Redação

Desemprego chega a 7,6% no trimestre encerrado em janeiro

A taxa de desemprego no trimestre encerrado em janeiro ficou em 7,6%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE. Essa foi a primeira alta em trimestres móveis desde fevereiro do ano passado, mas segue a sazonalidade esperada para o início do ano, quando são fechados postos de trabalho temporários abertos em função do Natal. A taxa ficou estável em relação ao trimestre anterior e foi a menor para o período desde 2015, quando o desemprego ficou em 6,9%. “Em alguns anos, essa sazonalidade pode ser maior, ou menor. Nessa entrada do ano de 2024, o que a gente percebe é uma estabilidade, justamente porque a população desocupada não teve expansão tão significativa nesse trimestre encerrado em janeiro de 2024”, diz Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE. (g1)

Mortos em Gaza passam de 30 mil

O número de mortos desde o início da ofensiva israelense na Faixa de Gaza ultrapassou 30 mil, informou nesta quinta-feira o Ministério da Saúde do território palestino, controlado pelo Hamas. Ainda contando com apoio dos EUA, Israel vem resistindo às pressões internacionais para encerrar ou ao menos interromper a ação militar, iniciada em resposta aos ataques terroristas do Hamas de 7 de outubro. O Ministério da Saúde de Gaza não faz distinção entre civis e combatentes, mas informa que 70% dos mortos são mulheres e crianças, enquanto Israel estima que 10 mil militantes do Hamas tenham morrido desde o início das operações. Cerca de 100 reféns sequestrados nos ataques de outubro continuam em poder do grupo fundamentalista islâmico. (CNN)

Caso Marielle: dono de ferro-velho é preso suspeito de desfazer de carro usado no crime

O dono de ferro-velho Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha, foi preso nesta quarta-feira acusado de ajudar os assassinos da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes a se desfazerem do carro Cobalt, usado durante o crime. A prisão foi realizada em Duque de Caxias (RJ) pela Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Segundo a investigação, Orelha teria atrapalhado as apurações do caso Marielle ao destruir o automóvel em um desmanche no Morro da Pedreira, na Zona Norte do Rio. Ele era conhecido de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, presos como executores da vereadora e do motorista, em março de 2018. (g1)

Amazônia bate recorde de focos de incêndio para fevereiro

A Amazônia enfrenta um recorde de focos de incêndio para um mês de fevereiro, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). São 2.924 pontos de queimadas identificados até o último dia 26, o maior número da série histórica, iniciada em 1999. Comparado ao mesmo período do ano passado, com 734, o bioma registra alta de 298% de focos de incêndio. A pior situação está em Roraima, onde a fumaça chegou a encobrir parte da capital Boa Vista. Embora tenha reduzido o desmatamento na região por mais da metade em 2023, a falha na prevenção de incêndios tem pressionado o governo federal, que prometeu dar ênfase na proteção ambiental. (CNN Brasil)

Pacheco se opõe a Lira e diz ser contra PEC da Blindagem

Proibir operações de busca e apreensão contra parlamentares dentro das dependências do Congresso é a intenção de um grupo de parlamentares, que inclui o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e líderes da Casa. Mas o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse ser contra a chamada PEC da Blindagem. “Não é razoável pensarmos a proibição de medidas cautelares contra qualquer tipo de seguimento ou qualquer tipo de autoridade pública. Isso é um meio de investigação dado ao direito de quem investiga poder coletar provas”, afirmou nesta quarta-feira. “Obviamente, isso tem que ter critério, forma, é preciso ter equilíbrio nesse trato, mas uma proposta que extingue essa possibilidade eu acho muito difícil de avançar, especialmente por algum vício de constitucionalidade.” A articulação segue operações da Polícia Federal contra os deputados bolsonaristas Carlos Jordy (PL-RJ) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). Jordy é suspeito de participar de atos antidemocráticos e Ramagem é alvo de investigações sobre a “Abin paralela”. (Globo)

Suprema Corte decidirá se Trump tem imunidade presidencial

A Suprema Corte americana anunciou nesta quarta-feira que vai decidir, a partir de 22 de abril, se Donald Trump tem imunidade e não pode ser responsabilizado por crimes cometidos na presidência. O caso se refere à suposta tentativa do ex-presidente de reverter o resultado das eleições de 2020 e responde a um pedido da defesa do republicano para que a Corte analise a decisão de um tribunal de apelações de Washington, que, no começo do mês, rejeitou o argumento de que ele seria imune a um processo criminal, corroborando decisão de um outro tribunal. O caso do procurador especial Jack Smith foi temporariamente suspenso. Primeiro ex-presidente a ser processado criminalmente, Trump é o favorito à nomeação republicana para enfrentar Joe Biden. (Reuters)

WhatsApp libera função de pesquisa por data em dispositivos Android

O WhatsApp liberou para os dispositivos Android a função de pesquisa por data em conversas individuais e em grupo. O recurso já estava disponível nos sistemas iOS, Mac e no WhatsApp Web. Os usuários só podem procurar por uma data específica e não por um intervalo de datas. Para utilizar, basta tocar no nome do grupo ou contato, clicar em pesquisar e escolher a data desejada. Além dessa ferramenta, também é possível fazer a busca por tipo de mídia, como links, mídia e documentos. (TechCrunch)

Meta planeja lançamento do Llama 3 em julho

A Meta está planejando lançar a mais nova versão de seu grande modelo de linguagem (LLM), o Llama 3, em julho, dando melhores respostas à questões controversas dos usuários, segundo adiantou o Information nesta quarta-feira. Os engenheiros da companhia tentam flexibilizar a inteligência artificial para oferecer contexto às solicitações feitas pelo prompt. O Llama 2, que alimenta os bots de bate-papos das redes sociais da Meta, se recusa a responder questões semelhantes a “como pregar uma peça em um amigo” ou “desligar o motor de um carro”. A nova atualização seria capaz de compreender a solicitação como “desligar o motor de um veículo”, sem necessariamente acabar com sua vida útil. (Reuters)

Entidades de direitos humanos questionam fala de Lula sobre golpe de 1964

A declaração do presidente Lula de que não quer “remoer o passado”, em referência ao golpe militar de 1964, foi considerada “equivocada” por entidades de direitos humanos e da sociedade civil. Mais de 150 entidades da Coalizão Brasil por Memória, Verdade, Justiça, Reparação e Democracia afirmam em nota divulgada nesta quarta-feira que falar sobre o golpe “não é remoer o passado, é discutir o futuro”. Na terça-feira, em entrevista ao programa É Notícia, da RedeTV!, Lula também evitou críticas mais contundentes à atuação das Forças Armadas no país. “Repudiar veementemente o golpe de 1964 é uma forma de reafirmar o compromisso de punir os golpes também do presente e eventuais tentativas futuras”, diz o comunicado, acrescentando que é impossível falar do 8 de Janeiro sem falar do golpe militar, que está prestes a completar 60 anos. “É a tradição histórica de não punir os golpistas e torturadores do passado que faz com que essas elites econômicas e setores amplos das Forças Armadas se sintam à vontade para continuar buscando soluções de força para impor seus projetos ao país, ao largo da democracia e da soberania popular.” O texto também cobra a instalação da Comissão de Mortos e Desaparecidos, promessa não cumprida no atual mandato. (Folha)

Israel está perdendo aceitação, diz Friedman

Thomas L. Friedman: “Estou vendo a erosão cada vez mais rápida da posição de Israel entre as nações amigas – um nível de aceitação e legitimidade que foram meticulosamente construídos ao longo de décadas. E, se Biden não tomar cuidado, a posição global dos EUA vai despencar juntamente com a de Israel. O Hamas tem muito a responder no desencadeamento desta tragédia humana, mas Israel e os EUA são vistos agora como impulsionadores dos acontecimentos e recebendo a maior parte da culpa. Pareceu que o mundo estava inicialmente pronto para aceitar que haveria baixas civis significativas se Israel quisesse erradicar o Hamas e recuperar seus reféns. Mas agora temos uma combinação tóxica de milhares de vítimas civis e um plano de paz que promete apenas uma ocupação sem fim. Assim, toda a operação Israel-Gaza começa a parecer, para cada vez mais pessoas, um moedor de carne humana cujo único objetivo é reduzir a população para que Israel possa controlá-la mais facilmente. (New York Times)