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A Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer, anunciou nesta terça-feira a assinatura de um contrato de financiamento de R$ 500 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para construir a primeira fábrica de aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical no Brasil, em Taubaté, interior de São Paulo. O financiamento faz parte do programa BNDES Mais Inovação, que busca incentivar projetos de inovação tecnológica e a descarbonização na aviação. A unidade de produção, que será alimentada por energia renovável, terá capacidade para produzir até 480 aeronaves por ano, mas com uma expansão já planejada. (InfoMoney)

Pet cafés são um grande negócio na China, país que terá mais animais de estimação do que crianças pequenas até o fim deste ano, segundo o Goldman Sachs. Clientes podem interagir com os animais que circulam pagando uma taxa de entrada, que varia de 30 a 60 yuans (R$ 22 a R$ 48) por pessoa, ou pedindo uma xícara de café. Pets que passavam o dia sozinhos em casa, enquanto seus tutores trabalhavam, agora têm sido “contratados” e até ganham salários (em gorjetas, rações ou descontos para seus donos). Eles passam meio período ou período integral nos espaços e, no fim do dia, voltam para suas casas. Nos últimos meses, proprietários de cafés têm postado anúncios de recrutamento canino e felino no Xiaohongshu, a rede social chinesa equivalente ao Instagram. (CNN)

O apagão que atingiu parte significativa da cidade de São Paulo já causou prejuízos econômicos de cerca de R$ 1,65 bilhão, segundo levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). As maiores perdas estão concentradas nos setores de varejo e serviços, que deixaram de faturar devido à falta de eletricidade. No varejo, o impacto financeiro já ultrapassa R$ 536 milhões, enquanto os serviços acumulam perdas de R$ 1,1 bilhão. A federação também criticou a concessionária Enel pela ausência de respostas concretas sobre o prazo para o restabelecimento completo do fornecimento de energia. Além dos prejuízos diretos, muitos estabelecimentos precisaram arcar com custos extras, como aluguel de geradores e compra de combustível para continuar operando. O apagão iniciou com um forte temporal na última sexta-feira, causando quedas de árvores e interrupções no fornecimento de energia em várias regiões e ainda 250 mil imóveis estão sem luz na Grande São Paulo. (g1)

A recente crise de energia em São Paulo expôs uma situação delicada no funcionamento das agências reguladoras do país, com várias diretorias vagas e disputas políticas atrasando nomeações. De acordo com um levantamento feito pelo Valor Econômico, nove cadeiras de diretores estão abertas, e outras oito ficarão desocupadas até o fim do ano, impactando diretamente a fiscalização de serviços públicos essenciais. No centro dessa situação, está uma disputa entre aliados dos senadores Davi Alcolumbre e Rodrigo Pacheco pela ocupação dessas vagas. Com o apagão recente em São Paulo, o governo nomeou Gentil Nogueira Júnior para uma vaga na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), fundamental para resolver os problemas operacionais expostos pela falha elétrica na capital paulista. Outras agências, como Anvisa, Anatel e ANP, também enfrentam a mesma situação, com diretores interinos em seus postos, o que não inviabiliza as operações, mas enfraquece a capacidade de decisão estratégica dos órgãos. (Valor Econômico)

O governo federal está se preparando para implementar um pacote de cortes de despesas para garantir o cumprimento das metas fiscais de 2025 sem precisar de novas medidas de arrecadação. Entre as soluções discutidas pelo presidente Lula e a equipe econômica, informa Míriam Leitão, está a eliminação de supersalários que desrespeitam o teto constitucional. A estimativa é que essa medida gere economia de R$ 4 bilhões por ano. Além disso, o pacote inclui a revisão de programas sociais e de políticas relacionadas ao seguro-desemprego. O Ministério da Fazenda também estuda mudanças nos gastos militares. O objetivo do ministério é reduzir as despesas em 0,5% do PIB e, com isso, fortalecer a percepção do mercado em relação à sustentabilidade do arcabouço fiscal.

A sucessão no comando do Partido dos Trabalhadores (PT) pode ser influenciada pelo resultado das eleições municipais. Nos bastidores da legenda, acredita-se que ganha força a ala que defende um nome do Nordeste para substituir Gleisi Hoffmann. O pleito evidenciou, mais uma vez, a força da região para o desempenho nacional do partido – dos oito estados nos quais o PT avançou em número de eleitos frente a 2020, seis estão no Nordeste. As urnas reforçaram a influência de ministros nordestinos como cabos eleitorais. Saíram fortalecidos das eleições Camilo Santana (Educação), Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e Rui Costa (Casa Civil), vindos de estados (Ceará, Piauí e Bahia) que encabeçaram a lista de novas prefeituras conquistadas pelo PT. Um dos nomes ventilados para suceder Gleisi é o do líder do partido na Câmara, José Guimarães (CE). A decisão depende do presidente Lula, que já indicou uma possível antecipação da escolha, inicialmente prevista para abril ou maio do ano que vem. Seu preferido é o prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva. (Globo)

Nicolás Maduro e seu governo cometeram crimes contra a humanidade na Venezuela antes, durante e após a controversa eleição de julho. Foi o que concluiu uma missão das Nações Unidas que investigou violações de direitos humanos no país. Em um relatório de 180 páginas divulgado nesta terça-feira, a equipe internacional apontou que a repressão à oposição envolveu assassinatos, tortura, prisões arbitrárias e violência sexual. Segundo o relatório, houve planejamento da ofensiva do governo Maduro a partir de uma estreita cooperação entre militares e diversas instituições do Estado. Dissidentes foram obrigados a deixar o país, enquanto outros se refugiaram em embaixadas estrangeiras em Caracas. (UOL)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista à jornalista Mônica Bergamo que tem aproveitado o ritmo mais lento do Congresso, devido às eleições municipais, para intensificar o diálogo com o presidente Lula sobre os desafios fiscais do país. Segundo Haddad, um dos temas centrais das conversas é o impacto dos gastos públicos na crescente dívida do Brasil. Ele ressaltou que, embora o governo já tenha tomado medidas para conter o crescimento das despesas no curto prazo, é necessário enfrentar o problema estrutural dos gastos que comprometem a sustentabilidade das contas públicas a longo prazo. Apesar dos desafios, o ministro afirmou que Lula está atento à situação, comparou a discussão sobre gastos com uma “batata quente” nas mãos do governo, mas disse acreditar ser possível encontrar uma solução sem comprometer o crescimento econômico ou aumentar os níveis de pobreza, como ocorreu na Argentina. (Folha)

Áreas de vegetação estão aumentando em velocidade crescente na península Antártida, uma das regiões do continente gelado. Dados de satélite que mostram o avanço verde sobre o solo foram apresentados em artigo na revista científica Nature Geoscience. As informações de sensoriamento remoto indicam que as áreas cobertas por vegetação passaram de 0,86 km2 em 1986 para 12 km2 nesta década. Os números indicam que o ritmo desse avanço está acelerando, chegando a quase meio quilômetro por ano. Segundo a equipe liderada por Thomas Roland, da Universidade de Exeter (Reino Unido), o processo se relaciona ao aquecimento global por estar ligado à perda de massa de 90% das geleiras. Outro fenômeno que tem a mesma causa é o aumento das áreas com solo livre de gelo, que podem triplicar até o fim do século. (Folha)

Um estudo realizado pelo MIT e publicado na revista Nature (íntegra do estudo) trouxe uma nova perspectiva sobre o impacto econômico das estações de recarga de veículos elétricos nos Estados Unidos. Segundo a pesquisa, lojas, restaurantes e hotéis localizados próximos a essas estações tiveram um aumento de até 3% nas vendas anuais. Embora esse valor seja pequeno, a soma de todos os negócios em torno das estações gera uma receita significativa. Há um potencial de crescimento ainda maior, isso porque, nos EUA, apenas 1,2% dos carros em circulação são elétricos, e muitos motoristas ainda preferem carregar seus veículos em casa. (Washington Post)