Assine para ter acesso básico ao site e receber a News do Meio.

PF isenta Bolsonaro de crime no caso Covaxin

No que depender a Polícia Federal, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não precisa se preocupar com uma das muitas acusações que lhe foram feitas pela CPI da pandemia. Em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PF concluiu que ele não cometeu crime de prevaricação na compra frustrada da vacina indiana Covaxin e que não era necessário tomar o depoimento do presidente. Em depoimento à CPI, o funcionário do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda e o irmão dele, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), disseram ter relatado a Bolsonaro irregularidades na negociação da vacina, que ele prometeu levar a denúncia adiante, o que não fez. De acordo com a PF, não cabe ao presidente comunicar eventuais crimes. (g1)

Então... Se a PF deixou mais feliz o dia de Bolsonaro, a dor de cabeça veio de aliados. Como revelou Lauro Jardim, o procurador-geral da República, Augusto Aras, recomendou que seja mantida a investigação contra o presidente pelo vazamento de uma investigação a respeito de um ataque hacker ao TSE que estava sob segredo de Justiça. E, como conta Malu Gaspar, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, presidente do PP, liberou os diretórios regionais para usarem como quiserem as inserções de TV no primeiro semestre, mesmo que façam críticas ao governo federal. Na Bahia, por exemplo, o partido tem uma aliança sólida com o PT. (Globo)

Aliás... Bolsonaro disse ontem, em entrevista à TV Record, que não prestou depoimento à PF no caso do vazamento por “decisão do advogado”, no caso, o advogado-geral da União, Bruno Bianco. O ministro do STF Alexandre Moraes determinara que Bolsonaro depusesse presencialmente, mas ele alegou “direito de ausência” para não comparecer. (Folha)

Por via das dúvidas, Bolsonaro cancelou a participação, na manhã de hoje, em uma cerimônia virtual de abertura dos trabalhos do STF no ano. (UOL)

PUBLICIDADE

O subprocurador-geral do MP junto ao TCU, Lucas Rocha Furtado, pediu ontem o arquivamento da apuração sobre o contrato entre o ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) e a consultoria americana Alvarez&Marsal. A investigação apurava possível conflito de interesses, já que a empresa atuou na recuperação de empresas investigadas pela Lava-Jato. Na sexta-feira, Moro fez uma live onde divulgou quanto ganhou durante o ano em que atuou na consultoria e quais atividades desenvolveu. Para Justificar o pedido de arquivamento, Furtado disse que mudara seu entendimento e que não cabia ao TCU investigar contratos privados. (g1)

No campo petista, ontem o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega descartou a possibilidade de participar de um eventual novo governo do ex-presidente Lula. Houve uma reação negativa do mercado e de setores políticos quando Mantega foi escolhido para escrever um artigo com a visão da campanha petista sobre a economia. “Não pretendo voltar. Fiquei no governo por 12 anos seguidos. Já dei a minha parte”, disse ele. Mantega também admitiu erros na condução da economia durante o governo Dilma Rousseff, como a intervenção no setor elétrico. (Folha)

Mas que não se espere de Dilma o mesmo desprendimento. Malu Gaspar nos conta que, em conversa com Lula, a ex-presidente avisou que não vai se esconder na campanha e pretende defender seu governo. (Globo)

Meio em vídeo. Manter viva a ideia de democracia é a luta da nossa geração. Existe uma guerra que vem de fora e que brota de dentro das democracias. Você sabe de que lado está? Confira no Ponto de Partida. (YouTube)

O governo dos EUA está jogando pesado nos bastidores para que os presidentes do Brasil e da Argentina, Jair Bolsonaro e Alberto Fernández, cancelem suas visitas à Rússia. Para Joe Biden, a ida de dois líderes da América Latina a Moscou num intervalo de poucas semanas passaria uma mensagem de apoio à política de Vladimir Putin em relação à Ucrânia. (Folha)

Enquanto isso... O Conselho de Segurança da ONU virou palco de uma batalha retórica entre EUA e Rússia. A embaixadora americana, Linda Thomas-Greenfield, disse que a disposição de tropas russas na fronteira ucraniana ameaça a segurança de toda a Europa, enquanto o russo Vassily Nebenzya acusou os EUA de “histeria diplomática” e de hipocrisia, por ser o país com mais soldados espalhados pelo mundo. Já o embaixador da Ucrânia, Sergiy Kyslytsya, disse que seu país está “pronto para se defender”. (Jornal Nacional)

Viver

Ainda sob o risco de novos temporais, bombeiros e voluntários procuram pelos desaparecidos nos deslizamentos que atingiram várias cidades de São Paulo ao longo do domingo. De acordo com os números oficiais do início da noite de ontem, 24 pessoas morreram em todo o estado, oito delas em Franco da Rocha. A situação pode ser pior. Segundo o prefeito Nivaldo Santos, há pelo menos dez desaparecidos no município. Há pelo menos 660 famílias desabrigadas ou desalojadas. (g1)

A situação é grave. Só nos 38 municípios da Grande São Paulo há por baixo 132 mil imóveis em áreas de risco alto e muito alto. E esse número não leva em conta a capital. (Estadão)

Às vezes é a esperança (ou o desespero) que move as pessoas. Katiucia Rodrigues faz parte da equipe de apoio aos voluntários em Franco da Rocha. Para ela, é pessoal. Cinco parentes, incluindo a mãe e dois irmãos, estão desaparecidos. “Não consigo dormir, preciso me ocupar com alguma coisa”, diz. (UOL)

E, infelizmente, a previsão é de mais chuvas fortes em quase todo o estado pelo menos até amanhã, e ainda em partes de Minas, Mato Grosso do Sul e Goiás. (CNN Brasil)

Para ler com calma. “Morávamos em uma região do Congo onde fica a guerra tribal civil entre os hema e os lendu. Somos Hema.” Assim começa o longo depoimento de Ivana Lay ao repórter Rafael Nascimento de Souza. Seu filho, Möise, foi espancado e morto em um quiosque de praia, no Rio de Janeiro, quando cobrou seu salário. “Cinco pessoas bateram nele. Eles quebraram o meu filho. Bateram nas costas, no rosto. Fugi do Congo para que eles não nos matassem. Mataram meu filho aqui como matam em meu país. Mataram o meu filho a socos, pontapés. Mataram ele como um bicho.” (Globo)

Como se a variante ômicron já não estivesse fazendo estrago suficiente, um estudo na Dinamarca indica que uma subvariante dela, chamada BA.2, é ainda mais infecciosa. De acordo com a pesquisa, pessoas infectadas pela BA.2 têm 33% mais chances de transmiti-la que as que contraíram a BA.1, a ômicron original. A subvariante já se tornou dominante no país escandinavo. (Folha)

Enquanto isso... A vacinação de crianças entre sete e 11 anos está suspensa a partir de hoje na cidade do Rio de Janeiro por falta de doses e só será retomada quando o Ministério da Saúde enviar mais vacinas. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a imunização segue normal para adolescentes com mais de 12 anos, que recebem a mesma vacina da Pfizer que adultos. (UOL)

O Ministério da Saúde pediu ao Instituto Butantan mais dez milhões de doses da CoronaVac, que pode ser usada tanto em adultos quanto em crianças. A instituição paulista tem as vacinas em estoque e deve responder ainda hoje. (Folha)

A Procuradoria-Geral da República denunciou ao STF o ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, por homofobia, crime equiparado ao racismo pelo próprio Supremo. Em entrevista ao Estadão, em setembro de 2020, Ribeiro disse que é opção “andar no caminho do homossexualismo (sic)”, por viver em um contexto familiar “desajustado” e que, segundo “a biologia”, “não é normal questão de gênero”. Para o vice-procurador-geral Humberto Jacques de Medeiros, Ribeiro “discrimina jovens por sua orientação sexual e preconceituosamente desqualifica as famílias em que são criados”. Caberá ao STF decidir se transforma o ministro em réu. (Poder360)

O laboratório americano Moderna iniciou a Fase 1 de testes em seres humanos de uma vacina contra o HIV, o vírus causador da Aids. O imunizante é feito com a mesma tecnologia de RNA mensageiro usada na vacina da empresa contra covid-19. Testes “de conceito” no ano passado mostraram uma resposta imune de 97%, e a Moderna estuda agora uma dose de reforço para aumentar essa resposta. Segundo a OMS, 680 mil pessoas morreram em todo o mundo no ano passado em decorrência do HIV. (CNN Brasil)

Panelinha no Meio. Quando se pensa em frango assado com farofa, vem à mente aquele prato pronto, comprado em padaria. Mas não precisa ser assim, não. Basta jogar abacaxi na equação que o frango assado feito em casa vai para outro patamar. A fruta entra na farofa do recheio e ainda rende um molho aveludado. Agora, na hora de comer, use um guardanapo para pegar asas e coxas, ponha um paninho no colo. Fazer sujeira à mesa é feio.

Cultura

Com todo o respeito e reverência que Chico Buarque merece, a cantora Fernanda Takai, ex-Pato Fu, avisou que vai manter a canção Com Açúcar, Com Afeto (Spotify) no repertório de seu novo show. No Twitter, a cantora explicou: “Adoro a canção, a história sobre como surgiu, muito bem escrita. Uma letra que dá voz a uma personagem. Um espaço bem delimitado na arte.” Na semana passada, em um episódio da série documental O Canto Livre e Nara Leão, da Globoplay, Chico disse que tiraria a música de seu repertório — na prática, já não a cantava ao vivo desde 1975. Ele a compôs em 1967, a pedido de Nara, que queria um samba sobre “uma mulher sofredora”, mas diz que houve desde então uma mudança de visão sobre o papel da mulher. (Globo)

A decisão de Chico provocou reações contrárias, como a de Regina Dalcastagnè, na Folha, e favoráveis, como de Renata Izaal, no Globo.

PUBLICIDADE

“Um alerta vermelho”. Assim o quadrinista americano Art Spiegelman classifica o banimento de sua graphic novel Maus pelo conselho escolar de um condado do Tennessee, nos EUA. O livro, publicado entre 1980 e 1991, retrata o Holocausto a partir da experiência dos pais de Spielgman, sobreviventes de Auschwitz. Segundo ele, escolas tentam limitar “o que as pessoas podem aprender, o que elas podem entender e pensar”. “Não é apenas: ‘Como eles ousam negar o Holocausto?’. Eles vão negar qualquer coisa”, diz o artista de 73 anos. (Estadão)

É impossível falar em XBox sem pensar em Halo, o jogo-símbolo do console da Microsoft. Lançado em 2001, esse game de tiro em primeira pessoa deu início a uma série que já vendeu 85 milhões de cópias. Após algumas versões toscas para TV, finalmente a luta do Master Chief, um supersoldado de armadura, contra os alienígenas do Covenant, vai ganhar uma adaptação à altura. Estreia em 24 de março, na Paramount+, a série Halo, que ganhou ontem seu primeiro trailer. Pablo Schreiber, de Deuses Americanos, vive o personagem principal. (Omelete)

Cotidiano Digital

E por falar em Halo... A Sony, concorrente da Microsoft no mercado de consoles por conta do PlayStation, comprou o estúdio de videogames Bungie por US$ 3,6 bilhões. A aquisição ocorre menos de duas semanas após a compra histórica da Activision Blizzard pela Microsoft, por US$ 75 bilhões. A Bungie, fundada em 1991 e que chegou a pertencer à Microsoft, foi responsável pela criação do aclamado jogo de tiro em primeira pessoa Halo: Combat Evolved. O game ajudou a sustentar o sucesso do Xbox e gerou várias sequências antes que Bungie se separasse do fabricante do Windows, em 2007. O mercado de jogos vem se consolidando e grandes empresas de tecnologia estão investindo cada vez mais na demanda por videogames, uma tendência estimulada pela pandemia e pelo metaverso. (Financial Times)

Mesmo com a aquisição, o CEO da Bungie, Pete Parsons, disse que a empresa vai continuar a desenvolver jogos de forma independente e para diversas plataformas, sem exclusividade para o console da Sony. (g1)

O Pinterest criou um recurso que permite visualizar móveis de lojas parceiras nos Estados Unidos usando realidade aumentada (RA). Tal como acontece com os produtos de beleza no aplicativo, o novo serviço vai permitir que os usuários “experimentem” os móveis diretamente no app e testem em ambientes reais. Também é possível realizar diretamente a compra pela app nas lojas suportadas. (The Verge)

E a Meta anunciou uma ferramenta para a criação de avatares 3D no Instagram e lançou avatares atualizados para Facebook e Messenger. (TechCrunch)

Encontrou algum problema no site? Entre em contato.