STF une investigações de ataque de Bolsonaro às eleições e das milícias digitais
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, determinou ontem que os ataques feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral devem ser investigados em conjunto com o inquérito da suposta milícia digital que atua contra a democracia. Em fevereiro, Moraes já havia autorizado a Polícia Federal a usar provas sobre o vazamento por Bolsonaro de uma investigação sigilosa no TSE no inquérito das milícias digitais. A unificação destes inquéritos atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República. (CNN Brasil)
Bela Megale: “A falta de uma defesa enfática do presidente do STF, Luiz Fux, e do ministro Gilmar Mendes diante de ataques de Bolsonaro às eleições tem sido criticada por membros de cortes superiores. A postura de ambos de poupar o presidente é atribuída por magistrados a um outro processo que corre na cúpula do Judiciário: a escolha de juízes para integrar o STJ. Hoje, tanto Fux quando Gilmar trabalham para emplacar seus ‘afilhados’ na lista quádrupla que será elaborada hoje pelos próprios ministros do STJ. É dela que Bolsonaro vai escolher os dois novos integrantes da Corte.” (Globo)
Enquanto isso... O Senado aprovou ontem a PEC que eleva de 65 para 70 anos a idade máxima com que uma pessoa pode ser nomeada para os tribunais superiores, incluindo o STF. A proposta, que já passou pela Câmara e será promulgada pelo Congresso, foi resultado de acordo com o Planalto, que ganha um leque maior para a indicação de aliados a essas cortes. (g1)
A diferença entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno caiu para 8,6 pontos, segundo pesquisa CNT/MDA divulgada ontem. Enquanto o petista recuou de 42,2% no levantamento anterior para 40,6%, o presidente subiu de 28% para 32%. Atrás deles vêm Ciro Gomes (PDT), com 7,1% dos votos; João Doria (PSDB), com 3,1%; André Janones, com 2,5%; Simone Tebet (MDB), com 2,3%; e Felipe d’Avila, com 0,3%. Os votos nulos e brancos somaram 5,1%, e o percentual de indecisos foi de 7%. (Metrópoles)
O presidente Jair Bolsonaro trocou o comando do Ministério de Minas e Energia nesta quarta-feira, exonerando Bento Costa Lima Leite de Albuquerque. Segundo a edição de hoje do “Diário Oficial da União (DOU), ele foi exonerado, a pedido, e Adolfo Sachsida foi nomeado como titular da pasta. O novo ministro é chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia e indicação de Paulo Guedes. A substituição de Bento Albuquerque acontece após o aumento de 8,9% no preço do diesel nas refinarias anunciado pela Petrobras, estatal ligada à pasta. Albuquerque, no entanto, discordava do presidente Jair Bolsonaro a respeito de pressionar a estatal a segurar as altas de preços dos combustíveis. (g1)
Meio em vídeo. No Conversas com o Meio, a socióloga e professora da Unifesp Esther Solano e o cientista político Rafael Georges, da Luminate, falam da pesquisa que encabeçaram juntos sobre como a juventude da América Latina se relaciona com democracia e política. O relatório Juventudes e Democracia na América Latina ouviu jovens da Argentina, Brasil, Colômbia e México, de diversas inclinações políticas, classes sociais e gêneros, tentando entender como esse eleitor se relaciona com a política do seu país. (YouTube)
Na edição desta quarta-feira do Meio Político, o cientista político Carlos Pereira, professor da Fundação Getúlio Vargas, explica como as coalizões podem ser eficientes e em que termos o presidente eleito em outubro vai ter de negociar com o Congresso para compor uma maioria. O conteúdo é exclusivo para assinantes premium. Assine!
Uma portaria editada em abril do ano passado pelo Planalto permitiu que o próprio presidente Bolsonaro, o vice Hamilton Mourão, os ministros militares e cerca de mil funcionários públicos acumulassem salários e aposentadorias acima do teto constitucional. O maior beneficiário foi o general Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria-Geral, que embolsou R$ 350,7 mil a mais nos contracheques. (Folha)
O Palácio do Planalto e a Advocacia-Geral da União (AGU) afirmaram ontem em ofícios ao STF que o indulto concedido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) é constitucional e não pode ser revisto. Segundo os dois documentos, a medida é competência privativa do presidente. Silveira foi condenado no próprio STF a oito anos e nove meses de prisão por atacar a democracia e incitar violência contra os ministros da Corte. Rede, PDT, Cidadania e PSOL entraram com ações contra o indulto, todas sob relatoria da ministra Rosa Weber. (Poder360)
Meio errou. O ex-prefeito de Belo Horizonte e pré-candidato ao governo de Minas pelo PSD se chama Alexandre Kalil, não Eduardo, como foi publicado. Pedimos desculpas.
Especialistas militares do governo americano alertaram que o conflito na Ucrânia pode se tornar mais volátil nos próximos meses. Falando ao Senado, o diretor da Inteligência Nacional, Avril Haines, disse que o presidente russo, Vladimir Putin, aparentemente se prepara para uma guerra prolongada, após o fracasso de suas tropas em capturar a capital Kiev. Segundo ele, o objetivo russo agora seria dominar não apenas a região de Donbas, mas também a “ponte de terra” entre ela, a Rússia e a Península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014. (Washington Post)
Enquanto isso... Belarus, vizinho e mais próximo aliado de Putin, anunciou que vai posicionar forças especiais ao longo da fronteira da Ucrânia em resposta à “crescente presença militar dos EUA e de seus aliados” na região e à suposta disposição de 20 mil soldados ucranianos na fronteira. (CNN)
Pela terceira vez em seus 70 anos de reinado, Elizabeth II não compareceu ao Parlamento para discursar na abertura do ano legislativo. A monarca de 96 anos tem cancelado a participação em eventos devido a problemas de mobilidade. Nas vezes anteriores em que faltou, ela estava grávida. Em seu lugar ontem falou o Príncipe de Gales, Charles, primeiro na linha de sucessão do trono britânico, o que analistas veem como o início de um processo de transição para um novo reinado. (g1)
Viver
O Ministério Público do Rio fez ontem uma operação contra uma rede de jogos de azar comandada pelo bicheiro Rogério de Andrade e com participação do ex-PM Ronnie Lessa, já preso por envolvimento no assassinato em 2018 da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Na ação, foram presos dois delegados da Polícia Civil, Adriana Belém, que estava licenciada, e Marcos Cipriano. Na casa dela, os agentes apreenderam cerca de R$ 1,8 milhão em dinheiro, o que levou a Justiça a decretar sua prisão preventiva. Já na casa de Cipriano foi encontrada uma cópia da autorização judicial para a operação de ontem, o que indica vazamento de informações. Belém será defendida pela advogada Luciana Pires, que participa da defesa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das rachadinhas da Alerj. (UOL)
O mês de abril terminou com alta de 84,7% nos testes positivos para covid-19 feitos nas farmácias brasileiras, segundo dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). Ao mesmo tempo, a procura por diagnósticos nas drogarias caiu quase 90% entre janeiro e abril. Na avaliação de especialistas, a redução se deve à liberação de autotestes e a uma sensação de segurança provocada pela queda nos números gerais da doença. Para eles, porém, a redução no total de testes aumenta o risco de pessoas contaminadas transmitirem o vírus sem saberem. (Globo)
Enquanto isso... A Justiça do Amazonas rejeitou a denúncia contra o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello por improbidade administrativa na crise do oxigênio em Manaus, em janeiro do ano passado. O juiz Diego Oliveira, da 9ª Vara Federal do Amazonas, disse que as mudanças feitas ano passado na Lei da Improbidade não permitem caracterizar crime por parte de Pazuello e outros acusados. (UOL)
A Câmara instalou ontem a comissão externa que vai acompanhar investigações sobre violência contra os ianomâmis de Roraima. Serão 13 deputados, comandados pela única indígena na Casa, Joenia Wapichana (Rede-RR). O Legislativo se mobilizou após denúncias de que uma menina ianomâmi de 12 anos teria morrido após ser estuprada por garimpeiros na comunidade Aracaçá. A Polícia Federal, porém, diz ainda não ter encontrado indícios do crime. (g1)
Cultura
A Netflix está indicando para seus funcionários nos EUA que deve antecipar para este ano o lançamento de uma assinatura mais barata sustentada por anúncios. No mês passado, o co-CEO da plataforma, Reed Hastings, havia estimado em até dois anos o prazo para a implantação do novo serviço. A antecipação seria uma forma de reagir aos maus resultados que fizeram as ações da empresa perderem dois terços de seu valor. Pesquisas nos EUA indicam que a alta da inflação está fazendo os consumidores reverem seus gastos com streaming, e atualmente, entre as gigantes do setor, só a Netflix e a Apple TV+ não oferecem uma opção mais barata com anúncios. (Deadline)
Premiada com o Oscar de melhor atriz coadjuvante este ano por Amor, Sublime Amor, Ariana DeBose aparecerá como “convidada recorrente” na quarta-temporada de Westworld, que estreia no dia 26 de junho na HBO Max. Inspirada num longa-metragem de 1973, a série começou ambientada em um parque temático onde androides ofereciam aos visitantes a experiência do velho oeste, com direito a violência e sexo, até que as máquinas se rebelam. A quarta temporada, que ganhou seu primeiro teaser, se passa no “mundo real”, num futuro próximo, a exemplo da anterior. (Omelete)
Ariano Suassuna (1927-2014) é o tema deste mês do Clube de Leitura CCBB 2022. O escritor Braulio Tavares vai debater a obra do mestre pernambucano baseado no livro O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, escolhido pelo público via Twitter. O encontro acontece hoje, às 15h, no CCBB do Rio, e estará disponível no canal do Banco do Brasil no YouTube no próximo dia 18. Em junho, o poeta Carlos Nejar falará sobre Pablo Neruda (1904-1973), e o público já pode votar no Twitter entre os livros de poemas Canto Geral e Memorial de Isla Negra e a autobiografia Confesso que Vivi.
Cotidiano Digital
Fim de uma era. Após quase 21 anos, a Apple anunciou ontem que irá parar de fabricar novos iPod, famoso tocador de música e vídeo portátil da marca. Em comunicado à imprensa, a fabricante informou que o aparelho ficará disponível até acabarem os estoques. Quando foi lançado, em 2001, o iPod representou uma grande mudança na forma como as pessoas ouviam música e foi responsável por dar um impulso à luta antipirataria na indústria fonográfica por meio do iTunes. Além disso, foi a porta de entrada para a era dos smartphones, sendo o precursor do iPhone. A versão mais recente do aparelho foi lançada em 2019, sendo o iPod Touch. Mas por não receber atualizações nem parecer atrativo perto do atual portfólio da Apple, o dispositivo não recebia atenção dos consumidores e perdeu relevância com o smartphone e os streamings de música. Relembre a história do tocador que já foi sonho de consumo e seus principais modelos ao longo do tempo. (g1)
E o Elon Musk disse que vai trazer de volta ao Twitter o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que foi banido da plataforma, caso o bilionário conclua a aquisição da empresa. Musk chamou o banimento da conta de Trump de “erro” e afirmou que planeja deixar a rede social mais relutante na exclusão de contas e mais cautelosa em relação às desativações permanentes. (The Guardian)
Meio em vídeo. Você já usou algum Kindle? O famoso leitor de livros, popularizado pela Amazon, é o nosso papo no Pedro+Cora. Nossos jornalistas não dispensam um bom livro, seja físico ou não, e nada mais justo que falarem um pouco sobre essa paixão. (YouTube)