Redação

OpenAI anuncia nova IA que imita voz humana para leitura

A OpenAI revelou sua nova inteligência artificial que gera áudio copiando vozes humanas. Chamada de Voice Engine, a ferramenta consegue recriar o timbre vocal de uma pessoa específica baseado em gravações de apenas 15 segundos, enquanto lê textos escritos pelo usuário. A companhia disse que a IA está sendo anunciada, mas ainda não será lançada amplamente por conta do risco de mau uso, principalmente em ano de eleições em diversos países. Em comunicado, a dona do ChatGPT apontou maneiras benéficas de aplicar a tecnologia, como dar assistência a pessoas que não sabem ler, traduzir textos, ou ajudar pacientes que passam pela recuperação vocal. (CNN Brasil)

Em um dos maiores protestos contra premiê, israelenses pedem eleições antecipadas

Em uma das maiores manifestações contra o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu desde o início da guerra contra o Hamas, milhares de israelenses protestaram neste domingo em frente o Parlamento, em Jerusalém, exigindo eleições antecipadas. A previsão é que a manifestação dure quatro dias. No sábado, milhares de pessoas já haviam marchado nas ruas de Tel Aviv contra o premiê, pedindo sua substituição e o resgate dos reféns ainda em poder do Hamas. Boa parte da população acredita que Netanyahu tem colocado sua sobrevivência política à frente dos interesses de Israel. O premiê segue refutando as críticas e afirmando que busca a “vitória completa” sobre o Hamas. E em meio à pressão popular contra sua manutenção no poder, o governo anunciou que ele seria submetido a uma cirurgia de hérnia neste domingo. (New York Times)

Caso Marielle: relatórios sigilosos indicam lavagem de dinheiro por delegado

Relatórios sigilosos produzidos por cada agente envolvido na investigação do caso Marielle e que foram resumidos em um texto final contêm uma série de revelações, conta Lauro Jardim. Por enquanto, está tudo sob sigilo. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, só liberará o conteúdo quando a denúncia for feita pela Procuradoria-Geral da República. Um dos relatórios tem indícios de lavagem de dinheiro envolvendo o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, que está preso. Duas empresas de consultoria de segurança de Érika, mulher dele, a quem a PF acusa de ser testa-de-ferro do marido, tinham vários clientes de grande porte e que não necessitavam dos serviços contratados. Além disso, cerca de 60% do dinheiro recebido pelas empresas do casal era retirado em espécie. (Globo)

Antes visto como vandalismo, grafite movimenta mercado de imóveis

Para ler com calma. Antes visto como vandalismo, o grafite demorou décadas para ser aceito como arte ao redor do mundo. Hoje, não apenas têm seu valor cultural reconhecido, como também tem sua rentabilidade observada pelo mercado financeiro, com proprietários de grandes prédios dispostos a pagar pela arte em suas construções com objetivo de aumentar o valor de seus empreendimentos em grandes cidades, como Berlim e Miami. Empresas que buscam bairros mais modernos e marcas que querem formas mais criativas de divulgarem seus produtos também recorrem aos murais. Para os investidores, apoiar edificações em distritos grafitados tem sido um bom negócio. O aluguel do metro quadrado de um espaço nobre de trabalho no bairro londrino de Shoreditch subiu 112% no último trimestre de 2023 frente ao mesmo período de 2008, enquanto em toda a cidade de Londres, o aumento foi de 40%. De acordo com Charlotte Specht, cofundadora da Basa Studio, uma agência em Berlim que ajuda artistas a colaborar com marcas como Maybelline e Netflix, uma grande fachada externa pode custar seis dígitos. (New York Times)

Pela primeira vez em seis meses, atividade industrial na China cresce

Pela primeira vez desde setembro, o índice oficial chinês de compra de manufaturados subiu para 50,8 em março ante 49,1 na medição de fevereiro do Departamento Nacional de Estatísticas. Para analistas, esse é um sinal de que a segunda maior economia do mundo está se estabilizando. O dado superou a previsão de 50,1 dos economistas ouvidos pela Bloomberg e foi a melhor leitura desde março do ano passado. O indicador de atividade não industrial também subiu em relação ao mês anterior, para 53, em comparação com uma estimativa de 51,5. (Globo)

Brasil leva ouro com Jade Barbosa e mais 3 pratas na Copa do Mundo de ginástica

O Brasil subiu ao ponto mais alto do pódio com a conquista da medalha de ouro no solo de Jade Barbosa na Copa do Mundo de ginástica artística, na etapa da Turquia, neste domingo. Ao som de Britney Spears, a ginasta ficou com a nota 13.833, superando as francesas Morganie Ramer, com a prata, e Melanie Jesus, com o bronze. Com a vitória, Jade está perto de chegar à terceira Olimpíada da carreira, nos Jogos de Paris, que começam em 26 de julho. Uma das promessas brasileiras de medalha olímpica, Rebeca Andrade levou a prata nas barras assimétricas. Já Flavia Saraiva também conquistou a prata na trave e Diogo Soares, na barra fixa. (ge)

Datafolha: 53% descartam nova ditadura, maior índice da série

Um total de 53% dos eleitores não vê chance de volta da ditadura, maior taxa da série histórica do Datafolha, iniciada há dez anos. Pesquisa realizada nos últimos dias 19 e 20 indica que 20% acreditam em um retrocesso democrático, enquanto 22% acham que há um pouco de risco. No levantamento anterior, de agosto de 2022, em meio à última campanha presidencial, 49% acreditavam na impossibilidade de uma nova ditadura, 25% viam pouco risco e 20% consideravam haver risco. Entre os que se declaram bolsonaristas, 32% acreditam que o risco existe, enquanto 45% dizem que não e outros 22% acham que há poucas chances. Já entre os 41% autodeclarados petistas ou simpatizantes, 59% não acreditam na volta do totalitarismo, 24% veem alguma chance e 13% consideram que há totais condições para tal. (Folha)

STF tem 3 votos a 0 contra tese do ‘poder moderador’ das Forças Armadas

O Supremo Tribunal Federal já tem 3 votos contrários à tese do ‘poder moderador’ das Forças Armadas. A ação, apresentada pelo PDT, tem o objetivo de esclarecer os limites para a atuação dos militares. O relator Luiz Fux votou na sexta-feira afirmando que a Constituição não permite uma “intervenção militar constitucional” e nem encoraja uma ruptura democrática. Fux ressaltou que a Constituição não autoriza que o presidente da República recorra às Forças Armadas contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal, e que também não concede aos militares a atribuição de moderadores de eventuais conflitos entre os três poderes. O ministro Luís Roberto Barroso acompanhou o voto. Neste domingo, Flávio Dino também acompanhou a posição de Fux e depositou um voto por escrito. Dino afirmou que o julgamento ocorre “em data que remete a um período abominável da nossa História Constitucional: há 60 anos, à revelia das normas consagradas pela Constituição de 1946, o Estado de Direito foi destroçado pelo uso ilegítimo da força”. “Com efeito, lembro que não existe, no nosso regime constitucional, um ‘poder militar’. O poder é apenas civil, constituído por três ramos ungidos pela soberania popular, direta ou indiretamente. A tais poderes constitucionais, a função militar é subalterna, como aliás consta do artigo 142 da Carta Magna”, afirmou Dino. O julgamento segue no plenário virtual até o próximo dia 8. Ainda faltam os votos de oito ministros. (g1)

TCU aponta venda de 2 milhões de munições irregulares durante governo Bolsonaro

Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) mostrou que ao menos 2 milhões de munições foram vendidas de maneira irregular durante o governo Bolsonaro. Dados do Sistema de Controle de Venda e Estoque de Munições (Sicovem), utilizado pelo Exército, apontam que as munições foram adquiridas utilizando CPFs de menores de idade, pessoas falecidas, e sem informar o número de registros das armas. A auditoria também constatou que o sistema permitiu a venda de projéteis diferentes aos das armas registradas, possibilitando a compra de cartuchos de fuzil 5,56mm com o documento de uma arma calibre 22, por exemplo. Em novembro de 2022, uma organização criminosa foi acusada de lançar 60 toneladas de munição no mercado ilegal por conta de uma falha primária no Sicovem. (Folha)

Para preservar alianças, governo não orienta bancada em 1/3 das votações

Com dificuldades para consolidar apoio no Congresso, o governo Lula adotou a estratégia de não direcionar votos de sua bancada de aliados em cerca de 30% das deliberações parlamentares na Câmara e no Senado. Essa atuação busca evitar confrontos com aliados e se abster de medidas controversas. Segundo levantamento realizado pelo jornal O Globo, em 26% das votações na Câmara, as bancadas governistas foram autorizadas a votar livremente, em comparação com 20% no ano anterior. A orientação de voto é parte do procedimento nas Casas legislativas, onde os líderes partidários expressam diretrizes para suas bancadas. No entanto, essas instruções nem sempre são seguidas. A complexa base aliada do governo, que abrange partidos diversos, torna difícil obter unidade em certos projetos.