Dilma sabia do caixa dois, diz Santana

A ex-presidente Dilma Rousseff chegou a perguntar para o marqueteiro João Santana se a conta que ele usava para receber recursos ilegais no exterior era segura contra investigações. A afirmação do publicitário foi feita perante o juiz Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral, em seu depoimento prestado em Salvador. Santana, assim como sua mulher Mônica Moura, reiteraram que Dilma tinha conhecimento do uso de caixa dois em suas campanhas para a presidência. O processo relatado por Benjamin é aquele que pode levar à cassação da chapa de Dilma e Michel Temer, no TSE. (Globo)

Enquanto o caso do TSE rola, em Curitiba, empaca. Lula não prestará depoimento a Sérgio Moro no próximo dia 3, quarta-feira que vem, como estava planejado. A decisão é do próprio juiz, após ter ouvido da Polícia Federal que era preciso mais tempo para organizar a segurança do ex-presidente. Informado da decisão, Lula limitou-se a afirmar: “A hora que for marcado, estarei em Curitiba.” E ironizou. “Agora, parece que a grande prova contra mim é um pedágio.” A defesa do empreiteiro Léo Pinheiro apresentou documentos para confirmar que ele teve encontros com Lula para tratar das obras do tríplex do Guarujá. Entre eles, estão os comprovantes de pagamento de dois pedágios por carros do Instituto Lula na direção da cidade no litoral paulista.

E o foco da atenção, hoje, é Brasília. A segunda turma do Supremo pode decidir nesta terça pela liberdade de José Dirceu, informa Mônica Bergamo. Embora condenado já duas vezes por Moro, o ex-ministro ainda não foi julgado em segunda instância. A liberdade de Dirceu pode ser indício de que o STF começará a rever as prisões alongadas de Curitiba. (Folha)

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, interceptou no caminho da aprovação uma resolução interna que atrapalharia a Lava Jato. A proposta limitaria o número de procuradores que cada unidade do Ministério Público poderia ceder, reduzindo, assim, o tamanho da força-tarefa. Já aprovada pelo conselho por 8 votos a 1 (de um total de dez), Janot pediu vistas. Indefinidamente.

O ministro Luiz Fux é o quarto membro do STF a dizer em público que é a favor de mexer no foro privilegiado. Ele sinalizou para uma nova interpretação da Corte, segundo a qual o foro seria concedido apenas nos casos de crimes cometidos durante os mandatos das autoridades. Fux afirmou, ainda, que já há maioria no Supremo para esta definição. (Estadão)

O PSB decidiu que votará contra as reformas trabalhista e previdenciária, na Câmara. O partido é considerado integrante da base aliada e tem um ministro, Fernando Coelho Filho, que ocupa a pasta de Minas e Energia. (Estadão)

O presidente Michel Temer deve sancionar, nos próximos dias, a lei que estabelece (enfim) a identidade única no Brasil. Todos os documentos — RG, título eleitoral, carteira de habilitação — serão substituídos por um único, e o número que vale é o do CPF. A Justiça Eleitoral, assim como os institutos de identificação estaduais, serão os responsáveis pela emissão, e a primeira impressão será gratuita. (Folha)

Um número cada vez maior de especialistas acredita que a Coreia do Norte chegou à capacidade de produzir uma bomba nuclear a cada seis ou sete semanas. A conclusão não é verificável pois o país é fechado. Mas é ela que motiva, de acordo com o New York Times, a mudança de atitude americana com o país.

Na semana passada, em meio à festa pelo aniversário de Kim Il-sung, o fundador do país, os norte-coreanos celebraram com um vídeo imaginando um ataque nuclear a São Francisco, na Califórnia.

Três suspeitos de terem participado do maior roubo da história do Paraguai foram mortos na região de fronteira com o Brasil. Foram aproximadamente 50 homens que assaltaram a sede da transportadora de valores Prosegur, em Ciudad del Este, levando US$ 40 milhões.

Cultura

“Ella Fitzgerald é o verdadeiro Frank Sinatra.” Foi como Fernando Sabino descreveu a primeira-dama da canção — e é também como o jornalista egrégio João Máximo inicia seu texto, no Globo, sobre vida e obra de Ella, que chegaria ao centenário hoje. Ella cantou sem parar por 57 anos. "Tímida, modesta, de vida quase reclusa, Ella Fitzgerald tinha, segundo os que a conheceram, uma alma musical. Vivia cantando. Disse dela o pianista Jimmy Rowles: ‘Tudo nela era música. Quando andava pelas ruas, sempre cantarolando, deixava por onde passava um rastro de notas musicais’.”

Ouça Ella Fitzgerald, no Spotify ou no Youtube.

Elton John cancelou oito shows que faria nos Estados Unidos, entre abril e maio. Aos 70 anos, contraiu uma infecção “nociva e incomum” durante sua passagem pela América do Sul. Ele, que também tocou no Brasil, deixou o Chile, onde fez show no dia 10, já passando mal. Em nota, sua equipe afirmou que infecções desse tipo são “potencialmente mortais”. O cantor, no entanto, já teve alta e anunciou que, em junho, vai retomar a turnê.

Zeca Pagodinho está triste. Muito triste. Poderia ser notícia falsa, não fosse ele próprio a declarar a tristeza ao Globo. Tido como baluarte da alegria geralmente atribuída ao povo carioca, Zeca nem sequer festejou, como de costume, o Dia de São Jorge, santo do qual é devoto. Guardou-se em casa, solitário, tomado pela melancolia dos que vêem os velhos amigos caírem doentes — Arlindo Cruz, Luiz Melodia e Almir Guineto, por exemplo. O caos instaurado no Rio e a crise política do país, ele completa, só fazem agravar a tristeza. Há, porém, indício de que voltará aos braços da alegria - ao fim da entrevista, Zeca diz miudinho, feito confissão: "Não vou deixar a peteca cair”.

Em carta aberta, músicos, artistas e intelectuais pedem que o Radiohead cancele seu show em Israel, marcado para 19 de julho. O movimento é liderado pela organização Artists For Palestine UK, que pede à banda britânica para rever a decisão, tendo em vista que Israel “impõe um apartheid” ao povo da Palestina. Até o prêmio Nobel da Paz sul-africano Desmond Tutu assinou o documento. Leia a íntegra da carta, em inglês.

Em tempos de streaming, Steven Spielberg tomou as dores das salas de cinema. Ao inaugurar uma delas, na semana passada, defendeu a experiência de estar diante da telona e “adentrar em outros mundos, mesmo que seja por algumas horas”.

A propósito, o novo filme de Spielberg, The Post, já tem data de estreia: 22 de dezembro. Com Tom Hanks e Meryl Streep, o longa explora a relação da imprensa americana com o escândalo dos Pentagon Papers, em 1971, quando vazaram dados sobre ações militares dos EUA na Guerra do Vietnã.

A data, aliás, foi anunciada pela Fox num pacote de mudanças do calendário de lançamentos de 2017. Sobrou para muitos filmes. The Spot, Avatar, X-Men, Deadpool 2, Assassinato no Expresso do Oriente, entre outros, tiveram estreias alteradas, ou antecipadas, ou atrasadas.

O Facebook censurou a capa do novo disco da atriz e cantora Simone Mazzer. Nela, a protagonista é uma mulher nua — lépida e fagueira, os braços para cima, o corpo em movimento, como num passo de dança. Um usuário denunciou a capa, dizendo-se “incomodado”. "Em 2017? Por quê?”, questionou a artista. (Globo)

Viver

Conheça o Pure Flix, algo como um Netflix religioso. A princípio, a empresa criada em 2005 produzia e distribuía produtos de entretenimento baseados na fé cristã. Em 2015, seguindo a tendência do mercado, criou seu próprio serviço de streaming. O catálogo tem 7.500 títulos, entre filmes e séries, cujos roteiros, por exemplo, tratam da Bíblia, de pessoas “visitadas” por Jesus ou apenas apresentam sermões. A empresa diz que já são 250 mil assinantes.

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Vem a público mais um caso de assédio na Fox News: Alisyn Camerota, atualmente âncora da CNN, afirmou que o ex-CEO da emissora, Roger Ailes, sugeriu que os dois fossem para um hotel a fim de “se conhecerem melhor” — e, claro, caso ela quisesse ser bem-sucedida no canal. Segundo ela, há uma cultura de assédio na empresa. Alisyn se soma a outras ex-funcionárias que fizeram denúncias semelhantes. Na semana passada, o apresentador Bill O’Reilly, após cinco acusações de assédio, foi demitido da emissora.

Verdade seja dita: assédio no trabalho é algo recorrente. O Estadão apresenta uma pesquisa feita com quase 5 mil pessoas, e 52% delas dizem já ter sofrido assédio moral ou sexual no trabalho. Expor o ocorrido, no entanto, ainda é um tabu: segundo o estudo, 87% das vítimas de assédio no local de trabalho não denunciaram o caso.

Galeria: os vencedores deste ano do prêmio Sony World Photography, que, segundo o Guardian, é a maior competição de foto do mundo.

“Nós ganhamos maior margem de liberdade na vida afetiva, na sexualidade, na aceitação da diversidade. Mas em outras coisas o mundo foi nos conduzindo a um desenraizamento muito grande. Em relação ao trabalho, por exemplo, as pessoas não sabem se vão continuar amanhã no mesmo emprego. As mudanças são rápidas, há muitas incertezas. As pessoas estão se sentindo substituíveis, pouco relevantes, seja na vida afetiva ou na inserção no mundo do trabalho. Existe dificuldade de uma continuidade dos vínculos. E isso vai produzindo uma forma de ilusão. Há uma condição de desamparo.” De Bernardo Tanis, novo presidente da Sociedade Brasileira de Psicanálise em São Paulo, entrevistado por Sonia Racy para o Estadão.

A astronauta americana Peggy Whitson chegou, ontem, a um total de 534 dias no espaço, divididos em três missões distintas para a Estação Espacial Internacional. É o novo recorde americano e o feminino. Ela é batida por dois russos, que já ultrapassaram a marca dos 800 dias.

Cotidiano Digital

A Guarda Civil de São Paulo vai usar drones para fazer “policiamento preventivo”, a partir de maio. A proposta é adotar os aparelhos para monitorar eventos com aglomeração de pessoas e também para identificar criminosos. A prefeitura da cidade, contudo, tem poucos drones — apenas cinco, doados por fabricantes chinesas.

Chris Dancy tem 11 dispositivos espalhados pelo corpo. Seus movimentos, batimentos, pressão, volume da voz, entre outros dados, tudo é digitalizado. Sua casa, no Tennessee, também - tem centenas de aparatos conectados à internet, das lâmpadas ao carro. Vive assim há dez anos. A Bloomberg já o definiu como “o homem mais conectado do mundo”. Em entrevista à BBC, ele se autoproclama um “ciborgue consciente”. Agora, escreve um livro sobre a experiência de fazer do corpo um laboratório de tecnologia. O título da obra? Eu Sou Você Amanhã.

O dia em que o Instagram falhou — por alguns minutos. Ficou fora do ar ontem, brevemente, mas logo virou o assunto mais comentado do Twitter, com 50 mil postagens. Também virou meme, como não poderia deixar de ser. A Folha reuniu alguns deles.

O LinkedIn anunciou ontem que chegou a 500 milhões de usuários. A rede social de contatos profissionais quis mostrar que cresceu, desde que foi comprada pela Microsoft, em junho de 2016. Antes da aquisição pela gigante da tecnologia, a rede contabilizava 433 milhões de usuários.

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