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Em propaganda que começou a ser veiculada na última sexta-feira, o governo Lula tenta se aproximar do eleitorado bolsonarista ao mostrar que os benefícios sociais, como o Farmácia Popular, são para todos. No anúncio, uma atriz destaca que a bombinha de asma pode ser adquirida gratuitamente para uma criança com a doença. A segunda atriz, que sob seu agasalho usa uma camisa verde e amarela e atua como mãe da criança, ao ouvir isso, pergunta se também tem direito, expressando surpresa, pois inicialmente pensava que o benefício não era destinado a ela. Então, ajusta o agasalho para ocultar a camisa amarela que se assemelha à da Seleção Brasileira, peça associada nos últimos anos aos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O vídeo da campanha O Brasil É Um Só Povo, do governo federal, destaca o programa Farmácia Popular, que disponibiliza gratuitamente ou com desconto diversos medicamentos utilizados na atenção primária à saúde. Segundo a Secretaria de Comunicação Social (Secom), o filme busca informar a população sobre os benefícios do programa e apresenta mensagens de união: “Querer o melhor para nossos filhos. Isso é o que nos une”. Ainda de acordo com a Secom, a campanha destaca uma mensagem de união em propagandas que mostram reconciliação de famílias brigadas, por exemplo. (Estadão)

Peter Doelger vendeu sua empresa para um conglomerado, investiu os lucros em ações e petróleo e entregou seu patrimônio aos cuidados do JPMorgan. Aos 78 anos, ele afirmava ter ao menos US$ 50 milhões. Mas, segundo sua esposa Yoon, ele já mostrava sinais de demência. Nos cinco anos seguintes, sua riqueza foi praticamente dizimada, chegando a R$ 1,5 milhão, em meio a uma dependência cada vez maior do JPMorgan para administrar sua carteira de investimentos. O banco diz que a alegação do casal não tem mérito e que alertou o cliente sobre a concentração em ativos de alto risco, além de ter atuado com autorização. O caso, que está na Justiça, testa até que ponto uma instituição financeira pode ser responsabilizada se um cliente rico tem perda cognitiva e seus investimentos afundam. (Bloomberg Línea)

Neste fim de ano, pela primeira vez, as compras pelo celular devem superar as que são feitas por desktop nos Estados Unidos. Exatamente neste ano, o TikTok estreou sua loja online no território americano. E com sucesso. A plataforma chinesa ainda não é uma ameaça para a Amazon, mas conseguiu feitos impressionantes na Cyber Monday, a segunda-feira de compras on-line pós-Black Friday. A estratégia é ousada, mas tem dado certo. Em alguns casos, a chinesa paga o frete e cobre descontos de 30% oferecidos pelo vendedor. Mas faz uma exigência: a publicação de conteúdo sobre o produto vendido no TikTok. Com isso, tem conseguido crescer. (Bloomberg Línea)

Berna, Bastião, Elis. Esses são nomes de ferramentas de inteligência artificial de tribunais brasileiros. Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 53 tribunais já contam com esse tipo de tecnologia. A ferramenta é utilizada para diferentes propósitos, como automatização de processos burocráticos, aumento da eficiência e celeridade no processamento de documentos, e redução do tempo de tramitação dos processos judiciais. No âmbito do Judiciário brasileiro, existem 148 projetos de IA abrangendo as Justiças estaduais (64), eleitorais (21), do trabalho (17), federal (14) e tribunais superiores (32). Frente a esse crescimento, em 30 de novembro, o CNJ instituiu um grupo de trabalho para avaliar a aplicação e impacto da IA nos tribunais brasileiros. (Estadão)

O governo federal publicou no último dia 8 o novo Programa de Metas para Refrigeradores e Congeladores de uso doméstico, com índices de eficiência energética para as geladeiras. Além de oferecer aos consumidores acesso a refrigeradores melhores e que consomem menos energia, o Ministério de Minas e Energia alega que a iniciativa vai atrair investimentos para o setor industrial, que passará a produzir no Brasil equipamentos já fabricados em outros países. A Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), no entanto, prevê um “aumento abrupto” nos preços, pois a comercialização será predominantemente de produtos considerados de alto padrão, com o valor médio de uma geladeira passando a variar entre R$ 5.280 e R$ 7.920. Hoje, uma geladeira frost-free básica é encontrada na faixa de R$ 1.800 em lojas de varejo on-line. A ideia é que, a partir de 2028, os produtos que estejam disponíveis nas lojas sejam, em média, 17% mais eficientes que os de hoje, eliminando cerca de 5,7 milhões de toneladas de gás carbônico até 2030. De acordo com a Eletros, os novos índices de eficiência eliminarão cerca de 83% dos refrigeradores atualmente vendidos no Brasil. Por isso, a entidade vai buscar o governo federal para ressaltar os prejuízos e os impactos negativos das novas regras, esperando que a medida seja revisada. (Metrópoles)

Em seu primeiro discurso de campanha à reeleição, que ocorre em março, o presidente Vladimir Putin prometeu fazer da Rússia uma “potência soberana”. “A Rússia será uma potência soberana e autossuficiente ou deixará de existir”, afirmou neste domingo aos líderes do partido Rússia Unida. Também neste domingo Putin alertou em entrevista que haverá “problemas” com a Finlândia devido à adesão do país vizinho à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no início deste ano. A entrada da Finlândia na Otan acrescentou cerca de 1.300 quilômetros à fronteira da aliança militar do Ocidente com a Rússia. “Eles (o Ocidente) pegaram a Finlândia e arrastaram-na para a Otan. Por quê? Tivemos alguma disputa com a Finlândia? Todas as disputas, incluindo as de natureza territorial em meados do século XX, foram todas resolvidas há muito tempo”, disse. “Não houve problemas, mas agora haverá, porque agora criaremos lá o distrito militar de Leningrado e definitivamente concentraremos unidades militares lá.” (Globo e CNN)

Lançado no começo de 1994, há quase 30 anos, o Plano Real segue como uma memória positiva para os brasileiros e é considerado a política pública mais importante, depois do Bolsa Família, conta Míriam Leitão. Pesquisa feita neste mês pelo Ipespe para a Febraban mostra que 77% avaliam a reforma monetária como ótima ou boa. Quando perguntados sobre qual é a moeda da estabilidade brasileira, 70% citam o real. Mas a população segue vigilante: 66% estão preocupados com a inflação e 79% consideram que seu combate deve ser prioridade do governo. A memória está mais viva entre os mais velhos, mas na faixa dos 18 a 24 anos, 55% reconhecem o real como sendo a moeda que marcou a estabilidade brasileira. Na pergunta estimulada, o que o estudo chamou de soft recall, a resposta “já tinha ouvido falar” do Plano Real é de 80%, atingindo 94% e 93% entre os mais escolarizados e de maior renda, respectivamente. Apenas 15% nunca tinham ouvido falar e 5% não responderam. (Globo)

Nada de apenas QR Code. Desde a última quinta-feira, restaurantes, bares, lanchonetes e casas noturnas do Rio de Janeiro estão obrigados a oferecer cardápios físicos a seus clientes. É que garante a lei 8.224, promulgada pela prefeitura. A lei determina que os estabelecimentos deverão “manter à disposição de seus consumidores a relação de preços dos produtos que vendem em cardápio no formato impresso”. O cardápio digital — que chegou com a pandemia de covid-19 e acabou ficando — continua podendo ser oferecido, mas não pode mais ser a única opção. O descumprimento da lei pode gerar multa de até R$ 2 mil em caso de reincidência. (g1)

Enquanto 94% dos brasileiros sentiram que a cidade onde vivem passou por alguma situação climática extrema nas últimas semanas, 40% acreditam que o bairro em que moram não está preparado para esses eventos. É o que indica pesquisa Datafolha divulgada neste domingo. Para 19% dos entrevistados, o bairro onde habitam está muito preparado para situações de calor extremo, tempestade, enchente ou seca extrema. Para 37%, a região onde vivem está um pouco preparada para essas ocorrências. Mais da metade da população (53%) vive em local com poucas áreas verdes, e quase um terço (29%) habita uma casa feita com materiais que esquentam mais os cômodos. Além disso, em 26% dos lares brasileiros falta circulação de ar apropriada. A pesquisa foi realizada com 2.004 pessoas a partir de 16 anos, entrevistadas presencialmente em 135 municípios do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais. (Folha)

Em aceno pragmático ao libertário Javier Milei, o governo brasileiro apoiou o empréstimo de US$ 960 milhões (R$ 4,74 bilhões) do Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) para a Argentina. O empréstimo-ponte foi aprovado pela diretoria do CAF na sexta-feira por unanimidade. O empréstimo será usado pelos argentinos para pagar parte da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e evitar que o país entre em situação de inadimplência, já que US$ 912 milhões precisam ser quitados até quinta-feira. Fontes a par das discussões afirmam que a saúde econômica da Argentina é imprescindível para o Brasil por causa das relações comerciais entre os dois países. Além da preocupação com a economia argentina, o gesto também é visto como uma tentativa de o Brasil demonstrar pragmatismo nas relações com o novo presidente, que tomou posse no último dia 10. (Valor)