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O ministro Benjamin Zymler, do Tribunal de Contas da União (TCU), deu cinco dias à Petrobras e ao Ministério de Minas e Energia para prestarem informações sobre supostas irregularidades em um contrato de fornecimento de fertilizantes com o Grupo Unigel. De acordo com o TCU, há indícios de falhas, afrontando os princípios da eficiência, da economicidade, da razoabilidade e da motivação, que podem significar prejuízos de R$ 487 milhões. “A governança do processo decisório apresenta falha pelo fato de a decisão de contratação ter sido aprovada apenas por um diretor e o contrato ter sido assinado por um gerente executivo a ele subordinado, sem a participação efetiva das demais instâncias superiores da Petrobras”, escreveu o ministro. Além disso, a contratação desprezou a situação do Grupo Unigel, “que apresenta a pior nota de risco de crédito possível em duas das principais agências internacionais”. A Petrobras afirmou em nota “que todos os contratos e projetos são elaborados e executados seguindo todos os padrões e requisitos de governança, hierarquia decisória e responsabilidade operacional da companhia”. O MME disse que o fornecimento de gás natural para a Unigel é ato de gestão da Petrobras, que segue seus ritos e governança, não havendo qualquer interferência da pasta. A Unigel Participações não se pronunciou. (CNN Brasil)

Em recado ao governo devido ao veto de R$ 5,6 bilhões em emendas parlamentares, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou na cerimônia de abertura do ano legislativo, nesta segunda-feira, que o Orçamento é de todos os brasileiros, não só do Executivo. “O Orçamento é de todas e todos brasileiros e brasileiras, não é e nem pode ser de autoria exclusiva do Poder Executivo e muito menos de uma burocracia técnica que, apesar do seu preparo, não foi eleita para escolher as prioridades da nação e não gasta a sola de sapato percorrendo os pequenos municípios brasileiros como nós, parlamentares, senadores e deputados”, argumentou. Ele também disse que os parlamentares “não foram eleitos para serem carimbadores” das propostas do Executivo e que o Orçamento da União deve ser construído com contribuição do Legislativo. E cobrou do Executivo o cumprimento de acordos. “A boa política, como sabemos, apoia-se num pilar essencial: o respeito aos acordos firmados e o cumprimento à palavra empenhada”, disse, lembrando a aprovação da reforma tributária, do arcabouço fiscal e das mudanças no Carf. E disse que o Parlamento também espera do governo “reconhecimento, respeito e compromisso com a palavra dada”. (g1)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira que um socorro às empresas aéreas “com dinheiro do Tesouro” não está em discussão e que, ainda este mês, deve ser apresentada uma proposta para o setor. “Nós vamos entender melhor o que está acontecendo e não existe socorro com dinheiro do Tesouro”, afirmou. “O que está eventualmente na mesa é viabilizar uma reestruturação do setor, mas que não envolva despesa primária.” Uma das queixas das aéreas é o preço do querosene de aviação. Mas Haddad rebateu: “Vamos esclarecer aqui que o preço do querosene de aviação caiu durante o nosso governo. Quer dizer, o preço do querosene não poder ser justificativa para o aumento do custo da passagem aérea”. (g1)

Para ler com calma. Baseados em contos ficcionais de mulheres sendo violentadas sexualmente, os livros de dark romance ou bully romance é um derivado do gênero erótico que tem ganhado cada vez mais leitores no Brasil, ocupando oito das 50 posições entre os ebooks mais vendidos da Amazon. As cenas de sexo explícito descritas nas histórias não se confundem com o jogo erótico do BDSM, que pressupõe consentimento entre as partes, mas se refere a contextos de estupros, bullying e abusos psicológicos. Outros temas sensíveis, como assédio moral, homofobia e incesto são comuns nessas obras. Uma das autoras mais conhecidas nesse ramo é a brasileira Zoe X, de Under Your Skin, no qual, a personagem desenvolve fetiche por sexo não consensual após ser abusada por seu pai desde os cinco anos. Esses títulos têm causado discussão por romantizar estupros, crime hediondo no Brasil. (Folha)

O Palácio de Buckingham anunciou nesta segunda-feira que o rei Charles III foi diagnosticado com câncer, sem detalhar de que tipo. A doença foi detectada enquanto ele se submetia a um tratamento hospitalar devido ao aumento benigno da próstata. “Uma questão separada de preocupação foi observada. Testes subsequentes identificaram uma forma de câncer. Sua majestade iniciou hoje um cronograma de tratamentos regulares”, informou o comunicado real, acrescentando que ele ficará afastado do público, mas seguirá cumprindo os deveres de Estado e lidando com a documentação oficial como de costume. O palácio também que a divulgação do diagnóstico tem o objetivo de “evitar especulações” e “ajudar a compreensão pública de todas as pessoas afetadas pelo câncer em todo o mundo”. “Ele permanece totalmente positivo em relação ao seu tratamento e espera retornar ao serviço público o mais rápido possível.” (Guardian)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli mandou apurar nesta segunda-feira se a ONG Transparência Internacional recebeu e administrou recursos das multas impostas pela Lava Jato. A decisão responde a uma notícia-crime apresentada pelo deputado Rui Falcão (PT-SP). A ONG está preparando uma nota na qual deve refutar as acusações e dizer que, além de não ter recebido recursos das multas, elaborou um parecer recomendando que o Ministério Público não determinasse a destinação desse dinheiro. Na semana passada, Toffoli suspendeu multas impostas à empreiteira Novonor, antiga Odebrecht, no acordo de leniência da Lava Jato. (g1)

As demissões no setor de tecnologia continuam. A Snap, empresa controladora da rede social Snapchat, anunciou que vai demitir 530 funcionários, cerca de 10% de sua força de trabalho global, em um esforço para reestruturar suas operações. A medida segue uma série de cortes anteriores, incluindo uma redução de 20% em 2022 e um ajuste menor de 3% em 2023. A Snap tem enfrentado obstáculos para diversificar seus serviços além do Snapchat, o principal produto da companhia. Projetos como os óculos de realidade aumentada e um drone para selfies foram descontinuados. A companhia se junta a outras big techs, como Amazon e Alphabet, que anunciaram demissões em 2024. Ao todo, quase 32 mil trabalhadores foram despedidos em 122 empresas de tecnologia desde o início do ano. (Exame)

A empresa de tecnologia holandesa Yandex NV, dona da Yandex, o “Google da Rússia”, assinou um acordo para vender a plataforma de buscas e seus negócios na Rússia por 475 bilhões de rublos (US$ 5,21 bilhões) a um grupo de investidores russos. A transação marca a saída de uma das maiores companhias do país e que agora ficará inteiramente sob controle russo. A Yandex, cofundada por Arkady Volozh, que se mudou da Rússia para Israel em 2014, já desenvolveu importantes serviços online, incluindo pesquisa, publicidade e transporte de passageiros. Entretanto, após o início da guerra na Ucrânia, Volozh, um dos críticos da invasão, passou a ser pressionado para nacionalizar a Yandex. (Reuters)

Em cada cinco pacientes que interrompem o tratamento com remédios como Ozempic e Saxenda, um recupera todo o peso perdido em até um ano e 44% têm algum ganho de peso. Essa foi a constatação de uma pesquisa da Epic Research nos EUA com 40 mil pessoas. Por outro lado, 35% dos pacientes continuaram a perder peso após deixarem de tomar os medicamentos. Desenvolvidas para tratamento da diabetes, essas drogas se revelaram poderosos moderadores de apetite, sendo receitadas para pessoas que precisavam perder peso ou mesmo para fins estéticos. Mas, como a obesidade é uma doença crônica, estudos vêm confirmando a necessidade de um tratamento contínuo. (Globo)

Pelo menos seis combatentes do grupo curdo Forças Democráticas da Síria (SDF, na sigla em inglês), apoiado pelos EUA, morreram nesta segunda-feira em um ataque por drone a uma base na Síria que também abriga soldados americanos. A milícia Resistência Islâmica no Iraque, apoiada por Teerã, reivindicou o ataque, em mais um capítulo da guerra terceirizada que EUA e Irã vem travando na região. No fim de semana, jatos americanos bombardearam alvos de aliados dos iranianos na própria Síria, no Iraque e no Iêmen, em resposta a outro ataque com drones que matou três militares dos EUA em uma base na Jordânia. Em meio a essa tensão, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, desembarcou na Arábia Saudita, primeira escala de uma viagem que também incluirá Egito, Catar e Israel, na tentativa de um pausa na invasão de Gaza que permita a libertação de mais reféns israelenses em poder do grupo terrorista Hamas. (Guardian)