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STF libera para defesa de Lula mensagens de Moro e Dallagnol

A Segunda Turma do STF impôs ontem uma das maiores derrotas até agora à Operação Lava Jato. Os ministros confirmaram a liminar de Ricardo Lewandowski que liberou para a defesa do ex-presidente Lula mensagens trocadas entre o então juiz Sérgio Moro e procuradores da Lava-Jato. Até Cármen Lúcia, tradicional simpatizante da Lava Jato, votou com Lewandowski, enquanto o relator do processo, Edson Fachin, defendeu sozinho que se aguardasse o julgamento pelo Plenário do uso desse material no processo, o que não tem data para acontecer. (UOL)

Então... Fachin avalia que a corrupção de agentes do Estado tem apresentado sintomas de revigoramento. Ele cita como exemplos a centralização de poder contra a democracia e as tentativas de “alterar os avanços legislativos que já foram conquistados”. Para o ministro, porém, o fim da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba não significa o fim da operação, que, na sua avaliação, “subiu até o andar de cima, onde se colocam essas relações espúrias entre poder econômico e o Estado”. Para ele, o que tende a acabar são duas vertentes do “lavajatismo”, uma que só vê qualidades na operação; outra que só vê defeitos. (Folha)

Bela Megale: “A defesa de Lula não irá anexar as mensagens hackeadas da Lava-Jato ao processo no STF que julga a suspeição de Sergio Moro no caso do triplex. A avaliação dos advogados é a de que a suspeição do ex-juiz da Lava-Jato já está comprovada por fatos emblemáticos, como a interceptação telefônica em 2016 do escritório de advocacia que defende o ex-presidente e pela quebra do sigilo de um trecho da delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci, nome forte do PT e dos governos Lula e Dilma, a seis dias do primeiro turno das eleições de 2018.” (Globo)

Confira o conteúdo de algumas das mensagens supostamente trocadas entre Moro e os procuradores. (Folha)

Painel: “Durante participação em seminário virtual nesta terça-feira sobre a Lava Jato, Sergio Moro foi alvo de uma ‘pegadinha’ relacionada a mensagens trocadas com procuradores da operação a respeito de casos sob sua responsabilidade quando era juiz. ‘Moro, explica as mensagens da #VazaJato’, dizia mensagem exibida (por uma participante) no webinário feito via aplicativo Zoom. Vaza Jato foi o apelido dado para o vazamento do conteúdo das conversas entre Moro e os procuradores por parte do Intercept Brasil.” (Folha)

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Em mais uma prova de que a parceria de 2018 não existe mais, o presidente Jair Bolsonaro deixou o vice Hamilton Mourão de fora da reunião ministerial que promoveu ontem no Palácio do Planalto. Além de Mourão, o único ausente foi o ministro das Comunicações, Fábio Faria, que está fora do país. A convocação para o encontro foi feita individualmente para evitar o convite ao vice, a quem Bolsonaro atribui vazamento de informações à imprensa. (Folha)

Mourão, conversando com jornalistas, não se estendeu muito sobre o incidente: “Acredito que o presidente julgou que era desnecessária a minha presença, só isso”. (UOL)

Alvo de críticas de colegas de farda, o ministro da Secretaria de Governo, general da reserva Luiz Eduardo Ramos, disse não se envergonhar de ter articulado com o Centrão a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado. Segundo ele, os oficiais da ativa compreendem o “momento político” do governo. Embora negue, o gabinete de Ramos foi visto como QG das negociações, que teriam envolvido a liberação de R$ 3 bilhões em verbas extras para parlamentares. (Estadão)

Vera Magalhães: “Quando assiste impassível à deterioração da popularidade do presidente e o empilhamento de corpos na pandemia sem uma saída visível, o mercado, representado pela Avenida Faria Lima age com a boa-fé dos ingênuos ou a má-fé dos cínicos? O silêncio cúmplice é o que dá a Bolsonaro a certeza de que ele pode fechar com o Centrão, enterrar a Lava-Jato, empurrar cloroquina goela abaixo do país, sabotar a vacinação e depois mentir dizendo que não o fez porque nada vai acontecer. Basta analisar a mais recente pesquisa de avaliação do governo divulgada pela XP e pelo Ipespe. São 42% os que consideram o governo ruim ou péssimo, e 53% os que condenam sua atuação no curso da pandemia. Em qualquer país, esses indicadores, que espelham a tragédia econômica e social do bolsonarismo, seriam suficientes para que o presidente deixasse de mentir em praça pública e fosse instado a agir. Instado por quem? Pela elite econômica. Os mesmos clientes que recebem a pesquisa da XP e não entendem o que isso tem a ver com sua vida. Só vão entender quando o descontentamento de uma parcela da população levar Bolsonaro, não por senso de dever, mas pela sua covardia crônica, a reeditar o auxílio emergencial, e isso acabar de desarrumar as contas públicas.” (Globo)

O deputado Aécio Neves (PSDB-MG) reagiu à tentativa do governador João Doria de expulsá-lo e a seu grupo do partido dizendo que a legenda “não tem dono”. “É lamentável que o governador demonstre tamanho desconhecimento em relação à realidade de seu próprio partido”, disse Aécio. (BRPolítico)

Painel: “A ação de João Doria para dominar o PSDB gerou reação imediata da ala gaúcha da legenda, que tem no governador Eduardo Leite a principal ameaça ao projeto presidencial do paulista. Em conversas com aliados nesta terça, Leite deixou claro que não aceitará passivamente o rival tomar o partido. O deputado Lucas Redecker (PSDB-RS) criticou a antecipação do debate eleitoral e defendeu a continuidade de Bruno Araújo na presidência do partido.” (Folha)

Mônica Bergamo: “O DEM já discute lançar um pré-candidato à Presidência da República. Uma parte do partido acredita que, desta forma, seria possível estancar a ideia de que se jogou nos braços de Jair Bolsonaro e vai apoiá-lo em 2022. O nome mais forte do partido hoje é o do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.” (Folha)

Meio em vídeo. Doutor em Sociologia pela Universidade de Oxford, colunista da Folha de S. Paulo, Celso Rocha de Barros é um veterano observador da política brasileira. Desenha o movimento dos partidos políticos como ninguém. No Conversas com o Meio desta semana, ele falou sobre os movimentos que começam a surgir com foco nas eleições de 2022. Confira no YouTube.

O Senado dos EUA aceitou ontem a constitucionalidade do pedido de impeachment retroativo contra Donald Trump e deu início ao julgamento. Mas as chances de condenação são remotas. Apenas seis republicanos se juntaram aos 50 democratas para aprovar a medida. São necessários pelo menos 67 votos para condenar o ex-presidente. (New York Times)

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O Mundo transformado pelo 5G

O 5G não traz só uma velocidade muito maior para a internet móvel — também traz baixa latência. A informação sai de um ponto e chega ao outro quase instantaneamente. Essa conexão em tempo real vai permitir uma nova classe de aparelhos, mais leves, mais baratos e muito mais poderosos que os atuais smartphones e computadores. Em boa parte, o processamento não será mais feito em um chip embutido no aparelho, mas na nuvem. Liberados da necessidade de fazer cálculos complexos, armazenar aplicativos e gerar gráficos rebuscados, nossos aparelhos inteligentes vão poder tomar formas mais amigáveis. Seu computador poderá ser uma folha dobrável. Seu console de videogame poderá ter o tamanho de um cinzeiro. Seu smartphone poderá ser um óculos, um relógio ou um fone de ouvido. Mas será que ainda vão existir smartphones? Leia o segundo capítulo de nossa série sobre como o mundo será transformado.

Viver

As vacinas contra Covid-19 distribuídas pela Covax Facility, uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), não precisarão de autorização emergencial para uso no Brasil, segundo decisão da Anvisa. O país deve receber 10 milhões de doses de imunizantes. (G1)

E o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, reclamou de “críticas infundadas” à atuação da agência baseadas em “argumentos rasteiros”. Ele também atacou duramente a Medida Provisória aprovada pelo Senado que dá à Avisa cinco dias para autorizar vacinas aprovadas em outros países. Segundo Torres, a determinação é uma “ameaça concreta” à agência. (Folha)

Foram registradas 1.340 mortes por Covid-19 nesta terça-feira em todo o país, completando 20 dias com a média móvel de uma semana acima de mil óbitos. O total de mortos na pandemia chega a 233.588, com 9.602.034 casos. Por outro lado, mais de quatro milhões de pessoas já foram imunizadas no país. (UOL)

Mas a confusão na fila de prioridades da vacinação continua. Em Blumenau (SC), profissionais sem relação com o combate à Covid-19, como professores de educação física, foram imunizados antes de maiores de 90 anos, contrariando o Programa Nacional de Vacinação. A Secretaria de Saúde local classifica a categoria como profissionais de saúde, mesmo quando trabalham em academias. O Ministério Público quer explicações melhores. (G1)

Um mapeamento das unidades de saúde do país para entender e resolver os entraves à vacinação. Essa será a primeira ação do grupo empresarial liderado por Luiza Trajano com o objetivo de vacinar toda a população até setembro. Segundo a dona do Magazine Luiza, a estratégia não é “sair comprando vacinas”, mas agilizar os processos envolvendo a imunização. (Estadão)

Além de usar suas vacinas como ferramenta diplomática, como cá este Meio mostrou na edição do último sábado, a Rússia as transformou em atração turística. Não há lista de prioridades, qualquer pessoa pode chegar e tomar a vacina, precisando apenas de um documento, como o passaporte. Cuba e os Emirados Árabes Unidos têm planos de fazer o mesmo. (Folha)

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A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foi a única instituição brasileira incluída na lista das 250 melhores do mundo no Webometrics Ranking of World Universities. Em 203º lugar, ela, na América Latina, está atrás apenas da Universidade Nacional Autônoma do México, que ocupa o 113º lugar. (Globo)

Referência mundial no tratamento da memória, o neurocientista argentino radicado no Brasil Iván Izquierdo morreu ontem, aos 83 anos, em Porto Alegre. Foi ele que descobriu, por exemplo, a separação funcional entre as memórias de longa e curta duração. (G1)

Cultura

Tempo de luto para as mais variadas formas de arte. O cinema sofreu uma perda dupla, com as mortes do diretor de fotografia italiano Giuseppe Rotunno, aos 97 anos, e do escritor e roteirista francês Jean-Claude Carrière, aos 89. Carrière era parceiro constante do diretor Luis Buñuel, para quem escreveu os roteiros, entre outros, dos antológicos A Bela da Tarde (1967) e Esse Obscuro Objeto do Desejo (1977). Já Rotunno foi responsável, por exemplo, pelas imagens de Amarcord (1973), de Federico Fellini, e All That Jazz (1979), de Bob Fosse, pelo qual foi indicado ao Oscar. (Estadão)

O Theatro Municipal de São Paulo não seria o mesmo sem o brilho da carioca Marilena Ansaldi, uma de suas primeiras e mais importantes bailarinas. Coube a ela produzir os primeiros espetáculos de teatro-dança do país, e seu talento também brilhou em novelas e séries de TV. Marilena morreu ontem, aos 87 anos, devido a complicações pulmonares. (Folha)

E, por fim, calou-se a voz da americana Mary Wilson, aos 76 anos, uma das fundadoras do trio The Supremes, que também revelou a diva Diana Ross. Com suas harmonias perfeitas, The Supremes influenciaram gerações de cantoras com clássicos como Stop In The Name of Love (YouTube) e You Keep Me Hangin’ On (YouTube). (Globo)

Cotidiano Digital

A Mobile World Congress (MWC) foi adiada pela segunda vez. A principal feira de celulares deve acontecer no último trimestre de 2021 em Barcelona, segundo o jornal El Español. A informação, no entanto, ainda não foi confirmada pela organizadora do evento. A feira já havia sido transferida de março de 2021 para junho por conta da pandemia. (Estadão)

Por falar em smartphones… A Apple ultrapassou a Huawei e voltou ao segundo lugar no ranking de celulares mais vendidos do mundo em 2020, logo atrás da Samsung.

E chegou no Brasil o Samsung Galaxy S21. Os valores começam a partir de R$ 5.999 e, por aqui, diferente de outros países, os celulares virão com carregador sem custo, durante a pré-venda do aparelho.

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