Redação

Orçamento será enviado ao Congresso com aumento de tributos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira que o governo vai encaminhar ao Congresso junto à proposta de Orçamento de 2025 um projeto de lei prevendo aumento das alíquotas da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) – cobrado sobre o lucro das empresas – e da tributação dos Juros Sobre Capital Próprio (JCP) – tipo de remuneração das companhias a seus acionistas. As medidas servirão como uma espécie de garantia se as propostas aprovadas pelo Senado não forem suficientes para compensar a perda de receita com a desoneração da folha de pagamentos. A proposta de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025 tem de ser enviada pelo governo ao Congresso até o próximo dia 31. “Vamos encaminhar só as medidas que eventualmente tenham que ser aprovadas até fim do ano caso a estimativa do Senado não se concretize”, enfatizou. “Do ponto de vista da compensação, nosso entendimento, que pode ser desmentido pelos fatos, é de que o que foi aprovado no Senado resolve 2024, mas nós vamos esperar que os cálculos mais otimistas do Senado sejam realizados. Se isso acontecer, tanto melhor para nós.” (Estadão)

Dólar salta quase 2%, maior alta diária desde abril de 2023

A preocupação com a forma os bancos centrais americano e brasileiro vão lidar com os juros levou o Ibovespa a interromper uma série de três recordes seguidos e levou o dólar à maior alta diária desde 19 de abril de 2023. O Ibovespa recuou 0,95%, encerrando o dia aos 135.173 pontos. O dólar comercial disparou 1,98%, a R$ 5,589. Em Nova York, Dow Jones caiu 0,43%, S&P 500 desvalorizou 0,83% e Nasdaq perdeu 1,63%. O mercado aguarda o discurso desta sexta-feira do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, à espera de pistas mais concretas sobre o aguardado corte de juros nos Estados Unidos em setembro. E soou mal a fala do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, de que a autarquia vai elevar a Selic, se preciso, pois uma nova alta já estava sendo dada como certa. (Valor Investe)

Demanda por crédito se mantém positiva no 2º trimestre, diz BC

As instituições financeiras mantiveram uma visão positiva sobre a demanda por crédito em todos os segmentos no segundo trimestre de 2024, segundo a Pesquisa Trimestral de Condições de Crédito (PTC) divulgada pelo Banco Central nesta quinta-feira. A pesquisa, realizada entre 17 e 26 de julho, apontou uma melhoria nas expectativas de crédito habitacional, com uma flexibilização das condições de oferta de crédito em comparação ao trimestre anterior.

PEC que permite suspender decisões do STF não deve avançar na Câmara

A PEC 28 de 2024, que permite ao Congresso anular decisões do Supremo Tribunal Federal que os parlamentares considerem ultrapassar a competência da Corte, não deve avançar na Câmara dos Deputados. Após o acordo entre os três Poderes sobre a manutenção das emendas impositivas, que reduziu a tensão entre Legislativ e Judiciário, a sinalização na Casa é de recuar parcialmente na retaliação ao STF. Já a PEC 8 de 2021, que veio do Senado e limita as decisões monocráticas dos ministros do Supremo, deve avançar e ser pautada neste ano. Apesar da intenção do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e de seus aliados de engavetar a PEC 28 de 2024, o texto deve ser pautado na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ). A presidente da CCJ, Carol de Toni (PL-SC), quer dar celeridade às duas propostas e, na quarta-feira, escolheu o líder da oposição na Câmara, Filipe Barros (PL-PR), para ser o relator da PEC das decisões monocráticas. Ela já definiu o nome para relatar a outra PEC, mas ainda não divulgou. (Poder360)

Justiça quer criar sistema que bloqueie criptomoedas no Brasil

O Judiciário brasileiro está desenvolvendo um sistema chamado CriptoJud, destinado a bloquear ativos digitais de brasileiros em corretoras de criptomoedas. O anúncio foi feito por Frederico Montedonio Rego, juiz auxiliar da presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), durante o 1º Congresso Nacional da Dívida Ativa. A ideia é que o CriptoJud seja semelhante ao SisbaJud, sistema que já permite bloqueios financeiros em contas e carteiras digitais no país.

Projeto prevê uso de dinheiro esquecido nos bancos para fechar Orçamento

Um projeto já aprovado no Senado autoriza o repasse ao Tesouro Nacional dos recursos esquecidos por clientes em instituições financeiras para ajudar a zerar o déficit orçamentário deste ano. Poderiam ser utilizados os valores não reclamados pelos titulares de contas bancárias, que, em junho, somavam R$ 8,51 bilhões de cerca de 40 milhões de pessoas. Pelo projeto, o dinheiro esquecido poderia ser resgatado até o próximo dia 31. Depois disso, os saldos passarão para a União, e os titulares terão até 30 dias para contestar o recolhimento dos recursos. O montante não reclamado seria usado para compensar perdas de arrecadação com a desoneração da folha de pagamento, conforme o projeto do pelo senador Jaques Wagner (PT-BA). A matéria ainda vai passar pela Câmara dos Deputados. Sua aprovação precisa ocorrer até 11 de setembro – prazo dado pelo Supremo Tribunal Federal para resolver o custeio da desoneração da folha. A consulta a valores esquecidos está disponível aqui. (g1)

Uber terá robotáxis da Cruise em 2025

A Cruise, subsidiária de veículos autônomos da General Motors, anunciou uma parceria de vários anos com a Uber para incorporar seus robotaxis à plataforma de transporte a partir de 2025. A colaboração marca um passo importante para a reintrodução dos serviços autônomos da Cruise, suspensos após um incidente em outubro passado, quando um de seus veículos atingiu um pedestre.

Filas virtuais para autógrafos da Bienal do Livro são criticadas por falhas

A 27ª Bienal do Livro de São Paulo acontece do dia 6 a 15 de setembro no pavilhão de exposições do Anhembi, mas já está com filas exaustivas, ainda que virtuais. Isso porque a distribuição de senhas online para sessões de autógrafos, implementada pela organização para evitar filas presenciais, tem provocado críticas. A primeira tentativa, em 9 de agosto, foi marcada por falhas técnicas no site oficial, resultando em uma suspensão temporária da retirada de senhas.

Marçal avança sete pontos e empata com Boulos e Nunes, segundo Datafolha

Nova pesquisa do Datafolha, divulgada nesta quinta-feira, mostra que, na disputa pela Prefeitura de São Paulo, o influenciador Pablo Marçal (PRTB) cresceu sete pontos em duas semanas, chegando a 21% e empatando com o deputado Guilherme Boulos (PSOL), que passou de 22% para 23%, enquanto o prefeito Ricardo Nunes (MDB), caiu de 23% para 19%. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para cima ou para baixo. Por isso, os três estão tecnicamente empatados. Já o apresentador José Luiz Datena (PSDB) recuou de 14% para 10%. A deputada Tabata Amaral (PSB) oscilou de 7% para 8%, e a empresária Marina Helena (Novo) se manteve em 4%. Disseram votar em branco e nulo 8%, eram 11% antes, e não souberam responder 4%, frente a 3% no levantamento anterior. (Folha)

Para fechar as contas de 2025, governo prepara mudanças no IR

De olho nas contas de 2025, o governo prepara mudanças no Imposto de Renda. Algumas medidas a serem propostas ao Congresso são pontuais e devem ajudar a sustentar o aumento de arrecadação no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA). Além disso, a regulamentação do imposto mínimo global, que garante a cobrança de uma alíquota de 15% sobre o lucro das multinacionais e já está em vigor na União Europeia e outras grandes economias, também está em fase avançada, mas o envio da proposta pode ficar mais para o fim do ano. O objetivo é operacionalizar essa cobrança logo para não perder arrecadação. Se o Brasil não cobrar um mínimo de uma multinacional, como a Samsung, por exemplo, a Coreia do Sul fará a cobrança e ficará com a diferença. O Ministério da Fazenda também estuda uma taxação dos super-ricos. O governo Lula já deveria ter enviado ao Congresso a proposta de reforma da renda, pois a emenda constitucional da reforma tributária dos impostos sobre o consumo, aprovada no ano passado, deu 90 dias para o envio do projeto, mas não previu penalidades pelo descumprimento. (Folha)