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Uma operação cumpre hoje mandados de busca e apreensão contra diretores da 123Milhas e da Maxmilhas em Belo Horizonte. A ação, do Ministério Público de Minas Gerais, apura a suposta prática de estelionato e lavagem de dinheiro por parte dos donos das empresas. Ao todo, foram 17 mandados, segundo o órgão. Em agosto do ano passado, a 123Milhas suspendeu emissões de pacotes e passagens de viagem com datas flexíveis alegando taxas de juros elevadas e passagens aéreas mais caras. O grupo entrou com o pedido de recuperação judicial na 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte, mas o plano foi suspenso pela Justiça. As dívidas da empresa somam R$ 2,308 bilhões. (UOL)

Proibidos desde março do ano passado, os testes de cosméticos em cobaias vivas estão sendo substituídos no Brasil graças aos avanços nas técnicas de impressão 3D. Os tecidos de pele e intestinos humanos produzidos nas impressoras são mantidos em um dispositivo chamado body-on-a-chip (BoC), por onde circulam oxigênio e um líquido nutriente, e neles é testada a toxidade dos produtos de beleza. Apenas os tecidos do fígado ainda são reproduzidos manualmente. A impressão de tecido vivos também está sendo usada em pesquisas sobre pele para medicina regenerativa e criação de “carne” a partir de células vegetais. (Folha)

Investigado por monitoramento ilegal quando dirigiu a Abin, o hoje deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) afirmou que despachava com o então presidente Jair Bolsonaro (PL) com ou sem a presença de seu superior hierárquico, o ministro do GSI, general Augusto Heleno, conta Andréia Sadi. A afirmação confirma em parte a versão que Heleno deve apresentar à Polícia Federal de que não tinha ingerência sobre a atuação da Abin, uma vez que Ramagem despachava direto com o presidente. Por outro lado, contraria uma estratégia defendida por bolsonaristas se jogar para o general a responsabilidade pela ação ilegal na agência. O deputado, que foi alvo de uma operação da PF, vai depor no final de fevereiro. (g1)

O Google fechou um acordo para compra de energia eólica na Holanda. O objetivo é compensar todo o impacto ambiental do consumo de eletricidade em seus data centers na Europa até 2030. Para isso, a companhia vai comprar energia renovável, incluindo energia eólica de offshores, de dois parques que estão sendo construídos pela CrossWind e Ecowende, joint ventures entre as empresas de energia Shell e Eneco. O Google espera adicionar mais de 700 megawatts de capacidade de energia limpa à sua rede. Além da Holanda, a empresa também anunciou acordos menores para comprar energia renovável de parques eólicos e solares onshore na Itália, Polônia e Bélgica. (The Verge)

Superando a oposição inicial da Hungria, a União Europeia aprovou nesta quinta-feira um pacote de ajuda à Ucrânia no valor de US$ 50 bilhões (R$ 247 bilhões). O dinheiro chega a Kiev num momento crucial, com os invasores russos renovando sua ofensiva e o apoio financeiro dos EUA enfrentando resistência dos republicanos no Congresso. O pacote foi proposto na cúpula da UE em dezembro, mas o premiê húngaro, Viktor Orban, aliado do russo Vladimir Putin, exerceu o direito de veto. A Hungria vem enfrentando críticas dentro o bloco europeu devido ao caráter cada vez menos democrático de seu governo, e a mudança de posição em relação ao pacote seria uma forma de aliviar essas críticas. (CNN)

O Deutsche Bank, maior banco da Alemanha, anunciou que vai demitir 3.500 funcionários, o equivalente a 4% da sua força de trabalho global de cerca de 90 mil pessoas. A notícia veio com a divulgação de resultados financeiros da instituição, que reportou uma queda de 30% no lucro no quarto trimestre. Em 2023, o lucro total 4,2 milhões de euros, uma queda de 16% em comparação com 2022. Com a reestruturação, o banco espera reduzir os custos em 2,5 milhões de euros até o próximo ano. Para isso, o Deutsche Bank vai simplificar suas operações de marketing e seus sistemas de software para cortar custos. Segundo a instituição, o corte de funcionários não afetará áreas ligadas ao cliente. (Reuters)

De acordo com a Polícia Federal, comando da Abin durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) usou agentes recém-nomeados para realizar monitoramento ilegal de autoridades. Três deles teriam participado de uma tentativa de associar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) à facção criminosa PCC. Por estarem em estágio probatório, ainda sem estabilidade, os novatos seriam mais suscetíveis a pressões das chefias, que transmitiam as ordens verbalmente para não deixar rastros das atividades ilegais. (Metrópoles)

O chefe da Abin, Luiz Fernando Corrêa, e seu ex-número dois, Alessandro Moretti, teriam pressionado uma funcionária por colaborar com as investigações sobre a chamada “Abin paralela”, segundo relatos recebidos pela Corregedoria-Geral da União (CGU). De acordo com Bela Megale, Lidiane dos Santos, corregedora da Abin, relatou nesta semana à CGU que Corrêa e Moretti ficaram indignados por ela “ter deixado” o órgão da União assumir a investigação interna que corria na agência, passando a conduzir processos administrativos disciplinares contra os policiais federais e agentes que atuaram no monitoramento ilegal de adversários políticos do governo Bolsonaro. A Abin afirmou que “a Corregedoria trabalhou com total autonomia no período de sindicância interna, aberta a pedido da Direção-Geral em março de 2023”. Também disse que houve independência da Corregedoria para nomeação dos integrantes da comissão que atuaram no caso e durante as diligências. “A avocação dos autos à CGU foi tratada com naturalidade pela Direção.” (Globo)

A vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan apresentou uma eficácia geral de 79,6% em dose única, de acordo com os resultados apresentados hoje na revista científica New England Journal of Medicine. O índice de eficácia é semelhante aos 80,2% da Qdenga, do laboratório japonês Takeda, que será oferecida em duas doses pelo Sistema Único de Saúde (SUS) este ano. A Butantan-DV contou com o acompanhamento de 16 mil voluntários em todo o país, mostrou eficácia para combater a infecção em pessoas com e sem exposição ao vírus e foi projetado para proteger contra os quatro tipos diferentes da dengue. Segundo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o imunizante deve ficar pronto em setembro. (g1)

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, pediu desculpas às famílias das vítimas de abuso em suas redes sociais durante uma audiência no Congresso americano nesta quarta-feira. O discurso foi realizado em uma sessão que analisou o papel das plataformas na exploração sexual infantil online, que ouviu executivos de TikTok, X, Discord e Snap, além da Meta. Além dos parlamentares, parentes de vítimas também compareceram com cartazes, contando as histórias de seus filhos. O presidente do comitê, Dick Durbin, criticou as companhias por não protegerem os menores em suas plataformas, enquanto o senador republicano Lindsey Graham disse a Zuckerberg que ele tinha “sangue nas mãos” por ter um “produto que está matando pessoas”. Apesar das críticas recebidas, os executivos disseram que trabalhariam com legisladores, pais e autoridades para proteger os menores. (CBS News)