Redação

Hidrelétricas perdem espaço para fontes de energias renováveis no Brasil

Para ler com calma. Mesmo sendo a principal fonte de energia brasileira, as usinas hidrelétricas estão perdendo espaço para fontes renováveis nos últimos anos. Atualmente, a hidráulica responde por 53% da capacidade nacional, mas estimativas oficiais esperam que em sete anos essa parcela caia para 42%. Com outras fontes cada vez mais baratas, como eólica e solar, a migração de investimentos para esses novos mercados fizeram com que as hidrelétricas cheguem em alguns momentos a desperdiçar a água, sem produção energética. O ano passado bateu recordes desse tipo de processo, deixando de gerar 16 gigawatts apenas em fevereiro, cerca de 21% da demanda total daquele mês. Especialistas explicam que o país ainda não consegue armazenar as energias eólica e solar em larga escala, precisando das hidrelétricas para reduzir a produção em momentos de menor demanda. (Folha)

Custo com segurança no Brasil representa 5,9% do PIB anual

De acordo com um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgado no Atlas da Violência, as empresas brasileiras despendem aproximadamente R$ 171 bilhões por ano na tentativa de prevenir incidentes de violência. Esse valor corresponde a 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, último ano com dados completos disponíveis. O custo total com segurança no Brasil, incluindo despesas privadas e governamentais, além das perdas de produtividade devido a homicídios, representa 5,9% do PIB anual, o equivalente a R$ 595 bilhões, de acordo com o Ipea. Estudos semelhantes corroboram esses achados: um relatório de 2018 da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos indicou que os custos econômicos com criminalidade aumentaram significativamente entre 1996 e 2015, representando 4,38% do PIB. Além disso, um estudo da Confederação Nacional da Indústria em 2018 estimou uma perda anual de 5,5% do PIB, o que equivaleria a um imposto de cerca de R$ 1,8 mil por cidadão, por ano. (Estadão)

Festival de Berlim anuncia seus vencedores com brasileira na lista

O documentário Dahomey venceu o Urso de Ouro no Festival de Berlim neste sábado. A cineasta franco-senegalesa Mati Diop fez história na cerimônia de premiação, ao ser a primeira diretora negra a ganhar o prêmio principal. Ela recebeu a estatueta de Lupita Nyong'o, que também é a primeira pessoa negra a presidir o júri da competição. O grande prêmio do júri foi para A Traveler’s Needs, do sul-coreano Hong Sang-soo, e o escolhido pelo júri ficou com a comédia dramática L’ Empire, de Bruno Dumont. Já a brasileira Juliana Rojas venceu o prêmio de melhor direção na mostra paralela com seu Cidade; Campo, que conta a história de personagens que vivem a migração entre as áreas rural e urbana. (Variety e g1)

Sistema de espionagem da Abin fez 10 mil consultas informais durante o governo Bolsonaro

O sistema de espionagem FirstMile foi utilizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para fazer 10 mil consultas informais durante o governo Bolsonaro. A ferramenta israelense identifica a localização de pessoas por meio de aparelhos conectados às redes 2G, 3G e 4G. Políticos, assessores parlamentares, ambientalistas e acadêmicos estão na lista de vigiados pelos agentes. Entre fevereiro de 2019 e abril de 2021, foram feitas cerca de 60 mil consultas ao programa, 35 mil delas em setembro e outubro de 2020, às vésperas das eleições municipais. O FirstMile era utilizado a partir de sete computadores com acesso restrito, mas ao longo do tempo foi sendo compartilhado com “turma de buscas”, “coordenação de fontes humanas” e “fração que cuida da proteção presidencial”, segundo registros da própria Abin. Há indícios de que as senhas dos agentes eram compartilhadas, contrariando as próprias regras de segurança do órgão. As consultas ao serviço deveriam estar relacionadas a alguma operação registrada na agência, o que nem sempre ocorria. Alguns pedidos eram feitos via WhatsApp e por integrantes que não deveriam ter acesso à ferramenta. (Globo)

Haddad propõe taxação global dos super-ricos no G20

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está planejando apresentar uma proposta de tributação global para os super-ricos. A iniciativa faz parte de um dos projetos que o político conseguiu aprovar no Congresso em 2023. "Vamos colocar na mesa uma proposta de tributação dos super-ricos, baseada nas melhores pesquisas disponíveis. A agenda de tributação da riqueza e da progressividade sobre a renda são essenciais para enfrentar os entraves econômicos da desigualdade e promover o crescimento econômico sustentável", disse Haddad em entrevista ao jornal O Globo.

Mesmo tombada, espaçonave que pousou na Lua está ‘viva e bem’

O módulo Odysseus está tombado de lado após um pouso tenso, mas está “vivo e bem”, segundo a companhia privada Intuitive Machines, responsável pelo veículo. A espaçonave teria prendido uma de suas seis pernas durante a descida na superfície lunar, na última quinta-feira, se apoiando de lado em uma rocha. O CEO Stephen Altemus afirmou que o Odysseus está “perto ou no local de pouso pretendido”, na região do Polo Sul da Lua, e operando adequadamente com energia solar, estando 100% carregado. Este foi o primeiro módulo privado a pousar no satélite natural da Terra e o primeiro dos Estados Unidos em 52 anos. (CNN Brasil)

STF mantém sigilo de vídeo de agressão a Alexandre de Moraes

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) optaram por manter confidencial o vídeo captado pelas câmeras de segurança do aeroporto de Roma, na Itália, durante o incidente envolvendo o ministro Alexandre de Moraes e seus familiares. Na sessão de sexta-feira (23), o voto do relator do caso, Dias Toffoli, foi respaldado por Gilmar Mendes, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso. Conforme argumentado por Toffoli, "observa-se a falta de interesse ou relevância para a investigação criminal na divulgação ampla das imagens presentes no material midiático enviado, por meio da sua publicização". Em julho de 2023, uma família paulista brigou com Moraes na porta de uma sala VIP do aeroporto da capital italiana, e a Polícia Federal passou a apurar os crimes de lesão corporal, injúria e abolição violenta do Estado democrático de direito. Em depoimento prestado à PF, Moraes diz ter sido xingado de “bandido, comunista e comprado” por uma mulher identificada como Andreia Munarão. Depois, o empresário Roberto Mantovani Filho, marido de Andreia, teria agredido fisicamente o filho do magistrado com um tapa. A família Mantovani nega as acusações. (Globo)

G7 discute novas sanções enquanto guerra na Ucrânia completa dois anos

A guerra na Ucrânia completa dois anos neste sábado. Na madrugada de 24 de fevereiro de 2022, Vladimir Putin anunciou o início do que chamou de "operação militar especial" no país vizinho, justificando-a pela suposta necessidade de proteger os russos étnicos, que ele alegou serem vítimas de um "genocídio". Além disso, o presidente russo citou a "necessidade de desnazificar" a Ucrânia, um termo que permanece sem uma explicação clara do Kremlin até hoje. Marcado, não por coincidência, neste sábado, um encontro reúne líderes do G7 para debater novas sanções contra a Rússia, com a participação do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, está em Kiev para presidir a reunião que será parcialmente por videoconferência.

‘Anatomia de uma Queda’ é o grande vencedor do César Awards 2024

Principal premiação do cinema francês, o César Awards 2024 revelou seus vencedores nesta sexta-feira, em Paris, com destaque para Anatomia de uma Queda, que levou seis estatuetas, incluindo as de melhor filme e roteiro. A diretora do longa, Justine Triet, também se tornou a segunda mulher a vencer na categoria de melhor direção em 49 anos - Tonie Marshall foi a primeira, com Venus Beauty, em 1976. Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes em 2023, a película é um dos grandes concorrentes ao Oscar 2024. O prêmio de melhor filme estrangeiro foi para o canadense A Natureza do Amor. (Rolling Stone e Omelete)

Governo investiga fake news que envolvem Marajó

O Ministério dos Direitos Humanos pretende acionar neste sábado (24) a Advocacia-Geral da União (AGU) para solicitar medidas diante da suposta propagação de notícias falsas relacionadas a Marajó. O órgão divulgou ainda na tarde de ontem um alerta à população sobre a inverdade em relação a cancelamentos de ações e projetos do governo federal na ilha do Pará. O ministro Silvio de Almeida gravou um vídeo condenando a divulgação de determinados posts em redes sociais, que tratam da existência de uma suposta rede de mutilação e tráfico de crianças para exploração sexual na ilha.