Terremoto mata mais de 200 no México

Nas últimas contas oficiais, pelo menos 217 pessoas morreram no México por conta de um terremoto de 7,1 graus na escala Richter com epicentro a 123 quilômetros da capital. Os números estão sendo atualizados pelo coordenador nacional de Proteção Civil, Luis Felipe Puente, via Twitter. Apenas na capital, desabaram 49 prédios — entre eles, o de uma escola, da qual já saíram 21 corpos de crianças. (Estadão)

Por uma terrível coincidência, o tremor ocorreu exatamente no mesmo dia da tragédia de 1985, quando outro terremoto (de 8,1 graus) matou, segundo estimativas da Cruz Vermelha, mais de dez mil pessoas. Em memória daquela tragédia, havia um treinamento em curso.

Dezenas de civis improvisaram-se como socorristas. Uma das áreas mais atingidas foi Oaxacla. A região já tinha sofrido um terremoto, então de 8,1 graus na escala Richter, no último dia 7, que deixou 98 mortos. (Globo)

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E se suas memórias mais dolorosas seguirem vivas mesmo após sua morte? Dolorosas demais, sem unidade de medida possível, como as lembranças das vítimas do Holocausto. A Universidade da Califórnia do Sul tem um projeto para isso. Faz gravações tridimensionais e interativas de sobreviventes do Holocausto, para que suas memórias sejam 'contadas' por eles mesmo depois de mortos. Mas como seria ter uma conversa com um sobrevivente ‘digital’ de um genocídio?

Política

Donald Trump estava combativo. Apresentou uma visão sombria de funcionamento do mundo. “Quando povos e nações decentes apenas assistem a história passar, as forças da destruição ganham poder e se fortalecem”, disse, em seu discurso da 71ª Assembleia Geral da ONU. Falou por 42 minutos. “Os EUA têm muita força e paciência, mas caso sejamos obrigados a nos defender ou a nossos aliados, não teremos outra escolha que não a de destruir totalmente a Coreia do Norte”, enfatizou no principal trecho do discurso. “Rocket Man está numa missão suicida”, completou, referindo-se ao ditador Kim Jong-un pelo título da música de Elton John. Não foi seu único alvo. “O acordo com o Irã foi um dos piores negócios que os EUA já fecharam” — sobre o acordo para desarmamento nuclear assinado durante o governo Obama. “Como presidente dos EUA”, disse, amarrando num conceito seu discurso, “sempre colocarei os EUA em primeiro lugar, assim como vocês, como líderes de seus países, vão sempre e devem sempre, colocar suas nações em primeiro.” (New York Times)

Desde que o presidente Harry Truman subiu ao pódio principal da ONU, em Nova York, para o discurso americano inaugural, todos os moradores da Casa Branca tiveram uma mesma preocupação: buscavam reunir o mundo em torno de uma visão comum. Ronald Reagan falou de desarmamento com a União Soviética. Jimmy Carter, de direitos humanos. George W. Bush tentou construir sua coalizão global contra o terrorismo, e Barack Obama cobrou a ajuda de outros países em missões militares delicadas. Donald Trump é o primeiro a fazer um discurso de rejeição a uma visão internacionalista do papel dos EUA. (New York Times)

E um clipe: Rocket Man. A música foi animada pelo cineasta e refugiado iraniano Majid Adin. A versão foi adotada por Elton John e tem um quê de amor à Terra.

O tempo está correndo e, com duas semanas de prazo pela frente, a Câmara dos Deputados não conseguiu chegar ainda a algum tipo de acordo a respeito da reforma política. Ontem, tanto o Distritão no ano que vem, quanto o sistema Distrital Misto a partir de 2022, foram rejeitados pela Casa. O quórum mínimo necessário era de 308. Nenhum chegou lá. Ainda não se votou o fundo público para campanhas e uma cláusula que dificulte o número de partidos na Casa. Se nada for aprovado seja pela Câmara, seja pelo Senado até 7 de outubro, valerão as regras da última eleição.

É possível que a saída venha do Senado, onde dois projetos de lei podem ser aprovados. Um, de Ronaldo Caiado, defende que o horário político passe apenas nas TV's e rádios públicas. O dinheiro economizado, aproximadamente R$ 1 bilhão, seria repassado aos partidos para financiar suas campanhas. Outro, de José Serra, institui o voto distrital misto para deputados e vereadores já a partir de 2018.

O ministro Edson Fachin negou-se a devolver para a Procuradoria-Geral da República a denúncia contra o presidente Michel Temer. A partir das 14h, o plenário do Supremo avalia hoje se decide suspender o caso por conta das dúvidas a respeito da delação da JBS. (Estadão)

Lula sofreu uma queda de agosto para setembro, na pesquisa de intenções de voto do DataPoder360. Dos 32-31% registrados em agosto, em setembro bateu em 27-28%, dependendo do cenário. Jair Bolsonaro se mantém isolado em segundo desde julho. Numa disputa em que o candidato tucano é Geraldo Alckmin, Lula tem 27%, Bolsonaro 24%, enquanto Ciro e Marina empatam com 6%. Já com Doria, Lula tem 28%, Bolsonaro 20% e o prefeito paulistano, 10%. Nos cenários com Lula substituído por Fernando Haddad, o petista não chega a 5%, Bolsonaro lidera em 26%, com Marina Silva e Ciro Gomes empatando em segundo na casa dos 12%.

General Eduardo Villas Bôas:Ditadura nunca é melhor. Há de se entender aquele momento e nas circunstâncias que eram vividas. Quais as diferenças de hoje e com aquele período? Primeiro, vivíamos um momento de Guerra Fria e polarização ideológica e o Brasil vinha de tentativas de tomada de poder, como em 1935. Segundo, hoje, o Brasil tem instituições amadurecidas e um sistema de pesos e contrapesos que dispensa a sociedade de ser tutelada.” Entrevistado ontem à noite por Pedro Bial, o comandante do Exército Brasileiro pôs panos quentes nas declarações de seu subordinado, o também general Hamilton Mourão.

Em artigo assinado publicado no New York Times, Marina Silva explica sua visão do momento do Brasil. Para ela, o sistema político se tornou uma máquina de perpetuação dos mesmos partidos no poder. As eleições, caras, são financiadas com dinheiro de corrupção. Quem tem mais dinheiro, se mantem no poder e assim o ciclo permanece. Para Marina, mesmo alguns dos principais grupos econômicos brasileiros são artificialmente fortalecidos pela máquina da corrupção. via Pioneiros

Aliás... Marina está na Assembleia Geral da ONU a convite do presidente francês, Emmanuel Macron. (Folha)

Cultura

Segue a polêmica sobre o encerramento da exposição Queermuseu, em Porto Alegre, aquela denunciada por apologia à pedofilia, entre outras acusações. Agora, o caso entrou para a CPI do Senado que se dedica a apurar maus-tratos a crianças e a adolescentes. A comissão convidou o ministro da Cultura, a explicar sobre os recursos  da Lei Rouanet captados pela exposição — foram R$ 800 mil, segundo o Globo, que o Santander Cultural promete devolver ao governo. Presidente da CPI, o senador Magno Malta endossa os protestos liderados pelo MBL que levaram ao cancelamento da mostra. Disse ele: “Algumas das obras e imagens a que as crianças tiveram acesso podem ser até classificadas como criminosas a exemplo das que retratavam a prática da zoofilia e da pedofilia”.

Aliás... a Justiça negou o pedido para a reabertura da mostra, em ação levada ao TRF-4 por um cidadão gaúcho, de Pelotas. Ele alegava que o cancelamento precoce gerava prejuízos aos cofres públicos e também dizia não haver respaldo para tal na Constituição. O juiz da ação, porém, disse não ver o alegado dano, nem ato de censura na decisão de fechar a mostra.

E na esteira da patrulha às artes… uma tela foi retirada de uma exposição em Cuiabá. A obra traz a palavra crack, retratando o tema de forma pop, segundo o artista Gervane de Paula. A pintura estava em mostra num shopping local e talvez não tivesse repercussão alguma não fosse a queixa de um cliente sobre a ‘perigosa’ tela. É o segundo caso do tipo de que se tem notícia, desde o encerramento de Queermuseu. Outro dia, uma artista mineira também teve sua obra retirada de uma exposição em Campo Grande, acusada de fazer apologia à pedofilia. Se a moda pega, nem o Renascimento escapa.

 

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As séries exibem seu poder de influência na atualidade: Handmaid’s Tale, disponível na plataforma de streaming Hulu, alavancou as vendas do livro na qual é inspirada. O Conto da Aia, de Margaret Atwood, lançado originalmente em 1985, foi o mais lido no verão americano deste ano, segundo dados da Amazon. O segundo lugar do ranking também é fruto do sucesso de uma série — trata-se do primeiro volume de Crônicas de Gelo e Fogo, de George R. R. Martin, títulos que deram origem a Game of Thrones.  (Globo)

A propósito: Handmaid’s Tale será exibida na TV paga em 2018, pelo Paramount Channel. (Folha)

A polêmica da cura gay, de volta à baila com a decisão da Justiça que autoriza psicólogos a oferecerem terapias de ‘reversão sexual’, será o tema de um novo filme, estrelado por Nicole Kidman. Boy Erased toma como inspiração o livro autobiográfico de Garrard Conley que, jovem, foi submetido pelos pais a um programa desse tipo. (Globo)

Aliás... O Google saiu contra a decisão da Justiça sobre a ‘reversão sexual’. A empresa aderiu à campanha #TrateSeuPreconceito em seu perfil no Facebook. “O amor não precisa de cura”, defendeu a gigante da tecnologia nas redes sociais.

Cotidiano Digital

Para ler com calma: Luís Felipe dos Santos viu um de seus tweets a respeito da exposição Queermuseu cair nas redes da direita. Ele aproveita, então, para mostrar a tática da militância política nas redes. Atacar com foco e em concerto. O objetivo não é discutir, mas gerar uma avalanche de repetições das mesmas ideias, impor uma versão, algo que se faz misturando robôs – usuários falsos controlados por software — e gente real (que é motivada pelos robôs). A missão é menos debater e mais vencer pelo volume. Em tempo: a tática é a mesma, não importa o flanco político. via Pioneiros

Ev Williams fundou a primeira plataforma popular de blogs, o Blogger. Vendeu pro Google, fez fortuna. Fundou uma das primeiríssimas redes sociais de sucesso — o Twitter. O Medium é seu terceiro projeto. Nasceu para ser um espaço para quem queria escrever algo longo de vez em quando, sem a obrigação de ter blog. Não decolou. Mudou a estratégia: incentivou que publicações online migrassem para a plataforma em busca de dinheiro com publicidade. Tampouco deu certo. Medium 3.0 vem aí. Williams procura editores, o site terá uma capa com chamadas e pretende cobrar assinaturas.

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