Meio

Faltando 11 dias para as eleições, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) aparecem no limite da margem de erro de dois pontos, segundo pesquisa Datafolha divulgada ontem. O ex-presidente tem 52% dos votos válidos, podendo variar de 50% a 54%. Já o atual ficou com 48% e, na margem, vai de 46% aos mesmos 50%. Contando todas as respostas, Lula ficou estável em 49% e Bolsonaro subiu um ponto e foi a 45%. Brancos e nulos são 4%, e 1% não soube responder. (g1)

Mais cedo, levantamento da Quaest/Genial apontou que Lula perdeu um ponto em relação à pesquisa anterior e tem 53% dos votos válidos, enquanto Bolsonaro subiu um ponto e foi a 47%. As duas variações estão dentro da margem de erros. (UOL)

Bruno Boghossian: “A diferença de quatro pontos entre os dois candidatos não chega a configurar um empate técnico, mas prenuncia uma disputa que deve permanecer apertada até a hora da votação.” (Folha)

Meio em vídeo. No Conversas com o Meio desta semana, Pedro Doria entrevista Andrei Roman, CEO do Atlas Inteligência, instituto de pesquisa que chegou mais perto do resultado do primeiro turno das Eleições 2022. O que pode se esperar dos eleitores de Lula e Bolsonaro com a proximidade do segundo turno? Os indecisos estão conseguindo se decidir? (YouTube)

Após uma longa gestação interna, a carta aos evangélicos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi divulgada na tarde de ontem em um evento em São Paulo com cerca de 300 fiéis e representantes de igrejas. No documento (íntegra) e em seu discurso, o candidato voltou a se colocar contra o aborto e a rechaçar a criação de banheiros unissex, além de defender a liberdade religiosa. “Sou pessoalmente contra o aborto e lembro que este não é um tema a ser decidido pelo presidente da República e, sim, pelo Congresso”, afirmou. Ele também criticou os líderes religiosos que fazem uso político da fé. (Metrópoles)

Lula obteve uma vitória importante ontem no TSE. A ministra Maria Claudia Bucchianeri concedeu ao petista direito de resposta em 184 inserções da campanha de Jair Bolsonaro (PL), que, com isso, terá menos de dez inserções até o fim da propaganda eleitoral gratuita, na quinta-feira da semana que vem. (UOL)

Encabeçado pelos ex-ministros do STF Ayres Britto e Sepúlveda Pertence, um grupo de juristas divulgou ontem um manifesto em favor da candidatura de Lula, conta o Painel. Eles avaliam que uma eventual reeleição de Bolsonaro representa o fim da democracia e dos direitos individuais. (Folha)

A campanha de Jair Bolsonaro (PL) está um pote até aqui de mágoa com o PP, principal aliado no Centrão, conta Valdo Cruz. Em documento, o partido disse que Bolsonaro afirmou que “pintou um clima” com meninas venezuelanas por achar que elas estavam se prostituindo. Isso torpedeou a estratégia do Planalto de tratar o caso como um mal-entendido deturpado pela esquerda. “Os aliados estão batendo cabeça. Não há uma coordenação, cada lado age sem conversar com o outro, este episódio gerou uma crise interna na campanha", desabafa um assessor direto do presidente. (g1)

Já Igor Gadelha relata que os marqueteiros se irritaram também com o pedido de desculpas às venezuelanas gravado por Bolsonaro. A ideia era deixar o assunto morrer, mas, na avaliação deles, o novo vídeo do presidente manteve destaque sobre o “clima” que pintou com meninas de 14 anos. (Metrópoles)

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, quer aumentar o poder da polícia da Justiça Eleitoral para combater a desinformação. Em reunião ontem com representantes das principais redes sociais, ele reclamou da demora destas em tirar do ar conteúdo falso. Moraes prepara uma resolução permitindo ao tribunal agir de ofício, sem esperar ser provocado por uma ação. (Metrópoles)

E o Ministério da Defesa informou ontem ao TSE que só produzirá um relatório sobre a fiscalização das eleições após o segundo turno. É uma resposta à intimação de Moraes para que as Forças Armadas entregassem em 48 horas a documentação produzida após a votação do dia 2. O ministério negou a informação de que dados certificando que não houve fraudes foram mostrados ao presidente Jair Bolsonaro (PL), e que este teria vetado a divulgação dessa informação. (g1)

O ex-governador de São Paulo João Doria anunciou ontem sua desfiliação do PSDB, legenda da qual fazia parte há 22 anos. No Twitter, ele afirmou que cumpriu sua “missão política partidária pautado na excelência da gestão pública e em uma sociedade mais justa e menos desigual” e que encerrava essa etapa “de cabeça erguida”. Afilhado político do ex-governador Geraldo Alckmin – hoje no PSB e vice na chapa de Lula (PT) –, Doria elegeu-se prefeito de São Paulo em 2016 e governador do estado dois anos depois. Lançou-se candidato ao Planalto e venceu as prévias tucanas no ano passado, mas não conseguiu unificar o partido. Em maio, desistiu da candidatura. Ele ainda não informou se permanecerá na vida pública. (g1)

Para ler com calma. O PSDB está fora da disputa pelo governo paulista após 27 anos e elegeu a menor bancada federal, 13 deputados, desde sua fundação, em 1988. Quais os motivos para a desdita dos tucanos? Segundo especialistas, o principal foi a perda da identidade. (CNN Brasil)

O presidente russo, Vladimir Putin, declarou ontem lei marcial em quatro regiões ocupadas ilegalmente por suas tropas na Ucrânia: Kherson, Zaporizhzhia, Donetsk e Luhansk. É uma reação à contraofensiva das forças de Kiev, que vêm aos poucos retomando territórios invadidos pelos russos. O decreto de Putin permite ainda que ele imponha restrições às liberdades civis dentro da própria Rússia. (CNN)