorreram em abrigos. Para reforçar a segurança, a corporação suspendeu as férias e reduziu os intervalos de escala do efetivo, que conta com cerca de 17,8 mil policiais. (g1)
As tempestades que atingem o Estado desde o final de abril já deixaram 157 mortos, segundo levantamento da Defesa Civil. Ao menos 806 pessoas se feriram e outras 88 seguem desaparecidas nas enchentes. O desastre climático também deixou 581.633 desalojados e 76.955 pessoas em abrigos pelo RS. Os estragos provocados pelas chuvas fizeram com que 40 escolas precisem ser reconstruídas ou realocadas e 194 mil dos 750 mil alunos da rede estadual não deverão retornar às aulas tão cedo. No total, 72% das unidades de ensino já voltaram a funcionar. (GZH)
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) liberou a operação de voos comerciais na Base Aérea de Canoas, localizada na região metropolitana de Porto Alegre, durante o estado de calamidade pública. A decisão autoriza que o espaço — destinado à aviação militar — realize transporte de passageiros civis e cargas. (GZH)
O presidente Lula se reuniu no Palácio da Alvorada com os ministros Paulo Pimenta (Reconstrução do RS), Fernando Haddad (Fazenda), Waldez Góes (Integração) e Renan Filho (Transportes) para colocar em prática as medidas de auxílio ao Rio Grande do Sul. Foi anunciada uma parcela extra do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para cidades em estado de calamidade, com um repasse estimado de R$ 192,7 milhões para 47 municípios gaúchos. Também foi editada uma Medida Provisória flexibilizando a Lei de Licitações para agilizar compras públicas nesses locais. (g1)
O Ministério da Reconstrução do Rio Grande do Sul deve começar a montagem da equipe de trabalho nesta segunda-feira, com a nomeação de Emanuel Hassen de Jesus como secretário executivo, segundo posto mais importante da pasta. Atual secretário de Comunicação Institucional do governo Lula, “Maneco” Hassen, como é conhecido, também é gaúcho e foi prefeito de Taquari por dois mandatos pelo PT. (CNN Brasil)
Os que apostam no caos
Spacca
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes suspendeu na sexta-feira a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que proíbe médicos de realizarem a assistolia fetal em mulheres com mais de 22 semanas de gestação. O procedimento, recomendado pela OMS, é usado em casos de aborto legal e consiste em uma injeção que induz à parada do batimento do coração do feto antes de ser retirado do útero. A suspensão vale até que a Corte analise a validade da regra, no plenário virtual, a partir de 31 de maio. (g1)
O Brasil chegou a 93% da população com 15 anos ou mais alfabetizada em 2022, o que representa 151,1 milhões de pessoas que conseguiam ler um bilhete simples. Os dados são do último Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do recorde, há diferenças relevantes nos dados setorizados. As regiões Nordeste e Norte são as mais deficitárias nos índices de capacidade de leitura, com 85,9% e 91,8%, respectivamente, enquanto o Sul (96,6%) lidera as estatísticas. (Meio)
Cotidiano Digital
A nave New Shepard, da Blue Origin, levou com sucesso mais seis tripulantes turísticos ao limite do espaço neste domingo, em um voo suborbital de dez minutos. Entre eles estava o ex-capitão da Força Aérea americana Ed Dwight, primeiro candidato negro a astronauta do país, que chegou a ser recomendado à Nasa, mas não foi selecionado. Ele também se tornou a pessoa mais velha a chegar ao espaço, com 90 anos e oito meses, superando a marca de William Shatner, o Capitão Kirk de Star Trek, que fez a viagem aos 90 anos e seis meses. Este é o sétimo lançamento tripulado da empresa de Jeff Bezos, e o primeiro em quase dois anos. (g1)
O Exército abriu uma licitação de R$ 5,1 milhões para aquisição de internet via satélite na região amazônica com exigências de que somente a Starlink, de Elon Musk, consegue atender. O edital divulgado pelo Comando Militar da Amazônia define proposta de internet via satélite de baixa órbita com velocidade mínima de 80 megabits de download, 20 megabits de upload e latência (velocidade de envio de pacotes de dados) não superior a 100 milissegundos. Apenas a companhia de Musk consegue atingir a latência exigida. Em nota, o Exército disse que os parâmetros foram definidos após pesquisas de mercado e de acordo com suas necessidades operacionais. (Folha)
A Apple está desenvolvendo uma versão mais fina do iPhone, que poderá ser lançada junto com o iPhone 17, previsto para setembro de 2025. O aparelho teria um valor mais alto que o Pro Max, atualmente o mais caro da marca, com preço a partir de US$ 1.200. Fontes envolvidas no projeto revelaram que a nova versão pode incluir chassi de alumínio, recorte em forma de pílula para sua câmera frontal e sensores, além de um reposicionamento das câmeras traseiras, que passam a ser centralizadas. (The Information)
Cultura
O documentário Lula, dirigido por Oliver Stone e Rob Wilson, fez sua estreia mundial neste domingo no Festival de Cannes. A obra sobre a vida do presidente brasileiro foi muito bem recebida e, ao fim da exibição, recebeu quatro minutos de aplausos calorosos no Palais des Festivals, a sede do evento no balneário francês. Diretor de sucessos de público e crítica como Platoon (1986), que lhe rendeu o Oscar, Stone é um estudioso da política latino-americana e iniciou em 2003 uma série de filmes sobre os líderes do continente, com Comandante, sobre o cubano Fidel Castro. (UOL)
Morreu no sábado o cineasta Toni Venturi, aos 69 anos, após sentir-se mal enquanto nadava em uma praia de São Sebastião, no litoral paulista. Formado em cinema pela Universidade Ryerson, do Canadá, dirigiu longas de ficção, como Latitude Zero, de 2002, Cabra-Cega, (2005), Estamos Juntos, (2011), e A Comédia Divina (2017), além dos documentários Rita Cadillac – A Lady do Povo (2007) e O Velho – A História de Luiz Carlos Prestes, premiado no festival É Tudo Verdade de 1997. Ele deixa a mulher e dois filhos. (Folha)
A Live Nation anunciou novas datas para os shows de Bruno Mars no Brasil. As apresentações no Rio foram remarcadas para 16, 19 e 20 de outubro, no Engenhão. As performances que faria nos dias 4 e 5 foram transferidas para o Morumbis, em São Paulo, que também recebe o artista nos dias 8, 9, 12 e 13. Os shows de Brasília foram reagendados para 26 e 27 de outubro. O cantor ainda deve ir nos dias 31 de outubro e 1 de novembro a Curitiba e a Belo Horizonte, em 5 de novembro. A venda dos ingressos começa em 22 de maio. (g1)