MP Eleitoral quer Bolsonaro inelegível

O Ministério Público Eleitoral pediu ontem que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja condenado por seus ataques às urnas eletrônicas e fique inelegível por oito anos. A ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se refere à reunião que ele fez com embaixadores estrangeiros em julho do ano passado para difundir mentiras sobre o processo eleitoral brasileiro. O ex-presidente responde a 16 ações na Corte eleitoral. Com o parecer do MPE, a expectativa é que esse processo seja julgado pelo TSE em até um mês. A manifestação do vice-procurador-eleitoral, Paulo Gonet, era a última etapa que faltava para que o relator, ministro Benedito Gonçalves, conclua seu voto. (Globo)

A defesa de Bolsonaro decidiu abandonar o argumento de que as joias presenteadas pelos sauditas são “item personalíssimo” e afirmar que são “itens privados de interesse público”, revelou Malu Gaspar. Os advogados vão recorrer a uma lei de 1991 e um decreto de 2022 para alegar que o “acervo documental” é de interesse público e não pode ser vendido nem alienado. (Globo)

Só Michelle Bolsonaro está livre das suspeitas de corrupção no caso das joias. É no que acredita a família Bolsonaro, segundo Guilherme Amado. Ele conta também que até mesmo o ex-presidente admite que as respostas dadas ainda não foram suficientes para convencer a Polícia Federal de sua inocência. (Metrópoles)

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Com o poder ameaçado pela adesão do Republicanos ao bloco com 142 deputados de MDB, PSD, Podemos e PSC, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), reagiu e formalizou ontem um bloco maior ainda, com 173 parlamentares. O “superbloco” é uma colcha de retalhos ideológica que vai da direita do Centrão (PP e União Brasil) à esquerda governista (PSB e PDT), tendo ainda Solidariedade, Avante, Patriota e a federação PSDB-Cidadania. Por ser o maior na casa, terá prioridade para indicação de participações em comissões, inclusive mistas. Quem sai perdendo com a formação dos blocos são os dois partidos que mais elegeram deputados no ano passado: PL, com 99, e PT, com 81, incluindo os da federação com PCdoB e PV. (Poder360)

Embora inclua o principal partido da base de Jair Bolsonaro, o PP, o novo bloco nasce com vocação governista. Seu primeiro líder será Felipe Carreras (PSB-PE), que será substituído no segundo semestre por André Figueiredo (PDT-CE). O anúncio foi feito pelo líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), para quem o superbloco não quer criar “qualquer tipo de celeuma” com o governo. (Globo)

Enquanto isso... O Planalto prevê dor de cabeça com a decisão da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, de deixar o União Brasil, conta Igor Gadelha. Caso o TSE autorize a saída dela e de outros quatro colegas da bancada fluminense, o partido quer indicar outra pessoa para o cargo. Já o Republicanos, possível destino de Daniela, quer que ela fique onde está, como parte de sua adesão ao governo. O marido dela, Wagner Carneiro, o Waguinho, preito de Belford Roxo (RJ), também já procurou o Planalto para que a mulher fique na Esplanada. (Metrópoles)

Exonerado oficialmente ontem do Comando Militar do Planalto, o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes disse, em depoimento à Polícia Federal, que combinou na noite de 8 de janeiro com o presidente Lula o desmonte na manhã seguinte do acampamento de golpistas na porta do QG do Exército em Brasília. Ele argumentou que, se a operação fosse feita à noite, poderia haver confrontos e disse que não desmontou o acampamento antes por não haver ordem judicial nem do comando da Força. Também ontem, o Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte entrou com uma ação contra a União acusando os comandantes das Forças Armadas de “conduta ativa e dolosa” diante de atos golpistas. (Folha)

Xangai foi a primeira parada da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China. A comitiva foi recebida pela ex-presidente Dilma Rousseff, que hoje toma posse como presidente do banco do Brics. O vice-ministro das Relações Exteriores da China, Xie Feng, também estava na recepção. Em seguida, Lula vai a Pequim para um encontro, amanhã, com o presidente da China, Xi Jinping. O petista vai se reunir com lideranças políticas e empresários. Vinte acordos devem ser assinados. A viagem tem o objetivo de defender as relações com a China, maior parceiro comercial do Brasil, e ampliar a lista de produtos para venda no gigante asiático. O estímulo ao desenvolvimento sustentável, a guerra da Ucrânia e a redução das barreiras no agronegócio também estão na pauta. (g1)

Meio em vídeo. No Conversas com o Meio desta semana, a professora Danielle Ayres, coordenadora da pós-graduação em Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) analisa os primeiros passos na diplomacia brasileira para resgatar o país da situação de “pária internacional” alcançada durante a gestão de Jair Bolsonaro. E, claro, as consequências da nova reacomodação das forças globais, numa espécie de “nova ordem mundial”. (YouTube)

A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) deve entrar com uma representação contra o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) no Conselho de Ética da Câmara por assédio. Ela afirma que o parlamentar “chegou por trás” e a intimidou, falando ao pé do ouvido, encostando em seu pescoço. O fato ocorreu na terça-feira, na conturbada sessão com o ministro da Justiça, Flávio Dino, na Comissão de Segurança e Justiça da Câmara. “Esse colega [Jerry] chegou por trás de mim e falou: ‘Respeite 40 anos de mandato’. Eu peço respeito ao meu primeiro mandato como mulher, nessa Casa, e não admito que alguém encoste em mim ou fale ao meu ouvido tentando me intimidar, intimidar meus posicionamentos”, afirmou a Monica Bergamo, da Folha. No Twitter, ela postou duas fotos. (Folha)

O deputado nega a acusação e diz que a situação foi deturpada. Jerry publicou um vídeo e, segundo ele, as imagens "desmascaram a absurda acusação da deputada”. O caso colocou apoiadores de Lula e Bolsonaro em pé de guerra nas redes sociais. Duas especialistas ouvidas pelo Globo consideraram que houve um ato de intimidação, mas sem cunho sexual. (Globo)

O governo federal bloqueou o pagamento do Bolsa Família a 1,2 milhão de beneficiários que declararam integrar famílias unipessoais por inconsistências no cadastro do programa. Essa é a segunda etapa da revisão de inscrições com indícios de fraude. Segundo o governo, houve um aumento expressivo de novos registros de famílias unipessoais em 2022, forte indício de suspeita de fraude. (Metrópoles)

Viver

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, declarou ontem que as redes sociais que não excluírem conteúdos ilícitos sobre violência escolar poderão ser retiradas do ar. Segundo a pasta, a medida se ampara nos artigos 55 e 56 do Código de Defesa do Consumidor. Dino afirma que o governo aplicará sanções administrativas às plataformas que descumprirem as novas regras, que vão de multas à suspensão das atividades da empresa no país. A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) será responsável por instaurar processos administrativos e requisitar relatórios às big techs sobre o que está sendo ou será feito sobre a questão. As redes também serão obrigadas a compartilhar imediatamente dados com delegados que permitam a identificação pela polícia dos usuários que infrinjam as leis. (CNN Brasil)

Meio em vídeo. Nos grupos de Zap de pais só se fala em ataques a escolas. Há medo, mas também desinformação. Este é um problema que o Brasil não tinha, passou a ter. Mas também já sabemos muito sobre como lidar. Veja o comentário de Pedro Doria. (YouTube)

A Alemanha vai desligar suas últimas três usinas nucleares neste sábado. O encerramento do serviço estava previsto para 31 de dezembro, mas precisou ser adiado devido à escassez e ao encarecimento do gás russo provocado pela guerra na Ucrânia. O setor nuclear chegou a gerar 30,8% da energia alemã, mas, em 2022, não passou de 6%. O país agora pretende fazer uma transição para fontes renováveis, com meta de fechar suas usinas de carvão — responsáveis por um terço da energia local — até 2038 e mais que dobrar a instalação de turbinas eólicas nos próximos anos. (Folha)

Panelinha no Meio. Diz um ditado que só os lavradores ficam felizes com a chuva. Pode até ser, mas se forem bolinhos de chuva, aí a felicidade é geral. A receita é muito simples, e o resultado é uma massa fofinha com uma crosta crocante. Com açúcar e canela, a companhia perfeita para um chá. Chova ou faça sol.

Cotidiano Digital

Administrar o Twitter tem sido “muito doloroso” e “uma montanha-russa”. Foi o que disse o dono da rede social, Elon Musk, em entrevista à BBC. Na conversa, transmitida ao vivo a partir da sede do Twitter, em San Francisco, Musk abordou as demissões em massa, a questão da desinformação e seus hábitos de trabalho. O bilionário, inclusive, afirmou que venderia a companhia se a pessoa certa aparecesse. Questionado se ele se arrepende de ter comprado o Twitter, disse que “o nível de dor tem sido extremamente alto, não tem sido nenhum tipo de festa”. Sobre seu comando na empresa até agora, ele afirmou: “Não tem sido entediante. Tem sido uma montanha-russa”. O segundo homem mais rico do mundo também fez revelações sobre seus hábitos de trabalho, dizendo que a carga de trabalho faz com que “às vezes durma no escritório”, no sofá de uma biblioteca. Veja a entrevista completa. (BBC)

E a rádio pública americana NPR vai deixar de publicar no Twitter depois que a rede social classificou a emissora como “mídia estatal” e "mídia financiada com recursos públicos”, o que “mina” sua “credibilidade”, segundo o canal. Nascida em 1970 e muito popular nos EUA, a NPR é financiada, principalmente, por publicidade e patrocínio. A britânica BBC também rejeitou a classificação dada pela plataforma. (Folha)

Por falar em selo, o LinkedIn lançou um novo sistema de verificação gratuito. O recurso será usado para comprovar a identidade e onde os usuários trabalham. (Olhar Digital)

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Depois da China, o governo dos Estados Unidos também prepara uma proposta para regulamentar a inteligência artificial (IA) generativa usada em sistemas como o ChatGPT. O Departamento de Comércio anunciou que está pedindo à população sugestões de medidas de responsabilidade para controlar o funcionamento das ferramentas. O governo quer determinar se a IA funciona como as empresas afirmam, se são seguras e eficazes, se espalham ou perpetuam a desinformação, se respeitam a privacidade dos indivíduos, entre outras questões. (Época Negócios)

Cultura

Um dos mais importantes compositores e cantores da música dos EUA, Paul Simon (Spotify) estava há sete anos sem lançar canções inéditas. O hiato, felizmente, vai acabar. No dia 19 de março, chega às lojas e plataformas Seven Psalms (trailer), seu novo álbum. Com 33 minutos de duração, é definido por Simon como um suíte de canções ao mesmo tempo independentes e interligadas. (Variety)

Outrora um dos mais importantes atores franceses, Gérard Depardieu vê seu lado violento e machista cada vez mais exposto. Além de responder a um processo por estupro, ele está sendo acusado de assédio sexual por 13 mulheres, segundo o site francês Mediapart. Os ataques teriam acontecido entre 2004 e 2022 e atingido colegas de elenco, figurantes e mulheres que trabalhavam na produção. Pelo menos um dos casos é confirmado pelo diretor Fabien Onteniente, mas a defesa de Depardieu insiste que ele é inocente. (Omelete)

Baseado em livro de Glênio Sá, O Pastor e o Guerrilheiro (trailer) chega hoje aos cinemas trazendo na bagagem o prêmio de melhor filme do Festival de Brasília. O longa conta o drama de uma jovem para descobrir o passado do pai na ditadura militar. Após um sucesso arrasador na Ásia, chega finalmente o aclamado anime Suzume (trailer). E, para quem gosta de fantasia e pipoca, Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes (trailer) é a mais nova tentativa, agora com elenco e efeitos milionários, de levar às telas o clássico RPG.

Confira a programação completa nos cinemas da sua cidade. (AdoroCinema)

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