Redação

Opinião: Ramagem agia a mando e para atender aos interesses do chefe Bolsonaro

Eliane Cantanhêde: “Conclusão óbvia diante das operações de busca e apreensão da PF que sacudiram a semana em Brasília: na direção da Abin, Ramagem não usava por decisão própria e para consumo próprio os instrumentos espiões e ilegais da agência contra ministros do Supremo, presidente da Câmara e até promotora do caso Marielle, mas sim a mando do chefe Bolsonaro e para atender aos interesses ‘particulares’ dele: contra os que considerava ameaças a seus devaneios golpistas e a favor, por exemplo, dos filhos. Poderia ser ainda pior. Bolsonaro chegou a nomear Ramagem para a direção geral da PF e, se a Abin é órgão de inteligência, a PF é também operacional, de execução, com mão na massa – e no revólver”. (Estadão)

Ramagem não fez checklist de equipamentos nem firmou termo de confidencialidade

Ao deixar a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o funcionário tem de passar por um checklist patrimonial, obtendo uma declaração formal de todos os setores de devolução de equipamentos. Também é feita uma entrevista em que o servidor se compromete a manter a confidencialidade dos atos relacionados à sua atividade na agência. Segundo resultado parcial de investigação interna do órgão, o ex-diretor geral Alexandre Ramagem, com quem foram encontrados um celular, um computador e pendrives na quinta-feira, durante operação da Polícia Federal sobre espionagem ilegal, não fez o checklist patrimonial de saída e faltou à entrevista em que seria firmado o termo de confidencialidade sobre sua atividade no cargo. Após a operação, ele alegou que os equipamentos da Abin encontrados sob sua posse são antigos e estavam sem uso. Procurada pela Folha, a assessoria de Ramagem não retornou. (Folha)

Petrobras bate recorde e supera R$ 536 bilhões em valor de mercado

Empresa com maior valor de mercado do Ibovespa, a Petrobras alcançou valor recorde de R$ 527,9 bilhões na quinta-feira. A marca foi renovada na sexta-feira, quando a capitalização da estatal atingiu R$ 536,1 bilhões. O presidente da estatal, Jean Paul Prates, comemorou: “A Petrobras voltou e é só o começo”. Impulsionada por um cenário favorável, a ação preferencial da Petrobras subiu 95,1% em 12 meses encerrados na última sexta, segundo o Valor Data. A valorização da petroleira é explicada pela expectativa de forte geração de caixa, com reduções de custos de extração no pré-sal e previsão de aumento da produção. (Valor e UOL)

Airbnb cobrará taxa extra para pagamento em moeda diferente de anúncio

O Airbnb, a partir de 1º de abril, aplicará uma taxa adicional de até 2% para hóspedes que realizarem pagamentos em moedas diferentes daquela em que o imóvel está listado. A medida visa impulsionar as receitas enquanto a plataforma busca novos mercados internacionais. Com essa mudança, a taxa de serviço custeada por hóspedes pode atingir até 16,5% do subtotal, excluindo impostos. Anfitriões também têm a opção de adicionar uma taxa de limpeza, gerando críticas de alguns hóspedes. Analistas preveem que essa alteração pode resultar em um lucro adicional de US$ 200 milhões a US$ 500 milhões até 2025. (Bloomberg Línea)

Conselheiro do TCE-RJ, Brazão receberá 360 dias de férias por período de afastamento

O Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) concedeu aos conselheiros Domingos Brazão e José Maurício Nolasco 360 dias de férias, referentes aos anos de 2017 a 2022, quando ambos estavam afastados por suspeita de fraude e corrupção, conta Vera Araújo. Durante o tempo em que ficaram afastados, eles receberam seus salários, mas não tiraram o período de férias. Em sessão do Conselho Superior de Administração do TCE-RJ, do último dia 24, foi determinado que Brazão e Nolasco têm direito às férias passadas, podendo convertê-las em dinheiro. “Se tenho direito, eu quero. Faço questão. Não abro mão dos meus direitos, mesmo que eu não precise desse dinheiro. Quero o que a lei manda, nada mais do que isso”, disse Brazão, que também é citado na delação premiada do ex-PM Élcio de Queiroz sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. (Globo)

‘Erros do passado foram reconhecidos e consertados’, diz Nelson Barbosa

Diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa, que foi ministro do Planejamento e da Fazenda no segundo mandato de Dilma Rousseff, discorda da análise de uma volta ao passado, rumo aos subsídios, com nova política industrial, que terá R$ 250 bilhões financiados pelo banco. “Tem país colocando dinheiro a custo zero para levantar novas fábricas. A gente está fazendo o que é possível dentro das metas fiscais, em compatibilidade com o Ministério da Fazenda. São R$ 40 bilhões, em quatro anos (com subsídio)”, diz em entrevista à Folha. O economista esclarece que a maior parte do dinheiro será oferecido com taxa de mercado. “O que tem taxa direcionada é bem específico, Fundo Clima e inovação”, afirma. “Quem diz que o plano não tem meta e prazo é quem não leu e não gostou. Tem meta, valor, prazo e as condições. Sobre a questão de ser política velha, precisamos ir para uma discussão mais ampla”, diz Barbosa, refutando as críticas sobre uma retomada política de campeões nacionais e projetos sem metas. “Erros do passado já foram reconhecidos e consertados dentro do próprio governo do PT. Agora, para algumas pessoas, não há autocrítica suficiente. Isso é mais um problema psicológico de quem cobra a autocrítica do que da proposta do governo em si.” (Folha)

Bernard Arnault supera Musk e volta a ser o mais rico do mundo, segundo a Forbes

Presidente da empresa de artigos de luxo LVMH, dona de marcas como Louis Vuitton e Sephora, o francês Bernard Arnault voltou a ocupar o posto de pessoa mais rica do mundo, ultrapassando Elon Musk. Na sexta-feira, seu patrimônio líquido atingiu US$ 207,8 bilhões, crescendo US$ 23,6 bilhões devido a uma alta de 13% nas ações de sua empresa. Pela lista de bilionários da Forbes, atualizada em tempo real, Musk passou para a segunda posição, com US$ 204,5 bilhões. As ações da Tesla já caíram 26,5% neste mês, fazendo Musk perder mais de US$ 18 bilhões em patrimônio líquido. (Forbes)

PF convoca servidores da Abin para depor devido a reunião durante operação

Enquanto a Polícia Federal realizava uma operação com foco na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e no seu ex-diretor Alexandre Ramagem, o atual diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa, convocava uma reunião, que agora está sob suspeita dos policias federais. Para esclarecer o teor do encontro, a PF convocou três servidores para depor, em meio a suspeitas de que a atual direção da Abin estaria atrapalhando as investigações. A reunião começou na quinta-feira por volta das 11h, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes ainda não havia retirado o sigilo da decisão em que autorizou a operação na Abin. Até então, não era público que a atual cúpula da Abin também era citada pela PF no pedido que motivou a operação sobre suposta espionagem ilegal. Segundo a PF, há indícios de “conluio” entre a atual gestão e servidores que atuaram no governo passado e são investigados e tentativa de dificultar o trabalho da PF. A Abin nega. Funcionários da agência dizem que a reunião foi convocada para gestão de crise, explicando que isso é normal em situações em que o órgão tem sua imagem afetada. (Folha)

Petrobras encontra indícios de petróleo na Margem Equatorial

A Petrobras informou na noite de sexta-feira que encontrou indícios de petróleo na costa do Rio Grande do Norte, na chamada Margem Equatorial. A empresa, no entanto, ainda não sabe se a produção é viável. O poço do projeto Pitu Oeste, na Bacia Potiguar, foi o primeiro a ser perfurado em águas profundas na região após o embate com o Ibama, que negou permissão de exploração da bacia da Foz do Amazonas, no litoral do Amapá, também na Margem Equatorial. A estatal, segundo comunicado,  “dará continuidade à pesquisa exploratória na região e planeja para fevereiro a segunda perfuração na Bacia Potiguar, no poço Anhangá” e “a partir de estudos complementares, a companhia pretende obter mais informações geológicas da área para avaliar o potencial dos reservatórios e direcionar as próximas atividades exploratórias na área”. A Margem Equatorial tem mais de 2.200 quilômetros de extensão, do litoral do Amapá ao do Rio Grande do Norte. (Globo)

Minas decreta situação de emergência por causa da dengue

Minas Gerais enfrenta um aumento alarmante nos casos de dengue e chikungunya. O governador Romeu Zema (Novo) assinou um decreto de situação de emergência em saúde pública, publicado no Diário Oficial neste sábado, autorizando a implementação de medidas administrativas e assistenciais para conter o avanço dessas doenças, como a aquisição de insumos e materiais. O secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, destacou a urgência da situação, prevendo o pico de dengue em Belo Horizonte até o fim de fevereiro. Até sexta-feira, foram registrados 21.573 casos de dengue e 5.867 de chikungunya, com um óbito confirmado em cada doença e 34 em investigação. O decreto, em vigor, tem validade por 180 dias. (g1)